Heroes Of Tomorrow escrita por Thea


Capítulo 9
Collins Stark.


Notas iniciais do capítulo

Hello Peoples!
Mais um capitulo fresquinho para voces!



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Quando eu acordei, depois de colocar Rhee para dormir, não esperava que fosse o primeiro a acordar.

A casa estava silenciosa e calma. Rhee dormia calmamente no sofá e Hyden tinha uma expressão de calmaria no rosto adormecido. Era sempre assim, ele esperava o sol aparecer por completo para dormir. Eu tomei cuidado para não fazer barulho, ele devia ter acabado de dormir.

Eu nunca tinha visto NY se não fosse... Bem, pela Tv.

Eu sabia que meu pai tinha feito isso apenas para me proteger de Gideon, sim, eu sabia. Mas porque Gideon seria tão poderoso? Tipo, nos também somos poderosos. Claro, só Torunn e Ally tem poderes mas, ainda sim, nós fomos treinados a vida toda. Podemos contra ele.

Não, disse uma voz em mim, você não derrotaram nem o tal de Lucian, por que venceriam Gideon?

Sai do prédio de Peter e decidi andar pela cidade de Nova York um pouco.

A cidade estava cheia e barulhenta, como sempre. Nas televisões ensinavam olhar para os dois lados antes de atravessar, ou então seu personagem favorito morria atropelado.

Eu comecei a andar pela calçada de um parque qualquer. As pessoas passavam por mim sem me notar, isso era bom. Eu podia me parecer com meu pai, mas os olhos e os traços eram da Pepper. Talvez por isso ninguém apontasse para mim e gritasse "Olhem! E o filho do Tony Stark!"

Eu vi um carrinho de cachorro-quente na frente do portão de um prédio e pedi um cachorro-quente também. Eu nunca como cachorro-quente, só os que Tia Natasha fazia e, acredite, ela não é uma boa cozinheira.

Eu não tinha um dinheiro, isso foi um problema. Na televisão não ensinava a conseguir dinheiro, então eu fiz a primeira coisa que passou na minha cabeça: corri.

O homem gritou algo como "Pega Ladrão!" Enquanto eu saia correndo. Já tinha virado duas esquinas quando esbarrei em uma garota.

A menina deu um gritinho de dor e eu me afastei dela, tentando ver se ela tinha algum hematoma.

— Você ta bem? — eu perguntei.

Encarei ela. Os olhos cinzas, os cabelos pretos e as roupas meio escuras e meio claras eram familiares. Eu a conhecia.

Era a garota da cafeteira.

— Eu to... — ela cravou seus olhos cinzentos em mim e sorrio — Garoto da cafeteira.

Eu sorri para ela.

— Também lembrei de você — admiti.

— Sou Clara — ela disse — Clara Kyle.

— Sou o Collins... — não diga "Stark", ela pode estar junto a Gideon! —... Lincoln. Collins Lincoln.

— Lincoln? Nome legal — ela disse, depois riu — Você é novo? Nunca te vi por aqui?

— É... É — eu disse, passando a mão pelos cabelos — Eu acabei de me mudar.

— Da onde?

— Alemanha — as palavras saíram da minha boca — É, da Alemanha.

— Ah! Que bom! Eu também falo alemão! — ela disse, e começou a falar qualquer coisa em alemão.

Me desesperei, resmunguei qualquer palavra em uma língua inventada e disse que ia que ir embora.

— Espere — ela disse, pegando no bolço qualquer papel e me entregando — Me liga.

Aí ela foi embora.

— Por Deus — eu resmunguei — Eu, oficialmente, amo Nova York

~*~

Eu sabia que a Rhee precisava respirar, eu podia ver isso só pelo estado que ela estava ontem. Chamar ela pra nos conhecermos Nova York foi o melhor a fazer.

Antes mesmo de Hyden falar qualquer coisa sobre a Rhee eu sabia que se tratava dela. Mesmo sem as pessoas perceberem Hyden tinha um rosto para cada emoção que sentia. E, quando ele ficava preocupado, os olhos dele, em um tom de cinza, perdiam o brilho natural e ficavam obscuros. Se fosse com Ally ela já teria gritado, Torunn nunca pediria ajuda e John estava dormindo. Ele estava falando de Rhee.

Rhee usava as mesas roupas de quando Lucian nos atacou ou quando mexemos na armadura: calça preta, tênis pretos e blusa cinza regata. Ela tinha olheiras profundas.

— Oi — eu disse.

— Oi — ela disse, a voz rouca. Provavelmente aquela devia ser a primeira vez que falava no dia.

— Senhorita Romanoff, me da a honra de te conduzir pelas ruas dessa agradável cidade? — eu perguntei, fazendo uma reverência idiota.

Ela não sorrio, mas o lábio inferior tremeu, como se ela segurasse um sorriso.

Ela concordou com a cabeça e seguiu ao meu lado enquanto andávamos.

— Aquele é um parque qualquer — eu disse, apontando — E aquele é o cara de quem eu roubei um cachorro-quente hoje. Se ele virar, me esconda.

O lábio inferior dela tremeu de novo.

— E aqui foi onde eu encontrei a garota do café que, a propósito, se chama Clara Kyle e que, a propósito, me deu o telefone dela.

— Já ouvi esse nome em algum lugar — disse Rhee com a voz baixa.

— Clara Kyle?

— Kyle — ela disse — Esse sobrenome não me é estranho.

— Bom, é um sobrenome comum — eu disse — Ah, e se você encontrar com ela, meu nome é Collins Lincoln.

Ela deu um mínimo sorriso, um sorriso que poderia ser apenas uma ilusão da luz ou, então, aquele seria um "sorriso de Monalisa" misterioso e minúsculo.

— Rhee, olha sei que é difícil...

— Cala a boca Colin — ela disse.

—... Mas a gente ta aqui. Eu, Hyden, Ally, John e a Princesa. Nos somos...

— Cala a boca Collins.

—... Seus amigos. Também estamos sofrendo e só queremos o seu bem. Sei como se sente, você...

— Cala a droga da boca! — ela gritou, parando de andar — E não, você não sabe! Você e a Ally não sabem nem nunca saberão! Vocês perderam pais? Sim, perderam, mas vocês tem mães! Torunn também não entende! Ela já está acostumada com isso e o John fica adulando a Ally! — ela gritou, abaixando a cabeça e a enfiando no meu peito.

Eu abracei suas costas.

— E o Hyden? — eu sussurrei.

— Eu quero um abraço — ela disse, os cabelos ruivos escondendo o rosto — Ele não pode me dar isso.

Senti pena do Hyden. Não era culpa dele, era uma fobia. Mas, ainda sim, ele que perdeu a chance de abraçar a Rhee até ela dormir. E não, não pensem malícia nisso, ela é, praticamente, minha família.

— Você é minha irmã — eu sussurrei — Você sempre vai ser.

— Você é meu irmão — ela disse — Meu idiota, nerd e quatro-olhos irmão.

Eu ajeitei meus óculos quadrados e me separei de Rhee. Ela não tinha chorado, apenas precisava de um abraço.

— Rhee...

Uma sombra passou por nossas cabeças. Nos levantamos a cabeça e encaramos a sombra que voava por nos.

— Não — eu disse, sorrindo. Era possível ouvir Rhee rir — Não me diga que a Princesa do Trovão decidiu que o céu de Nova York era o melhor lugar para voar.


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Notas finais do capítulo

E ai? Quem é essa Clara Kyle?

Uma dica: Ela é filha de alguém do universo da Liga Da Justiça.