Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 82
Capítulo Bônus: Temos Muito Trabalho a Fazer


Notas iniciais do capítulo

OOOIEE MEUS AMORES! TUDO BEM?? ❤️
FELIZ NATAL MINHAS GIRAFAS!! *--* Desejo a vocês tudo de bom! Que vocês ganhem muitos presentes e tenham uma noite maravilhosa! ❤️
Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar ❤️
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~Pov Hermione

Terminei de dar um banho em Lauren e finalmente a deixei dormir. Acariciei sua cabeça, onde haviam alguns poucos fios loiros e beijei-lhe a testa, admirando-a por um tempo. Respirei fundo e comecei a usar Abaffiato em torno do berço da pequena para que o barulho não a acordasse.

Estava na hora.

Peguei a pequena fênix de pelúcia e a coloquei dento da primeira caixa, junto com alguns dos brinquedos que Ben havia ganhado de presente e que nunca chegaria nem mesmo a vê-los.

—Morena o que acha de... –Draco começou, parando ao ver o que eu estava fazendo. Ele me encarou por alguns segundos e em seguida se aproximou devagar, colocando suas mãos em minha cintura. –Quer que eu faça isso?

Balancei a cabeça negando e ele tirou a caixa de minhas mãos, colocando-a dentro do berço vazio, e em seguida me puxou para um abraço apertado. Eu precisava fazer aquilo.

—Venha, temos muito trabalho a fazer. –Disse forçando um sorriso.

Comecei guardando os outros brinquedos e roupinhas enquanto ele, com um feitiço desmontava o berço e guardava todas as partes dele em outra caixa. Reorganizamos os móveis, mudamos a cor da parede até que o quarto estivesse totalmente diferente do que era.

Lauren continuava dormindo em seu berço quando acabamos, mas por pouco tempo, estava quase na hora de amamenta-la. No fim, estávamos sentados no chão em silêncio, olhando como tudo havia ficado. Draco me deixou escolher tudo, apenas ajudando a deixar exatamente como eu queria.

Deitei minha cabeça em seu ombro e uma lágrima escapou. O loiro me olhou e eu percebi que ele também estava chorando. Beijou minha testa e acariciou meus cabelos até que se acalmou. Apontei minha varinha para o berço de nossa pequena, retirando o feitiço e ele se levantou, secando os olhos. Estendeu sua mão pra mim e, ao me levantar, me deu um beijo, que foi interrompido pelo som da pequena resmungando.

—Acho que alguém está com fome. –Murmurei, me afastando para pegá-la no colo.

Olhou para o relógio, soltando um suspiro cansado ao perceber que deveria ir para o trabalho logo ou se atrasaria. Beijou o topo da cabeça da pequena e em seguida meus lábios demoradamente.

—Eu te amo.

—Eu também te amo. –E obrigada por ser o melhor marido do mundo. Acrescentei mentalmente.

Amamentei Lauren e uma coruja pousou próxima à janela com um pequeno pergaminho. Com uma mão o peguei e ela rapidamente levantou voo. Quando finalmente consegui ler o que estava escrito comecei a imaginar, confusa, sobre o que se tratava.

Preciso de ajuda e de alguém para me ouvir, e infelizmente você é a única que me vem em mente. Poderia me deixar entrar? O lugar está cercado por feitiços! –Parkinson.

Deixando o bilhete desci as escadas e saí de casa, caminhando com Lauren nos braços até os limites do feitiço anti-aparatação. Ela estava lá, parecendo um tanto desesperada. Com um movimento de varinha deixei que ela passasse, refazendo os feitiços logo depois.

—Está tudo bem?

—Não, não está. Eu estou desesperada, sangue-ruim! –Arqueei as sobrancelhas, enquanto Lauren estrava em uma luta contra meus cachos. –Desculpa, eu sei que não deveria chamá-la assim, mas é força do hábito.

—O que houve Pansy? –Perguntei, seguindo ao lado dela até minha casa, onde nos sentamos.

—Merlin, ela é idêntica ao Draco. –Disse olhando a pequena em meus braços. –Fico feliz que eu tenha ajudado em alguma coisa.

—Pansy! –Chamei, impaciente e curiosa.

—Okay, okay, eu vou falar, é que eu... Eu não sei o que fazer!

—Respire fundo, se acalme e depois me conta, sim? –Pansy balançou a cabeça concordando. Fez o que eu pedi e logo abriu a boca, soltando tudo de uma vez:

—Melly está grávida.

—Melly? Sua filha?

—Sim. Ela nos contou ontem à noite e eu não consigo parar de pensar nisso. Max não gostou nada, disse que ela teria que se casar e nós acabamos brigando... Eu não quero que ela se case por causa de um bebê da mesma forma que eu fiz, vai acabar com a vida dela!

—E o pai da criança? Quero dizer, ele sabe, não é?

—Provavelmente, mas quando o pai dela perguntou, Melly disse que criaria o bebê sozinha.

—O que disse a ela?

