POV Hermione Lafayette Malfoy

Naque la manhã, parecia que tudo tinha mais cor. Havia acabado de acordar nos braços do meu homem, sido beijada enquanto era ensaboada e agora eu desfrutava de um café excelente em companhia dele e de minha, recém descoberta, bisavó... Para completar era o último dia do ano, então todo momento era uma expectativa enorme para o que viria pela noite e pelo próximo ano. Mas como alegria de qualquer um dura pouco, a minha durou até o último pedaço da minha segunda fatia de bolo de nozes. E engraçado é que ela foi arruinada com apenas duas palavras :

– Eles aceitaram.

Vamos voltar uns segundos antes... Eu estava desfrutando de um bolo incrivél, enquanto Draco e Adele falavam de negócios. Ao que parece, como iriámos nos casar, havia grandes coisas em risco... Então ambos pensaram em abrir uma ponte entre as empresas e quando casarmos, nada vai mudar muito. A não ser que agora ambos serão CEO de duas empresas. Pra mim eles estavam falando chinês, então me concentrei em saborear aquelas nozes incrivéis. Logo depois, Pauline entrou na sala. Ela vinha com a cabeça baixa e meio envergonhada, o que me faz lembrar que devo desculpas a ela... Não devia ter agido daquela forma, e sinceramente me sinto lisojeada por ela ter me achado bonita :

– A correspôndencia chegou, madame – Ela disse à Adele. Então entregou as cartas e saiu rapidamente.

– Oh meu Merlin – Ela exclamou, assim que viu o remetente – Mas isso é excelente !

– O que é excelente ? - Draco perguntou

– Eles aceitaram ! - Ao ver nossa cara de dúvida ela completou – Bem, os Montjay, sempre dão uma festa de fim de ano. Só a mais alta sociedade bruxa francesa vai, eu sempre fui convidada, mas como eu nunca compareço parei de receber convites. Então como você está aqui, pensei que seria a oportunidade perfeita pra você conhecer todas as familias daqui, alguns que são sócios e até trabalham em nossa empresa e claro, todos estão anciosos pra conhecer você.

Draco me lançou um olhar em advertimento, era incrivél a capacidade dele se saber quando eu ia surtar. Preferi não abrir a boca, porque se não gritaria com Adele. Draco sorrou para a minha bisavó maluca e disse :

– Também acho uma boa ideia – O que me fez chutar ele por debaixo da mesa. Ele fez uma careta de dor, mas disfarçou – Bom, acho que eu e Mione temos que nos preparar... Sabe pras perguntas e também psicologicamente. Vamos querida.

Então ele praticamente arrancou o pires de minha mãe e me arrastou até o quarto :

– Okay, pode explodir – Ele disse

– COMO ASSIM 'TAMBÉM ACHO UMA BOA IDEIA' ? DRACO NÃO QUERO PASSAR O ANO NOVO FAZENDO CARAS E BOCAS PRA UM MONTE DE DESCONHECIDOS !

– Ai baby, sabia que iria dizer isso – Ele suspirou, era como se estivesse cansado de mim. Meus ombros caíram e eu quis chorar. - Herms, você não está acostumada a isso... Eu sei, eu sim. Cresci no meio disso tudo, cansei de ter natais e anos novos nada divertidos, tendo que me comportar para impressionar as mulheres dos sócios do papai.

Eu quase podia visualizar um Draco carrancudo e vermelho de raiva, sendo paparicado por mulheres mais velhas e um tanto assanhadas.

– Ai Draco, eu não sou desse mundo – Desabafei – Gosto de paz, tranquilidade e livros. Eu no meu canto... Não sou boa com as pessoas, não sou sóciavél. - Ele riu

– Você foi bem no nosso noivado e no Natal.

– Eu sei, mas era um esforço... Não é como se eu quisesse fazer isso o tempo todo. Pensei que o ano novo ia ser só nós dois – Confessei. Ele suspirou de novo.

– Eu também achei. Estamos aqui agora, façamos conforme nos for solicitado, e mas, logo estaremos em Hogwarts e você vai voltar a ser uma estudante normal.

– Uma estudante normal aprisionada ao seu noivo ? - Eu disse irônica.

– Pare de reclamar, não é tão horrivél assim – Então ele me abraçou.

Eu continuo achando que essa ideia de fazer ceninha para bruxos franceses ricos, estragou todo o meu ano novo. Mas eu não ia ficar surtando mais... Draco vai cansar dos meus chiliques, antes que tenha chance de dizer 'eu aceito'. Querendo ou não, agora sou uma pessoa pública, vou ter que me acostumar com isso... Adeus vida de paz e tranquilidade.

