Crônicas do Pesadelo {Interativa} escrita por Dama dos Mundos, Kaline Bogard


Capítulo 2
Noite de Caça


Notas iniciais do capítulo

Bem, antes de pegarmos as fichas e tudo, decidimos montar um capitulo para lhes apresentar nossos líderes de equipe, tanto da JusticeBlade, quanto da BeastHunter.
Tenham uma boa leitura. :3



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Cidade de Hathea, Grande Catedral

Ela já deveria saber que não haveria nem um pouco de paz para si aquela noite. Com o tempo, porém, havia se habituado aos chamados feitos em cima da hora, e as missões que lhe ofereciam esperando que as terminasse no dia anterior. Essa era a vida de uma caçadora. Não tinha porquê reclamar, pois fora o caminho que escolhera.

Perscrutou com os olhos claros as sombras, fazendo movimentos breves com a mão. A foice que sempre carregava consigo, de aparência afiada e muito agourenta, girava no ar, como se fosse papel soprado pelo vento. Ajeitou os cabelos negros por trás da orelha, deixando entrever sua ponta, única herança que trazia de sua família paterna, com exceção de sua longevidade de vida. Toda aquela pose fazia a jovem parecer um espírito, um enviado dos Portões da Morte... isso era o suficiente para amedrontar a maioria dos foras-da-lei, mas não todos.

Um vulto passou correndo pelos becos escuros lá em baixo. Uma pessoa comum sentiria vertigem, mas a moça era diferente. Ela deixou o corpo cair de cima das ameias da catedral, chegando sem dificuldade a um telhado mais baixo. A presa pareceu dar-se conta dela, pois mudou a direção da corrida, voltando para o lugar de onde havia vindo...

A líder dos JusticeBlades não se incomodou. Não se precipitou. Parou seus movimentos, finalmente agarrando a foice, que veio obediente até sua mão, e olhou apenas de relance para trás, entrevendo quatro vultos dispostos mais atrás de si. Houve uma sugestão de sorriso, apenas isso, antes que suas palavras os atingi-se.

–Amigos... é hora de caçar...

Reino de Níger, Ruínas do Templo Azul

O jovem mago parou o avanço e apoiou a mão no que restara de uma parede. Respirou fundo, muito fundo para controlar a respiração ofegante e silenciar os mínimos sons que lhe escapavam da garganta seca. Os olhos azuis percorreram o local em busca de algum sinal suspeito. Nada encontraram.

Mais alguns metros. Sim. Se conseguisse alcançar a sala das orações daquele templo poderia ter acesso a grandes níveis de magia e recuperar-se para usar novos golpes. Gastara energia demais se defendendo inutilmente. Agora só restava fugir e sobreviver um pouco mais.

O braço esquerdo, caído ao longo do corpo, sangrava e doía. E isso era péssimo! Denunciava seu cheiro e o impedia de usar golpes mais elaborados. Ergueu a cabeça, fazendo os fios loiros e lisos da franja ondularem. Através do que restara do teto arredondado podia ver partes do céu noturno. Nuvens densas anunciavam a tempestade.

Se chovesse... talvez pudesse se salvar! A tempestade anunciava apenas ameaçava de cair, mas se realmente viesse poderia limpar seu rastro e levar seu cheiro embora. Haveria então uma chance de escapatória!

Mas a deusa Mãe era caprichosa. Enchia seu coração de esperanças, sem nunca as concretizar. As nuvens tão somente ocultavam a lua e dificultavam seu avanço. Não encontraria aliados.

Sua única chance real era chegar à sala das orações e usar da magia do lugar para se defender e derrotar os inimigos. Não eram muitos. Apenas cinco.

Reuniu o pouco de forças que lhe restava e atreveu-se a dar um passo por sobre os destroços que cobriam o chão, partes destruídas do templo. Então ouviu o uivo. Um som longo de mau agouro que o fez estremecer.

Mais a sua direita um rosnado, de um animal de porte maior, mais agressivo.

O mago soube que estava tudo perdido. Quem sabe se implorasse por misericórdia...

Como se atendendo ao pensamento uma sombra moveu-se nas ruínas do templo. Um grande lobo de pêlo cinzento avançou altivo, sem dificuldades graças a agilidade sobrenatural. As presas afiadas fizeram o mago perder o fôlego. Os olhos argutos da criatura eram nada menos que um anúncio de morte: o esquerdo, verde como esmeralda, mirava direto na alma do mago. O direito, apenas um vazio negro. Aquele lobo fora claramente ferido e perdera um de seus olhos.

– Por favor... – arriscou-se a sussurrar por clemência. Movido pelo instinto olhou de um lado para o outro, por isso nem se deu conta quando o lobo saltou. Só se deu conta, tarde demais, quando o animal estava perto o bastante para cravar as presas afiadas em seu pescoço. Cheiro de sangue se espalhou, um leve gemido se fez ouvir, dor e surpresa.

De certo modo foi um alívio. Não era mais que um mago errante, pagando por seus crimes cometidos. Sabia desde que vira o primeiro cartaz de “Procurado Vivo ou Morto” que seus dias estavam contados.

Adiara o quanto pudera. Mas chegara a hora de confrontar o fim. A morte trazida pelo grupo de caçadores. Reconhecia aquele lobo: o líder dos Beast Hunters. Cinco shifters que tinham fama de nunca largar a presa escolhida.

Deveria se sentir honrado? O mago não sabia. Só tinha uma certeza: estava cansado de fugir. E grato. Pois, nos fins das contas, tudo acabou mais rápido e indolor do que esperava.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Como são duas pessoas diferentes escrevendo, então é possível que haja uma pequena diferença no quesito narração. Esperamos que isso não prejudique a fic.
Vagas abertas...quem quiser participar, mande uma MP com a ficha preenchida. As notas iniciais da história vão ser atualizadas de acordo com a quantidade de personagens que for surgindo. Lembrando: Mande apenas uma ficha, sim?
Agradecemos a atenção... kisses



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