Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 84
A Poção


Notas iniciais do capítulo

#PROTEGO!
Oooie meus amores! Tudo bem? Eu espero que siim!
Eu sei que há muito tempo não apareço aqui e sinto muito por isso. Como eu disse, estou estudando no período da tarde e ainda estou com problemas para finalizar meus capítulos. Escrevo, escrevo e escrevo e de repente a história está tomando um rumo totalmente diferente do que eu quero, então tenho que apagar e começar de novo.
Mil desculpas mesmo!
Não vou dizer que voltei para ficar, mas prometo que tentarei atualizar rapidamente ❤️
Obrigada pela compreensão, pelos comentários, favoritos, recomendações e acompanhamentos! ❤️
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A festa no salão comunal da Sonserina havia durado a noite toda, como consequência, no dia seguinte todos os alunos da casa praticamente dormiam sobre a mesa do café da manhã.

—BOM DIA SONSERINOS! –James Potter gritou ao se aproximar dos amigos, fazendo todos ao redor resmungarem.

Annia jogou a primeira coisa que encontrou – uma maçã – no Grifinório, que parecia estar com um humor excelente. Ele e a namorada Veela se sentaram ao lado deles, tomando seu café na mesa das serpentes.

—Vocês estão horríveis. –Alison comentou, rindo.

—Da próxima vez vamos nos deitar mais cedo. –Nina disse deitando a cabeça no ombro do namorado.

—Concordo. –Murmurou Ronan.

—O dia não está maravilhoso? –Potter perguntou.

—Alguém deveria jogá-lo em Azkaban por tão bom humor pela manhã. –Disse Nina, fuzilando-o com o olhar.

—O que foi que o deixou tão animado assim? –Perguntou Chris com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso no rosto.

—Vejam vocês mesmos. –Alison indicou a porta com um aceno de cabeça.

Hagrid entrava por aquele salão com um sorriso enorme, acompanhado de perto pela diretora Minerva. O professor olhava todo o lugar como se tivesse passado uma eternidade afastado e, para alguns alunos, era o que parecia.

James logo se levantou, caminhando até ele e o abraçando apertado, surpreendendo-o completamente. As bochechas do meio-gigante ficaram vermelhas imediatamente, mas ele retribuiu o ato mesmo assim.

—Nunca mais nos deixe nas mãos de outro professor, okay? Nunca mais. –O Potter mais velho pediu.

—É bom vê-lo também, James. E Alison, bonita como sempre.

—Bom tê-lo de volta, professor. –A loira sorriu docemente.

—Sentimos sua falta, Hagrid. –Annia murmurou, se aproximando dele acompanhada por Ronan, Chris e Nina.

Albus, Lily, Scorpius e Rose não demoraram para se juntar aos outros e dar as boas vindas à ele, que além de professor, era também um amigo muito antigo de seus pais.

—Então, o que acham de ir até a minha casa mais tarde e me contar tudo o que eu perdi neste tempo que estive fora?

—Uma ótima ideia. –Disse James. –Podemos passar lá antes do jantar.

—Vou fazer biscoitos. –O gigante sorriu, continuando o seu caminho ao lado da diretora.

—Preparem o estômago crianças. –Albus murmurou antes de sair para sua próxima aula.

—Então vamos? –Chris chamou, passando um braço em torno de Nina.

—Eu esqueci meu livro de DCAT no quarto. Podem ir na frente que eu alcanço vocês. –Ronan disse dando um rápido selinho em Annia enquanto andava em direção às masmorras.

Disse a senha ao quadro e entrou no salão comunal que deveria estar vazio. Deitada no sofá com os olhos fechados estava Amélia. Estava pálida e parecia respirar com dificuldade. Sabia dos boatos sobre ela então se aproximou da garota de forma cautelosa para não assustála.

—Amélia? –Chamou, mas ela não respondeu. –Amélia, você está se sentindo bem?

—Hum? –Perguntou levantando os olhos e encontrando aquela imensidão azul.