Como que para enfatizar que nunca mais terei sossego na vida, Pauline bateu a nossa porta dizendo que Adele chamava.

– Senhorita Lafayette, desculpa interromper, mas Adele vos chama. - Draco e eu nos entreolhamos e saimos.

Esperava encontrar Pauline a nossa espera, para nos guiar, mas ela já tinha ido embora :

– Você acha que ela está fugindo de nós ? - Eu perguntei

– Acho mais que ela está fugindo de você – Ele deu um sorriso de lado. Revirei os olhos e fui até a biblioteca, porque era lá que Adele sempre estava.

Cheguei lá, e antes que eu pudesse bater ela nos mandou entrar. Entramos e nos sentamos de frente pra ela :

– Chamei vocês aqui, antes que o juiz chegue, para lhes deixar a par de tudo – Olhei confusa pra Draco, não sabia do que se tratava. - Oh Hermione, ainda não entedeu ? Temos que passar tudo para o seu nome, e claro temos que mudá-lo, você precisa acrescentar o Lafayette.

Arquejei em surpresa. Sabia que tudo ali, um dia, estaria em meu nome, mas não esperava que fosse tão rápido :

– Mas porque, agora ? Não devámos esperar?

– Esperar o que Hermione ? Já está mais que na hora de você assumir as coisas. Sei que está terminando a escola, mas assim que seus estudos acabarem você já tem tudo garantido.

Fiquei zonza. Uau, a minha vida realmente já estava toda planejada e aquilo não era o que eu queria ! E meu sonho de ser uma auror ? Ou quem sabe uma medibruxa ? Não, estava tudo decidido e eu só tinha que assinar uns papéis.

– Mas... eu não sei nada sobre administrar empresas... - Eu disse sussurrando.

– Herms, você tem a mim – Draco me disse – Tudo bem que eu vou estar a frente das empresas do meu pai, mas podemos nos apoiar.

Eu queria gritar e dizer que eu não queria nada daquilo. Não queria empresa nenhuma pra cuidar, não queria ser famosa, nem uma figura pública, nem nada disso. Começei sentir falta de ar. Quando foi que as coisas escaparam de meu contole ?

'O amor é assim, sem contole. Não podemos controlar, é inevitável'

Não sei de onde veio, mas essa minha consciência não briga em serviço. Em vez de espernear e negar como eu sempre faço, apenas sorri e assenti.

– Tudo bem, tvamos fazer isso. - Draco segurou a minha mão e sorriu pra mim.

Eu sei que ele sabe que é dificil pra mim, mas tenho que ficar ao lado dele e não brigando e fazendo cena toda vez que algo inevitável acontece.

Ficamos ali pela biblioteca, eu lia e Draco e Adele conversavam sobre a empresa, e nomes de pessoas importantes e sobre a noite que viria. Sei que devia participar da conversa, mas queria ter mais algum tempo como Hermione, uma mera e simples bruxa que não é dona de um império e que não está prestes a se casar com um cara tão rico quanto um imperador. Mas logo meu tempo foi embora, pois Pauline chegou com o nosso ilustre juiz. O cara era gorducho e alto, mas tinha um ar de sabedoria:

– Senhora Lafayette, fico feliz de estar aqui – Ele disse em um francês carregado no sotaque.

– Sim, sim eu conheço esse blá bla bla todo Gerard. – Minha bisavó disse sorrindo – Vamos direto ao ponto. Você trouxe os documentos?

– Sim, madame. Estão todos comigo.

– Então sente-se, e vamos começar – Ela disse – Oh, que tolice a minha. Gerard, esses são Hermione, minha neta e seu noivo, o herdeiro dos...

– Malfoy – Ele completou – Eu conheçi seu avó rapaz. Ah muito prazer, estou encantado de finalmente conehcer a herdeira Lafayette.

Ele continuou enxendo-me de elogios, até que Adele o cortou e fomos tratar de negócios. O documento ao qual Adele se refeira, era seu testamento, que alegava que todas as suas propriedades ficariam para Pauline, e o diretório da empresa à familia que tivesse a maior parte das ações. Eu fiquei muito surpresa de saber que Pauline seria a beneficiada, e quando questionei Adele disse :

– Oh querida, Pauline é a melhor companhia que tenho, nos últimos 25 anos. - Eu a encarei confusa, quantos anos Pauline tinha ? Minha avó riu e disse – Ah ela está aqui desde que nasceu. Era filha da falecida Marie, mas isso é outra história. Vamos ao que interessa.

