Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 83
Dementador?


Notas iniciais do capítulo

HEY GUYS!! DID YOU MISS ME??? ❤️❤️❤️
‪The sun goes down and it comes back up‬
‪The world it turns no matter what‬
Oh-oh-oh, oh-oh-oh oh, if it all goes wrong
Darling, just hold on
Eu sei, mereço várias ameaças pela demora e eu sinto muito por isso. É que estou fazendo cursinho á tarde então fica complicado pra escrever e postar. Mas e nas férias?? Eu não sei o que aconteceu, mas eu não conseguia escrever nada e tudo o que eu escrevia ficava ruim, então fiz esse capítulo aos poucos e finalmente estou postando *-*
Agora quero agradecer a M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A GrangerPotter pela recomendação que deixou aqui pra mim ❤️ MINHA LINDA OBRIGADA, EU ESTOU APAIXONADA ❤️ Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar meus anjos! ❤️ Beijooos!
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—Não se preocupe, ela ficará bem. –Draco disse enquanto acompanhava a senhora Jenkins e seu filho até a porta. –É só não se esquecer das poções.

—Tem o gosto ruim?

—Não muito, mas se quiser realmente melhorar terá que tomá-las.

—Pode falar, o gosto é péssimo. –O menino perguntou com uma careta.

—É horrível, mas é por poucos dias.

Mas ao passar pela porta encontrou uma Hermione assustada, com uma varinha nas mãos enquanto abraçava Lauren. Assim que o viu, ela soltou o ar, aliviada. Sentia-se mais segura quando estava ao lado dele.

—Com licença. –Foi rapidamente até a esposa e a envolveu em um abraço até sentir que ela havia parado de tremer. O bebê, alheio a situação, sorriu e estendeu os braços ao pai, sacudindo os pequenos pés.

Puxou-a para sua sala, onde pediu que se sentasse e tomasse um copo d’água para que enfim pudesse dizer algo coerente logo depois de dispensar sua secretária. Aquela felizmente era a última consulta do dia.

—Hermione, o que houve? –Perguntou, preocupado.

—Eu o vi. –Disse, agora mais calma. Seus olhos foram na direção de Lauren no colo do pai, ela a encarava atenta. –Eu estava voltando da casa dos Parkinson e... Eu não sei, Draco! Ele estava na rua e sorria como se...

—Ele machucou vocês? –Falou com um suspiro.

—Não, só... Ficou nos olhando e logo depois sumiu. Merlin, quando esse pesadelo vai finalmente acabar? –Murmurou a última parte para si mesma e ele a puxou para perto, beijando-lhe a cabeça.

Sabia que aquilo era um sinal de que ele estava chegando. Não fazia ideia de como, mas sabia, e era bom que Hermione e seus filhos não estivessem no meio do fogo cruzado quando acontecesse.

Mais tarde, quando estavam em casa e ela resolveu tomar um banho, ele pegou a tinta e um pergaminho e se apressou para escrever para Harry. Na carta pediu que ele colocasse mais aurores em Hogwarts e contou sobre o que aconteceu à sua esposa. Ele atacaria primeiro as crianças para assim deixar todos vulneráveis, mas isso não daria certo. Todos estariam preparados e tudo teria fim o mais rápido possível.

*-*

O clima no café da manhã daquele dia era de rivalidade devido ao jogo de Quadribol que estava prestes a acontecer. Lufa-Lufa contra Sonserina, o primeiro jogo em que as serpentes não teriam Christian Collins no time, o que deixava todos os jogadores apreensivos.

—Ainda dá tempo de se trocar e pegar o seu lugar de volta. –Ronan ofereceu ao melhor amigo. –Tenho certeza de que ninguém vai se importar.

—Confio em vocês pra nos dar a taça deste ano. –Respondeu simplesmente, beijando o rosto da namorada.

—E então, assustados? –Perguntou James enquanto sentava-se à mesa com Alison.

—Não, ainda temos esperanças de que o Collins entre em desespero e invada o jogo antes que a gente perca. –Nina respondeu comendo uma fruta e fazendo todos gargalharem.

—Vocês não deveriam pensar assim, sabiam? –O castanho cruzou os braços.

—Não sei se percebeu Chris, mas todos estão te olhando esperando que coloque seu uniforme. –Annia disse e ele passou os olhos pela mesa. Realmente não havia uma pessoa que não tinha os olhos fixos nele.

