Dramione - Acorrentados escrita por sgculture


Capítulo 29
A Verdade


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas!!! Estava viajando e só voltei hoje. Me desculpem pela demora. Obrigada a todos que comentaram e bem vindos novos leitores.
Gente onde aparecer [ ] era para ser aspas, mas meu net ta com defeito. Desculpem!!
Boa leitura (:



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POV Hermione Malfoy



A minha cabeça estava cheia de pensamentos confusos, quanto mais Draco me consolava mais eu chorava e me perdia em pensamentos. Porque a minha mãe não me contou nada disso? Porque ela me fez sofrer tantos anos achando que era uma simples trouxa? Mas... será que ela sabia dessa história?

– Herms? O que você pretende fazer?

Eu fitei Draco, seus olhos cinzas claros estavam confusos. Ele era tão lindo e estava ali por mim, esse pensamento quase me fez chorar novamente:

– Acho que devemos tirar essa história a limpo.

– Então, vamos visitar seus pais.

Trocamos de roupas rapidamente e eu insisti em deixar um bilhete, caso nos procurassem, dizendo onde fomos. E só então aparatamos.

Não queria brigar, apenas entender, então aparatei na rua e caminhamos até a minha casa. Estava tão nervosa que quase desmaiei, Draco que apertou a campainha.

Minha mãe que atendeu e pareceu surpresa:

– Hermione, o que está fazendo aqui?

– Acho que você me deve umas respostas, mãe.

Ela nos deixou entrar e nos sentamos na sala:

– Cade o papai? - Eu perguntei curiosa

– Foi ao supermercado. Estou vendo que ainda está com esse rapaz – Ela torceu a cara.

– Esse rapaz – Disse Draco – Faz muito gosto de estar com a sua filha. - Enrubesci.

– Mãe – Eu disse – Não vim aqui falar de Draco. Estamos muito bem, obrigada. Quero saber quando pretendia me contar, que somos descendentes dos Lafayette? Não apenas descendentes, mas legitimas herdeiras da família?

Minha mãe que estava a vontade, de repente ficou tensa e pálida. Ela me encarou chocada e sussurrou:

– Quem lhe disse esse absurdo?

– Não negue, mãe. Suas expressões entregam tudo. - Seu choque passou para horror total. Ela pôs as mãos no rosto e começou a chorar.

Parte de mim queria ir acalenta-la, a outra parte se manteve firme no sofá, magoada demais para tomar essa atitude.

Passou alguns minutos e ela parou de chorar e ergueu o rosto:

– Rezei tanto para esse dia nunca chegar – Ela disse engasgando – Mas já que sabe, que a verdade seja dita.

– Tudo que eu mais desejo, é a verdade. - Draco se mexeu inquieto.

– Herms tem certeza? - Ele sussurrou para mim – Você pode se magoar.

– Eu tenho – O tranquilizei, virei para Jane e disse – Pode começar mãe.

– Só quero que fique logo sabendo, eu apenas descobri isso tudo, quando você recebeu aquela carta de Hogwarts, antes disso eu não fazia ideia de nada disso – Ela suspirou e retomou a fala. - Minha mãe era uma mulher muito amorosa e simpática, porém eu nunca podia fazer duas coisas: ir a vila De La Rosé ou falar de minha avó. A vila De La Rosé, ficava no centro da França e diziam que haviam os prédios mais bizarros e luxuosos do país, eu sempre quis visitar, mas a mamãe sempre dizia [é um bairro de pessoas estranhas, você não quer ser vista por lá]. Sobre a minha avó, aos sete anos eu parei de perguntar. Sabia que só irritaria ela e nunca obteria nenhuma resposta. Quando completei 15 anos, eu recebi uma carta na escola, continha um belo medalhão de ouro e nele estava entalhado um ipê com uma coroa em volta.

– O simbolo da nossa família – Eu murmurei.

