Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 75
You Promised and You Lied - Part 1


Notas iniciais do capítulo

Ooiee ❤️❤️❤️❤️ Tudo bem meus amores?? Espero que siim ❤️
Sei que vocês provavelmente estão querendo me matar porque eu disse que postaria nas férias e não postei, me desculpem mesmo, é que de 298 acompanhamentos eu tive apenas 10 comentários e isso me deixou um pouco desmotivada, mas não quero prejudicar vocês que deixaram comentários lindos pra mim ❤️ Ah e peço desculpas antecipadas pelo que acontece nesse capítulo kkkk ❤️ O próximo não vai demorar tanto *-* Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar seus lindos ❤️ Beijooos seus lindos *--*



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~Pov Hermione

Acordei mais cedo hoje, tendo um pouco de dificuldade para sair do abraço protetor de Draco sem o acordar. Mesmo que todo o meu ser implorasse para que eu ficasse, ainda havia várias coisas para resolver, então quando finalmente me levantei fui rapidamente para o banheiro.

Dei-me o luxo de um banho demorado já que algumas coisas que eu demoraria horas para fazer seriam muito mais rápidas com a ajuda da magia e aproveitei para relaxar.

Pela primeira vez em dias eu sentia que as coisas finalmente estavam melhorando, afinal eu não estaria sem nada para fazer e Draco finalmente começou a me incluir em qualquer coisa que estivesse fazendo para ir atrás de Lucius. Aos poucos me contava o que havia descoberto, e naqueles momentos eu via o medo que ele quase nunca transparecia em seus olhos.

Eu ainda estava pensando na melhor maneira de lhe contar a respeito de Josephine e tudo o que Annia havia descoberto, mas eu teria que fazer isso sem que ele soubesse como obtive aquelas informações.

Se Draco soubesse que Lucius estava falando com Annia... Se soubesse a última lembrança que ele a mostrou...

Depois de algumas pesquisas sobre as filhas de Solomon fui até Mabel, me surpreendendo um pouco com os olhos e cabelos que lembravam os dele. Disse que queria ver Angel mesmo sabendo que a garotinha estava com Blásio e Luna. Mas quando os olhos dela pousaram sobre mim, Mabel não demonstrou nada além de admiração. Ou ela era uma ótima atriz ou nunca estivera ao lado de Lucius ajudando-o a destruir minha família.

Respirei fundo e me enrolei na toalha, indo em direção ao closet para escolher uma roupa. Não, eu não estragaria um dia tão bom com aqueles pensamentos negativos que só me fariam mal. Optei por um vestido azul com um tecido leve e confortável. Fiz um coque com tranças laterais já que estava com preguiça de usar feitiços para que meu cabelo – que resolveu se rebelar – ficasse apresentável.

Logo senti um par de mãos abraçando minha cintura e recebi um beijo na bochecha que me fez sorrir, me avisando que Draco estava acordado. Me virei, passando meus braços em torno do meu pescoço encontrando-o sorrindo também.

—Está linda. –Desviei o olhar antes que minhas bochechas começassem a ficar vermelhas e ele beijou meu rosto. –Vai sair?

—Não. Zander Tully está com problemas com alguns papéis no trabalho e me pediu para ajudar, disse que as coisas estão um completo caos sem mim, então como tenho que ficar aqui em repouso pensei que seria melhor se ele viesse.

—E quem é Zander Tully? –Perguntou arqueando as sobrancelhas.

—Não precisa fazer essa cara, ele é casado e tem 57 anos.

—Que cara? –Eu o encarei como se fosse óbvio, mas aquela expressão continuou lá, então eu o beijei. –Sabe que eu volto para almoçar com você, não é?

—Sei. –Falei indo até os meus sapatos e escolhendo a sapatilha mais macia que encontrei.

—Está de bom humor... Aconteceu alguma coisa?

—Finalmente tenho algo para passar o tempo enquanto você não volta pra casa. –Ele sorriu e um chute forte em minha barriga fez com que eu levasse a mão rapidamente, parando tudo o que estava fazendo. –Seus filhos só podem estar brigando aqui dentro. -Me abraçando por trás ele colocou suas mãos em minha barriga para que pudesse sentir também.

—Tenho que te mostrar uma coisa. –Draco disse baixinho se separando de mim e indo até o armário, de onde tirou um lindo unicórnio de pelúcia. – Como são dois e o Ben já tem a fênix pensei que Lauren fosse gostar mais disso.

Mesmo que eu quisesse não consegui dizer nada, apenas fui até ele e o abracei apertado, ficando ali por vários minutos. Ele beijou minha testa e colocou o unicórnio em minhas mãos, me dando um selinho demorado.