—E os Lufanos já estão organizando a festa da vitória. –Alison completou.

—Tudo bem, já chega, eu quero o time todo reunido no corredor agora. –Mandou enquanto se levantava. Os outros jogadores já tinham saído apressados.

—Isso significa que vai voltar? –Uma garota do sexto ano perguntou esperançosa.

—Não. –Ele respondeu dando as costas, fazendo todos na mesa soltarem o ar, derrotados. Collins parou diante dos jogadores do time com os braços cruzados, analisando cada um deles. –Só tenho uma pergunta pra vocês: Quais são as duas coisas que nunca devemos fazer no Quadribol?

—Nunca entrar em um jogo pensando que vamos perder.  –Nina disse dando uma rápida olhada em seus colegas. –Entregar os pontos antes da partida não vai ajudar o time, apenas temos que acreditar que enquanto o pomo estiver no ar ainda há uma chance.

—Exato. Caras... e Nina... –Acrescentou com um sorriso para a namorada. -Vocês mal pisaram no campo e já desistiram! Por acaso se esqueceram de que cada um aqui é um excelente jogador? Acham que eu consegui tudo aquilo sozinho? Por que se a resposta for sim acho que não é necessário time nenhum, não é? –Todos se entreolharam em silêncio. –Pode me dizer qual a segunda coisa, Ronan?

—Cantar vitória. –Respondeu dando um leve sorriso para o melhor amigo. Era exatamente o que os lufanos estavam fazendo. –Se fizer isso não importa o quão bem você jogue, a vida vai se encarregar de fazê-lo perder por ser tão imbecil.

—Preciso dizer mais alguma coisa? –Perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

—Não, não precisa. Vejo vocês no vestiário. –Zabini disse com um sorriso nos lábios e todos os jogadores se apressaram, totalmente renovados, apenas deixando o ex-capitão e uma ruiva para trás. –Valeu, Collins. –Murmurou antes de sair.

—Obrigada. –Nina disse beijando-o apaixonadamente. –Nos vemos mais tarde.

E ela saiu, deixando-o no corredor. Christian não demorou muito para perceber que não era o único ali. Encostada na parede estava Amélia, pensando se deveria ou não ir falar com ele. Quando os olhos verdes a encontraram ela se aproximou meio relutante. Sabia que talvez ele a odiasse por finalmente saber que ela era a responsável por seu término com Nina.

—Tem um minuto? –Perguntou e ele balançou a cabeça assentindo. –Fico feliz que você e a Cooper tenham se acertado.

—Obrigado por contar a ela.

—Está mesmo me agradecendo? É o mínimo que eu poderia ter feito por você depois daquela conversa.

—E como você está? –Ele perguntou com um sorriso.

—Eu contei aos meus pais. Minha mãe me apoiou, mas o meu pai simplesmente enlouqueceu.  Não foi diferente do que eu esperava, então... –A castanha deu de ombros.

—E Anthony?

—Mudou de ideia quanto ao bebê. Disse que quer voltar e me ajudar a passar por tudo isso, mas eu não sei se posso confiar nele novamente.

—Está vendo? Já está começando a aparecer. –Os dois ouviram uma Grifinória comentando com uma amiga e indicando a Sonserina com a cabeça. –Quem você acha que é o pai?

—Pelo que sabemos pode ser qualquer um. –Ao perceber que ela havia escutado as duas deram um sorriso amarelo e entraram rapidamente no salão.

—Parece que a notícia se espalhou. –Amélia murmurou.

—Não ligue para o que elas dizem.

—Oh não, claro que não. Tenho mais com o que me preocupar, como o fato de que algumas das minhas roupas já não me servem mais e eu realmente não estou pronta para perder todos os meus vestidos. –A garota disse, fazendo com que o Sonserino gargalhasse. –O quê? Eu realmente estou falando sério quanto a isso.

—E por isso é tão engraçado. –Ela revirou os olhos.

— Eu sei que quer ver o jogo então vou deixar você em paz.

—Não vai assistir?

—Não, vou adiantar meus deveres. Nos vemos no salão.

—Okay.

—E Collins, obrigada. Sei que foi você quem falou com o Anthony.

—Se cuida.

A garota seguiu pelo corredor em direção às masmorras e os alunos saíram do salão, ansiosos para o jogo. Depois de procurar um pouco no meio dos alunos, Annia avistou Chris e se aproximou, sendo seguida por Alison e James.