—Está se sentindo bem? -Repetiu.

—Estou ótima, só cansada. –Disse baixinho, ficando de costas para ele.

—Você comeu alguma coisa? –Perguntou. A morena não respondeu então ele tocou sua testa, percebendo que sua temperatura estava alta. –Está queimando.

—Prometo que vou até a Madame Pomfrey se me deixar dormir.

—Não. Vem, eu levo você. –O loiro facilmente a pegou no colo, fazendo-a resmungar. –O que está sentindo?

—No momento raiva. –Ele revirou os olhos com a garota nos braços e a sentiu tremer.

Apressou o passo e em pouco tempo entrava pela enfermaria com Amélia. Madame Pomfrey soltou uma exclamação ao vê-los e se apressou em direção à menina. Ronan a colocou deitada na cama mais próxima e entendendo o olhar da mais velha se afastou para deixá-la trabalhar.

Depois de alguns minutos a senhora apareceu para o alívio do Sonserino. Estava começando a ficar preocupado, afinal, ainda não sabia se os boatos que estavam espalhando a respeito dela eram verdadeiros, e se fossem, as coisas eram mais graves ainda.

—É verdade? –Não conseguiu se conter. A enfermeira balançou a cabeça afirmativamente e ele soltou o ar preocupado. –Como ela está?

—Não posso dar poções a ela porque pode causar problemas para o bebê, então não há bastante o que fazer. Apenas a livrei do excesso de roupas e fiz com que ela bebesse água.

—E Anthony?

Sabia que mesmo que Amélia usasse seu sorriso sedutor com todos os que encontrava aquele bebê só poderia ser de uma pessoa. No fundo a conhecia bem o suficiente para saber que ficar com vários ao mesmo tempo não era algo que ela fizesse, afinal, havia namorado a mesma por anos!

—Ela não quer que o chame, embora acredite que mais cedo ou mais tarde ele estará aqui procurando por ela.

—Ela está acordada? –Perguntou e rapidamente Madame Pomfrey cruzou os braços. –Não vou irritá-la, prometo.

—Tem cinco minutos, senhor Zabini. –O loiro balançou a cabeça assentindo e se aproximou da morena. Ela estava bebendo água e franziu o cenho quando ele se aproximou.

—Como está se sentindo?

—Vou melhorar. –Ela deu de ombros. –Não foi nada.

—Não precisa ser fazer de forte o tempo todo, sabia? Nós namoramos por alguns anos, conheço você.

—É nós namoramos, mas você tem que admitir que se eu não tivesse aparecido o seu "felizes para sempre" com a Malfoy teria começado bem antes. Da forma como deveria.

—Talvez sim, talvez não. –Ronan disse se sentando na beirada da cama e dando de ombros. –Sei que não terminamos nosso relacionamento da melhor forma possível, mas sabe que se precisar de alguma coisa pode me chamar, não é?

—O que foi? Está querendo um flashback, baby?

—Por Merlin, não. –Murmurou e os dois riram. –Só estou dizendo que só porque você é minha ex não significa que não podemos ser amigos.

—Ainda bem. Você e a Malfoy formam um bom time, fez uma boa escolha. –Ela disse dando uma picadela. –Se continuar assim até o convido para o chá de bebê.

—Amélia? –Anthony chamou, entrando na enfermaria um tanto atordoado. –Vim assim que percebi que você não estava na sala. O que aconteceu?

—Nada de mais, estou bem. –Ela disse, e Ronan notou que ela parecia um tanto desconfortável com sua presença.

—Se não fosse nada de mais você não estaria na enfermaria. –Foi quando ele percebeu notar a presença de Zabini ali e sua postura mudou totalmente. –O que ele está fazendo aqui?

—Ele já está de saída. –O loiro disse se levantando pronto para sair quando Amélia segurou seu braço, forçando-o a ficar.

—Ele me trouxe até aqui. –Disse olhando como se o desafiasse a dizer alguma coisa. Anthony respirou fundo e olhou para o loiro.