O plano dela era passar todas as coisas pro meu nome imediatamente, então o testamento foi invalidado e todas as propriedades passariam para o meu nome. Gerard era juiz da minha avó faz tempo, todos os documentos estavam em sua posse, então ele apenas os redigiu para que eu pudesse assina-los.

– Mas antes – Adele disse – Você vai trocar de nome.

– Como assim ?

– Bom, eu tomei a liberdade de pegar a sua certidão mágica. Todo bruxo tem uma quando nasce, onde tem automáticamente toda a sua linhagem. Bem, já que é minha bisneta, você pode ter o meu nome e como maior de idade, não precisa da autorização dos seus pais. É só assinar.

Ela me deu um papel onde constava todos os meus dados, inclusive o nome dos meus pais e minha linhagem. Eu vi mudar de 'nascida trouxa', para 'descendênte dos Lafayette', meus olhos encheram de água. Isso era muito emocionante... Realmente agora era uma nova vida, e diferente da anterior eu teria uma família bruxa, um cara que me ama e definitivamente não muita escolha a respeito do meu status quo ou profissão, mas mesmo assim parecia uma nova vida feliz.

– Mas... quando eu casar com o Draco, meu nome vai mudar de novo. Isso não muda as coisas ?

– Sao contratos mágicos, Hermione – Draco disse – O seu de nascimento, mudará assim que disser 'aceito', e os outros mudarão dependendo do tipo de contrato que iremos fazer.

– Contrato ? - Eu perguntei confusa.

– Ai Herms... deixe pra se preocupar com isso depois – Ele disse piscando pra mim.

No fim eu assinei o papel da minha certidão com o nome de 'Hermione Jane Lafayette'. E assim ficou meu nome em totos os papeís de propriedade da minha família. Quando terminou, era como se eu fosse uma nova pessoa... Mais para uma mulher de 25 anos, poderosa e racional e menos com uma jovem de 18 que ainda está na escola e tem ciúmes de Pansy. Olhei para Draco, e ele parecia um par mais adequado a nova mulher que estava descobrindo em mim, do que a jovem que faz birras.

Eu sorri. Nós amadurecemos tanto, e a cada dia eu gosto ainda mais dele... Talvez esse seja o segredo do amor, ser maduro. Só alguém maduro é capaz de amar alguém por completo, até mesmo as partes ruins e ainda admitir isso em voz alta.

Em um impulso, eu o beijei. Senti que podia dizer 'aceito', agora mesmo. Todo o medo e as inseguranças que eu tinha sobre estar casando com ele se foram, agora eu mal podia esperar pra começar logo a minha vida como uma Lafayette Malfoy. E tinha certeza que podia me apoiar nele, confiar minha vida em suas mãos e toda aquelas coisas de casais... Meu deus, como eu o adoro.

Quando o ar faltou, eu sorri pra ele e disse :

– Me desculpe por sempre estar com um pé atrás, ou por parecer uma garota birrenta reclamando de repórteres e festas grandes. Agora eu sei que é uma tolice, e mesmo que isso me assuste um pouco eu posso contar com você. Não vejo a hora de ser, realmente, a sua mulher.

POV Draco Malfoy

Amanhecera, e estava tudo perfeito. Acordar com Hermione, era sempre uma benção e eu estava extremamente feliz. E eu não sabia exatamente o porque, mas tinha certeza que estava relacionado a ela. Cada detalhe de Hermione, era lindo pra mim. A forma como ela acordava de manhã, ou até mesmo quando saboreava um pedaço de bolo... Tudo era encantador.

Então veio a noticia... Um baile com a elite francesa e todos anciosos para conhecê-la. Eu sabia como ela iria agir, antes mesmo de Adele terminar de explicar do que se tratava. Hermione não era acostumada com nada disso, o que realmente me deixa muito ancioso quanto a nossa relação. Quantas reclamações e aborrecimentos dela, eu vou ter que aguentar ao longo da minha vida ? Porque era obvio que seja porque for, sempre seremos alvos de repórteres e tudo mais. Afinal é uma Lafayette e um Malfoy. Mas ao vê-la ali, hesitante, porém tranquila ao assinar todos aqueles papéis que mudariam a sua vida, eu me senti orgulhoso dela... Ela finalmente tinha entendido e aceitado o que o futuro havia nos reservado. Sei que não é muito justo, mas lutar contra o inevitável era burrice. E depois de precensiar esse grande passo dela, lá estava ela ali, me beijando e dizendo que queria muito ser a minha mulher. Sério, tem algo mais excitante que isso ?