—Então, como está o time? –Ela perguntou.

—Felizmente estão mais confiantes agora. Já foram para os vestiários.

—Então vamos? –James chamou e Alison balançou a cabeça assentindo.

—Hey Annia, você ainda tem aquela bandeira da Sonserina que compramos no terceiro ano?

—Deve estar em algum lugar no meu malão. Por quê?

—Como há anos não estive na torcida eu não tenho absolutamente nada. Pode pegar pra mim?

—Claro. –Disse sorrindo. –Eu encontro vocês lá.

Os três assentiram e a Malfoy seguiu em direção ao salão de sua casa. Disse a senha ao quadro, encontrando-se com Amélia na sala. Ela estava sentada na mesa cheia de livros e pergaminhos, o que era um tanto estranho, porque a garota nunca faltou a um jogo de Quadribol.

Sabendo que se a garota a visse encarando-a provavelmente faria um escândalo, Annia tratou logo de desviar o olhar e seguir seu caminho. Abriu a porta de seu quarto rapidamente e andou até seu malão, abrindo-o rapidamente. Xingou-se mentalmente pela bagunça e apontou sua varinha usando “Accio”.

Rapidamente a bandeira apareceu e ela se virou, finalmente notando a presença de Ruby no quarto. Ela dormia em sua cama pouco se importando com o jogo que, para os outros alunos, era um dos mais importantes por não ter Chris no time.

Assim que Annia fez menção de sair, a garota se revirou na cama, ficando de costas e deixando a outra completamente assustada. Em suas costas e ombros haviam algumas cicatrizes um tanto preocupantes.

Ficou encarando-a por um tempo, se perguntando como aquilo havia acontecido. Será que alguém a havia agredido? Deveria chamar alguém? A Malfoy se aproximou devagar da cama, encostando a bandeira na parede, mas assim que deu alguns passos o lábaro escorregou, indo direto para o chão com um barulho enorme. Ruby se levantou rapidamente, assustada, enquanto Annia a levantava novamente.

—Que susto, Malfoy! –Disse com a mão no peito e dando um leve sorriso.

—E-eu... Me desculpe, eu não queria... Foi sem querer. –Murmurou ainda pensando no que havia acabado de ver.

—Está tudo bem?

—Está, eu só vim buscar a bandeira para o Chris e... Não virá para o jogo?

—Não, eu preciso descansar um pouco.

—Okay, então eu já estou de saída. –Annia disse pegando a bandeira e andando em direção a porta.

—Malfoy?

—Sim?

—Por que está me olhando como se eu fosse um dementador?

—Não, eu não... –A castanha soltou o ar, encostando-a na parede novamente, dessa vez tomando cuidado. –Você estava dormindo e eu não pude deixar de ver... –Ela fez um sinal com a cabeça e Ruby levou uma das mãos à nuca. –O que aconteceu?

—Eu realmente não quero falar sobre isso.

—Alguém fez isso com você? –Ela se aproximou, sentando-se na cama da garota. –Ruby, sabe que pode confiar em mim.

—Eu sei, mas é complicado. Olha pra mim Malfoy, você não pode contar pra ninguém, está me entendendo?

—Eu não estou gostando nada disso.

—Por favor? Você disse que eu podia confiar! –A loira dos cabelos cacheados suplicou, olhando-a nos olhos. –Annia...

—Tudo bem! Mas você vai ter que me contar o que houve.

Um tanto relutante, Ruby contou um pouco sobre sua infância. Quando sua mãe a levou para conhecer o pai e para morar com ele. Ela o amava e havia esperado ansiosa para finalmente conhecê-lo, mas quando finalmente foram morar juntos, tudo se tornou um pesadelo.

—Merlin, você deveria procurar ajuda! Sua mãe sabe que ele...?

—Minha mãe e minhas irmãs morreram pouco tempo depois. Além dele eu não tenho mais ninguém. –Murmurou com lágrimas nos olhos.

—Eu sei que prometi que não contaria, mas por favor, você precisa fazer isso! Não pode ficar vivendo com ele nessas condições.

—Mas eu não vou! Nunca mais vou precisar olhar pra ele depois que me formar!

—E como pode ter tanta certeza disso?

—Acredite em mim, tudo acaba no baile de formatura. –Suplicou com lágrimas nos olhos, segurando a mão da Malfoy.

