Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 73
O verdadeiro sentido da frase


Notas iniciais do capítulo

OOOOIEEE SEUS LINDOS ❤ TUDO BEM? ESPERO QUE SIM!
O capítulo de hoje é dedicado à Milene e também a Echelon e Daydreamer do tt ❤ Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar ❤ Quem aí tava com saudades de Scorose?? *--* Nos vemos lá embaixo seus lindos! *-* Beijooos!



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~Pov Ronan

Depois de uma sessão de beijos com Annia na porta de seu quarto eu segui para o meu. Estava exausto e colorido dos pés a cabeça, mas nem me importei. Alison e James ficariam de detenção pelo resto da vida depois dessa, mas assim como eu, todos os outros alunos concordávamos que estávamos precisando disso.

Abri a porta do quarto devagar para não acordar Chris, que eu não havia visto desde que Minerva o chamara, me surpreendendo ao ver que ele já estava acordado. Anthony havia ficado com Olivia no salão comum.

Com um aceno de varinha fiz todo aquele colorido ir embora para evitar que sujasse o quarto inteiro e me joguei na cama. Meu melhor amigo não disse nada, apenas continuou jogando suas coisas no malão.

—O que está fazendo? –Perguntei confuso. Até aquele momento ele não parecia ter notado minha presença. Ele não respondeu. –Por que está fazendo a mala? –Chris não olhou pra mim, nem parecia estar ouvindo, então me aproximei e o cutuquei esperando que assim ele percebesse o que estava acontecendo no quarto. –O que aconteceu?

Aquilo pareceu surtir algum efeito, já que o Sonserino se virou para mim me encarando. Não disse nada, mas seus olhos vermelhos e inchados denunciavam que algo estava errado.

—Minha mãe... –Murmurou depois de alguns longos minutos. –E-ela... Ela não... –E abaixou a cabeça, se virando para voltar ao que fazia. –Vou pra casa do meu pai amanhã.

—O que houve? Ela está bem, não é? –Perguntei preocupado fazendo-o soltar o ar.

Ao terminar de arrumar seu malão, fechando-o e colocando-o no lugar com um aceno de varinha ele se deitou em sua cama, e quando eu achei que ele não diria mais nada o capitão do time da Sonserina murmurou:

—Ela não resistiu, Ronan.

—Sinto muito. –Falei me sentando em minha cama, mas ele apenas continuou em silêncio.

Quando acordei, Chris já não estava no quarto. Segui para o salão comunal e me sentei para esperar Annia descer. Assim que vi minha Sonserina um pequeno sorriso se instalou em meus lábios, ela descia as escadas conversando com Nina.

—Chris não vem para o café? –Annia perguntou assim que percebeu que nem ele e nem Amélia haviam aparecido no grande salão, e em partes também porque sabia que aquilo era tudo o que sua amiga queria saber.

—Ele foi pra casa, a mãe dele morreu. –Murmurei e Nina, que fingia não prestar atenção na conversa, se virou pra mim com os olhos arregalados.

—Ela morreu? –Perguntou parecendo não acreditar.

—Ele deve estar péssimo. –Annia disse e eu balancei a cabeça. –Se Minerva nos liberasse poderíamos ir, o que acham? Ver como ele está.

—Pensei na mesma coisa. –Nós dois nos viramos para a ruiva, sabendo que se ela fosse até lá poderia distraí-lo um pouco.

—De jeito nenhum. –Nina disse sabendo exatamente o que queríamos dizer.

—Pelo menos escreva algo, diga algo, mostre que se importa mesmo que esteja com o Bowen agora.

—Eu e Cleve não temos nada além de amizade, Ronan. –A ruiva cruzou os braços.

—Não é isso que ele acha. –Ela se levantou revirando os olhos e saiu do salão, nos deixando sozinhos. –Vou até a Minerva pedir permissão para ir até a casa dele, passar pelo menos alguns dias lá.