Eu a beijei mais uma vez, dessa vez com um pouco mais de ousadia, eu realmente queria fazer amor com ela. Ela percebeu a minha intenção, e interrompeu o beijo abruptamente.

– Draco, temos companhia... ué pra onde eles foram ? - Olhei ao redor, e realmente não havia nem sinal de Adele nem do juiz.

– Nos deram alguma privacidade – Eu sorri de canto e avancei para ela.

– Aqui não, vamos pro quanto – Ela disse tentando fugir dos meus braços.

– Assim você quebra todo clima – Eu reclamei.

Mas a segui para fora da biblioteca, e logo estavamos em nosso quarto, e não perdi tempo. A peguei em meus braços e a joguei na cama, para logo em seguida me deitar por cima dela e a beijar.

Hermione rio da minha pressa, mas correspondeu igualmente fogosa às minhas investidas. Nossas línguas se acariciavam com vólupia e malicia, nos fazendo tremer de excitação. As mãos dela desabotoaram, com destreza, a minha camisa e logo suas unhas deslizaram sobre meu abdomen. Passei a beijar seu queixo, descendo mais para o pescoço, deixando beijos e mordidas por onde passava. Minha felicidade foi imensa, ao esbarrar com um vestido de zíper frontal, e ao abrir revelar seios livres :

– Você vai se vestir assim sempre.

– Safado – A palavra saiu meio gemida de seus lábios, pois não esperei pra botar meus lábios em seus seios.

A pele de Hermione, sempre macia e cheirosa, me deixava louco. O prazer dela, era o meu próprio. Hermione desceu suas mãos até meu zíper e o abriu, baixando minha calça com a boxer de uma vez. Me separei dela apenas pra tirar de vez toda a roupa e ela fez o mesmo :

– Você é tão linda – Eu sussurrei meio rouco. Ela riu e diss

– Você dá pro gasto.

Em resposta, eu me joguei por cima dela mais uma vez, tomando os seus lábios e a acariciando em todas as partes que minhas mãos alcançavam. Sem poder esperar mais, subi a sua perna esquerda em meu quadril e a penetrei. Ela gritou em surpresa, mas logo rebolava embaixo de mim, em puro extase.

O som dos nossos corpos se chocando, os gemidos guturais que saiam de nossas bocas, o perfume dela me inebriando... Além da sua intimidade apertando a minha, me deixando louco a cada vai e vem... Tudo isso se acumulava, para que quando eu explodisse de prazer, eu visse estrelas e era sempre assim com Hermione. Ela atingiu o ápice junto comigo, nos fazendo sorrir bobamente um pro outro.

Fazer amor com ela, sempre acabava comigo. Era muito prazer e muito desejo sendo liberado, então eu apenas rolei para o lado e a encaixei em meus braços, a beijei delicadamente antes de fechar meus olhos e dormir.

Acordei com pingos de água em meu rosto, por um segundo pensei que poderia estar chovendo em cima de mim :

– Vamos Draco, levante – Eu ouvi ela dizer – Já são 21hrs.

– Então porque tá chovendo ? - Eu disse com os olhos ainda fechados

– O que ? - Eu ouvi ela exclamar – Ah, é só meu cabelo que está te molhando. Vamos logo, você tem que tomar banho.

Abri meus olhos e seu rosto estava perto demais, eu me inclinei pra frente e a beijei. Os seus lábios estavam gelados, devido ao banho e ela só tinha uma toalha enrolada no corpo :

– Você fez de próposito... Sabe ficar só de toalha – Eu disse sacana

– Claro que não, seu tarado – Ela disse gargalhando – Acabei de sair do banho. Sabe o que significa ?

– Hum... que eu vou ter que tomar banho sozinho ? - Eu disse confuso.

– Não seu bobo... quer dizer que o feitiço cedeu mais. Draco, acho que temos sei lá... uns 15 metros de distância. - Ela estava radiante e tinha um sorriso enorme.

– Acho que descobri o segredo – Eu disse meio pervertido – Deveriámos fazer amor o tempo todo até quebrar o feitiço.

– Credo Draco ! - Ela gargalhou ainda mais – Você sabe porque aconteceu.

