~Pov Nina

–Vem comigo. –Disse Chris pegando minha mão assim que a tia Herms contou a novidade. Mas antes que eu respondesse ele já estava me puxando e só em soltou quando chegamos ao grande portão da mansão.

–O que estamos fazendo aqui? –Perguntei franzindo a sobrancelha.

–Eu queria um lugar diferente e isolado para fazer isso. –O moreno disse rindo, em fazendo estranhar cada vez mais.

–Fazer o quê?

–Droga, por que sempre que eu olho pra você eu me esqueço de tudo? Se importa se eu fizer isso de costas?

–Do que você está falando?

–Tudo bem, tudo bem. Eu consigo. –Ele respirou fundo e olhou em meus olhos, estava sério. –Me desculpa.

–Se falar que tem outra garota no seu quarto e eu encontrar outra criança você apanha. –Falei sorrindo e ele revirou os olhos.

–Não é isso. –Chris disse rindo bagunçando os cabelos. –Está maravilhosa sabia? Perfeita com esse vestido.

–Diz logo. –Mandei antes que eu começasse a corar.

–Eu já fiz muita merda com você e eu realmente me arrependo. Pode não acreditar em mim, eu não te julgaria, mas é que eu não funciono sem a minha ruiva! E eu queria que dessa vez fosse diferente porque eu não consigo parar de pensar em nós! É automático, como se a cada dia, cada vez que eu pensasse, eu te amasse mais. Me desculpa meu amor... Eu te amo. Você aceita namorar comigo?

Arregalei os olhos – cheios de lágrimas – já que eu nunca esperaria que ele dissesse algo assim pra mim. Eu o amava também e eu acreditava no que ele dizia, mas as palavras não conseguiam sair.

–Sabe, essa seria uma boa hora pra você falar alguma coisa. –Chris murmurou vermelho depois de alguns minutos que eu o olhava.

Mas eu não disse nada, pelo contrário, o beijei e com aquele beijo eu pude sentir desde o amor que eu sentia por ele até o ódio que sempre nos manteve próximos, era o que eu sempre sentia, mas nunca pude me render aquilo... Bem, agora eu posso.

–Eu também amo você. –Respondi beijando-o de novo.

–Isso foi um sim? –Ele disse ao nos separarmos, olhando em meus olhos sorrindo.

–Sim! Sim! Sim!

E ainda me segurando ele me girou. Quando o Sonserino parou eu rapidamente sequei as lágrimas que ainda caiam e o abracei apertado.

E naquele momento eu decidi que o amaria como se nunca tivesse sido machucada, começaríamos de novo a nossa história sem fantasmas, cicatrizes e dor. Agora tudo seria cheio de luz, paz e principalmente sentimento, tudo aquilo que eu agora sentia apenas ao olhar pra ele.

~Pov Rose

Eu estava dançando com Lily quando vi Scorp sentado me olhando. Ele estava tão estranho, desde a última briga nós não havíamos conversado mais e algo dentro de mim gritava que estava acontecendo alguma coisa com ele.

Rapidamente me lembrei do dia em que ficamos presos no armário de vassouras juntos. Por que ele não era o mesmo Scorpius daquele dia?

–Só um minuto Lily. –Falei indo na direção dele, que desviou o olhar quando percebeu. –Oi.

–Oi. –Ele respondeu quando me sentei ao seu lado. –Se divertindo?

–Sim, mas parece que você não. –Ele deu de ombros. –O que está acontecendo?

–Por que está perguntando isso?

–Porque eu conheço o Scorpius, o verdadeiro, e você não se parece nem um pouco com ele.

–As pessoas mudam, grande coisa. –O loiro revirou os olhos.

–É sério, você ficou assim desde que o Martin... –Foi aí que as coisas começaram a fazer sentido. Só podia ser coisa daquele idiota. –O que o Martin fez com você?

–Nada.

–Eu não acredito em você.

–E o que quer pra acreditar?

–Me mostra seus desenhos. –Pedi e ele abaixou a cabeça. Desde pequeno ele sempre desenhava tudo o que sentia e o que estava acontecendo, isso não era segredo pra ninguém da família, era a única forma de ter certeza se ele estava ou não bem.

–Eu não desenho mais. –O Sonserino murmurou baixo, como se doesse dizer aquilo.