—Obrigado, cara. –Ronan franziu o cenho, mas não discutiu. Algo muito estranho parecia estar acontecendo. –Se precisar de alguma coisa não hesite em me pedir okay? Agora eu realmente preciso ir.

Goulartt soltou o braço do loiro meio a contragosto e ele rapidamente saiu. Aqueles dois tinham muito a conversar, ele sabia. Assim que cruzou o corredor encontrou uma Annia com uma expressão preocupada que logo se desfez assim que a menina colocou os olhos no namorado.

—Eu estava preocupada com você! –Disse, abraçando-o. –Está tudo bem? James olhou no mapa e quando vi que você estava na enfermaria, pensei que...

—Não, está tudo bem. Encontrei a Amélia no caminho e ela não estava se sentindo bem, então a levei pra lá.

—E como ela está? –Perguntou, seguindo ao lado dele em direção ao grande salão.

—Melhor.

—Então é verdade o que estão dizendo? –O loiro balançou a cabeça afirmativamente.

—Acredita que ela disse que formamos um bom time? –A garota arqueou as sobrancelhas como se não acreditasse. –Estou falando sério.

—Ela está bem mesmo?

—Parece que tudo o que está acontecendo está mexendo com ela.

—Nina ainda não consegue olhar pra ela sem ficar vermelha de raiva.

—Me surpreende ela não ter atacado a Amélia quando soube da armação. –Zabini disse e os dois riram.

—Acho que ela só não fez isso porque saiu pra procurar Chris pela escola.

Quando chegaram ao Salão Principal o cheiro do almoço os atingiu rápido. Os dois se entreolharam e rapidamente se apressaram para se sentar, dessa vez na mesa da Grifinória, com os outros.

—Você está sendo paranoica, Ally. –James disse olhando para a namorada.

—Não James, eu estou surtando. Como você pode estar tão calmo?! –Ele deu de ombros, enchendo a boca de batatas fazendo-a encará-lo incrédula.

—O que houve? –A Malfoy perguntou.

—Tem cinco letras e decide nosso futuro. –Chris disse.

—NIEMs. –O casal disse junto.

—Exatamente. –O Potter riu. –Calma, meu amor, tenho certeza que você vai se sair bem!

—Mas eu não posso apenas me sair bem, eu tenho que ser perfeita! Só assim para eu conseguir ser medibruxa.

—Então você vai ser perfeita, Ally. –Nina falou tentando acalmá-la. –Vamos lá, você é a garota mais inteligente que eu conheço.

—Todos já escolheram o que querem? –Collins perguntou.

—Auror. –James disse.

—Medibruxaria. –Alison contou.

—Jornalismo, mas já vou avisando que não quero ser a nova Rita Skeeter. Quero um jornalismo direito, sem essas idiotices de ficar inventando fofocas sobre os outros para me destacar na profissão.

—Essa é a minha garota. –Chris puxou a namorada para um beijo.

—Magizoologista. Se tem uma coisa que tenho em comum com a minha mãe é o gosto por criaturas mágicas. -Ronan contou com um sorriso sonhador muito parecido com o de Luna Zabini.

—E quanto a vocês? –Alison perguntou olhando para Annia e Chris, os únicos que não responderam a pergunta. Os dois apenas deram de ombros e voltaram a atenção para seus pratos.

Antigamente os dois responderiam aquela pergunta sem hesitar, mas agora as coisas eram diferentes. Collins não sabia se conseguiria jogar Quadribol novamente sem que a falta que sentia de sua mãe o dilacerasse e Annia não sabia se continuar persistindo em se tornar uma auror era a coisa certa a fazer. Prometeu a sua mãe no início do ano que pensaria bem no assunto, então era isso que ela faria.

—Alison, eu posso falar com você? –O professor Tucker perguntou, parando próximo a eles.

—O que ainda faz aqui? –A loira perguntou enquanto James o fuzilava com o olhar. –Pensei que iria embora quando Hagrid voltasse.

