Powerless escrita por Blank Space


Capítulo 57
Lágrimas


Notas iniciais do capítulo

Oooiee meus amores 💞 Tudo bem?? Espero que siim 💞
Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar 💞 Beijooos meus anjos, nos vemos lá embaixo 💞 Capítulo bem grande meus amores 💞



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~Pov Alison

–Tem certeza que quer vir? –James perguntou quando chegamos à entrada da floresta proibida e eu assenti. –Tome cuidado okay? E não saia de perto de mim.

–Vou tomar. –Falei lhe dando um selinho.

–Tudo bem, se virem alguma coisa ou alguma criatura se aproximar disparem faíscas vermelhas pra cima e nós vamos até vocês. –Meg disse e nós assentimos. –E, por favor, tomem cuidado.

Jay segurou a minha mão e juntos entramos na floresta. Estava tudo muito escuro e nós conseguíamos ouvir barulhos dos animais que ali viviam.

–O que vai fazer amanhã após o jantar? Estava pensando em passar o tempo com você.

–Não vai dar, eu e Erick marcamos de fazer nosso trabalho de transfiguração, me desculpa.

–Não, tudo bem amor. –Ele respondeu. –Que Erick?

–Erick Carter. –O moreno balançou a cabeça. -O que realmente estamos procurando? –Perguntei um pouco preocupada.

–Não faço ideia. –Ele deu um leve sorriso. –Acho que algo que indique que Rose esteve aqui.

–Acha que Lucius a pegou?

–Não. Se tivesse pego ele colocaria no bilhete pra nos deixar mais preocupados. –O Grifinório disse. -Tia Meg está prestes a surtar.

–Espero que ela apareça logo. –Ele balançou a cabeça concordando e em seguida eu ouvi um barulho que me fez parar. –Jay você ouviu? –Sussurrei e ele assentiu me colocando pra trás de si enquanto nós preparávamos a varinha.

–Fique atrás de mim amor. –James pediu olhando para o lugar de onde o barulho vinha.

Foi quando um grupo de centauros nos cercaram, alguns deles com arco e flecha apontados para nós. Eu apertei a mão do moreno, que pareceu não se intimidar tanto ao vê-los ali, já que abaixou sua varinha e me olhou pedindo que eu fizesse o mesmo. Mesmo sem entender eu o fiz.

–Com licença, eu estou procurando uma garotinha ruiva, mais ou menos dessa altura... –Ele parou a mão no ar indicando a altura de Rose. –Ela usa óculos, vocês por acaso a viram por aqui?

Nenhum deles disse nada, apenas se entreolharam como se decidindo se deveria ou não respondê-lo. Apenas um deles se mexeu, um centauro de olhos azuis e cabelos meio loiros meio preteados que se aproximou de nós, parando diante dele.

–Jay, eu estou com medo. –Murmurei.

–Vamos ficar bem, calma. –Ele pediu.

–James Sirius Potter... –O centauro falou fazendo-o olhar sem entender. –Eu me lembro dos seus pais. E você... –Ele olhou pra mim. –É a Veela que cuida dos Pegacórnios. –Eu arregalei os olhos e ele sorriu estendendo a mão para James. –É um prazer conhecê-los, me chamo Firenze.

–É um prazer conhecê-lo também. –O Grifinório disse apertando a mão dele.

–Por favor, podem abaixar as armas. –Firenze pediu e meio relutante todos os centauros obedeceram. –Estão procurando por Rose Weasley, sim?

–Sim senhor.

–De fato a vimos aqui pela floresta acompanhada de sua irmã, Lilian.

–Eu sabia que Lily havia visto algo. –James murmurou. –Sabe onde Rose pode estar?

–Sinto muito, mas tudo o que temos da menina é isto. –E ele tirou um colar de chifre de unicórnio que estava amarrado em uma das flechas entregando a mim.

–É o colar da sorte dela.

–Pergunte a sua irmã.

–Lily está em uma situação delicada agora, acredito que por saber algo que não devia. Dizem que ela pode não sobreviver... De qualquer forma, obrigado. –Jay disse segurando-se para não chorar de novo.

Ele pegou minha mão e nós seguimos andando devagar voltando para o castelo, quando eu me lembrei de uma coisa que li no livro de Trato de Criaturas Mágicas puxei James de volta.

–Com licença senhor? –Chamei o centauro que também estava fazendo o caminho de volta.

–Sim? –Firenze respondeu se aproximando novamente.

–Há algum tempo li em um livro que os centauros entendem de cura mágica, é verdade? –Ele assentiu. –Não pode fazer nada para nos ajudar a salvar Lily? Alguém deu a ela veneno de basilisco e...

–A garota vai ficar bem, não se preocupem.

