POV FEDERICO

O pessoal foi para o hospital e eu fui para a casa da Angie para chamar o resto do pessoal. Peguei o carro e fui correndo para a festa, mas como o mundo é legal tive que parar em todos os faróis fechados. Depois de meia hora dirigindo eu finalmente cheguei, estacionei o carro e fui tocar a campainha. Toquei a campainha umas vinte vezes seguidas até alguém atender.

–Calma. –a Angie atendeu. –Federico?

–Não Angie, sou o Leon. –brinquei entrando na casa.

–Onde está o resto? –ela perguntou.

–No hospital. –falei me virando para ela.

–Eles estão bem? –ela ficou preocupada.

–Depende. A Vilu levou um tiro no pulso, o Leon levou um no pé, a Bella levou um tiro na perna e a Fran levou um tiro que pegou de raspão no rosto dela e o outro pegou no peito dela, só eu e a Cami saímos ilesos. –falei e a Angie colocou a mão em frente a boca.

Nem fiquei muito tempo e logo fui entrar mais na casa, encontrei a Ludmila conversando com a Naty. Quando ela me viu ela veio me abraçar.

–Meu amor! –abracei-a.

–Você está bem meu amor? –ela perguntou me olhando de cima a baixo.

–Estou. –confirmei

–Cadê o resto? –ela perguntou.

–Estão no hospital feridos, vim chamar vocês. –falei. –Onde está a Luly? –ele perguntou.

–Está ali. –ela apontou para um tapete onde tinha brinquedos.

–Vou pega-la, avisa o resto do pessoal por favor. –pedi.

–Tudo bem. –ela disse.

Ela me deu um selinho e foi na direção do pessoal. Fui até o tapete e peguei a Luly no colo.

–Oi princesa. –falei beijando sua bochecha. –Vamos ver sua mãe.

Peguei-a e fui ver se a Ludmila fez o que pedi, e só de olhar tenho certeza que sim pois estava todo mundo indo pegar o carro para ir no hospital. Em menos de dez minutos já estávamos cada um em seu carro, todos indo para o hospital. Eu fui o segundo a chegar, a única pessoa que chegou antes de nós foi o Germán com a Angie e as crianças.

O Germán estava louco, queria saber dá Violetta. Ele ficava andando de um lado para o outro e a Angie tentava acalma-lo. Em pouco tempo nós todos já tínhamos ocupado toda a sala de espera.

POV GERMÁN

–Mamãe, tá muito chato. –a Giovanna falou puxando o braço da Angie.

–Calma filha. –a Angie disse.

–Mais tá muito chato. –ela continuou balançando o braço da Angie.

–Para de fazer isso Giovanna, vou derrubar a Julietta. –ela disse ajeitando a Julie em seu colo.

–Me dê ela. –falei pedindo a Angie que me desse a Julietta.

Ela foi me dar a Julie mas ela começou a chorar pois estava dormindo.

–Mama!! Mama!! Nãu!! –ela chorou.

A Julietta se agarrou na Angie.

–Shhh!!! –a Angie começou a nina-la.

Ela levantou e começou a andar até a Julie dormir, ela dormiu, a Angie me deu ela e foi andar um pouco com a Gi para ela se acalmar, e eu fiquei lá esperando alguma notícia. Um médico apareceu na sala de espera .

–Algum acompanhante da paciente Camila Torres? –o médico perguntou.

Rapidamente o Broduey levantou.

–Eu, sou o marido dela. –ele disse indo em direção ao médico.

–Venha, ela entrou em trabalho de parto, ela passou por muito estresse e a bolsa estourou. –o médico disse.

Os dois foram para a sala de cirurgia e o resto ficou lá, apreensivos sem notícias dos outros. Ficamos mais um belo tempo até que resolvi perguntar, me levantei e fui até a recepcionista.

–Com licença. Quero saber sobre a paciente Violetta Castillo Vargas. –pedi informações.

–Sim, a paciente Vargas. –ela sorriu. –Ela está bem, está no quarto 117 juntamente com o paciente Leonard Vargas. –ela disse olhando o computador.

–Vocês são loucos de deixar os dois no mesmo quarto? –entrei em desespero, e se eles fizessem certas coisas.

–Desculpe senhor mas você é o que dá paciente? –ela me perguntou.

–Pai. –respondi.

–Então quero que o senhor saiba que você vai se vovô. –ela disse e meu coração parou.

–Não pode ser, minha filha é muito nova.

–Me desculpe novamente senhor mas, na ficha dela conta que ela é casada e tem 23 anos. Acho que posso dizer que ela não é virgem. –ela riu.

–Lógico que ela é, e ela não está gravida foi engano. –bati o pé e quase acordei a Julietta.