—Eu vou, mas depois que você falar comigo. –Ela olhou para o namorado, como se não acreditasse no que o professor estava dizendo. –E eu não ligo de ficar parado aqui até isso acontecer.

—Vai logo, quanto mais rápido esse idiota ir embora melhor. -A loira bufou enquanto se levantava e se dirigia ao corredor com Tucker ao seu lado.

—Apenas saiba que não vou me arrepender de te transformar em churrasco caso ouse ficar a menos de dez passos de mim ou falar mal do James outra vez. –Avisou cruzando os braços e o fuzilando com o olhar, fazendo-o dar alguns passos para longe. –O que quer?

—Quero me despedir. –Ela revirou os olhos, rindo da audácia do professor. –Eu sei que fui um idiota enquanto estive aqui e que você provavelmente nunca mais vai querer olhar na minha cara, mas eu tenho algo pra você.

—Não quero nada que venha de você.

—Tenho certeza que quer. –Lance disse convencido, enquanto entregava a garota um pequeno frasco com um líquido tão azul quanto os olhos da garota que estava diante dele.

—O que é isso?

—Se lembra daquela vez em Beauxbatons que passamos o dia todo juntos? Aquele dia em que colocamos todas as cartas na mesa. Acho que nunca foi tão honesto com ninguém na minha vida e posso dizer que você também não.

—Muitas coisas mudaram desde aquele dia, Tucker. –Disse já imaginando sobre o que se tratava.

—Me atrevo a dizer que o seu desejo por isso não mudou.

—Isso não muda o fato de que continuo não querendo nada que venha de você. –A loira estendeu a poção que tinha em suas mãos para que ele pegasse. Ele não se moveu.

—Demorei muito para encontrá-la pra você, Ally. Não faça isso comigo. –O professor se aproximou um passo. –Não quer saber se o que sente pelo Potter é verdadeiro ou se o que ele sente é? Essa poção vai tirar todo e qualquer traço de Veela que há em você.

—Não preciso dessa droga pra saber que é verdadeiro.

—Tem certeza? –Perguntou, arqueando as sobrancelhas. –Sabe que eu prefiro você assim, mas quem sou eu pra dizer o que você deve fazer, não é mesmo? A escolha é sua.

—Por que está fazendo isso?

—Estou apenas cumprindo a promessa que fiz a você. Eu disse que encontraria a poção, e eu encontrei.

—Foi há muito tempo atrás!

—Caso tenha se esquecido, costumo cumprir as promessas que faço. O que você vai fazer com isso não é problema meu.

—Está tudo bem por aqui? –James disse se aproximando da namorada. A demora estava quase o enlouquecendo, então ele não se conteve, apenas se levantou e decidiu ver o que aquele idiota tanto falava com sua namorada.

—Já estou de saída. Foi um prazer, Potter.

—Pena que não posso dizer o mesmo. –O mais novo disse e o mais velho logo saiu. –Hey, o que é isso? –Perguntou fitando o frasco que sua namorada olhava fixamente.

—Uma poção.

—Poção? –Disse confuso. –Que poção?

A loira balançou a cabeça e foi andando rapidamente em direção ao jardim. Alguns alunos ainda passavam por ali, inclusive a irmã de Tucker que os olhava atentamente.

—Ally, fala comigo. Que poção é essa? –Perguntou, seguindo-a de perto. Ao chegar ao jardim, ela se sentou no chão e fitou o frasco. –Alison?

Mas a Veela parecia não ouvir. Passou a mão pelos cabelos, pegando um pequeno fio e o mergulhou no líquido. O fio então brilhou, um dourado intenso e bonito, mas logo se apagou. Era real. Ele havia conseguido.

—Por que eu não estou com um bom pressentimento sobre isso? –James perguntou e ela finalmente olhou para ele.

—Por que essa poção pode acabar com a minha parte Veela. –Assim que processou aquelas palavras, o Potter tirou aquele frasco de suas mãos e se levantou.