—Só se você prometer que se não acabar você vai atrás de ajuda.

—Tudo bem, eu prometo. Agora não deveria continuar aqui, é o primeiro jogo do Zabini como capitão e eu tenho certeza que ele vai querer vê-la na torcida.

—Não quer vir?

—Não, eu realmente estou muito cansada.

—Se precisar de qualquer coisa pode me procurar okay?

—Okay. –A loira assentiu e a castanha se levantou, pegando a bandeira e indo em direção à porta. –Annia? –Ela parou. –Obrigada.

A Malfoy sorriu e em seguida saiu do quarto, indo em direção ao jogo que já havia começado. Demorou um pouco, mas finalmente encontrou seus amigos.

—Estávamos começando a nos preocupar. –James disse assim que colocou os olhos na amiga.

—Demorei mais tempo que o esperado para achar a bandeira. –Murmurou dando de ombros enquanto a entregava para Chris. –O que eu perdi?

—Lufa-Lufa na frente com 80 pontos. Parece que o Collins faz mais falta do que imaginávamos. –Disse Margareth Paltrow, a locutora.

—Estamos com 30 pontos.

—VAMOS, AINDA PODEMOS VIRAR! –Annia gritou arrancando uma risada do namorado, que mesmo no ar a ouviu.

Com a saída de Chris, o time teve que ser totalmente modificado. Nina, que antes era batedora, agora era apanhadora. Enquanto Ronan, que era goleiro, havia ficado com o lugar da amiga e dado sua posição de goleiro para Gabriel Foster, o antigo apanhador.

—Sonserina com a goles. Zabini, Jenkins, Carter, parece que ele está se aproximando e... DEZ PONTOS PARA AS SERPENTES! –A torcida foi a loucura com gritos e pulos de alegria. –Parece que essa partida vai ser mais complicada do que os Lufanos esperavam. Cooper arranca com a vassoura, em uma velocidade incrível. Parece que finalmente temos algum sinal do pomo! Rowan logo atrás dela.

“Sonserina novamente se aproximando com a goles, sinto cheiro de empate por aí hein? Não, os Lufanos estão realmente decididos a ganhar este jogo e vão com tudo pra cima do Zabini. Ele desvia e... DEZ PONTOS PARA A SONSERINA! Lufa-Lufa ainda na frente com 80 à 50.”

Nina estava em uma verdadeira briga com o apanhador da casa dos texugos, Kevin Rowan.  E quando ele quase a derrubou da vassoura, Chris desejou que a namorada ainda tivesse seu bastão de batedora, assim aquele idiota não se atreveria a se aproximar para tentar derrubá-la novamente.

“A briga entre os apanhadores realmente se tornou algo pessoal. Rowan quase derrubou a Weasley-perdida da vassoura e isso não é tudo. Ele realmente não vai desistir. DEZ PONTOS PARA A LUFA-LUFA!”

A garota revirou os olhos ao ouvir o apelido que antes era usado somente por Amélia. O fato de Margareth tê-la chamado assim no meio de um jogo só faria o apelido idiota se espalhar ainda mais.

—Sabe Cooper, eu sempre te achei uma das garotas mais lindas de toda a Hogwarts. –Kevin Rowan disse enquanto disputava pelo pomo com a Sonserina.

—Está mesmo me cantando no meio do jogo? –Ela perguntou batendo nele com a vassoura enquanto esticava sua mão esquerda para pegar o pomo. Ele fazia o mesmo. –Tenho namorado.

—Seu namorado é um idiota. Estou falando sério gata, adoraria te conhecer. –Rowan bateu nela com a vassoura também.

—Então você me acha uma das garotas mais lindas de Hogwarts? –A ruiva perguntou arqueando as sobrancelhas e sorrindo de lado enquanto olhava nos olhos dele.

—Pode apostar que sim.

Nina endireitou seu corpo sobre a vassoura mantendo os olhos fixos nos dele. A Sonserina baixou sua mão que estava na direção do pomo e a levou aos cabelos, colocando a franja que havia soltado para trás da orelha. O lufano observava todos os seus movimentos, completamente vidrado, se esquecendo completamente do pomo a sua frente.

Foi quando um balaço lançado por Ronan acertou o garoto e Nina teve o caminho livre para finalmente agarrar o pomo de ouro, dando a partida por encerrada.

