Crônicas do Pesadelo {Interativa} escrita por Dama dos Mundos, Kaline Bogard


Capítulo 18
Um tanto quanto escorregadio.


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo dos Pessy.
O que aconteceu com Liam e Kenai?
E com Loke? Ele foi mesmo incinerado?
Isso e muito mais a gente vê por aqui! Okay, parei de bancar o apresentador da Globo, vamos ao que interessa...



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Terras Abandonadas

Viajar com Kenai não era tão ruim assim, pra pessoas indiferentes ao gênio inconseqüente e explosivo. Mas viajar com Kenai contando vantagem por salvar a vida de Liam era insuportável.

Se Liam não fosse dono de uma personalidade calma e controlada a situação poderia ter ficado complicada. Mas o jovem era bom em ignorar o companheiro. O perfeito exemplo de “entrou por um ouvido e saiu pelo outro”.

Depois de recuperar a lendária Chave Principado da água toda a magia de proteção que envolvia o Lago Moira desaparecera e eles conseguiram sair da caverna sem mais obstáculos, dando inicio a segunda parte do plano.

Tinham recebido atualizações de Loke algum tempo atrás, informando do sucesso ao usar a Chave da Terra. Apesar de fazer vários dias que não tinham notícias do homem. Não se preocupavam: ele devia estar envolvido com a busca pela terceira chave.

Foi um grande alívio adentrar as Terras Abandonadas seguindo as instruções de Loke e pistas que Liam descobrira em seus estudos. Por isso não foi surpresa quando cruzaram um limite invisível que protegia a prisão do Pesadelo.

A dupla preparou-se para ser bombardeada por vozes estranhas e hostis, algo como Liam ouvira em sua mente sempre que o mestre entrava em contato. Ao invés disso, ao transpassar a barreira de magia, eles saíram em uma espécie de caverna.

O lugar era escuro e frio, o ar úmido graças a algumas estalactites formadas no teto não muito alto. Também eram perceptíveis estalagmites espalhadas pelo chão liso de gelo. Um passo descuidado seria fatal.

Sem qualquer aviso Kenai seguiu em frente.

– Não se assuste, Garoto Livro. Eu salvo você em caso de perigo.

Liam girou os olhos e o seguiu em silêncio. Se houvesse uma armadilha então que o Mokolé caísse nela primeiro, para variar. Então ele teria que engolir a língua grande quando o fizesse implorar por ajuda.

A caverna não era muito extensa e desbocava em um lugar inusitado: uma bifurcação para a direita e para a esquerda. Passagens feitas em paredes que pareciam...

– Isso é... – Liam avançou, empurrando Kenai da frente, e aproximou-se das paredes. Encantado, estendeu a mão direita e a tocou. Um pequeno filete escorreu por seu braço e cristalizou em contato com a pele – Água.

Kenai parou ao lado dele, observando e comprovando. Estavam em um corredor cuja estrutura era feita de água. Liquido azulado e ondulante, como se um vento leve movimentasse a parede. Brilhava suave em azul claro, quase branco.

– Lindo – o Mokolé disse com tédio – Direita ou esquerda?

Liam ajeitou os óculos no rosto. Eles estavam tortos e uma das lentes rachara, graças a aventura para recuperar a chave. Pensando bem era surpreendente que não o tivesse perdido. Precisaria trocar quando voltasse ao esconderijo ou passasse por uma cidade qualquer.

Voltando ao problema atual percebeu que não tinha idéia de que lado deveria seguir. Enfiou a mão no bolso e resgatou a chave mágica. Era um objeto ancestral todo trabalhado. Uma peça linda que deveria valer uma pequena fortuna em leilão. Mas dinheiro nenhum no mundo faria Liam mudar seu objetivo de usá-la.

– Alguma pista? Esquentou? Deu choque? Tremeu? Me dá essa porra aqui – impaciente, Kenai tomou a chave da mão de Liam e começou a examiná-la com cuidado. Resmungando irritado quando não sentiu nenhum efeito.

As passagens davam a impressão de serem exatamente iguais. Dividir-se? Não parecia uma boa solução. Principalmente se houvessem armadilhas como na hora de pegar a chave.