Sim, eu sabia. Ambos tinham se entregado ainda mais um pro outro, Hermione resolveu confiar plenamente em mim, e agora éramos como um só. A beijei de felicidade, até o ar faltar e ela me mandar tomar banho.

Eu não sei se eu demorei mais que o normal no banho, ou se ela que se arrumou mais rápido, mas quando eu sai ela estava vestida e abotoava um sapato de saltos. O vestido dela era lindo, branco em detalhes dourado, e sinceramente preocupante. Ele era trançado no pescoço e nas costas, marcava firme até a sua cintura e depois caía livre até seus pés, a parte preocupante, era a enorme fenda que havia na parte de cima, deixando o peito e a parte interna dos seios dela, visível :

– Você está divinamente linda. Mas precisa ir mesmo com esse vestido ? - Eu disse assim que recuperei a minha fala. - Ela riu debochada.

– Não acredito no que eu estou ouvindo. - Eu arqueei as sombrancelhas – Está com ciúmes ?

– De você ? Mas é claro... Os caras não vão tirar os olhos de você. - Ela caminhou até mim e passou os braços pelo meu pescoço.

– Mas isso é uma pena, já que meus olhos não vão sair de você – Então ela me beijou.

Eu estava a cada segundo mais apaixonado por ela. Fico me perguntando se essa fase de beijos e elogios e carinhos sem propósitos vão durar pra sempre, por mim não tem absolutamente nenhum problema.

Terminamos de nos arrumar, ela estava quase pronta e eu apenas vesti um fraque branco e estava pronto. Claro que ela fez questão de arrumar cada linha da minha roupa e de tentar dar um jeito no meu cabelo. Quando ela não conseguiu vencer minha bela cabeleira loura, nós descemos e fomos nos encontrar com a Adele no saguão de entrada.

Ficamos surpresos de encontrar Pauline ali, vestida lindamente e aguardando Adele também.

– Pauline ? - Hermione a chamou, a loura ficou rubra e baixou o olhar.

– Sim senhora.

– Ai credo, senhora não – Hermione disse fazendo careta – Pauline, eu só quero pedir desculpas pela forma como eu lhe tratei, não é culpa sua se metade do mundo feminino caí aos pés do meu homem e eu fico morrendo de ciúmes.

– Não há do que se desculpa... Senhorita – Ela disse, ainda de olhos baixos – Eu que devia pedi perdão por ficar...

– Ah esqueça isso – Hermione rio – Sinceramente fiquei lisonjeada em você ter me achado interessante.

Pauline pareceu surpresa, mas antes que algo mais pudesse ser dito, Adele chegou.

– Oh Hermione, você está linda – Ela disse emocionada – Draco, não saia de perto dela, ou vai ter problemas.

Engoli em seco.

Não demorou muito, e já estavámos no carro de Adele, rumando para o centro de Paris. Meia hora se passou, e finalmente chegamos ao lugar da festa. Era uma mansão, em estilo vitoriano, imensa e totalmente dourada. Se de noite já doía no olhar, o que dirá na luz do dia.

Assim que saímos do carro, fomos logo conduzidos para dentro. 'É incrivél que mesmo depois de anos sem confratenizar com ninguém, as portas continuam abertas', Adele confessou para nós. A enomr mansão, realmente pertencia a bruxos. Os quadros na parede não nos deixavam mentir, e além disso havia fadas decorativas em vários lugares, além de elfos.

Bastou Adele ser anunciada, ao chegarmos no Salão principal, para todos pararem as danças e conversas e se virar para entrada. Hermione apertou a minha mão com força.

– Adele – Uma mulher veio se aproximando da entrada – Fico tão contente que tenha vindo.

– Olá Joanne – Adele cumprimentou – Fico contente em ser recebida. Joanne, quero que conheça a minha bisneta, Hermione. Querida, essa é Joanne Montjay, a anfintriã da festa.

– Muito obrigada pelo convite – Hermione disse – É um prazer conhece-la

A mulher se inclinou e deu um beijo em cada face de Hermione, não parando de elogia-la.

– Meu Merlin, o cara que se casará com você terá muita sorte. - Ela exclamou

– Bem, deixe eu lhe apresentar então – Hermione disse – Esse é o Draco Malfoy, meu noivo.

– Meu Merlin.... ele é um Malfoy – Os olhos da mulher se arregalaram e ela logo veio me cumprimentar.

