*Cinco meses depois

POV LEON

Faz cinco meses que as meninas estão desaparecidas e até hoje nada das da polícia falar algo das investigações sobre isso. Nesses cinco meses muita coisa mudou, a Luly nasceu e já está com cinco meses, a Camila já está de oito meses e está grávida de uma menina, e hoje é o aniversário da Julieta. Nesse tempo em que estou longe da Vilu eu entrei em depressão três vezes so saí por causa do pessoal. Não fui o único pois o Diego ficou muito mal com isso. O pior não é ficar sem ela, o pior é saber que a essa hora ela pode não estar mais em Buenos Aires, saber que o Tomás pode ter lavado elas em bora para outro país.

Eu estava em casa tentando achar algo para fazer mas nada vinha em mente então a única coisa que eu poderia fazer neste momento é esperar a hora da festa da Julietta e ir, mas agora eu não tenho nada para fazer. Eu estava vendo TV quando aparece uma reportagem sobre o sequestro da Vilu e da Fran.

#TV-JORNAL ON#

–Ainda não tivemos nenhuma informação sobre o sequestro de Violetta Castillo Vargas e Francesca Cauviglia. O sequestrador Tomás Heredia foi visto pela última vez no shopping center de Buenos Aires em seu March preto as duas da tarde. As duas foram sequestradas no dia de casamento de Violetta Castillo e Leonard Vargas durante a festa. Elas estão sumidas faz cinco meses e os policiais encontraram o carro no meio de uma estrada deserta de Buenos Aires. Se alguém ver Tomás Heredia pedimos para que informem a polícia imediatamente.

#TV-JORNAL OFF#

–Que legal, cinco meses depois eles avisam no jornal. –falei irônico. –Fazer isso antes eles não podiam.

Fiquei lá em casa mas resolvi ir para a casa da Angie e do Germán para ajudar na preparação da festa se não ia enfartar de ficar aqui sozinho.

POV LUDMILA

Hoje a minha princesa completa cinco meses, ela está muito linda igual a mãe. O Federico está um pai babão, tudo que ela faz ele acha graça e vai filmar. Ela é meu amorzinho, ela é linda, fofa, só que é tem muitas frescuras, ela não dorme de barriga para baixo, não usa qualquer tipo de frauda, e é muito apegada a mim e ao Fede, ela também não gosta de usar qualquer roupa, só usa roupas de marca. O Fe é perfeito, ele dá banho, troca a roupinha dela e a frauda, só não alimenta porque não dá.

O Fe estava trocando a Luly e eu estava descansando um pouco no sofá. Eu comecei a pensar sobre uma coisa até o Fe interromper meus pensamentos.

–Olha mamãe o papai me troco bonitinha! –ele disse imitando uma voz de criança. –E então meu amor, ficou bom? –ele me perguntou chegando perto de mim com a Luly.

–Estaria. –falei rindo. –Mas está do avesso. –falei pegando a Luly.

–Sempre da algo de errado. –ele disse.

–Algum dia você aprende. –falei tirando o vestidinho dela. –Pronto, assim acho que fica melhor. –falei colocando do lado certo.

Arrumei o vestido e a faixa de cabelo.

–Fede eu tenho que ir em um lugar. –falei pegando as chaves do meu carro.

–Quer que eu vá você? –ele me perguntou.

–Não precisa, vai ser rápido. –falei dando um selinho no mesmo.

–Vai levar a Luly? –ele perguntou triste.

–Você não vai morrer se ficar um tempo sem ela, pode ficar calmo que eu volto. –falei rindo da cara dele.

Andei até a porta mas antes que eu saísse a o Fede me chamou.

–Volte rápido, temos que ir na festa da Julietta. –ele me lembrou.

–Eu volto a tempo. –prometi.

Fui para o carro coloquei a Luly na cadeirinha e dirigi até a casa da minha mãe. No caminho fui pensando nas consequências que poderia ter se eu fosse até lá. Cheguei lá olhei bem firme para casa e desliguei o carro. Saí do carro e fui tirar a Luly também.

–Vamos filha. –falei pegando-a.

Fechei o carro e andei calmamente até a porta. Cheguei na porta toquei a campainha e esperei.

–Oi mãe! –falei e ela fez cara de desprezo.

–É você. –ela disse deixando a porta aberta e entrando em seguida.

–Eu vim te apresentar a Luly. –falei entrando e fechando a porta. –Você não foi vê-la quando ela nasceu, e não foi até hoje então eu trouxe ela até aqui. –falei entrando mais.