– Esquerda – Kenai decidiu – Vamos para a esquerda.

– Por que acha isso?

– Instinto – o Mokolé respondeu já começando a seguir o corredor da esquerda.

Liam olhou rapidamente para a passagem da direita, tentado a ir sozinho para aquela direção. Acabou não fazendo isso e sim indo atrás do companheiro de jornada.

O corredor se estendia por vários e vários metros. Era impossível ver o seu fim. Ainda assim os dois seguiram e caminharam, ladeados por paredes de água que se agitavam suave, embaladas por uma brisa que apenas a elas afetava.

Só depois de longa caminhada viram alguma mudança no cenário: dessa vez o fim do corredor dividia-se em três passagens, uma seguindo em frente, uma para a direita e outra para a esquerda.

– Esquerda de novo? – Liam perguntou.

– Não, idiota. Quer andar em círculos? Vamos para a direita agora.

O outro ergueu uma sobrancelha, impressionado que Kenai pudesse concluir um pensamento mais elaborado.

– Se você diz. Instinto, não é? Me avise quando quiser uma solução inteligente.

– Sua solução inteligente não foi a melhor escolha da última vez, Quatro Olhos – Kenai insinuou maldoso.

– Tudo bem, pode gabar-se o quanto quiser, Lagartixa – Liam finalmente perdeu a paciência com as coisas que era obrigado a ouvir.

A ofensa teve efeito imediato sobre Kenai. O homem segurou na parte da frente da blusa de Liam e o puxou com violência para mais perto.

– Pois foi a lagartixa aqui que salvou o seu rabo, moleque. Não se esqueça disso... e eu ainda estou pensando sobre aquela hora. Interessante como ficou um bocado de tempo dentro do lago. Nenhum humano sobreviveria tanto sem ar.

O rapaz abriu os lábios para responder, mas acabou ficando calado. Um barulho chamou a sua atenção. Parecia o som de algo movendo-se... muito lentamente.

– Está ouvindo? – indagou concentrado.

Kenai franziu as sobrancelhas ficando quieto. Acabou escutando também.

– Alguma coisa pesada arrastando-se pelo chão – sussurrou.

O outro se livrou do agarrão com um gesto brusco. Tentando identificar o que era resolveu voltar pelo corredor de onde tinham vindo. Mas mal deu alguns passos e parou chocado. Já não havia mais um corredor. A passagem bifurcava-se para dois lados!

– O quê...?! – Kenai exclamou ao parar ao lado de Liam.

– As paredes estão mudando de lugar – o mais jovem deduziu – Talvez isso seja uma espécie de labirinto.

– Desse jeito nunca vamos encontrar a porta ou a saída! Não podemos nem voltar pelo mesmo caminho – o Mokolé bufou impaciente – Aquele merda do Loke não garantiu que estava tudo certo?! “Abri a primeira passagem”, ele disse. Maldito fanfarrão!

Liam voltou a ajeitar os óculos no rosto. Seu companheiro podia ser tão obtuso algumas vezes.

– E você achou que seria só chegar e colocar a chave na porta? Claro que não seria assim, Kenai. Deve ser um tipo de teste para saber se somos dignos. As magias que envolvem a prisão do Pesadelo não seriam fáceis de desfazer. Mesmo para quem tem a chave.

– Porra.

O mais alto deu meia volta e regressou até a passagem trifurcada. Esquerda, direita ou em frente? Não fazia diferença! As paredes se moviam! Mesmo que escolhessem o caminho certo ele poderia mudar antes que chegassem ao ponto principal e desse modo se tornaria o caminho errado.

Certo de que não fazia diferença seguiu em frente, obrigando Liam a seguir seus passos. E foi assim por algum tempo: Kenai guiou-os pela direita e esquerda e esquerda e em frente. Um caminho ilógico guiado apenas por seu suposto instinto e raiva.

Ao parar em uma das aparentes infinitas bifurcações o Mokolé já parecia um vulcão prestes a entrar em erupção. Sendo bem sincero, Liam não imaginava como ele agüentara tanto tempo...

– Direita ou esquerda? Quer saber, Traça de Livro, a menor distância entre dois pontos é uma linha reta, não é? Vamos seguir em frente.