–O quê?

–Eu não desenho mais Rose!

–E por que não? –Ele ficou calado e eu bufei. –Scorpius, eu quero que me diga o que está acontecendo agora!

–Eu não quero falar sobre isso.

–Acho que a única coisa que não mudou foi a teimosia. –Eu disse me levantando irritada, indo em direção as escadas.

–Rose, aonde pensa que vai? –Scorp se levantou também, vindo atrás de mim.

–Ao seu quarto. Se você não conta, eu descubro.

No mesmo segundo que eu disse isso ele apressou o passo tentando me alcançar para me impedir. Eu saí correndo o mais rápido que pude, e ao chegar ao quarto dele simplesmente abri o malão tirando tudo.

–Para! Por favor! –Ele disse tentando me puxar e eu parei olhando nos olhos dele.

–Vai me contar?

–Se eu contar o que houve com os desenhos você promete que vai me deixar em paz?

–Scorpius...

–Por favor, Rose é pelo seu bem, não tente descobrir o que está acontecendo, está me entendendo? –Eu olhei em seus olhos e vi que ele estava assustado. Meio relutante eu balancei a cabeça concordando.

Meu primo deu uma rápida olhada pra mim e depois foi até sua mala pegando o que um dia foi um caderno de desenhos, estava completamente queimado.

–Oh meu Merlin o que aconteceu? Quem o queimou?

–Rose, você disse que ficaria fora disso.

–Não! Eu quero saber o que está acontecendo com você!

–Não importa okay? Eu e você estamos bem!

–Se você estivesse bem não teria se afastado de todos! Martin fez isso não foi?

O loiro abaixou a cabeça, me dando a resposta, o que fez com que eu me sentisse culpada. Meus olhos marejaram e ele rapidamente se aproximou, tirando o caderno das minhas mãos.

–Por que não me disse? –Perguntei.

–Porque você se preocupa sem motivo!

–Sem motivo?! Eu me preocupo sem motivo?! Scorpius eles queimaram seu caderno de desenhos e ele quase o deixou cego! Diga, o que mais ele pode fazer?! –Mas o loiro não respondeu. –Aconteceu mais alguma coisa?!

–Não!

–Bom mesmo, porque se eu descobrir algo eu conto aos seus pais.

E eu saí deixando-o sozinho. Corri até o quarto de hospedes onde eu sabia que ninguém iria me incomodar e lá eu chorei pelo resto da noite, voltando só quando ouvi minha mãe me chamar para ir embora.

~Pov Annia

–Parece que vocês finalmente se acertaram. –Falei ao ver Chris e Nina de mãos dadas e os dois riram.

–Difícil de acreditar não é? –Ele disse enquanto beijava o rosto dela.

–Estamos namorando. –A ruiva falou e eu sorri.

–Oh meu Merlin finalmente!

–Se continuar assim todos sairemos de Hogwarts namorando. –James disse e eu balancei a cabeça.

–Conseguimos o feitiço. –Ela em entregou um papel. –Está aí, mas, por favor, tome cuidado okay?

–Obrigada, vocês são os melhores. –Sorri guardando-o percebendo James ficar um pouco tenso ao meu lado.

–Eu sei. –Disse o moreno me fazendo revirar os olhos rindo. –E eu sinto muito, mas agora eu vou ter que ir. Meu pai está me enchendo desde ontem e eu não quero deixar a Angel sozinha lá por muito tempo. Feliz Natal.

–Eu vou com você. –A ruiva se despediu e quando eles saíram James olhou pra mim parecendo preocupado.

–Podemos conversar? –Balançando a cabeça eu concordei e nós seguimos juntos até o meu quarto.

–Está tudo bem? –Perguntei.

–Olha, eu sei que eu concordei em ajudá-la com esse plano retardado, mas eu quero que me conte tudo o que ele te disser okay? Não quero que você acabe enlouquecendo. E se o plano não der certo, vamos refazer o feitiço que o impede de entrar na sua mente.

–Tudo bem. –Ele me olhou estranhando, o que me fez rir. –Eu disse que teria cuidado James.

–Ainda tem a rosa que te dei? –Eu balancei a cabeça assentindo, pegando-a. –Olha isso. -Ele pegou-a e com a varinha murmurou alguma coisa e de repente a rosa começou a desabrochar, e a medida que isso acontecia ela ficava branca, se transformando em um colar.