Nós o olhamos estranhando e ele sorriu, seguindo seu caminho. De mãos dadas James e eu deixamos a floresta, onde encontramos todos já na cabana de Hagrid conversando.

Meg e Rony se segurando para não chorar junto com o gigante enquanto Blásio e Luna conversavam com Tessa e Alvo. Eles suspiraram aliviados ao nos ver e todos vieram até nós.

–Graças a Merlin, por que demoraram tanto? –Perguntou o senhor Zabini.

–Estávamos conversando com os centauros. –James respondeu e todos exceto a senhora Zabini arregalaram os olhos. –Não se preocupem, está tudo bem.

–Eles são bem gentis. –Ela disse com os olhos sonhadores.

–Descobriram algo? –Alvo disse.

–Como eu disse, Lily sabe exatamente o que aconteceu. Eles disseram que quando a viram ela estava com Rose e...

–Eles acharam isso. –Acrescentei entregando o colar nas mãos de Meg ao perceber que James não sabia como dizer, e aquilo foi o suficiente para acabar com todo o esforço dela de segurar suas lágrimas.

~Pov Narradora

Annia e Hermione seguiram juntas até a sala precisa. Hermione sabia que viria tempestade por aí e achou melhor ir com a filha até lá para que ninguém ouvisse a conversa.

A menina não sabia mais o que fazer, mas também não conseguia segurar suas lágrimas por ter certeza de que toda aquela confusão era sua culpa. Se não tivesse contado à Draco que sabia do voto...

–Tem algo que deva me contar? –Perguntou a mãe indicando o sofá para que a filha se sentasse e a garota logo obedeceu. –Annia?

–Me desculpa... –Ela pediu chorando. –Eu devia ter escutado você e o papai, isso é tudo culpa minha!

–O que aconteceu? –A senhora Malfoy sabia que tinha que ser firme e se preparar para o que viria a seguir. A única certeza que tinha era que Lucius Malfoy estava envolvido.

–Há alguns meses Lucius me mandou uma carta dizendo que havia voltado. –Annia começou, estava farta de mentir para esconder o que estava fazendo e sabia que por mais que a mãe ficasse com raiva ela estaria ao seu lado. –Eu sabia que ele queria falar comigo e que se eu não descobrisse um jeito ele descobriria um, então dei um jeito de desfazer o feitiço que o impedia de entrar na minha mente.

Hermione respirou fundo, andando de um lado para o outro. Sabia que a situação era grave, mas não esperava que fosse tanto. Não sabia o que dizer e muito menos o que fazer, tudo o que queria era levar sua filha embora consigo para que pudesse protegê-la do monstro que sabia que Lucius Malfoy era.

–O que ele disse a você?

–Que quando eu desfiz o feitiço eu automaticamente aceitei entrar em uma espécie de jogo.

–Que tipo de jogo?

–Ele não me explicou bem, mas acredito que ele me mostra algumas lembranças que dão dicas sobre onde encontrá-lo, o que está fazendo, com quem ele está, e eu tenho que descobrir do que se trata.

–Foi assim que descobriu sobre o voto perpétuo. –Hermione afirmou ainda pensando no que faria.

–Sim. E foi assim que eu descobri que ele tem uma filha, foi a voz dela que você ouviu no telefone quando ele estava na casa do vovô e da vovó.

–Oh meu Merlin, como não pensei nisso antes? E você sabe algo sobre a garota?

–Sei que a mãe dela é uma ex-namorada do meu avô. Até perguntei a tia Meg sobre Josephine Solomon, mas ela não sabia muita coisa. E quando fui até a casa da filha dela descobri que ela teve três filhas, Zoe não se parece nada com Lucius, Evangeline morreu quando tinha oito anos e a outra se chama Mabel, é a madrasta do Chris.

–Acha que ela pode ser filha dele?

–Eu não sei. –Annia suspirou ao ver a preocupação nos olhos de sua mãe crescendo mais e mais. –Acho que ele está me punindo por ter contado que sabia do voto.

–Não quero que pense desse jeito okay? Espero que entenda a gravidade do que fez. Céus Annia, eu nem sei o que devo fazer!

–Eu sei que não devia ter feito isso mãe, me desculpa. –Ela pediu chorando.

–Nunca mais eu quero que fale com ele, e se falar eu quero que venha direto a mim e conte tudo o que ele disse. Se seu pai sonhar que você desfez esse feitiço...

–Vai contar a ele?

–Não enquanto Lucius ainda estiver por aí, eu sei que seu pai vai atrás dele se souber. –A Sonserina balançou a cabeça concordando e Hermione se sentou diante dela segurando sua mão. –Ele podia ter matado você Annia! Por favor, nunca mais faça isso.

–Vai refazer o feitiço?

–Não. Ele vai descobrir que nós sabemos de algo. Consegue bloquear algumas memórias para que ele não veja?