–É logico que eu não fui Ludmila, eu nunca apoiei você ter uma filha. –ela disse cruzando os braços.

–Ela é sua neta. –falei ainda calma.

–Você sabe que eu nunca apoiei você e seu namoradinho. –ela disse. –Foi por causa dele que você não fez sucesso.

–Eu amo o Fede. –falei.

–Mas não pensa no seu futuro Ludmila, olha no que deu, agora você nem canta. Você virou uma simples decoradora. –ela começou a jogar na minha cara.

–Sou tão simples que todos de Buenos Aires me procuram para fazer eventos ou festas, sou tão simples que o presidente pede todos os anos os meus serviços, sou tão simples que sou uma das pessoas mais ricas de Buenos Aires. –eu tinha meu truque na manga.

–Mas não conseguiu isso cantando. –ela revidou.

–Não consegui pois escolhi parar, foi escolha minha. –falei um pouco estressada. -Olha mãe, eu estou com o Fede e estou feliz, e agora tenho minha maior preciosidade, e vou cria-la bem diferente de como fui criada. –falei indo até a porta.

–Nós estamos conversando Ludmila! –minha mãe quase gritou mas eu continuei.

Saí da casa dela e fui correndo para a casa. No caminho eu fiquei pensando que não devia ter vindo, mas fazer o que eu não gosto dela mas ela é minha mãe, e agora que sou mãe também eu não gostaria que minha filha me esquecesse.

POV VIOLETTA

Faz cinco meses que fomos sequestradas e nada de alguém para nos achar. O Tomás ia fugir conosco mês que vem, mas ele conseguiu antes então provavelmente nós vamos hoje ou amanhã, e como estamos lidando com isso? Estamos horríveis, a Fran está entrando em desespero e eu estou igualzinha, eu não acredito que vai acabar assim, não acredito que vou acabar minha vida sem o Leon e acabar vivendo presa por um psicopata. O Tomás nos dá dois pães por dia e dois copos de água, um de tarde e um de noite, e nós podemos tomar banho uma vez por semana mas sempre usamos a mesma roupa. Esqueci de mencionar, o que nós falamos deu que é verdade, eu e a Fran estamos grávidas e o Tomás ta louco para fugir, ele diz que vai cuidar dos filhos mas eu e a Fran não queremos nem que ele encoste um dedo neles. As roupas que nós usamos já está apertada faz dois meses mas ele nem se importa. Nós já estamos de cinco meses então nossa barriga já está de bom tamanho.

Estávamos sentadas na cama quando de repente senti algo na minha barriga.

–Ai. –falei colocando a mão na barriga.

–O que foi Vilu? –a Fran me perguntou pegando em meu braço.

–Ele chutou. –falei e ela sorriu.

–Normal. –ela falou. –É um sinal de que ele está bem. –ela passou a mão pela minha barriga.

–Que bom, mas estou com fome. –falei.

–Vai demorar muito para nós comermos. –ela disse.

–Eu sei, só daqui a seis horas. –falei acariciando minha barriga. –Como está o seu? –perguntei.

–Quietinho, até agora não fez nada. –ela disse também acariciando a barriga. –Mas uma coisa eu sei que ele quer pois ele também está com fome.

–Será que nós vamos hoje ou amanhã? –perguntei.

–Eu não sei, mas eu não quero ir. –ela disse deixando uma lagrima escorrer por sua face. –Não quero criar meu filho presa.

–Nem eu. –falei.

–Olha aqui meninas! –o Tomás entrou e a Fran se sentou ao meu lado, estávamos na parte de trás da cama. –As passagens chegaram e as malas de vocês já estão prontas então iremos hoje. –ele disse.

Foi só ele dizer aquilo que vi lagrimas começarem a molhar minha face e a da Fran também.

–Provavelmente iremos hoje, se conseguimos subornar os policiais e o pessoal do aeroporto. –ele disse chegando mais perto. –E como estão meus filhos. –ele perguntou colocando uma mão na barriga de cada uma.

O pior não é ele encostar na gente, o pior é não poder falar nada se não ele pega a arma.