–Então tá, pode ir mas só são permitidas cinco pessoas no quarto. –ela informou.

–Minhas filhas podem entrar? –perguntei.

–Podem. –ela autorizou.

Fui chamar a Angie e a Gi, avisei a todos que estávamos indo ver a Vilu e eles assentirão. Pegamos o elevador entramos no terceiro andar e logo avistamos o quarto da Vilu, adentramos o quarto e vimos a Vilu sentada junto com o Leon conversando, só que, NA MESMA CAMA. Lógico que fui interromper.

–Oi Filha! –falei meio alto.

Ela virou a cabeça rapidamente.

POV VIOLETTA

Estava conversando com o Leon sobre o bebê e ele se convenceu e vai cuidar do bebê como se fosse o filho dele, depois que ele soube o sexo do bebê ele ficou muito e feliz e já está planejando coisas para ele fazer com o bebê. Nós conversávamos e de vez em quando dávamos selinhos ou até mesmo beijos mais quentes.

–Já pensou em algum nome? –ele perguntou em quanto me abraçava.

–Não né Leon, ainda é muito cedo. –falei ainda no abraço.

–É verdade. –ele riu. –Você sabia que eu te amo, e nunca amarei outra pessoa além de você.

–Eu imagino. Mas acho que nem sempre estarei apaixonada por você.

–Como? –ele ficou bravo.

–Eu estava brincando amor, eu nunca irei te esquecer. Pode vir qualquer homem do mundo, mas eu vou continuar com você. Talvez não fique de acordo com todas as suas decisões mas mesmo não te apoiando não significa que eu não te amo, afinal como seria um casal sem brigas? –falei olhando-o.

–Ia ser chato, muito chato. –ele concordou.

–Quero que você me prometa uma coisa. –pedi.

–O que? –ele perguntou.

–Nunca mais deixa o Tomás chegar perto de mim. –pedi novamente.

–Nunca mais, eu não vou deixar ele tocar em você, e sabe por quê? –ele me perguntou.

Ele olhou fixamente e meus olhos e consegui ver o quanto ele me amava.

–Acho que posso imaginar. –falei ainda olhando-.

–Porque te amo, porque sempre irei te amar, não depende da roupa que você use, com quem que você ande, isso não importa. Eu gosto de você Violetta Castillo, sendo assim como você é, meiga, boa mulher e simpática. Eu te amo assim. –ele disse e eu deixei uma lagrima escorrer.

–Eu também te amo. –falei.

Juntei nossos lábios em um beijo longo e apaixonante.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias até que levei um susto do meu pai.

–Que susto pai. –ela colocou a mão no coração.

–É melhor nunca mais fazer isso senhor Castillo, isso para ela é perigoso. –o Leon riu.

–Oi Vilu! –ela deixou a Julietta no colo da Angie e correu em minha direção.

Ele me abraçou e logo se separou, ele ficou me olhando estranho.

–Filha, não é verdade que você ainda é virgem? –ele me perguntou.

Eu fiquei estranha na hora, eu fiquei paralisada.

–Ela não é virgem Germán. –a Angie respondeu por mim.

–Ela é sim Angie. –ele insistiu.

–Mamãe, o que é se virgem? Eu sô virgem? –a Giovanna perguntou.

Olhei para a Angie ela estava sem reação, assim como o papai. Eles estavam tentando achar uma resposta.

–É... É quando uma pessoa tem certa idade. –a Angie tentou dar uma explicação, mas ficou estranho.

–Mas... –ela ia tentar falar mais a Angie interrompeu.

–Olha filha vou te deixar lá com a Lara tá bom. –a Angie disse. –Já volto.

A Angie se retirou do quarto e ficamos só eu, o papai e o Leon.

–Vai filha, admite logo que você é virgem. –meu pai não ia parar de insistir até eu dar a resposta.

–Pai... –parei para pensar pois ele ia dar um chilique. –Isso não é pergunta que se faça! –falei brava.

–Me responde Violetta! –ele mandou.

–Tá. –reclamei. –Eu não sou virgem pai.

Ele fez cara de bravo. Ele cruzou os braços e perguntou novamente.

–Desde que idade você não é mais virgem? –ele me perguntou.

–PAI!! –era constrangedor.

–Vai logo Violetta! –ele ficava brigando comigo.

Olhei para o Leon e ele estava quase rindo.

–Desde os 18. –falei.

Quando falei achei que ele ia me esganar.

–Como assim desde os 18 Violetta. Isso é muito irresponsável. –ele continuou brigando comigo.

Eu queria me enfiar no travesseiro.

–Pelo menos me fala que vocês usaram camisinha. –ele queria acabar comigo.