Annia balançou a cabeça enquanto mordia um enorme pedaço de bolo. Beijei-lhe a testa e me levantei, pronto para ir em direção à sala da diretora, mas a morena segurou minha mão como se quisesse falar alguma coisa. Depois de um tempo esperando que ela terminasse de engolir, minha namorada finalmente se manifestou:

—Diga a ele que sentimos muito. –Assenti e lhe dando um selinho eu saí.

Eu seguia meu caminho calmamente, porém, no meio do caminho Rose passou apressada por mim com uma expressão nada agradável. Se eu não a tivesse parado ela teria me atropelado.

—Hey, o que houve baixinha? –Perguntei pegando sua mão e me abaixando para ficar da sua altura.

Ela balançou a cabeça negando e me abraçou apertado. O que teria acontecido para deixar Rose daquela maneira? Apenas uma pessoa conseguia isso e eu não precisei esperar muito para que minhas suspeitas fossem confirmadas.

—Rose! –Gritou Scorpius, no fim do corredor, parecendo cansado de correr atrás da garota. Eles com certeza haviam brigado de novo.

Ela me encarou suplicante, as lágrimas tomando conta de seus olhos, enquanto ele se aproximava de nós. Me levantei com ela ainda em meus braços, ela escondia o rosto na curva do meu pescoço e o molhava todo.

—Por Merlin...! –Ele disse se apoiando em seus joelhos enquanto esperava que sua respiração voltasse ao normal. –Obrigado Ronan, achei que ela me faria correr até a torre da Grifinória.

—O que aconteceu? –Perguntei.

—Mande-o embora, não quero falar com ele. –Rose respondeu e mesmo que sua voz estivesse abafada por ainda ter o rosto escondido eu tenho certeza que Scorpius havia escutado.

—Rose, por favor, pode pelo menos me explicar o que aconteceu? –Ele cruzou os braços impaciente.

—Vá embora, Scorpius!! –A ruiva gritou, se virando para encará-lo.

—Ei, vocês dois, se acalmem okay? –Pedi colocando-a no chão e rapidamente a menina secou as lágrimas. –Agora expliquem o que houve.

—Eu também gostaria de saber! –Scorpius retrucou lançando um olhar à prima, mas ela cruzou os braços e virou a cabeça, empinando o nariz para não olhá-lo.

—Tudo bem, Rose, vou levá-la para o salão comunal da Grifinória e lá conversamos. –Quando o Malfoy mais novo abriu a boca para protestar eu levantei um dedo fazendo-o se calar. –Você me espera no da Sonserina. Já perderam boa parte da aula, não adianta aparecer lá agora.

Bufando o menino se dirigiu para o salão como eu mandei e Rose o acompanhou com o olhar enquanto ele se distanciava. Peguei sua mão percebendo que ela passaria o resto do dia olhando o caminho feito por ele se eu deixasse, aquilo pareceu despertá-la, então seguimos em silêncio para a torre da Grifinória.

Quando chegamos eu disse a senha – o que a surpreendeu um pouco – e nós entramos. Estava vazio, como eu esperava. Me sentei e fiz um sinal para que ela fizesse o mesmo, e então cortei o silêncio:

—Por que está brava com Scorpius?

—Porque não pergunta a ele? –Ela rebateu com o nariz empinado.

—Querida, Scorp parece tão confuso quanto eu. –Falei e ela bufou.

—Ele mentiu.

—O que ele disse?

—Ele disse que gostava de mim!

—E por que acha que ele mentiu? Vocês são primos, Rose, é claro que ele gosta de você.

—Mas ele disse que gostava da Celina Paige quando ela perguntou.

—Espera, de que tipo de gostar você está falando? –Falei arqueando as sobrancelhas. Quando apostávamos que eles ficariam juntos eu não esperava que fosse tão cedo. A ruiva corou e se calou, olhando para os pés. –E o que ele disse exatamente para a Celina?