—Que ficaria tudo bem, é claro. Não era o que eu queria para ela agora, mas não quero que ela passe pelo mesmo que eu, o que se depender de Max é o que vai acontecer. Quero que ela tenha alguém ao lado dela. Temos que começar a organizar as coisas em casa, ela vai precisar de um quarto próximo ao dela para que seja o do bebê.

“Se for um menino podemos pintar as paredes de verde ou azul... Não, azul não. Verde, afinal ele vai para a Sonserina. E se for uma menina podemos escolher um amarelo ou alguma cor diferente, porque eu estou cansada de rosa. Merlin e se forem gêmeos? Vou precisar de sua ajuda nisso também, afinal...”

Ela interrompeu a fala ao perceber que eu havia me encolhido um pouco, segurando Lauren com mais firmeza. Eu não conseguiria organizar outro quarto para gêmeos agora.

—Merlin, eu sou uma idiota. Me desculpe okay? É que eu estou tão nervosa e empolgada que me esqueci completamente... Droga, eu sei que pode ser difícil então não precisa me ajudar se não quiser.

—Tudo bem, Pansy. –Dei um pequeno sorriso. –Draco e eu... Nós acabamos de guardar tudo que havíamos comprado para o Ben, então... Se acalme okay? Quando ela descobrir o sexo do bebê ficarei feliz em ajudar, mas por enquanto apenas separe o cômodo.

—Seria estranho se eu dissesse que estou começando a entender o que Draco viu em você?

—Muito. –Murmurei e nós rimos.

—Tudo bem, eu não vim aqui apenas para lhe contar a novidade. Provavelmente vou me arrepender dessas palavras, mas vamos lá, eu preciso da sua ajuda.

—O quê?

—Eu conheci um cara e ele me chamou pra sair. Mas ele é um trouxa, então não faço a mínima ideia de como me vestir ou me comportar, entende?

—Okay, não sei se estou mais espantada por você estar me pedindo ajuda com um encontro ou pelo fato de você ter um encontro com um trouxa.

—Não me leve a mal, mas eu admito que era mais preconceituosa por sua causa do que pelos trouxas em si. –Revirei os olhos.  –De qualquer forma, não conheço ninguém melhor que você pra me ajudar.

—Okay, então vamos começar com o mais simples e óbvio: Nada de varinhas, citar feitiços ou criaturas mágicas... Ah, e nunca, jamais fale sobre Hogwarts.

—Eu sei, eu sei. Droga, eu não deveria ter aceitado nada disso. Não sei nem o que vestir!

—Fique calma, não é tão difícil assim. –Eu me levantei com Lauren nos braços e um sorriso nos lábios. –Vem, eu tenho certeza que vamos encontrar a roupa perfeita pra você.

De repente o telefone começou a tocar. Me apressei para atender, dando um leve sorriso ao ver o número de Draco.

—Como estão as coisas aí? –Ele perguntou. Desde o que houve ele sempre ligava quando tinha um tempinho entre as consultas.

—Bem. Vou sair com Pansy para me distrair um pouco.

—Você sabe que o fato de vocês serem amigas agora é assustador, não é? –Ele perguntou, me fazendo rir.

—Confesso que isso também me assusta.

—Harry, Rony e Zabini foram até o endereço que ela me deu. –Ele disse depois de alguns segundos de silêncio.  –Nenhum sinal dele. É como se estivesse esperando que o procurássemos lá.

—O que foi? –Pansy perguntou ao ver minha expressão.

—Então você e o Blás ainda continuam com essa briga? –Mudei de assunto. Eu não queria falar sobre Lucius, pensar que ele ainda estava à solta e que poderia fazer mal a minha família me deixava desesperada.

Draco ficou em silêncio, me fazendo entender que a resposta era sim. Ele não pediria desculpas, e nem o Zabini, os dois eram orgulhosos e desde que brigaram evitavam um ao outro, enlouquecendo não só a mim, mas Luna também.

—A próxima paciente acabou de chegar, preciso ir. –Murmurou. –Eu amo você.

—Eu também te amo. –Respondi, desligando.

Me virei para encarar Pansy, ela tinha os olhos fixos em Lauren, que balançava os braços animada na direção dela.

—Parece que ela gosta de você. –Disse e ela direcionou os olhos pra mim. –Quer segurá-la?

—Eu posso? –Balancei a cabeça assentindo e entregando o bebê em seus braços. –O que acha de ir comigo até a Londres trouxa? Assim você pode me ajudar a escolher uma roupa.

—Vou pegar a bolsa da Lauren e nós vamos. Estava precisando mesmo me distrair.

Me apressei em direção as escadas, deixando-as na sala e voltando rapidamente com todas as coisas que a pequena precisaria. Não demorou que encontrássemos a roupa perfeita para Pansy e eu terminasse de ensiná-la tudo o que precisava sobre os trouxas. Até havíamos comprado alguns brinquedos para o bebê que Amélia estava esperando!