—Nina Cooper acaba de pegar o pomo de ouro! SONSERINA É A GRANDE CAMPEÃ! –Margareth grita, dando início ás comemorações, que duraram toda a noite.

*-*

—Tudo bem Pansy, você consegue. Não é como se esse fosse o seu primeiro encontro. –Murmurou para si mesma enquanto estava do lado de fora do restaurante onde iria jantar com Marvin Gates, o trouxa que havia conhecido há alguns dias.

Se aproximou da janela fechada de um dos carros que ali estava estacionado e deu uma última olhada em si mesma antes de entrar. Estava linda, e tudo isso graças à ajuda de Hermione. Até que ela não era tão ruim, pensou consigo mesma.

Respirou fundo e entrou no lugar, não demorando muito para encontrar o homem, que abriu um enorme sorriso quando colocou seus olhos na mulher.

—Okay, esses foram os quinze minutos de atraso mais torturantes de toda a minha vida. –Murmurou enquanto se levantava e beijava seu rosto, fazendo-a sorrir. Geralmente Pansy não se atrasava, mas havia demorado tempo demais tomando coragem para entrar no restaurante.

—Por quê? Não vai dizer que é um daqueles caras obcecados por pontualidade.

—Não, eu só estava apavorado com a ideia de você não aparecer. –Pansy corou, sem saber o que dizer enquanto olhava atenta aos olhos dele, reparando em quão lindos eram. –Por favor, sente-se, estou ansioso para conhecê-la melhor.

Marvin puxou a cadeira para ela e também se sentou. Não demorou muito para que o garçom chegasse e eles fizessem seus pedidos, bebendo o vinho que ela escolheu enquanto esperavam.

—Tenho que dizer, você está linda esta noite.

—Só esta noite? –Ela arqueou as sobrancelhas e enquanto bebericava o seu vinho favorito, fazendo-o rir.

—Não, é que esta noite você se superou.

“Obrigada Hermione! Prometo pedir desculpas por todas as vezes em que dei em cima do seu marido assim que nos encontrarmos novamente!”  Ela murmurou para si mesma.

—Então, me fale de você e por favor, não poupe os detalhes.

—Divorciada. Mãe. Prestes a ser avó. –Bruxa.—É um tanto confuso. –Ela suspirou, dando de ombros. Se desse muitos detalhes logo ele perceberia que ela não era uma pessoa comum.

—Se eu já estava surpreso pelo “mãe” tenho que dizer que o “prestes a ser avó” realmente me deixou sem palavras.

—Eu já lhe disse a minha idade uma vez, Marvin. –Ela riu. –Minha filha está grávida de um garoto da escola.

—E como você está com tudo isso?

—Quero que ela tenha o apoio que eu não tive.

—Você é uma mulher incrível, Pansy.

—É, eu sei. –Sorriu convencida. –Agora me fale de você.

—Fiquei viúvo há cinco anos e tenho três filhos. Geralmente é agora que você sai correndo.

—Prometo não correr se você também prometer.

—Então temos um trato? –E ele estendeu a mão, que ela rapidamente apertou.

—Temos um trato.

O clima do jantar era tranquilo e calmo, além de totalmente diferente do que Pansy estava acostumada. Quando finalmente terminaram sua sobremesa e ele pagou a conta, Marvin a convidou para uma caminhada no parque, que ela rapidamente aceitou.

—Seria estranho se eu dissesse que essa é a primeira vez que eu realmente sinto vontade de sair com alguém desde que minha esposa faleceu? –Perguntou enquanto caminhava ao lado dela pegando sua mão cuidadosamente.

—É a primeira vez que tem um encontro desde o que houve?

—Oh, não. –Ele riu. –Depois de alguns anos meus filhos começaram a marcar encontros pra mim e nada os convencia que eu não precisava sair. Quero dizer que esta é a primeira vez que eu realmente quero sair com alguém. E você? Por que se divorciou?

—Acho que nunca o amei. Pra ser honesta o único cara por quem eu realmente senti alguma coisa encontrou a mulher perfeita e depois eu só não sabia mais o que fazer. Me casei porque já estava grávida e...

—Devo me preocupar com esse cara? –Perguntou com as sobrancelhas arqueadas e Pansy gargalhou.

—Não, ele não quer nada comigo desde a escola. E de certa forma sei que ele está com a garota certa, então estou feliz por eles. Foi ela quem me ajudou a escolher essa roupa.

—Não poderia ter escolhido melhor.