—Que gostava dela! –Exclamou, dessa vez ficando vermelha por raiva e não por estar com vergonha.

Não consegui segurar a risada, o que serviu apenas para deixá-la mais nervosa e fazê-la me fuzilar com o olhar.

—Você está com ciúmes? –Perguntei ainda surpreso.

—Não! E não tem graça! –Respirei fundo em uma tentativa de parar de rir, sabia que se continuasse ela ficaria com raiva de mim também.

—Rose, mesmo que, em minha opinião, vocês sejam novos demais para um namoro, tenho certeza que Scorpius só tem olhos pra você. Garanto que o sentido da frase quando foi dirigida a você foi totalmente diferente do que foi dirigido a ela.

—Nós não estamos namorando. –Ela me olhou como se fosse um absurdo. –Nós somos primos e ainda somos muito novos pra isso, apenas não podemos. Mas quando eu ouvi o que ele disse... –Um suspiro triste escapou de seus lábios. -Ele não pode ficar comigo, mas pode ficar com qualquer outra garota mais bonita quando for mais velho. –Fiquei em silêncio pensando no que poderia dizer para que ela se sentisse melhor, mas uma pergunta escapou de seus lábios. -Quando Annia estava com James você também sentia dor?

—Eu tive a chance de tê-la e a perdi, havia dias que eu não conseguia dormir pensando nisso. –Respondi sincero. –Olha pra mim. –Mandei e ela obedeceu. –Scorp não quer nenhuma outra garota bonita Rose, e se, quando forem mais velhos, ainda se gostarem, não vejo motivo nenhum para que desistam apenas por ser primos.

—Mas meu pai diz...

—Seu pai vai achar errado o fato de você namorar, o problema não estará em Scorpius. –Peguei suas mãos e me aproximei um pouco mais. –Não há motivos para se preocupar com o que ele sente quando está tão claro que você é a única com quem ele se importa.

—Obrigada Ronan. –Rose murmurou me abraçando apertado. –Prometo que vou me desculpar mais tarde.

—Posso fazer uma pergunta? –Comecei, estava curioso para saber desde que eles começaram a passar muito tempo juntos. Desconfiada a ruiva balançou a cabeça assentindo. –Já se beijaram não é?

Suas bochechas vermelhas como seus cabelos, tão coradas e quentes, me deram a resposta. Eu ri e ela logo se apressou em dizer:

—Só duas vezes, e não vai acontecer de novo!

—Aposto que vai. –Ela revirou os olhos e eu me levantei. –Agora não quero que perca mais aulas, pegue suas coisas para o próximo horário. Vou falar com o Scorp e depois tenho uma coisa pra fazer.

A menina subiu as escadas para buscar os livros e eu segui em direção ao salão comunal da Sonserina, onde meu cunhado me esperava. O encontrei sentado, desenhando, mas assim que percebeu minha presença ele guardou tudo.

—Ela parou de chorar? –Perguntou quando me sentei e eu assenti. –E disse o que eu fiz? –Balancei a cabeça novamente. –Pode me dizer o que foi?

—Scorpius, o que acha da Rose? –Perguntei e ele franziu o cenho não entendendo o motivo da pergunta. –Apenas responda.

—Eu não sei, ela é a melhor pessoa de todas, mas também pode ser irritante ao ponto de brigar comigo sem eu mesmo saber o motivo. –O loiro cruzou os braços.

—Sabe que tio Rony o mataria se namorassem, não é?

—Sei, mas eu não ligo.

—Isso quer dizer que gosta dela?

—Não sei aonde quer chegar com isso, mas sim, eu gosto dela. –Respondeu depois de alguns minutos debatendo internamente se deveria ou não responder a essa pergunta.

—E ficaria com outra pessoa caso, quando estiverem mais velhos, alguém diga que não possa ficar com ela porque são primos?