–Oh meu Merlin James, é lindo!

Eu o abracei apertado e logo estávamos nos beijando apaixonadamente. Era um beijo intenso, cheio de sentimentos, e eu o puxava cada vez mais pra mim enquanto ele apertava minha cintura.

–Eles vão perceber que sumimos. –Murmurei tomando fôlego para beijá-lo de novo, sentindo-o sorrir.

–A festa acabou de começar, e você sabe que é bem provável que só acabe pela manhã. –O Grifinório disse.

–Tem razão, podemos descer depois. –Falei apontando minha varinha para a porta, trancando-a e usando Abaffiato.

Talvez fossem as taças de champanhe que eu havia tomado enquanto o esperava voltar com Alison, ou talvez eu só tivesse tomando coragem para fazer o que eu queria sem me importar com o que aconteceria, mas eu tirei seu paletó e o joguei no chão.

James tirou sua gravata e subiu umas de suas mãos até minha nuca, puxando meus cabelos de leve e me prendendo à parede. Eu não sabia se devia continuar ou parar mesmo que estivesse gostando muito de tudo aquilo.

Por algum motivo eu tinha a impressão de que algo aconteceria com nós dois, mas ele me amava desde sempre, quem melhor do que ele para isso? Além disso, eu confiava nele e o amava, mas do meu jeito. Resolvi apenas não me preocupar com Ronan.

Devagar abri sua camisa, jogando-a no chão enquanto ele descia os beijos pelo meu pescoço me deixando completamente arrepiada. James levou uma das mãos ao fecho do meu vestido, descendo-o. Caminhamos juntos, sem nos separar até a cama, onde ele cobriu seu corpo com o meu.

Eu me sentei por cima dele, entrando em uma busca incansável por seus lábios, e quando eu encontrei os selei rapidamente. Logo estávamos apenas de roupas íntimas nos beijando, completamente desligados da festa que acontecia lá embaixo.

O Grifínório tirou meu sutiã invertendo as posições, abocanhando meu seio sem aviso, me fazendo arfar. Minhas mãos estavam em seus cabelos, puxando-os enquanto sentia sua intimidade contra a minha.

James desceu os beijos até parar no cós da minha calcinha, que olhando nos meus olhos ele tirou e jogou em algum lugar do quarto. Quando me livrei de sua cueca ele penetrou, o que me fez gritar de dor cravando minhas unhas em seus ombros.

–Desculpa amor... –Ele murmurou beijando minha testa, olhando em meus olhos. Eu lhe dei um selinho, como se dissesse que ele poderia continuar e devagar ele voltou a se mover.

A dor era grande, mas com o tempo foi ficando suportável e ele foi aumentando a velocidade. Logo meus gemidos não eram mais de dor e sim de prazer. Os dedos dele acariciavam a lateral do meu corpo enquanto eu bagunçava seus cabelos.

–James... –Gemi alto descendo meus beijos por seu pescoço, distribuindo chupões, mordidas e beijos.

Quando chegamos ao ápice ele logo saiu de cima de mim, se deitando ao meu lado e me abraçando. Os cabelos estavam completamente bagunçados bem como eu tinha certeza que os meus também estavam e ele estava suado. Estava lindo.

–Sabe... –O moreno começou ainda ofegante, me olhando com um sorriso. –Essa seria uma boa hora para dizer aquelas três palavras.

Eu apenas ri, me aconchegando ainda mais enquanto ele acariciava meus cabelos. Sentia minhas bochechas queimando, e não me importaria de ouvi-lo dizer pra mim, de todas as vezes que ele disse, por incrível que pareça eu via em seus olhos que ele nunca esperava que eu dissesse o mesmo.

–Temos mesmo que voltar? –Perguntei e uma batida na porta respondeu por ele, nos fazendo arregalar os olhos. –Quem é?

–Annia sou eu. –A voz de meu pai do outro lado da porta me fez entrar em pânico. Se ele entrasse e nos visse daquele jeito James estaria morto.

–O que eu faço? –Ele gesticulou com a boca.

–Eu não sei! –Respondi baixo.

–Pode abrir a porta, por favor?

–Claro pai, só um minuto.