POV ANGIE

Hoje é o aniversário de dois anos da minha princesinha, ela já está falando melhor e dá para entender uma parte. O Leon veio nos ajudar a terminar de arrumar as coisas da festa pois ele disse que ficava muito entediado em casa sozinho, mas também né, quem não ficaria. Já estava tudo pronto só faltava trocar a Julietta e a Giovanna. Eu estava na sala colocando os últimos enfeites quando uma coisinha pequeninha loira e de olhos verdes começa a puxar a barra do meu vestido.

–Vamu tuca mama! –a Julietta me pediu para se trocar.

–Só um minutinho filha. –pedi e ela começou a pular e chorar até ela se jogar no chão.

Ela começou a pular, bater o pé e a chorar até que ela se jogou no chão e começou a espernear.

–Julietta Saramengo Castillo! –falei e ela continuou chorando e esperneando deitada no chão. –Para de frescura filha se não você vai ficar de castigo. –falei e ela não parou. –Não parou, então tão vai ficar de castigo. –falei e a peguei no colo.

Peguei ela no colo e ela começou a se debater em meu colo, essa menina é forte ela começou a se debater e a me bater, mas como ela é forte eu quase derrubei-a no chão.

–Para filha! –falei. –Você vai cair. –falei mas ela continuou.

Levei-a até o quarto e coloquei-a na cama e ela continuou.

–Eu vou terminar de arrumar e depois ir trocar a Giovanna primeiro e você vai ficar aí de castigo. –falei e ela fez bico pra mim enquanto chorava.

Fui em direção a porta e quando ia sair ela começou a berrar.

–MAMAAAA!!! –ele me chamou. –NÃU MAMA, NÃUUU!!! –ela berrava entre choros.

–Eu não vou voltar filha. –falei fechando a porta e continuei ouvindo berros.

Estava descendo a escada quando o Germán pega em meu braço.

–O que aconteceu? Por que a Julietta está berrando? –ele perguntou.

–Ela está de castigo porque está com muita frescura hoje. –falei em quanto descia a escada.

Terminei de descer a escada e fui terminar a decoração. Terminei de decorar a festa, fiquei olhando e me impressionei de como estava linda.

–Vamos mamãe. –a Gi disse feliz. –Vamos colocar o vestido. –ela disse saltitando.

–Vamos lá. –falei.

–Po que a Julie está chorando? –ela perguntou preocupada com a irmã.

–É porque ela está de castigo. –falei pegando em sua mão.

Fomos para o quarto dela e logo ela apareceu com o vestido em mãos, coloquei o vestido nela arrumei o cabelo dela, maquiei-a e ela ficou se olhando no espelho.

–Como fiquei mamãe? –ela me perguntou dando uma voltinha.

–Você ficou linda filha. –falei sorrindo ao vê-la feliz.

–Não tem como eu ficar feia com a mamãe linda que eu tenho. –ela disse me abraçando.

–Obrigada filha. –falei beijando sua bochecha.

–Agora mamãe, acho melhor ir trocar a Julie se não ela vai chorar mais. –ela falou séria.

–Eu vou lá. –falei.

Me retirei do quarto e fui em direção ao quarto da Julietta, subi as escadas abri a porta do quarto dela e vi ela dormindo com a chupeta na boca. Cheguei mais perto sentei na ponta da cama dela, olhei para o rostinho dela que estava todo vermelho e dei um beijinho em sua bochecha.

–Julietta! –chamei-a em quanto balançava-a. –Acorda filha. –falei e ela abriu os olhinhos.

Assim que ela abriu os olhinhos ela esticou os bracinhos em quanto abria e fechava a mão, em sinal para eu pega-la.

–Vem! –falei pegando-a no colo. –Você está cansada? –perguntei e ela assentiu chupando a chupeta. –Viu você fez frescura atoa. –falei ninando-a. –Quer dormir mais um pouco? –perguntei.

–Qué. –ela disse assentindo com a cabeça.

–Então vou deixar você dormindo e depois volto. –falei e ela assentiu novamente.

Coloquei ela de volta na cama, dei outro beijinho em sua bochecha e me retirei do quarto dela. O Leon tinha voltado para casa para poder se trocar então ele não estava mais aqui. Fui para meu quarto onde encontrei o Germán terminando de colocar a gravata, entrei no quarto e fui direto para meu armário pegar o vestido.

–Já trocou a Julietta? –ele me perguntou espantado.

–Não, ela não parou quieta um minuto ontem, não dormiu direito e hoje também ela correu de um lado para o outro então é lógico que ela está exausta, ela está dormindo lá na cama dela. –falei.

Terminamos de se trocar e agora era só esperar os convidados chegarem.