Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 74
Não esta noite


Notas iniciais do capítulo

Ooiee meus anjoos! Tudo bem?? Espero que siim ❤
Depois de muito pensar no que faltava para este capítulo finalmente consegui e aqui está ❤ Espero que gostem meus amores! *-* Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar ❤ Beijooos!



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Hora do jantar.

Como vinha acontecendo muitas vezes ultimamente, Rose Weasley não havia prestado atenção em nenhuma de suas aulas. Seus pensamentos e preocupações estavam em outro lugar, em outra pessoa, e para piorar tudo nenhuma de suas aulas do dia era com a Sonserina.

Vinha apressada pelos corredores, se aproveitando de seu tamanho em relação aos outros para se enfiar e chegar mais rápido. Estava ansiosa para vê-lo mesmo que não fizesse ideia do que fosse dizer.

Mas quando o viu seus pés travaram e ela teve que se obrigar a continuar. Será que ele havia ficado com raiva? Desejava que não de todo o coração, já que seus olhos mostravam algo que ela não conseguia compreender quando encontraram os seus.

—Oi. –Disse baixo quando estavam, finalmente, frente a frente.

—Oi. –Ele respondeu e o silêncio caiu sobre os dois.

—Scorpius, eu...

—Rose, eu... –Começaram ao mesmo tempo e então pararam soltando um riso nervoso. Ele fez um gesto para que ela começasse primeiro, mas ela escolheu não falar nada. Pulou nos braços dele o abraçando e o surpreendendo.

—Me desculpe por ser tão Rose Weasley. –Ela pediu baixinho para que apenas ele ouvisse e o soltou.

Queria ver o seu rosto, saber se estava com raiva, admirar os olhos acinzentados como o céu daquela tarde. Não ligava mais para os coros de “Scorpius e Rose estão namorando” que os outros alunos faziam quando estava na mesma sala que o primo.

—Tá brincando? Essa é a melhor parte. –Falou fazendo-a sorrir. –Conversei com Ronan mais cedo.

—E o que ele disse? –Perguntou, preocupada que o menino agora soubesse todas as suas preocupações. Nem reparou que ele ainda segurava sua mão, pra falar a verdade nem se importava com isso.

—Algo que eu já sabia.

—Pode me contar?

—Rose, eu não ligo para o que seu pai vai ou não pensar. –A ruiva soltou o ar, aliviada e frustrada ao mesmo tempo. –Não ligo para o que ninguém vai pensar.

—Eu sei, mas eu fiquei com medo de que você... –Parou. Scorpius já sabia de suas preocupações quanto à opinião do pai, não precisava saber que ela estava com ciúmes.

—De que eu...? –Ele a incentivou a continuar. Depois de um tempo pensando se deveria sair correndo dali ou não, Rose decidiu falar a verdade. Talvez fosse difícil engolir o orgulho, mas queria saber o que levou Scorpius a dizer aquilo.

—De que você gostasse mais da Paige do que de mim.

—É, seria mais fácil pra mim. –Rose levantou os olhos encontrando os dele. Quando as lágrimas fizeram menção de se formar ele sorriu, segurando seu rosto. –Mas nem sempre o mais fácil é o melhor, não é o que vai me fazer feliz.

O Sonserino se aproximou e beijou sua testa, fazendo com que a menina ficasse da mesma cor que seus cabelos. Ela sentia-se mais tranquila, e por um momento desejou ter idade suficiente para que ele a pedisse em namoro como seu pai havia feito um dia com sua mãe.

Sabia que ela não havia aceitado de primeira, apenas quando a oportunidade de perdê-lo pra sempre surgiu. Meg havia dito uma vez que tinha medo de uma vida onde Ronald Weasley tivesse seu coração, afinal ele poderia quebrá-lo quando e como quisesse. Demorou um pouco para perceber que o que destruiria seu coração era ficar longe dele.

Rose não deixaria que a possibilidade de perder Scorpius chegasse. Embora fosse nova e por isso não sabia o que toda aquela explosão de sentimentos significava, não queria se afastar dele, da mesma forma que ele queria estar junto dela.