–Se eu achava que antes ele me mataria agora eu tenho certeza. –Eu revirei os olhos.

–Pegue suas coisas e vá até o banheiro, eu o distraio para que você saia. –Ele assentiu e nós nos levantamos.

Enquanto eu batia meu recorde de velocidade para me vestir, James terminava de pegar suas coisas e correr para o banheiro trancando a porta. Com a varinha arrumei meu cabelo e a cama de novo.

–Está tudo bem? –Eu disse abrindo a porta e ele logo entrou, olhando pra mim atento e depois embaixo da cama. –Pai?

–Tem alguém no banheiro?

Tentando parecer calma eu disse a primeira coisa que me veio em mente:

–Tem sim, a Nina. Ela bebeu um pouco e eu disse pra ela que um banho gelado pode ser bom. Por quê?

–Nada... É que o Potter sumiu e eu pensei que... Ah, deixa pra lá.

–Tia Gina está procurando-o? Pode avisá-la que ele voltou pra casa para buscar uma “surpresa de Natal” que queria me dar?

–Tudo bem. Todos estão perguntando onde você está lá embaixo.

–Já vou descer, pode deixar.

E ele saiu, me deixando completamente aliviada e me deixando respirar normalmente. A porta do banheiro se abriu e James logo apareceu rindo.

–Ainda bem que você é uma boa mentirosa.

–Aprendi com ele, meu pai não pode me culpar por isso. –Eu o beijei de novo. –Preciso tomar um banho.

–Somos dois.

–O que acha de dormir aqui hoje?

–Acho que se eu ainda não morri logo vai acontecer. –Eu ri o abraçando. –Mas gosto da ideia.

–Falamos que você dormiu no quarto de hospedes.

E juntos fomos até o banheiro. Dessa vez não fizemos nada, apenas tomamos banho enquanto nos beijávamos.

Quando acabamos eu saí do quarto primeiro, James sairia do meu quarto pela janela depois de alguns minutos porque se meu pai o visse descendo as escadas com certeza alguém morreria essa noite.

Assim que cheguei a sala de novo vi que alguém me olhava fixamente, mas quando percebeu que eu a vi logo saiu. Era a Alison. Fui atrás dela, mas a loira só parou quando eu a chamei antes de aparatar, já havia ultrapassado os limites do feitiço anti-aparatação.

–Ally espera!

–Annia, eu não vi que estava aí. –A Corvina disse tentando segurar as lágrimas.

–Está tudo bem? –Perguntei e ela balançou a cabeça tossindo. –Olha, eu sei que nós não conversamos muito, mas somos amigas. –A loira me encarou. –Você gosta dele não é? James é o seu escolhido.

–Adiantaria se eu dissesse que não? –Eu neguei. -Eu só me encantei com o fato dele me tratar como uma garota comum e não como uma Veela! Ele foi o único que fez isso Annia! –Ela disse deixando as lágrimas caírem.

“E eu sei que parece estranho porque nos conhecemos há pouco tempo, mas no momento em que o vi eu sabia que era ele. Não me importa se ele sente alguma coisa ou não, se eu significo algo ou não, eu só quero que ele esteja bem okay?”

–Você o ama?

–Me desculpa... –Ela soluçou. –Eu entendo se quiser me odiar, ele é seu namorado e você tem razão, apenas saiba que eu nunca quis nada disso... Eu só queria ser normal!

–Não precisa se desculpar. –Falei abraçando-a. –Quanto tempo ainda tem?

–Aguento até o fim do ano. Por quê? Você não está pensando em contar a ele não é? Por favor, Annia não faça isso, eu não quero que ele saiba... –A loira disse me soltando e olhando em meus olhos séria.

–Você vai morrer!

–Você não entende, eu não quero que ele finja sentir algo por mim, eu só quero que ele se sinta feliz e não culpado se algo acontecer.

–Tudo bem, tudo bem. –Falei me dando por vencida. –O que quer fazer?

–Nada. –Ela tossiu mais. –Quero que o faça feliz.

–Ally...!

–Por favor, só o faça feliz okay? –A loira me olhou suplicante e eu suspirei cansada.

Quando ela parou de tossir tirando a mão que cobria sua boca, vi que havia um pouco de sangue ali.

–Não tem nada que possa fazer para melhorar?

–O sorriso dele é um bom remédio.