—Obrigada. –Murmurei ainda sem soltá-lo, sentindo as lágrimas se formando em meus olhos. –Por estar aqui. É importante pra mim.

—Eu sei. –Ele respondeu me dando mais um beijo.

—Você vai se atrasar. –Sussurrei rindo e ele revirou os olhos, indo rápido até o banheiro por saber que era verdade.

Com a varinha cuidei para que tudo fosse para o seu devido lugar e segui para a cozinha. Draco insistia que devíamos ter um elfo para me ajudar pelo menos no período da gestação, mas eu me recusava. Eu sabia que estava enorme, mas isso não me impedia de fazer o café da manhã e movimentar a varinha para arrumar tudo.

Ele não demorou a descer, então tomamos nosso café da manhã conversando sobre o quarto dos gêmeos, que estava quase pronto, e ele saiu para o trabalho. Segui até o jardim para esperar o senhor Tully, afinal ele não poderia entrar enquanto aquela barreira de feitiços de proteção que deixávamos em torno da casa estivesse ali e esperei até que ele chegasse.

Quando ele finalmente chegou, com um enorme sorriso no rosto e uma maleta que com certeza estaria cheia de pergaminhos, desfiz o feitiço por tempo suficiente para passarmos.

—Senhora Malfoy, muito obrigado pela ajuda. Sinto muito tê-la incomodado sabendo de suas condições, mas eu já estava enlouquecendo. –Eu sorri, abrindo a porta da mansão para que ele entrasse.

—Não sinta, eu é quem estava próxima da loucura por não ter nada para fazer. Aceita um café?

—Não, obrigado.

—Então podemos começar? –Perguntei e ele assentiu, abrindo a maleta e colocando os pergaminhos diante de mim enquanto nos sentávamos na mesa.

—A propósito, parabéns pela gravidez. –Ouvir aquilo me arrancou mais um sorriso.

—Obrigada. Estou com 34 semanas.

—Já escolheram os nomes?

—Benjamin e Lauren. –Respondi.

Por um momento questionei como ele sabia que seriam dois, mas então me lembrei da matéria publicada no Profeta Diário. Não me lembrava deles terem mencionado, mas de que outro modo saberia? Com certeza devem ter colocado outra matéria com a nova novidade.

Olhei atenta a todos aqueles pergaminhos várias vezes, não encontrando nenhum erro e percebendo que ele não tirava os olhos de mim parecendo ansioso para que eu dissesse que algo ali estava errado e lhe mostrasse o quê, até que por fim me dei por vencida e me levantei.

—Sinto muito senhor Tully, mas não encontrei erro algum.

—Tem certeza? –Ele sorriu. –Procure e verá minha querida Hermione.

Rapidamente peguei minha varinha e apontei para ele, dando alguns passos para trás. Ele não pareceu se importar com o movimento brusco, parecia esperar por isso, então apenas manteve seus olhos em mim.

—Como sabia que eram dois? –Perguntei preocupada, andando até estar atrás da bancada, com a ilusão de que ela me desse alguma proteção.

—A pequena Annia estava tão preocupada com a mamãe desmaiando na ala hospitalar e o irmão desaparecido que, por um momento, eu pude ver claramente o que estava acontecendo quando aquela enfermeira lhe disse que eram dois. –Respondeu com um sorriso no rosto. –Soube antes mesmo que Draco.

—O que mais sabe? –Perguntei com a voz tão trêmula quando minhas mãos.

—Sei que estão atrás de mim. Acham mesmo que vão conseguir me encontrar? Eu estive escondido por anos, sangue-ruim! –Aos poucos os cabelos começaram a ficar maiores e os traços de Lucius foram ficando cada vez mais claros pra mim.

Ele se levantou, dando alguns passos em minha direção. A sensação de estar sozinha com ele e a possibilidade de que algo acontecesse aos meus bebês me apavorou, tudo o que eu sabia era que precisava pedir ajuda.

—Avada Kedavra! –Lancei o feitiço, que ele defendeu com um rápido movimento de varinha.

—Agora você usa maldições? –Lucius riu.

—Bombarda maxima! –Gritei sem me importar com tudo o que se quebraria. Aquele era um bom modo de atrasá-lo.

Enquanto ele se protegia dos cacos de vidro que eram lançados para todos os lados da cozinha eu corri o mais rápido que a gravidez permitiu, mas não foi o suficiente. Não demorou para que ele me alcançasse, lançando feitiços em minha direção.

—Deprimo! –A explosão que eu lançara o atingiu em cheio e eu pude subir as escadas indo até o escritório, lançando um feitiço que o segurasse pelo menos até que eu conseguisse fazer alguma ligação.