—Sei o que está pensando e não vou deixá-la tomar isso. –A loira se levantou também, cruzando os braços com um pequeno sorriso se formando em seus lábios.

—Eu não quero.

—Droga, Ally! Pensei que já tínhamos conversado sobre isso! Não me importa se você é uma Veela, um unicórnio ou um testrálio então eu acho que você também não deveria se importar!

—James...

—Não, você vai me ouvir até o final. –Ele interrompeu, fazendo-a rir. –Pode terminar comigo se quiser, mas eu não vou deixar você mudar quem você é porque as pessoas querem que o faça! Não percebe que desistir assim só vai deixá-las mais confiantes para fazer isso com os outros?

—Pour l'amour de Dieu! –A loira disse em francês.

—Eu não entendi o que você disse, mas eu não me importo, não vou te devolver essa porcaria. E outra coisa, como sabe que isso não é um veneno ou coisa do tipo? Porque eu não confio nem um pouco naquele cara! –James então respirou fundo, olhando-a fixamente quando percebeu o que ela havia dito. –Espera, você concordou comigo?

—É, eu concordei. –Ele a encarou, completamente confuso e a Veela gargalhou, se aproximando e o abraçando pela cintura.

—Que tipo de medibruxa eu seria se tomasse a poção que pode salvar a vida de alguma garota não correspondida quando eu não preciso? –Alison sorriu.

—Nunca mais me assuste dessa forma.

—Eu? Você que não quis me ouvir. –Ela riu e ele lhe deu um selinho, entregando o frasco. –Mas não posso dizer que não adorei tudo o que disse.

—Eu te amo pelo que você é, minha Veela. –Murmurou segurando seu rosto com as mãos e puxando-a para um beijo demorado, intenso e totalmente apaixonado que fez com que ambos sentissem como se houvesse algo explodindo dentro do peito. Aquela sensação mágica que os dominavam sempre que estavam juntos.

*-*

—Ainda tenho que levar alguns livros para a biblioteca. –Disse Alison entre um bocejo e outro no caminho de volta para o castelo.

Eles haviam passado tanto tempo na casa de Hagrid contando sobre o que aconteceu enquanto ele esteve fora que agora precisavam tomar cuidado para que ninguém os pegasse fora da cama àquela hora da noite.

—Eu levo pra você. –James murmurou beijando a testa da namorada. –Não estou tão cansado assim, dormi durante toda a aula do professor Binns. –Ela lhe lançou um olhar de censura, mas ele preferiu ignorar. –Vai lá, eu te espero aqui.

A Veela balançou a cabeça assentindo e deu um selinho no namorado. Respondeu a pergunta corretamente e entrou no salão comunal, voltando rapidamente com dois livros nas mãos. Entregou em suas mãos e se despediu com um beijo e um sorriso um tanto sonolento que o fez rir.

Ele seguiu olhando no mapa, evitando os corredores onde os monitores estavam passando e logo chegou à biblioteca. Parecia vazia, mas o mapa mostrou que não estava totalmente. Havia uma pessoa lá dentro.

—O que faz aqui tão tarde, Sirius? –Charlotte Lance perguntou com um sorriso nos lábios assim que seus olhos encontraram o Potter.

—Já disse para não me chamar mais assim. –Respondeu mal humorado seguindo em direção à prateleira com a garota em seu encalço.

—Você não reclamava antes. –Ele bufou, revirando os olhos enquanto se virava, pronto para ir embora. Mas assim que se virou deu de cara com a garota, ela estava perto demais e com um sorriso que não podia significar boa coisa.

—Olha, nós nos divertimos bastante, mas foi só isso. Você sempre soube que eu não sentia nada por você, então por que diabos está me enchendo agora? –Perguntou cruzando os braços e se afastando dela.

—Não sei, só percebi o quão tediosa Hogwarts fica sem as pegações no corredor. –Ela deu de ombros, se aproximando novamente enquanto colocava os braços sobre os ombros de James. –Agora falando sério, sabia que a sua Veela já namorou o meu irmão? Fiquei bastante chocada quando me contaram.