Liam se perguntou como o Mokolé faria para seguir em frente, sendo que o corredor dividia-se em direita e esquerda tão somente. A resposta ficou clara como um dia ensolarado quando Kenai começou a afastar-se de costas para trás. O rapaz até pensou rapidamente em alertar para a estupidez do ato. Ao invés disso deu alguns passos pondo-se em uma distância segura. Ver aquilo seria divertido.

– Não existe parede que eu não possa derrubar. Ainda mais uma feita de água!

Kenai tomou espaço e respirou fundo. Então avançou rápido, jogando toda sua força contra a parede.

O efeito foi óbvio: aquilo era tão duro quanto uma parede magicamente protegida poderia ser. O impacto jogou Kenai para trás, contra o solo com tanta violência que o homem arrastou-se por alguns metros.

Foi tão impressionante que Liam nem mesmo riu. Som alto reverberou e gotículas de água espalharam-se ao redor, algumas atingindo o mais jovem, outras se espalhando cristalizadas pelo chão e...

– Pelos deuses... – Liam prestou atenção nas que escorreram pelo chão: pequenos cristais que continuaram rolando para o corredor da direita, como se o solo fosse levemente inclinado naquela direção!

Um desnível tão suave que eles nem perceberam. Mas a gotas de água, pequeninas e leves, deslizaram de acordo com a inclinação do corredor.

– A água flui – o rapaz sussurrou – E segue seu destino sem que nada precise ser feito. É... a resposta!

Kenai, atordoado, sentou-se no chão levando uma mão a cabeça e a outra buscando a arma que tinha caído ao seu lado, escapando do cinto. Sangue escorria de um corte na testa.

– O quê...?!

– Para a direita – e nada mais disse, tomando o caminho que agora sabia ser correto.

Kenai soltou uma dúzia de palavrões muito diversificados antes de se levantar, tonto e com dor, e ir atrás do companheiro.

Sabendo o segredo do labirinto foi muito fácil orientar-se. Com movimentos suaves de mão Liam arrancava pequenas gotas de água brilhante que se cristalizavam ao tocar o solo e corriam graças a imperceptível inclinação. Quase como se fossem atraídas para a saída do lugar.

Quando luz mais forte brilhou ao longe ambos souberam que tinham conseguido! Foram sair em um amplo e iluminado lugar, um templo encravado em uma montanha, magicamente colocado após aquele labirinto que só abria acesso para quem carregasse a Chave Principado da Água. Com certeza Loke chegara ali por outro caminho.

Ruínas de algo que deveria ter sido uma cidade próspera centenas de anos passados cercavam o templo, mas em momento algum ganharam a atenção da dupla. Eles só tinham olhos para a imensa porta do templo, onde ainda havia quatro fechaduras, e algo que deveria ter sido a primeira, mas nada mais era que um borrão queimado.

Liam estendeu a mão para Kenai, exigindo a chance. O Mokolé fez uma careta, mas entregou para o rapaz que caminhou destemido até a porta e a enfiou na última fechadura, correspondente ao elemental da água.

Ao dar a primeira volta completa um clique sinistro se fez ouvir. A chave esvaeceu em pleno ar, deixando apenas uma marca escura onde estivera a Chave Principado. O chão estremeceu de leve e um som ecoou, como se o solo e tudo o mais fosse afetado pela magia daquela prisão mística que se abria. A segunda tranca brilhou em azul e começou a derreter, pingando gotas grossas que desapareciam antes mesmo de cair ao solo.

Liam deu um passo para trás admirando o que tinham conseguido. Kenai gargalhou alto e arrogante.

Estavam um passo mais próximos do despertar do Pesadelo.

oOo

Cemitério, arredores de Hathea

Loke acordou com o corpo dolorido, sentindo-se como se tivesse sido atropelado por uma carroça. Havia queimaduras em alguns lugares, onde as correntes enlaçaram-se ao seu redor, antes que ele invocasse seu dom das sombras e diluisse o próprio corpo. Sem dúvida aquela técnica era perigosa... ele poderia nunca mais conseguir voltar ao estado material novamente. Ou podia perder algum membro... ou até mesmo, voltar com órgãos internos em lugares errados.