Era estranho que, de repente, a garota que eu mais odiei nos meus últimos anos escolares estivesse me ajudando tanto. Saber de sua história me mostrou que eu não deveria ficar me escondendo enquanto minha família precisava de mim. Eu podia lutar, eu conseguiria com eles ao meu lado, lugar de onde eles nunca saíram. E agora ela simplesmente apareceu para me distrair em um momento difícil.

Amizade? Eu não sabia ao certo se minha sanidade permitiria que eu chamasse assim, mas olhando para ela agora, eu via tudo, menos a Pansy Parkinson de Hogwarts. Ela havia mudado, assim como eu, e isso era bom, certo?

Quando ela foi embora, dizendo que me escreveria para contar como havia sido o encontro, eu decidi que deveria retribuir o que ela havia feito, portanto fui em direção à casa do senhor Parkinson. Lauren já havia se cansado da jornada, então havia dormido novamente.

Bati na porta e uma senhora de longos cabelos castanhos e olhos azuis atendeu. Em seus olhos eu vi que ela sabia exatamente quem eu era, só não conseguia entender o que eu estava fazendo ali.

—Senhora Parkinson?

—Sim?

—Será que eu poderia conversar com a senhora e o seu marido por um instante? É importante. –Falei e ela me deu licença para entrar.

—Nadi? –Chamou e uma pequena elfa apareceu. –Poderia chamar meu marido? Diga a ele que temos uma convidada importante e também nos traga um chá. –Ela balançou a cabeça e rapidamente desapareceu, me deixando sozinha com a mulher. –Me acompanhe, senhora Malfoy.

Fui com ela até o sofá da enorme sala e nos sentamos, apenas aguardando o senhor Parkinson chegar, o que não demorou. Ele rapidamente apareceu, usava um terno escuro e tinha uma expressão parecida com a de sua mulher quando me viu.

—Boa noite senhor Parkinson, eu sou...

—Hermione Malfoy, eu sei. –Ele disse, sentando-se ao lado da esposa. –O que a traz aqui?

—Preciso que me fale a respeito de seu neto.

—Acho que se enganou senhora Malfoy, nós só temos uma neta, e ela se chama Amélia. Está em Hogwarts com a sua filha, se bem me lembro.

—É, Amélia divide o quarto com a minha Annia. Mas eu não me enganei senhora Parkinson, estou falando do filho de Pansy com Theodore Nott. –Senti um arrepio percorrer sua espinha ao pronunciar aquele nome, mas aquela não era a hora para sentir medo ou se lembrar de tudo o que ele havia me feito passar.

—Não sabemos do que está falando, Hermione. –O senhor se levantou, seu rosto adquiriu um tom vermelho.

—Sim, eu sei que sabem. Por favor, isto foi há tanto tempo, não acham que Pansy tem o direito de conhecer o filho que nem deveria ter se separado dela pra começo de conversa?

—Saia da minha casa! –Ele gritou. –Foi ela quem a mandou aqui, não foi?! Diga a minha filha que se ela não fosse irresponsável nós não precisaríamos ter feito aquilo! Queríamos o bem dela!

—Pansy não faz ideia do que eu estou fazendo, e desde quando tirar um filho recém-nascido de uma mãe é querer o bem dela?! –Os gritos acordaram Lauren, fazendo com que ela chorasse. Fuzilei o senhor Parkinson com o olhar e abracei minha filha, acariciando sua cabecinha e balançando-a até que ela se acalmasse. –Por favor, senhor, se realmente quer o bem da sua filha me dê alguma informação. Qualquer uma.

—Eu disse para sair! –E com isso ele subiu as escadas pisando firme. Me dirigi em direção a porta, Lauren já estava mais calma, e então uma voz relutante me chamou.

—Senhora Malfoy?

—Sim?

Com um movimento de varinha ela fez com que uma pena, tinta e um pergaminho fossem direto até ela. Abaixando-se na pequena mesa da sala ela se apressou para escrever algo que eu não conseguia ver e logo se levantou, me estendendo.

—Sei que não deveríamos ter feito aquilo com nosso neto, mas só estávamos pensando no futuro da Pansy. Ela nunca mais falou conosco, sabe? –A senhora Parkinson respirou fundo. –Este é o endereço da mulher pra quem entregamos o bebê, o nome dela é Amaya. Não sei para qual orfanato o levaram, mas espero que isto a ajude.

—Obrigada senhora Parkinson, significa muito para a sua filha. –Eu sorri e me apressei para sair antes que o marido dela voltasse.

Lauren tinha os olhos arregalados pra mim, como se estivesse assustada com alguma coisa. A abracei e beijei sua testa, acalmando-a para que não chorasse novamente enquanto andava pela rua deserta.

—Está tudo bem, minha princesa. Já, já estaremos em casa, okay? –Murmurei, fazendo-a resmungar.

Foi quando eu vi Lucius parado próximo a um poste. Ele sorriu e então aparatou, me deixando novamente sozinha e desesperada naquele beco.


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Notas finais do capítulo

Acham que a Mione vai conseguir encontrar o filho da Pansy?? E Lucius, o que acham que ele estava fazendo lá?? ❤️
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Beijinhoos e um Feliz Natal!! ❤️