Enfiei meu rosto no peito de Leon. Ele viu que eu não estava bem então respondeu por mim.

–Sim senhor Germán. –ele confirmou.

–Voltei. –a Angie entrou.

Estava meio tenso o clima naquele quarto.

–Gente, porque esse clima. Acabamos de saber que a Vilu está bem e vocês vão brigar. –a Angie disse se aproximando de mim.

–É o papai. –falei ainda com o rosto no peito do Leon.

–Vem cá Vilu. –a Angie me chamou para um abraço.

Dei um abraço na mesma.

–Estávamos com saudades. –ela me disse.

–Eu estava de vocês. –falei.

–Mas eu falei que a recepcionista estava errada, ela disse que você está gravida, mas não está. –o papai disse rindo.

Foi aí que lembrei que estava frio, por isso estávamos cobertos e não dava para ver minha barriga. Eu estava com uma camisa colada então marcava bem minha barriga.

–Esqueci de mostrar. –falei e eles não entenderam, apenas o Leon.

Retirei o cobertor e me levantei, quando o papai olhou minha barriga ele ficou totalmente paralisado, sem reação.

–A recepcionista não estava errada. –falei.

–Você é muito nova Violetta. –ela continuou brigando.

–Pai, fala sério. Eu fui sequestrada e quando me acham você me trata assim, eu fui espancada e abusada e quando te vejo você briga comigo, era melhor eu ficar com o Tomás.

Me sentei novamente como Leon, abracei-o.

–É verdade Germán, você chegava a chorar por causa da Vilu e agora faz isso. –a Angie ficou brava.

–Me desculpa filha, mas não consigo ver minha filhinha com um filho. –ele se emocionou.

–Eu sei pai mas eu cresci e vou ter meus próprios filhos agora. –falei.

–Eu sei filha, mas é difícil aceitar. –ele disse.

–Imagino. –falei.

Levantei novamente e dei um abraço nele. Ele saiu do abraço.

–Você sabe o sexo do bebê? –ele me perguntou.

–Sabemos. –falei olhando para o Leon.

O Leon se levantou e ficou ao meu lado, dei permissão para que ele falasse.

–O bebê é...

POV FRANCESCA

Eu acordei em um quarto branco, minha visão estava meio embasada e eu estava com tubos no nariz para poder respirar. Olhei para um lado e não vi ninguém, virei para o outro lado e vi o Diego sentado na poltrona, ele estava com um braço enfaixado e estava dormindo. Alguns minutos depois de eu acordar minha visão melhorou, mas eu estava rouca e fraca, mal conseguia falar. Tentei chamar ao Diego.

–Diego. –minha voz não saía direito. –Diego! –consegui falar um pouco mais auto.

Ele acordou olhou para mim e se levantou rapidamente. Ele chegou ao lado da cama e deu um sorriso.

–Como você está Fran? –ele me perguntou.

–Tentando respirar. –falei fraca.

–Você vai ficar bem. –ele afagou minha mão, que estava com uma agulha enfiada porque eu estava tomando soro.

–Como a Bella está? –perguntei.

–Pode ficar calma Fran, ela está bem. –ele me confirmou. –Vou ir chamar um médico.

Ele se retirou da sala e eu fiquei lá esperando, em cinco minutos o Diego voltou com um médico.

–Olá senhora Cauviglia. –o doutor ficou ao lado de minha cama.

–Como eu estou? –perguntei quase sem voz.

–Você passou por uma cirurgia para retirar a bala que estava bem perto do seu coração, se ficasse mais um pouco talvez você não ficasse bem. –ele me disse.

–E meu bebê? –perguntei.

–Ele está bem. –ele me confirmou.

–Que bom. - fiquei aliviada.

–Sua amiga já foi fazer o ultrassom para saber o sexo, você gostaria de fazer também e ver se conseguimos descobrir? -ele me perguntou.

–Pode ser.

–Não posso te tirar daqui então vou trazer tudo até aqui. –o médico disse e se retirou da sala.

Eu mal tinha percebido mas o Diego ainda estava no quarto, ele ficava me fitando e eu já estava ficando vermelha. Ele veio até o lado da cama e pegou minha mão.

–Fiquei preocupado. –ele disse carinhoso.

A este ponto eu já estava até quente de tão vermelha.

–Você fica linda corada. –ele disse rindo.

–Para. –pedi.

–Tudo bem. –ela continuou rindo.

Mais dez minutos e o médico chegou com uma enfermeira. Eles trouxeram todas as maquinas, ligaram-nas e ele colocou o gel em minha barriga. Ele começou a passar por toda a extensão de minha barriga, ele olhou fixamente para a tela e disse.

–Olha só, pelo jeito vamos ter mais um...

Leiam as notas finais.