Mas não tivera tempo de pensar nos riscos... se não tivesse feito tal loucura, seu amado corpo seria um montinho de cinzas agora. Com esse pensamento, ele sentou-se, sentindo que estava sobre uma superfície lisa e fria. Com desagrado, reparou que era um túmulo, e que havia mais alguns a sua volta. Estava em um cemitério. E podia ver uma figura esguia, sentada por sobre uma lápide mais a frente, o vestido negro como a noite espalhando-se com o vento.

– Hei, bela adormecida, parece que você acordou...

– Ah... é você, Lyla...

– É Holdier, pra você...

– Tanto faz... - ele resmungou, balançando metodicamente a mão. - Foi você que me trouxe aqui?

– Ha... é lógico, depois de voltar ao normal você não conseguia nem andar... achei que a Senhorita Esquentadinha tinha te cozinhado por dentro... e, francamente, você tá precisando emagrecer, não foi fácil te arrastar até aqui.

Loke inclinou a cabeça, notando que o lado direito do túmulo estava revolvido, numa extensa trilha que se perdia de vista. Fez um esgar. Era por isso que suas costas estavam doendo tanto... Lyla havia arrastado-o por todo o caminho, possivelmente pelo braço esquerdo, que estava especialmente dolorido.

– Você não podia ser mais cuidadosa?

– Não... ahn, falando nisso... - ela remexeu por dentro do decote das vestes negras que usava, retirando um pedaço de pergaminho dobrado algumas vezes, e lentamente foi abrindo-o. - Enquanto você tinha a ousadia de descansar por dois dias inteiros, eu expedi os cartazes de “procurados” para a garota pálida e todo o resto...

Sim, ele sabia que Lyla se referia aos JusticeBlades. O fato de ter apagado por dois dias inteiros deixou-o preocupado, mas ao menos isso já estava esclarecido. Ergueu seus olhos para a moça, novamente. Ela era bonita, sem dúvida. Fartos seios, roupas fluídas, pele pálida, olhos e cabelos negros. No pescoço fino, havia um colar de jóias gêmeas, ambas vermelhas, que chamavam ainda mais a atenção para o seu busto.

Colocou os pés no chão e ergueu o corpo, tentando ficar de pé. Não foi tão difícil quanto imaginou. Logo, parou bem perto da garota, erguendo uma sobrancelha. - Que milagre é esse que você entrou na confusão e não matou ninguém?

Ela cruzou os braços e bufou, de maneira que algumas madeixas que caiam em seu rosto subissem com a lufada de ar. - Era tudo parte do plano. Eu apenas instiguei os convidados contra eles. Vai haver outra oportunidade para cortá-los em fatias.

– Você é tão pouco feminina... que azar...

– Danação, como é insuportável...

– Estou começando a duvidar da minha habilidade de sedução, caramba... - ele desarrumou os próprios cabelos e se afastou, pedindo o cartaz com um gesto de mão. Não conseguira a confiança de Nyx, muito menos a de Neco, e sua parceira de crime era declaradamente homossexual. E mesmo que não fosse, era óbvio que se tratava de um homem no corpo de uma garota. Lyla gostava de brigar, quanto mais sangue, melhor para ela. Era difícil colocá-la nos eixos. Por esse motivo, os Seguidores do Pesadelo evitaram a todo o custo o seu contato com Kenai. Quando os dois se encontravam, causavam tanto estrago que deixariam os deuses do Caos com inveja.

Quando o pergaminho passou para suas mãos, ele abriu-o completamente e olhou. A ilustração de Nyx, Frosty, Selene, Victory e até mesmo de Lidrin estavam em cima do valor exagerado da recompensa: 500 moedas de ouro. 100 para a cabeça de cada um. E a frase final causava certo terror nas pessoas comuns, levantava uma crosta de receio. Afinal, “Procurados vivos ou mortos” não era uma condição imposta para qualquer criminoso.

Lyla havia transformado os JusticeBlades nos meliantes mais procurados e supostamente perigosos de Meroé.