– Na carta – Mamãe continuou como se eu não tivesse falado nada – Dizia que era um presente de minha avó e o endereço era uma casa na tal vila De La Rosé. Cheguei em casa eufórica e um tanto irritada com a minha mãe, por ter me escondido isso. Quando contei a ela, ela fez o pior escândalo de todos. Me tomou a carta e o medalhão e jogou tudo no lixo. Naquela hora eu entendi que não importava quem era a minha avó, só que ela devia ser uma pessoa horrível e se a minha mãe não aprovava ela, eu também devia parar de falar no assunto. Apesar disso peguei o medalhão e guardei-o comigo. Cresci, casei, me mudei e então você nasceu. Minha mãe me visitou várias vezes. Até você completar três anos... Naquele dia, você ficou tão irritada pois o bolo era de chocolate e não de morango como você queria, que o bolo explodiu. Eu achei estranho, porém não pensei nada de anormal, sua avó ficou horrorizada, disse que era melhor eu me mudar, antes que acontecesse. Quando eu perguntei do que se tratava ela disse: [Sua avó vai querer tomar a sua filha de você], foi o que ela disse e isso bastou para eu e seu pai nos mudarmos.

– Então – Eu interrompi – Você nunca conheceu a minha bisavó?

– Claro que não. Sua avó nunca aprovaria.

– Estou vendo que não puxei para senhora – Falei baixo e Draco sorriu ao meu lado.

– Continuando – Minha mãe prosseguiu. - Sua avó só vinha nos visitar uma vez ao ano, dizendo que era melhor assim, até, claro, você receber a carta de Hogwarts. Eu e seu pai ficamos surpresos e chocados por você ter tal... dom. deixamos você ir porque achamos que era o adequado para você aprender a domar esses seus poderes. Quando visitei a sua avó e disse a ela, ela quase infartou. Disse que já sabia que a [maldição da família], tinha passado para você. Então ela me disse que a mãe dela era uma bruxa, que tinha fugido de casa e de toda magia, mas tinha sido fraca demais e voltado para antiga vida, abandonando ela. Minha mãe criou total aversão pela magia e pela mãe dela e tudo isso ela passou a mim. Você é a minha filhinha, e não merecia passar por isso... Saber que tem uma família toda desestruturada, onde minha avó largou a minha mãe. Como não queria que isso acontecesse com você, eu e seu pai permitimos a sua entrada na escola... Mas achamos que era uma fase. Que assim como a sua bisavó um dia viu, e a sua avó vê a magia só distancia as pessoas... Eles tem que se esconder, viver uma vida reclusa, sempre se vigiando para não fazer magia na frente de pessoas normais, dizem que é a lei mais severa deles.

– Deles mãe? - Eu disse em um fio de voz. Toda a história estava me deixando meio enojada – Eu sou uma bruxa, faço parte dessas pessoas que você e vovó tanto repudiam. Sim, temos que nos esconder porque trouxas como vocês nunca vão entender que somos iguais, apenas com uns dons a mais. Somos especiais, será que não veem isso? Não somos uma ameaça.

– Mas filha, eu nunca disse que você era uma ameaça. Só estou dizendo que levar essa vida, priva você de ter uma vida normal junto aos outros seres humanos. Já pensou se você estiver em um jantar com amigos nossos e você fazer magia na frente deles? Como eles vão te olhar filha? Ou se você casar com esse aí e o filho de vocês for como vocês, já pensou ele fazendo magia [sem querer] na frente dos filhos das suas primas? O quanto ele vai ser caçoado e...

– CHEGA!! - Eu gritei bufando de raiva – Não sei o que se passou para a minha bisavó ter abandonado a minha avó, posso até entender porque ela não goste de magia. Mas você é minha mãe e ao invés de me aceitar como eu sou, fica tentando me mudar, me fazer [desistir da magia]. Saiba que isso não existe mãe. Faz parte de mim, é parte de quem eu sou. Agora está bem claro que você não quer fazer parte da minha vida.

– Filhinha – Ela disse soluçando – Você não é isso, você é normal... assim como eu, é só deixar isso para trás...

– Você quer que eu me deixe para trás – Eu estava tão histérica, que comecei a rir.

– Senhora Jane, acho que já deu – Draco disse – Você deixou clara a sua opinião quanto a nós e nossa relação. Tenha uma boa vida.

Então ele me pegou no colo e aparatamos, direto para sua cama.