—É, eu sabia. -Respondeu se esquivando. -Por que não procura alguém interessado?

—Ah, mas isso não tiraria a sua namoradinha do sério. –Ela sorriu, divertida. –Por culpa dela meu irmão não tomou o lugar do idiota do Hagrid. Sempre achei ele patético.

—Não ouse insultá-lo na minha frente.

—Ui, você vai fazer o quê? –Charlotte cruzou os braços, desafiando-o. –Me estuporar? Sabe que eu estou certa. Aquele gigante não faz a menor ideia de como ser um professor, é uma grande piada, isso sim!

—Eu mandei você parar. Não tem nada melhor pra fazer?

—Sinceramente não. Acha mesmo que vai durar? Quero dizer, ela só pode se apaixonar uma vez, mas e você? A garota vai morar na França e você vai ser um auror que não vai ter tempo nenhum durante o treinamento. Já parou pra pensar em quanto tempo vai ficar sem vê-la? E se ela morrer te esperando?

Ela gargalhou e ele bufou, revirando os olhos. Não precisava que mais ninguém apontasse todas as possibilidades de falha do seu relacionamento com uma Veela. Já haviam pessoas demais para fazer isso. E como sempre fez com todas as outras desde o início, ele preferiu ignorar.

—Sabe que eu estou certa, Sirius! –Gritou quando ele se afastou sem dizer uma palavra.

—O que você tem a ver com isso, Charlotte? Eu não me lembro de ter pedido sua opinião sobre meu relacionamento. Pra falar a verdade, eu não me lembro de ter pedido a opinião de ninguém a respeito disso, então porque insistem em vir até mim para dizer que não vai funcionar?

—Porque você está cego! É óbvio que ela...

—Está me usando? Me deu uma amortentia? -Interrompeu, rindo. -Conheço todas as teorias sobre o que aconteceu. Por que parece tão impossível que nós tenhamos simplesmente nos apaixonado?

—Em um momento bastante oportuno, não é? Quando ela finalmente encontra o herdeiro de Harry Potter. Só acredito quando ela tomar a poção que meu irmão a entregou.

—Não estou pedindo para acreditar. -Rebateu. -Alison não vai tomar poção nenhuma. Nunca duvidei do que temos, nem por um segundo e tenho certeza de que ela também não.

—Deveria tomar cuidado com o que fala.

—Você é quem deveria ter cuidado. Nunca se apaixonou por ninguém, não é? Se tivesse acontecido saberia como é. -E então James seguiu em direção a porta da biblioteca, mas parou quando a garota voltou a falar.

—Está enganado. -Charlotte disse e ele se virou para encará-la. -Aconteceu uma vez. Nós até ficamos juntos por um tempo, mas depois eu tive que ir embora e quando voltei ele estava perdido nos encantos de uma Veela.

—Tenho certeza de que acontecerá novamente. -E o Potter saiu, deixando-a sozinha na sala escura.

Ao cruzar o primeiro corredor, encontrou Ronan com um sorriso nos lábios. Revirou os olhos e seguiu seu caminho, mas o loiro o acompanhou de perto.

—Quanto você ouviu? -Perguntou.

—O suficiente.

—Aquela garota é maluca.

—Fico feliz que não tenha dado ouvidos ao que ela disse. Estou orgulhoso.

—Se eu fosse dar ouvidos ao que todos dizem... -E soltou o ar, cansado. -Só tenho que me segurar para não deixar tudo pra trás e ir com ela pra França.

—Tia Gina te mata. –Os dois riram.

—É, eu sei. Acho que não tenho escolha a não ser esperar, não é?

—Sinto muito. –Ronan murmurou. –Quando ela vai?

—Depois da formatura.

—Já?

—Pois é, não temos muito tempo. –O Potter deu de ombros. -Mas não será um adeus, isso eu tenho certeza.


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Notas finais do capítulo

O que acharam meus amores? Capítulo bem grande pra compensar a demora ❤️
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