*-*

Aquele com certeza entraria para a história como o pior dia de sua vida. Não aguentava mais ouvir as pessoas dizendo o quanto sentiam muito por sua mãe, tudo o que queria era colocar todos pra fora e se trancar no quarto. Mas não podia chorar, tinha que ser forte e cuidar de sua irmã mais nova, e faria isso da melhor maneira possível.

Não havia largado Angel nem por um minuto desde que chegara, sabia que ela, de alguma forma, sabia o que estava acontecendo. A bebê, que geralmente era calma e silenciosa, gritava tão alto que estava deixando todos na casa malucos, mas com muito custo Chris havia conseguido acalmá-la.

Sua mãe morreu de insuficiência cardíaca grave. Ela precisava urgentemente de um transplante de coração, mas não havia nenhum compatível com o dela e a senhora Collins não aguentou esperar mais.

Ronan havia chegado no meio da tarde. Sua presença havia distraído um pouco o amigo, ajudando-o a suportar melhor todas aquelas pessoas, principalmente sua futura madrasta. Ver Mabel exibindo sua aliança de noivado para todos com um sorriso estampado nos lábios só aumentava sua raiva, e Chris sabia que ela o estava provocando. Ronan também servia para impedí-lo de matá-la no meio de todos.

Seu pai parecia abalado, mas a noiva parecia cuidar para que ele tirasse os pensamentos da ex-mulher falecida o enchendo com perguntas sobre o casamento. Estava cansado disso.

Quando Angel finalmente conseguiu dormir, ele voltou para o seu quarto em silêncio, mas no corredor encontrou Mabel. Ela estava parada ali, encostada na parede parecendo esperar por ele. Usava uma camisola vermelha e tinha um sorriso malicioso quando ele finalmente apareceu. Tentou passar por ela rapidamente, mas a garota o parou, segurando seus ombros.

—Parece tenso. –Ela sussurrou começando uma massagem. –Teve um dia difícil hoje e eu queria dizer que sinto muito. -Virou-se pra ela, olhando no fundo de seus olhos azuis, a intimidando.

—Não sei por que mente, sabe que eu sei exatamente aonde quer chegar Mabel.

—Quem sabe se você não soubesse talvez fosse mais fácil. –E ela piscou, com um sorriso divertido.

—Não tem medo do que meu pai pode fazer se vê-la tentando abusar do filho dele? –Ela soltou uma gargalhada.

—Não fale como se fosse um garotinho indefeso, você sabe que não chegaria tão perto se ele estivesse em casa.

—Ele pode voltar a qualquer momento.

—Sabe Christian, a melhor coisa no seu pai é que ele passa muito tempo no trabalho, além das muitas viagens inesperadas. Ele só estará em casa amanhã.

—Perfeito.

Ele disse cruzando o espaço que os separava com um movimento brusco. Tomou os lábios dela com violência, de um jeito tão repentino que a deixou sem saber o que fazer por alguns segundos. Mabel não demorou a retribuir. Assim que percebeu o que estava acontecendo começou a deslizar as mãos pelo abdômen dele, coberto pela camisa.

Chris passou as mãos por suas pernas, prendendo-as em sua cintura e prensando-a na parede com força, enquanto as mãos dela corriam por seu cabelo e nuca. O beijo continuou até que ela perdesse o fôlego e implorasse por ar.

O moreno desceu seus beijos até o pescoço dela e ali distribuiu mordidas, chupões, deixando-a completamente extasiada. Ficou um bom tempo fazendo aquilo, percebendo o quanto ela estava adorando as sensações que lhe causava.

Levou uma das mãos até o cabelo dela, puxando-o, e a garota beijou-lhe os lábios novamente com urgência. Chris esbarrou em um vaso de cristal que ali estava, fazendo com que ele se quebrasse em vários pedações, mas nenhum dos dois pareceu se importar, apenas continuaram o que estavam fazendo.

Voltou para o pescoço dela, que colocava suas mãos por dentro da blusa dele arranhando-o devagar e reparando nos músculos que os anos de Quadribol lhe trouxeram.

—Mas que porra é essa?! –A voz de Ronan no fim do corredor foi o suficiente para assustá-los. Chris a colocou no chão e ambos o encararam enquanto recuperavam o fôlego.