–Sim. Lucius não vê nenhuma das minhas lembranças, sempre que entra em minha mente é apenas para me mostrar coisas ou me irritar. Está brava comigo?

–Muito. –A senhora Malfoy respondeu sincera, mas logo se aproximou da filha abraçando-a, e juntas as duas choraram. –Eu só estou com medo de perder você!

–A senhora não vai. Eu prometo que vou ficar bem.

*-*

–NINA! NINA! –Gritava um Chris animado enquanto invadia o quarto da namorada.

–Oh meu Merlin, o que está...? –A ruiva perguntou estranhando, mas ele nem a deixou terminar, simplesmente a interrompeu com um beijo sem se importar com quem poderia estar no quarto.

–Vem comigo. –Ele disse puxando a namorada, que ele não havia percebido, mas já estava de pijama e um tanto curto. Usava um short preto e uma camiseta branca, mas mesmo que ela tentasse dizer a ele, o garoto não ouviria.

Ele a puxou até que chegassem ao seu quarto, onde Anthony estava sentado fazendo o dever, já Ronan ainda não havia voltado da detenção e Angel, que Minerva havia autorizado ficar com o irmão enquanto Blásio e Luna ajudavam a procurar por Rose estava sentada na cama tentando chamar a atenção da coruja que havia parado em cima da cama – que com certeza estava cheia de feitiços de proteção para a menina não cair.

Chris beijou a namorada mais uma vez, o que fez Anthony bufar irritado por não conseguir se concentrar. “Como se já não bastasse o bebê resmungando” pensou. O Capitão do time da Sonserina pegou um envelope e colocou em sua mão para que a batedora lesse também.

Era uma carta de sua mãe dizendo que estava com saudades e por isso o visitaria no fim de semana á Hogsmeade, que seria dali a três dias. Ela também falava de Nina, que estava ansiosa para conhecê-la, o que fez a ruiva Sonserina corar.

–Meu amor isso é ótimo!! –Ela disse pulando em seu colo e puxando-o para um beijo. –Ela com certeza está se sentindo melhor!

–Sim! –Chris disse rindo e a abraçando apertado. –Eu estava com tanta saudade dela.

Bufando Anthony se levantou e saiu do quarto batendo a porta, fazendo com que Angel se assustasse e resmungasse. Chris revirou os olhos e foi até a irmã, que resmungou novamente ao ver que ele havia tirado-a de perto da coruja.

–Chris... –Murmurou a pequena fazendo com que eles a olhassem surpresos. Aquelas eram suas primeiras palavras.

*-*

Harry estava andando pelo castelo enquanto todos buscavam por Rose, ele não queria entrar naquele quarto, sabia que não suportaria ver sua filha mais nova daquele jeito, assim como também sabia que não conseguiria ser forte diante de Gina.

Admirava Draco por isso, não que fosse admitir algum dia. Sabia que o loiro estava enlouquecendo por Scorpius estar com um homem que não pensaria duas vezes antes de matá-lo, mas mesmo assim ele se mostrava firme diante de Hermione por mais que ele não estivesse.

Por que a sua Lily? O que Lucius ganharia com isso? Sabia o que James pensava sobre aquilo tudo, que só fizeram isso com a ruivinha porque ela sabia de algo, mas o que uma criança de quase 13 anos poderia saber sobre um Ex-Comensal procurado?

Pensando em tudo aquilo e tendo certeza de que estava sozinho ele chorou pensando nela, se lembrando do sorriso, de tudo, pensando que aqueles poderiam ser os últimos minutos dela... Ele havia conseguido salvar o mundo bruxo, por que não conseguiria salvar sua garotinha?

Foi quando ele ouviu um canto... De início achou que era coisa de sua cabeça, estava pensando muito naquele assunto, no veneno de basilisco que foi como se ouvisse o mesmo canto da câmara secreta.

Mas uma imagem na sua frente o fez perceber que não era imaginação. Fawkes estava ali, a ave de Dumbledore que ninguém via há anos havia aparecido bem diante dele.

–Fawkes? –Ele chamou olhando-a e sentindo um pouco de esperança encher-lhe o peito. A ave se aproximou mais dele parando de cantar quando sua primeira lágrima caiu.

Harry não pensou duas vezes, pegou um pequeno frasco que carregava consigo por precaução e o parou ali, fazendo com que a lágrima caísse direto lá dentro.

–Obrigado, muito obrigado mesmo. É bom te ver de novo. –Ele murmurou emocionado.

A fênix levantou voo e se despedindo dela silenciosamente o menino que sobreviveu se levantou, correndo por todo o castelo até chegar à enfermaria.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo meus amores?? Gostaram?? *-* Mereço recomendações? Faz um tempinho desde a última hein... Comentários? Dicas? Deixem pra mim *-* Beijooos *-*