Heroes Of Tomorrow escrita por Thea


Capítulo 7
Rhee Romanoff.


Notas iniciais do capítulo

Hello Avengers!
Como estamos?



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Eu gritei de ódio e comecei a bater as mãos na terra negra que um dia já foi a Torre Wander.

Torunn foi até mim e me segurou pelos braços quando eu me levantei, evitando que eu fizesse alguma besteira. Eu gritei e me debati nos braços de Torunn até que cai de joelhos no chão, chorando.

Porque? Porque a minha mãe? Porque não me levou!? Levasse a mim e não a minha mãe! Minha mãe, minha mãe, porque? Porque....?

Eu percebi que Hyden começava a falar algo, mas não cheguei a importar. Ele dizia coisas como esconder armas ou algo do tipo, ele dizia sobre chamar Betty e Pepper para ajudar a gente, contar o que aconteceu.

— Não — eu disse, fungando, limpando os olhos na manga do casaco — Elas vão ser alvos fáceis com a gente por perto. Vamos procurar alguma lanchonete ou um lugar para o número que mamãe me deu, e o correto a fazer.

Torunn se ajoelhou ao meu lado e segurou meus ombros.

— Rhee... Sei que tua mãe está em segurança. Nos vamos a recuperar todos e destruir esses demônios que os pegaram, um por um — disse Torunn, me acalmando.

— Como tem certeza que esse número é seguro? — perguntou Ally, baixinho e tremendo.

Eu virei a cabeça e a encarei. Meus olhos inchados, nariz vermelho e pele pálida deve te-lá assustado, porque ela encolheu.

— Porque a minha mãe me deu esse número — eu disse, tão fria quanto o pior cubo de gelo — E ou vocês fazem do meu jeito ou eu faço sozinha.

~*~

O interior do restaurante "Xícara de café e fatia de bolo" era quente e com cheiro agradável. Nos sentamos de formas diferentes para não chamar a atenção de ninguém por ali. Eu, Collins e Ally em uma mesa, Hyden e Torunn em outra e John, sozinho, em outra.

Nesse momento que queria esfregar na cara de Steve que a Tv não me ensinou apenas porcaria, me ensinou a agir normalmente.

Mas ele não estava aqui. Nenhum deles estava.

Ally olhou ao redor de tudo, examinando uma garota de cabelos loiros que estava junto com um outro menino de cabelos pretos. Eles se beijavam.

— Aqui é tão incrível — ela respondeu, baixinho, animada — Nova York é tão incrível!

— Não acredito que eles nunca nos deixaram ver tudo isso... — resmungou Collins, mexendo a colher do café e examinando um garota encolhida no canto.

A menina de cabelos pretos e olhos prateados usava um cachecol cinza, igual a sua blusa de frio e seu cordão de prata. A calça e o sapato eram tão pretos quanto o cabelo da mesma.

Collins deu um meio sorriso a garota e, a mesma, retribuiu com um sorriso discreto. Depois ela pegou o cachecol, cobriu a boca, se levantou e foi embora. O olhar de Collins a seguindo até ela desaparecer.

— ... Aqui é incrível — ele concluiu o pensamento bebendo um pouco de café.

Eu segurava o celular de capa azul de Collins. O papel na minha mão continha apenas números e nenhum nome. Respirei fundo pela milésima vez, tentando criar coragem e ligar.

Mas, mesmo se eu ligasse, o que eu falaria? Oi, tudo bem? Meu nome é Rhee, filha da Viúva Negra. Pois é, minha mãe foi levada por caras-do-mal e pediu para eu te ligar. Ah, quase esqueci, quem é você mesmo? Não, não daria certo.

Encarei Hyden que estava do outro lado do café. Ele parecia desconfortável com tantas pessoas ao redor dele. Um garoto ruivo passou por trás dele e acabou batendo o braço nas costas dele. O garoto resmungou um "Foi mal, cara" e foi embora enquanto Hyden respirava fundo e tomava outro gole do suco dele.

Desviei o olhar rapidamente, ele não estava feliz e ficar encarando ele não ajudaria em nada.

Encarei Torunn que mordiscava uma rosquinha. Aquilo devia ser bem pior para ela, uma Asgardiana.

Torunn viu que eu encarava e me encarou de volta, discretamente, me dando força para ligar.

Respirei fundo e digitei os números no celular digital de Colin. Minha mãe confia nessa pessoa, ela deve ser confiável.