—Não! –Isso, ele havia chegado onde eu queria. Sorri imaginando a reação do tio Rony quando, no futuro, eles contassem que estavam juntos. Ele com certeza tentaria matar o pequeno Malfoy, mas com o tempo acabaria aceitando, como tio Draco havia feito comigo.

—Posso ver? –Pedi indicando o desenho que ele estava fazendo antes de eu entrar. Ele balançou a cabeça assentindo mesmo a contragosto. Como eu imaginei, ali estava Rose, sorrindo e com um livro nas mãos. –Por que não diz a ela tudo o que acabou de me contar?

Devolvi o desenho a ele e Scorpius se levantou balançando a cabeça. Me levantei também, dessa vez pronto para ir até a sala da diretora pedir permissão para ir até a casa de Chris, mas antes de sair eu o chamei novamente.

—Scorp? –Ele levantou os olhos. –Vá devagar com a Rose okay? Vocês ainda são crianças.

O loiro balançou a cabeça e voltou seu olhar para o desenho mais uma vez. Saí do quarto e fui em direção à sala da diretora. Com a condição de que a permissão só seria dada se meus pais concordassem com a minha saída, eu deixei sua sala.

Mais tarde ela pediu que me chamassem novamente e minha mãe, que não pensou duas vezes, permitiu minha saída. Eu ficaria três dias fora, assim como Chris.

Arrumei minhas coisas, me despedi de Annia e Nina e fui para a casa dos meus pais antes de seguir para a casa dele.

~Pov James

Primeiro dia de detenção.

Eu não estava nem um pouco animado, diferente de Ally. Acho que Minerva a colocou para fazer algo que gosta porque no fundo sabia quem havia convencido quem a fazer as coisas.

Sentei-me ao lado do professor novo e, sem falar mais que o necessário, comecei a corrigir os trabalhos, mas o silêncio não parecia bom o suficiente pra ele.

—Então quer dizer, que James Potter é o escolhido da Alison. Quem diria, não? –Ele começou e eu levantei os olhos para encará-lo.

—Pois é. –Respondi. Minerva eu juro que, se me tirar da detenção, nada mais acontecerá a esta escola enquanto eu estiver presente. Sem bombas de bosta, sem explosivos, sem cores, apenas deixe que eu faça outra coisa mesmo que seja na floresta proibida.

—As garotas da antiga escola dela viviam dizendo que ela havia dado uma poção do amor a todos os alunos ou usado suas habilidades mágicas para se aproveitar. Suponho que com você não tenha sido diferente.

—Não muito, mas eu não ligo. –Murmurei com os olhos fixos nos trabalhos sem lhe dar muita atenção. –Você ligava para o que diziam de vocês? –É, eu sei que vocês já namoraram. Levantei a cabeça, essa eu queria ver.

Um sorriso brotou em seus lábios e ele abaixou a cabeça um pouco sem graça, as bochechas ficando um pouco vermelhas.

—Eu sabia que mais cedo ou mais tarde ela acabaria contando a você.

—É. –Respondi dando de ombros e voltando ao trabalho. –Ainda não respondeu a minha pergunta.

—Não, eu não ligava porque não funciona comigo.

—Funciona com todo mundo, por que com você não?

—Porque após alguns anos de pesquisa consegui desenvolver uma poção que cortasse o efeito por completo. É difícil para um professor se sentir magicamente atraído por sua aluna.

—Não pareceu adiantar muita coisa não é? Já que vocês namoraram.

—Hey, eu acho que me interpretou mal. Alison é uma garota linda, nós dois sabemos disso, eu só não queria que algo me influenciasse em relação a ela. Não pensa assim às vezes? Que queria saber se a ama realmente ou só porque há mágica envolvida? Já chegou a pensar que ela pode estar com você apenas porque está destinada a isso e não porque sente?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo meus lindos?? Gostaram?? ❤ Mereço recomendações? Dicas? Comentários? Deixem pra mim *--* Beijooos!