POV Draco Malfoy



Agora eu podia pelo menos tentar entender os pais de Hermione. A mãe botou na cabeça dela que magia era ruim, mas isso não justifica o que ela está fazendo. Hermione está sofrendo e com muita raiva... Não sei o que fazer.

– Herms? - Eu sussurrei em seu ouvido – Estamos em casa.

– Eu sei. - Ela disse – Estamos em casa. Agora eu oficialmente moro aqui.

– Herms... tudo que é meu é seu agora. - Ela suspirou – Sinto muito pelos seus pais, principalmente a sua mãe. Pode ser que um dia eles se toquem de que estão agindo errado.

– Sabe o que é pior Draco? Saber que por todos esses anos eu sofri achando que era uma nascida trouxa, mas meu sangue é tão nobre quanto ao seu. Caraca, a minha vida ia ser tão diferente, eu ia ser mais respeitada, talvez fosse da Corvinal e principalmente...

– Você não estaria ligada a mim – Eu sussurrei. Ela me olhou assentiu. Saber que eu causei tanta dor a Hermione, no passado, já era uma tortura... Saber que estou falhando agora é pior ainda.

Fitei seus olhos castanhos, ela estava determinada mas ao mesmo tempo com medo, como se não soubesse o que fazer. Era incrível como a magia da corrente deixava ela transparente para mim, mas sento que cada dia eu a entendo mais, talvez seja eu me abrindo para ela. Hermione ainda é cega demais para me enxergar.

– O que você está pensando Hermione?

– Sabe... eu acho que – Ela sorriu nervosa... - é loucura... mas será que podíamos conhecer a minha bisavó? - Eu ri da cara de expectativa que ela vez.

– Você não quer deixar isso para depois do noivado? Podíamos passar o ano novo na França. Além do mais a minha mãe vai surtar se sairmos assim.

– Não tinha pensado nisso. Mas você têm razão. - Ela sorriu para mim e me abraçou – Obrigada... por tudo. - Eu a beijei e disse:

– O prazer é meu.

Ficamos o resto da tarde apenas deitados e acabamos dormindo um pouco. Toda a agitação emocional cansou ele e consequentemente a mim. Quando descemos a noite, estávamos novos em folha e prontos para falar o que havíamos descobrido.



– Pai, mãe, tia... - Eu comecei – Hermione tem algo a dizer.

– Bom, Bella descobriu mais cedo que eu poderia ser bisneta de Adele Lafayette e bom... Ela estava certa.

As reações foram diversas. Minha mãe deu um gritinho e pôs a mão no peito, a tia saltitou e cantarolou [Eu já sabia], enquanto a meu pai ficou mais pálido que o normal.

– Espere... Você não é uma sangue ruim?

– Bom, eu sou mestiça por causa do meu pai. Mas já deu para notar que o sangue da minha família é forte. Sou uma Lafayette, herdeira legitima.

Ele fitou ela por uns instantes e depois a mim:

– Bom, parabéns senhorita Granger...

– Malfoy, senhor. Eu prefiro Malfoy – Ele arregalou as sobrancelhas, em surpresa, para ela, mas assentiu. - E apenas quero dizer que esse fato foi o causador de uma ruptura na minha família. Meus pais não aceitam o fato de eu ser bruxa e ter escolhido essa vida.

– Trouxas – Murmurou tia Bella.

– Bem, como você mesma disse – Começou meu pai – Você é uma Malfoy, essa casa também é sua.

Hermione ficou contente na hora, passando para mim a sua euforia. Quando eu ia agradecer meu pai, minha mãe se jogou em seus braços e o beijou. Sem fazer barulho, Hermione, tia Bella e eu saímos da sala.

– Estou feliz por vocês dois – Disse tia Bella – quando pretendem conhecer essa bisavó de Mione?

– Depois do noivado – Eu disse.

– Então tudo bem – Ela continuou – Eu e Ciça vamos arrumar as malas e as coisas para viagem. Vocês concentrem-se em fazer a lista e inventar uma desculpa convincente e com mínimos detalhes, para os jornais.

– Pode deixar Bella – Disse Hermione – Já até sei para quem vou pedir ajuda.




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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Me desculpem mesmo os errinhos ou se não estiver muito bom. Acabei de chegar de viagem e estou morta e com sono kkk
Beijos, até o próximo!!!