Logo depois ela chamou o seu marido, e as suas duas filhas para nós conhecerem. O marido dela, conhecia o meu pai, e a filha mais velha dela quase caiu em cima de mim, de tanto que ela se inclinava em minha direção. Hermione resolveu empurra-la acidentalmente, para longe de mim. Depois que conhecemos os anfitriões, todos os outros convidados queriam nos conhecer. Eu e Hermione ficamos. Por um bom tempo, rodando de mesa em mesa, abraçando estranhos e de vez enquando tendo que nos desviar de indiretas e cantadas. Quando finalmente nos vimos sem ninguém, corremos para a pista de dança, para qua ninguém pudesse nos interromper :

– Pelo amor de Merlin, estava me sentindo a rainha da Inglaterra – Ela exclamou

– Você vai ter que se acostumar. Quando nos casarmos, será pior acredite !

– Não tente me desencorajar – Ela disse rindo – Não vou desistir de casar com você .

– Fico contente em ouvir isso.

Uma música mais lenta começou, então a puxei para mais perto e ela deitou a sua cabeça em meu peito e ficamos assim, balançando no ritmo da música. Acho que nossa paz durou uma música e meia, pois logo alguém se aproximou.

Era uma mulher, devia ter uns 25 anos, se trajava formlmente e parecia mais uma nerd do que alguém atrás de homens :

– Com licença – Ela disse ao se aproximar – Mas vocês dois poderiam nos concender uma entrevista ?

Eu estava a ponto de negar, já que Hermione detesta essas coisas e nós não tinhamos obrigação nenhuma de conceder entrevistas. Porém, Herms foi mais rápida e aceitou, dizendo que queria algo rápido. A moça concordou e ela nos conduziu a uma sala, em anexo com o Salão.

As perguntas iniciais, eram as mesmas coisas de sempre.

'Como se conheceram ?'

'Por quanto tempo estão juntos ?'

'Quando é o casamento ?'

Fomos respondendo tudo de uma forma meio entendiada, então começamos a falar das empresas :

– Agora que é uma Lafayette, como ficam as empresas ? - Perguntou para Hermione

– Assim que terminar meus estudos, vou entrar como diretora e gerenciar os negócios da familia.

– Enquanto ao senhor ? - Ela disse pra mim

– Bom, provavelmente assumirei os negocios da minha familia.

– Se vão casar, suas empresas não vão entrar em certo conflito ? Tipo uma competição básica ?

– Mas elas não são do mesmo ramo – Eu respondi

– Eu sei, mas se houver uma separação, como fica ? As empresas não vão estar em nomes de ambos ? Ou vai ser tudo dividido.

– Nós ainda não pensamos nisso – Eu disse consiso

– Me diga Hermione, você colocaria a empresa de sua familia em nome do Malfoy, visto o histórico familiar dele ? - Ela insistiu. Hermione bufou indignada .

– Isso tudo é problema nosso. Meta-se com a sua vida – Ela quase gritou – E se você quer saber, confio em Draco de olhos fechados.

Ela se levantou e por um segundo achei que ela iria bater o pé, como uma criança birreta, mas ela apenas saiu com passos duros e eu a acompanhei.

– Calma Herms. - Ela me deixou alcança-la.

– Venha aqui – Ela me puxou até uma sacada, onde não havia ninguém.

A noite estava bonita e estrelada, uma brisa gostosa batia. Ela se aninhou em mim e suspirou :

– O que foi, querida ?

– Aquilo que ela disse. Eu não entendi bem.

– Bom, quando casarmos temos que ter um acordo. E no nosso caso é um acordo bem delicado, porque é uma enorme fortuna em jogo.

– Você poderia me explicar ? - Ela disse sussurrando.

– Bem, podemos casar com comunhão total de bens, onde tudo que é meu é seu mesmo antes do casamento. E caso nos serpararmos, tudo se divide ao meio. Tem o parcial, tudo que é seu antes do casamento, continua sendo seu caso nos separarmos, apenas dividimos o que construirmos juntos e a última é, tudo que é seu, é seu, tudo que é meu é meu, até no caso do divórcio.

– Mas que coisa complicada.

Eu sorri. Ficmos assim, apenas apreciando a noite e a companhia um do outro. Então, como se fosse mágica o céu foi tomado por fogos :

– Céus, é meia noite ! - Hermione exclamou – Perdemos a contagem regressiva.

– Eu nunca perco nada quando eu estou com você – Eu disse sincero. Ela olhou no fundo dos meus olhos e disse :

– Bonne Année, mon amour !

– Bonne Année, mon amour !

Então eu a beijei mais uma vez.