Gates parou de andar, ficando de frente para ela e se aproximou lentamente. Seus lábios se tocaram e começaram uma dança suave e tranquila, mas que os fez sentir como se algo estivesse explodindo dentro do peito.

Ela levou suas mãos ao rosto dele, segurando seu rosto enquanto ele a puxava mais para si, desejando não soltá-la nunca mais, como se há muito tempo esperasse por esse momento. O que ele não sabia era que ela também estava ansiando por aquele beijo e nada nem ninguém poderia atrapalhar. Exceto uma coisa.

Quando se separaram e voltaram a caminhar, os olhos de Pansy foram direto até o homem que ela achava que nunca mais veria.

—O que está fazendo aqui? –Ela perguntou a Lucius Malfoy, puxando Marvin para trás enquanto colocava sua mão em sua varinha, preparada para qualquer coisa que ele tentasse.

—Faço a mesma pergunta a você. Saindo com trouxas? Pelo que me lembro, você os odiava.

—As pessoas mudam.

—O que está acontecendo? Quem é esse cara?

—Agora não Marvin, eu explico mais tarde. Fique atrás de mim.

—Não deveria ter entrado no jogo quando Draco escreveu pra você. Pensei que era mais esperta, Pansy.

—Não entrei em jogo nenhum.

—No momento em que foi atrás do seu ex-maridinho para tentar arrancar informações você aceitou entrar no jogo. E tenho que dizer, não poderia ter escolhido momento pior.

—Do que está falando?

—O problema de todos vocês é que se esquecem de que todos tem algo a perder e eu não vou pensar duas vezes antes de ir atrás caso me irritem. Já eu, não há nada que possam fazer contra mim. No seu caso Pansy, você perde duas coisas preciosas de uma vez.

—Se algo acontecer a minha filha e ao meu neto eu farei questão de assistir ao dementador sugando a sua alma aos poucos.

—Dementador? Cara eu acho melhor você ir ou eu vou chamar a polícia. –Marvin disse pegando seu celular ainda confuso, fazendo com que Lucius gargalhasse.

—Eu não faria isso se fosse você. –E ele tirou sua varinha, apontando para o casal no mesmo momento em que Pansy tirou a dela.

—Pansy, vamos embora. –Chamou, pegando sua mão para ir embora, mas ela não se mexeu.

—Quer mesmo fazer isso aqui?

—Você não sabe o quanto.

—Vocês são malucos. –Falou balançando a cabeça. –Se quiser sabe onde me encontrar.

—Hey trouxa, você não vai a lugar nenhum.

—Trouxa? Olha, eu não o conheço, mas sei que não é com esse graveto que vai me impedir de ir embora. –Marvin cruzou os braços. –Adeus Pansy.

E ele deu as costas. Ela não queria que o encontro acabasse daquela forma. Provavelmente ele nunca mais iria querer vê-la, mas ficar não seria seguro, então apenas o observou dando as costas. E nesse breve momento de distração, tudo o que pôde ouvir foi o tom grave de Lucius ao usar uma das maldições imperdoáveis.

—Crucio.

Marvin gritou, caindo no chão logo em seguida. Pansy se virou para o homem que tinha um sorriso vitorioso quando as pessoas começaram a correr apavoradas.

—Como eu disse, vocês tem muito a perder. –Disse bloqueando um feitiço não verbal que ela havia lançado.

—Estupefaça! –Gritou e por pouco não o acertou.

—Sectumsempra! –A mulher rapidamente bloqueou o feitiço, irritando-o ainda mais.

—Everte Statum! –Parkinson gritou, acertando-o em cheio e jogando-o pra longe. Aproveitando o momento, ela correu até Marvin, desesperada e criou uma barreira para protegê-lo. –Você está bem?

—O que você é? –Perguntou um tanto relutante enquanto soltava um gemido de dor. Seus olhos repletos de pavor.

—Eu realmente não queria que você descobrisse assim, mas prometo que vou explicar tudo. –Se apressou ao ver que Lucius já havia se levantando e vinha direto até eles.

Mas o barulho da sirene da polícia o fez parar. Se o pegassem ali com certeza seria o fim de tudo o que havia esperado anos para conseguir. Encarou Pansy uma última vez e então aparatou, deixando-a sozinha no meio de vários trouxas, que olhavam curiosos para o que estava acontecendo.


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Notas finais do capítulo

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