Peguei o telefone, demorando mais do que o necessário para discar o número de Rony. Respirei fundo algumas vezes para que pudesse me acalmar e conseguisse discar sem tremer tanto. Por sorte ele não demorou a atender.

—Alô? –A voz do ruivo fez as lágrimas que eu tentava desesperadamente segurar caírem.

As batidas na porta começaram assim como os feitiços lançados contra ela, me deixando cada vez mais nervosa. Eu precisava de ajuda rápido, aquela porta não aguentaria muito tempo.

—Rony... –Murmurei. –Ele está aqui, por favor...

—Mione? O que aconteceu? Onde você está? –Perguntou preocupado.

—Lucius está aqui, na minha casa... –Solucei. –Eu estou com tanto medo! Por favor, ele pode fazer mal aos bebês!

—Sabe Hermione, quando essa parede não aguentar mais e eu pegá-la farei você se arrepender por todos os anos que passei em Azkaban com os dementadores sugando a minha alma aos poucos. Você consegue imaginar? –A voz dele do lado de fora preencheu o cômodo aumentando meu desespero.

—Fique calma, já estou indo para sua casa. Vou pedir a Meg que avise o Draco, não se preocupe.

—NÃO! –Gritei. –Draco não pode matá-lo, está me ouvindo? Não vou perder mais ninguém.

—Tsc, tsc, tsc, convidando mais gente para a diversão? –Perguntou soltando uma gargalhada. –Achou que eu não colocaria feitiços para impedí-los de entrar? Não estou sozinho nessa Hermione.

Soltei o telefone e fechei os olhos. Precisava pensar, ficar calma e encontrar um jeito de sair dali antes que ele conseguisse entrar. Respirei fundo e tentei ignorar sua voz, foi quando eu finalmente tive uma ideia, com certeza a pior que eu já tive, mas pelo menos me manteria longe dele.

—Accio vassoura. –Murmurei o feitiço tendo plena consciência de que era péssima voando.

Quando a vassoura veio até mim pela janela, eu nem pensei, apenas tomei impulso saindo pela janela no momento exato que Lucius conseguiu entrar no cômodo. Eu tentava descobrir algum jeito de fugir dali e manter o equilíbrio, mas parecia impossível, ainda mais quando eu o vi.

Pelo menos a minha falta de controle tinha uma vantagem: ele demorou mais do que o esperado para me derrubar com algum feitiço.

Quando finalmente conseguiu eu não estava tão alto, mas ainda sim a queda me causou uma dor abdominal tão intensa que achei que não conseguiria mais me levantar. Gritei, o que pareceu divertí-lo ainda mais.

Pensei em Draco, Annia, Scorpius e nos gêmeos enquanto lágrimas de dor começavam a cair e eu gemia no chão pela dor que não passava. Estava ficando insuportável, mas ele não escaparia ileso. Apontei minha varinha em sua direção e usei minhas últimas forças para aqueles feitiços.

—Expelliarmus. –Sua varinha caiu em algum lugar próximo às flores de Narcisa e ele me encarou surpreso. Com um feitiço não verbal eu o joguei no chão, gritando de dor mais uma vez. –Crucio!

As lágrimas começaram a embaçar minha visão. Eram lágrimas de dor, de medo. Será que eu conseguiria salvar meus bebês? Havia esperança?

Foi quando meus olhos encontraram uma garota. Ela encarava Lucius como se sentisse sua dor, como se não soubesse o que fazer. Evangeline, eu sabia que estava viva, só precisava de uma confirmação.

Tinha os cabelos encaracolados como os da mãe e os olhos azuis acinzentados como os de Draco. Lembrando-me de como Annia havia reagido quando era apenas uma criança e havia visto a situação do pai ao ser torturado, eu parei. Não queria que aquela garota passasse pelo mesmo que minha filha por mais que Lucius merecesse.

A garota me olhou surpresa quando eu larguei a varinha, agradecendo-me com um olhar. Evangeline correu até o pai ajudando-o a se levantar e o carregou até o limite anti-aparatação, sumindo no ar e me deixando ali.

Aos poucos a dor foi sugando todas as minhas forças, até que eu fechei meus olhos, me entregando a escuridão.


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Notas finais do capítulo

#ProtegoTotalum!
Não me matem, não me matem, não me matem seus lindoos!! (Eu sei que eu mereço okay? kkkk) ❤️ Acham que a Mione e os bebês vão ficar bem??
COMENTEM QUE EU POSTO MAIS RÁPIDO A PARTE 2 *---*
Mereço recomendações? Dicas? Comentários? Deixem pra mim meus amores!
Beijoos da Becky ;)