No terceiro toque a pessoa atendeu.

Alô? — a voz masculina era maior do que os gritos femininos que tinha no fundo.

Tentei falar mas estava engasgado. Por Deus! Ele era confiável! Não era?

Alô? — ele perguntou de novo, mandando um "Shiii" para as risadas no fundo da ligação.

— Alô — eu disse, me forçando a respirar — Desculpa... Quem é?

Você que ta me ligando — disse ele — Quem é você?

Entrei em pânico.

— Ah, desculpa, eu... Eu sou a Rhee — batei com a mão na cabeça, me lembrando. Diga seu nome todo, disse minha mãe — Skyler Rhee Romanoff.

As risadas e gritos silenciaram tanto que me deram um calafrio.

Romanoff? — perguntou o cara, friamente — Você é parente de Natasha Romanoff?

— Ela é minha mãe — eu disse, a voz lutando para sair — Perdão, quem é você?

Por Deus... O que ouve? — ele perguntou, apavorado — O que ouve com a Natasha?

— Como assim?

Conheço Natasha a quase 18 anos — disse ele — A última vez que eu a vi não estava nem gravida. Se a filha dela veio a me ligar, 18 anos depois, é porque algo aconteceu.

Eu respirei fundo, a mão tremendo. O café tinha esvaziado, tendo apenas eu, Colin, Ally, Torunn, Hyden, John e um casal de namorados e amigas.

Contei a ele o que tinha acontecido. Contei sobre o fato de Gideon estar vivo. Contei sobre o fato de estarmos escondidos a vida toda na Torre Wander. Contei sobre esse tal Lucian, ou Júpiter, que invadiu a Torre Wander e contei sobre o fato dele ter levado minha mãe e todos os outros.

O homem ficou em silêncio por um longo tempo (longo de mais) e, depois, falou com toda a calma do mundo um endereço qualquer que eu escrevi no papel.

Esteja aqui em uma hora — ele disse, a voz fraca e cansada — Temos que ter uma conversa seria, Skyler Rhee.

~*~

O prédio que o homem pediu para nos o encontrarmos era velho e surrado. O homem deveria ser de classe-média, como qualquer outro.

— Aqui é mesmo seguro? — perguntou John — Ainda podemos ir embora.

— Não teremos tamanha covardia, John — disse Torunn, ao meu lado — Vamos entrar de forma digna e recuperar Natasha e os outros. Sei que nada acontecerá, sei que meu pai ha de me proteger.

— Torunn ta certa, tirando última parte — disse Colin com as mãos no bolso — Vamos lá, Johnny, é pelos coroas.

— Não me chame assim — disse John, o braço ao redor de Ally — Então... Vamos lá.

Eu respirei fundo, pela bilionésima vez hoje, e entrei dentro do prédio.

— É em que andar? — perguntou Hyden.

Olhei no papel.

— Décimo... Quarto — eu disse, examinando as paredes descascadas dos corredores.

— Cade o elevador? — perguntou Ally, abraçada a John.

Colin riu e resmungou um "É melhor tirar o salto" para Ally, enquanto eu, Torunn e Hyden subíamos as escadas.

O número do apartamento era 147. A porta era marrom e o número 4 não estava lá, deixando apenas uma forma de poeira em formato do número 4.

Eu bati na porta e por um segundo, só por um segundo, todos ficaram tensos. O maxilar de Hyden enrijeceu, Ally fechou os olhos, John abraçou mais Ally, Collins estalou a língua e Torunn ficou ereta.

Eu prendi o ar quando ouvi o barulho de cadeados se abrindo.

O homem que tinha aberto a porta era alto e magro, o porte físico não era muita coisa. Ele era pálido com os cabelos pretos e olhos azuis.

O homem sorrio para mim.

— Uma Romanoff, sem dúvida. — ele resmungou, me olhando de cima a baixo.

Peter, quem é? — perguntou uma voz feminina distante, dentro do apartamento.

O tal Peter continuou nos encarando, feliz, enquanto respondia a mulher.

— São eles — disse Peter — Eles chegaram, Mary Jane.

— Quem es tu, mundano? — perguntou Torunn, os olhos semi-serrados.

O homem ignorou o jeito estranho de Torunn falar e deu um meio sorriso ao responder:

— Meu nome é Peter — ele disse — Peter Parker.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam?



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