– Você conseguiu, cara.– ele alegou, colocando um pouco de sarcasmo na última palavra. - Eles não vão conseguir nem dormir em paz com isso circulando por ai.

O grande erro de Loke fora pesquisar a equipe principal e não suas ramificações. Isso fez com que seu disfarce caísse com muita facilidade diante de todos, no entanto... ele também havia se preparado para se algo desse errado. De maneira que conseguiu contornar o problema com desenvoltura. A máscara dele caíra, mas ele levara toda a JusticeBlade consigo.

– Não compreendo sua fixação por eles... são apenas um grupo de caçadores de recompensas. Certo, eles são elementais, mas...

– É isso, Holdier, que me incomoda. Cinco elementais, cinco chaves. Francamente, não costumo acreditar em coincidência. - ele voltou a dobrar o cartaz. Nesse exato momento, as cópias deste já deveriam estar em todos os lugares. Talvez até mesmo um certo grupo de shifters já tivesse encontrado-o, e sem dúvida nenhuma, ficaria surpreso.

– Coincidências acontecem o tempo todo. - Lyla retrucou com desdém mal disfarçado, arrancando o cartaz da mão dele e guardando-o dentro do decote novamente. - Nem tudo tem uma razão para acontecer.

– Minha função é estar dois passos a frente daqueles que podem se tornar nossos inimigos, queridinha.

– Dobre a língua e pense antes de falar assim comigo, seu verme! - houve um aumento de tom quando Lyla agarrou-o pelo pescoço, e ergueu-o do chão. Ela era realmente muito forte.

Loke, no entanto, apenas riu, um daqueles risos meio lunáticos que sempre dava, e quando ela reparou, já estava com uma lâmina sombria apontada em seu pescoço, atravessando o ar pelo lado esquerdo do mesmo, enquanto uma segunda surgira perpendicular ao seu braço. Um comando mental dele, e a jovem ou seria morta, ou teria o braço decepado.

– Você se acha muito forte, Lyla, mas força não é tudo. - sua voz era baixa, primeiro porque não precisava gritar, segundo porque ela pressionava sua traquéia. - Já que ambos temos o mesmo objetivo, por que não me solta, eu recolho minhas armas e ficamos amigos de novo, hum?

A resposta dela foi uma bordoada violenta com a cabeça na dele, o suficiente para deixá-lo zonzo, e no mesmo instante Loke desabou, afinal ela havia, de fato, soltado-o. -Nós não somos amigos. Se não fosse útil a nossa causa, eu o mataria agora mesmo...

Loke levantou-se, ajustou as roupas, tirou a poeira das mesmas. Havia um hematoma roxo no meio da sua testa, o que ele apenas podia constatar por causa da dor. Ergueu os braços, monótono, suspirando. - Como quiser, senhorita-cabeça-dura.

Mas acredite, quando você deixar de ser útil, vai ser a sua cabeça que vai rolar... e mal vai saber quando eu a desgrudar de seu belo corpo, vadia...

Esse pensamento passou por sua mente, rapidamente, e apesar do ódio que sentia por ela, conseguiu abrir um sorriso.

A Chave Principado do Fogo os esperava. Isso era mais importante do que qualquer lutinha que pudesse arranjar. E a vingança era um prato que se comia frio. Com toda a certeza, ele teria a sua oportunidade. Loke nunca esquecia um desafio...

Nem Lyla Holdier...


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Notas finais do capítulo

Haha, e ai? Gostaram da Lagartixa...? Digo... eita, Kenai. Não reclame. Sou uma das coautoras e posso te chamar de Lagartixa. E fica quietinho na sua aí, que se reclamar muito vira shifter camaleão e acabo com a sua pose toda. Hahaha, os poderes de autor. Como são lindos! Espero que tenham gostado 8D
Personagem nova no pedaço, já causando um pouco de tumulto só pra não perder o hábito. Parece que temos outra dupla completamente incompatível. Mas essa é a graça, não é?
Eu adaptei a imagem da Lust (Fullmetal Alchemist) para fazer a da Lyla, afinal a original dela estava difícil de trabalhar, ficava tudo muito preto. Espero que tenha gostado, Brunny.
Por hoje é só, pessoal! Kisses e até a próxima.



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