Mabel encostou-se à parede, ainda se atônita com a situação. Os olhos estavam em seu enteado, mas a cabeça nas nuvens. Enquanto ele apenas olhava para o amigo com uma postura firme, recuperando o fôlego.

—Vem comigo. –Ronan mandou fuzilando-o com o olhar. Ele não protestou, apenas o seguiu até seu quarto, onde ambos iriam passar a noite.

Quando entraram no quarto, Chris se jogou em sua cama, pegando uma almofada e encarando-a como se nada tivesse acontecido. Mas o silêncio não bastaria para Ronan, ele sabia.

—Você ficou maluco?! –O repreendeu. –Aquela é a noiva do seu pai, não pode simplesmente ficar com ela! Por acaso pensou no que ele faria caso pegasse vocês dois?! Ele o mataria!

—Meu pai não está em casa. –Respondeu tranquilo, o que irritou o loiro.

—Olha, Chris eu sei que as coisas estão difíceis desde o término com a Nina, mas ser irresponsável não vai ajudá-lo em nada! –Ronan soltou o ar, passando a mão pelos cabelos. –Devia tentar andar na linha por ela.

—Nina me odeia, andar na linha não vai fazer diferença nenhuma.

—Ela não te odeia. –Chris revirou os olhos, não queria criar mais esperanças. Quando percebeu o que estava acontecendo naquele dia na sala precisa teve certeza de que nunca mais voltariam. –Tudo bem, ela está com raiva, mas o fato de Mabel dar em cima de você não significa que possa começar com isso.

—Não comecei nada, estou apenas terminando.

—O que quer dizer?

—Só espere meu pai chegar.

—Você quer que ele saiba?! –Ele realmente havia perdido totalmente o juízo, era a frase que se passava na cabeça de Ronan. Zabini se levantou rapidamente, pensando em como concertar as coisas, mas nenhuma opção parecia ser boa o suficiente.

Chris pegou sua varinha e com movimentos rápidos colocou feitiços no quarto para que ninguém entrasse e muito menos os ouvisse. Jogou a almofada que segurava até então sobre a poltrona e olhou para o amigo pronto para explicar tudo.

—Não vou deixá-lo se casar com ela. –O som da voz dele fez com que Ronan parasse de andar pelo quarto e o encarasse. –E não se preocupe, não sou idiota, sei o que estou fazendo.

—Não parece saber.

E então Chris lhe contou todo seu plano. Sobre como sabia que Mabel estaria no corredor assim que saísse do quarto de Angel; a maneira como havia quebrado o vaso de propósito para que Ronan ouvisse o barulho e fosse até lá ver o que estava acontecendo, fazendo com que os dois se separassem; a forma como marcara o corpo dela, com certeza seu pai veria aquilo e cancelaria tudo.

Por mais que tivesse raiva do homem não queria que ele passasse o resto da vida sendo enganado, e se Mabel contasse quem havia feito aquilo – o que ele duvidava muito -, resolveu dar um voto de confiança ao pai, e preferiu pensar que ele ficaria ao seu lado, e não de uma garota qualquer que havia conhecido.

*-*

Mabel ainda estava encostada na parede do corredor pensando no que havia acontecido. Seu corpo estava paralisado, ansioso por mais. Perguntava-se o que havia acontecido com o garoto que a odiou por tanto tempo, mas aquilo não pareceu importar tanto.

Ainda sentia o lugar em que ele a tocara queimar em sua pele. Sabia que Chris beijava bem, mas não esperava que fosse daquele jeito.

Ouviu a enteada resmungar, mas não se deu o trabalho de ir até lá ver como ela estava. Não era sua filha, não tinha motivos para cuidar da criança. Felizmente a pestinha não voltou a gritar da maneira que havia feito o dia inteiro.

Enquanto seguia para o seu quarto tentava encontrar maneiras de conseguir ficar com Chris durante a noite. Agora que o loiro bonitinho os havia visto ficaria ainda mais difícil, não era possível, pelo menos não esta noite.


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Notas finais do capítulo

E aí meus amores, acham que o plano do Chris vai funcionar?? E o pai dele?? Será que vai acreditar em quem?? ❤ Mereço recomendações? Dicas? Comentários? (tive poucos no capítulo passado) Deixem pra mim meus anjos ❤ Beijooos!