Dramione - Acorrentados escrita por sgculture


Capítulo 21
Os Malfoy's


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas! Desculpem a demora, estava DES-MAI-A-DA por causa do Enem kk'
Está aqui o tão esperado capitulo haha!
Boa leitura (:



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POV Draco Malfoy

Depois da apresentação, o baile ficou melhor ainda. Eu e Hermione fomos para um canto, curti um ao outro e eu consegui completar a pulseira dela e lhe entreguei.

– Mas eu disse que eu queria todas douradas - Hermione disse irônica.

– Sim, e eu disse que você usaria o que eu quisesse - Eu disse colocando a pulseira em seu braço. As estrelas eram em sua maioria douradas, mas havia algumas prateadas. - Sabe porque eu pus as prateadas? Porque todo amor de casal tem amizade também.

Ela apenas corou lindamente e me beijou.

. Claro que não podíamos apenas fazer o que queríamos, já que éramos os idealizadores da festa, e nos procuravam para ver as coisas ou dar informações, mas aproveitamos bastante. Quando o baile acabou, eu, Luna, Blás e Hermione, ficamos responsáveis de fazer todos voltarem para seus salões comunais, então quando chegamos ao nosso, só caímos na cama de roupa e tudo e dormimos. Tínhamos que acordar relativamente cedo, já que o trem saia às 10h00min. Teríamos uma folga de 15 dias para as festas de fim de ano, e eu os usaria para conhecer mais Hermione e fazê-la entender que eu a quero, de preferência logo!

– Acorda Draco – Eu ouvia, ao longe, uma voz dizer – Seus pais vão me odiar ainda mais se eu fizer você perder o trem. - Por mais que eu tentasse, meu corpo não queria se mexer. – Vamos logo Draco. – A voz dela não era irritada, mas sim suplicante e um tanto nervosa. Depois de uns minutos, consegui abrir os olhos e ela estava sentada rígida e de costas reta.

– O que foi Hermione? – Eu lhe disse

– Nada, apenas me preparando psicologicamente, para seus pais.

– Eles não são tão ruins assim – Eu disse firme

– Eu sei Draco, é só que quero ser aceita e não vista como algo que tem que estar ali, pois não há outro jeito.

A fitei intensamente, sabia que havia determinação nela, e não me surpreendi. Hermione Granger era orgulhosa, e ia fazer meus pais aceita-la, custe o que custar. Só espero que não sobre pra mim. Me ergui e dei-lhe um beijo na testa:

– Venha, vamos nos arrumar pra descer.

Com o baile pra organizar, não tivemos tempo para arrumar a mala, então havia objetos voando de um lado pro outro para dar tempo de tomarmos café e pegar o trem. Hermione ainda estava de calcinha, mas a mala estava pronta.

– Hermione se vista, eu termino de organizar as coisas.

– Mas Draco, você ainda nem arrumou as suas coisas, e...

– Eu não preciso, estamos indo pra minha casa – Ela fez cara feia, mas resolveu me obedecer.

Enquanto Hermione se vestia ao meu lado, eu usava a varinha para arrumar o restante. Era meio difícil, com o nosso limitado espaço, mas já estávamos craques em fazer isso. Logo tudo estava pronto e descemos correndo para o Salão Principal. Muitas pessoas corriam desesperadas também, pois todos se distraíram com o baile. O castelo estava movimentado e barulhento, nada agradável. Hermione me empurrou pra mesa da grifinória, onde sentei de mal grado e comecei a tomar café.

– Eras Hermione, eu pensei que nem vinham mais – Começou Gina – Está quase na hora.

– Eu sei amiga, mas tínhamos que ser os últimos a saírem do baile. – Ela respondeu com a boca cheia de torrada. Ela devia estar mesmo com fome e desesperada, pra fazer isso.

– Por falar em baile. Quando vai ser seu noivado? – Ela perguntou fazendo Hermione engasgar.

– Hermione, mastigue por favor – Eu disse a ela – Provavelmente depois do Natal, meus pais com certeza vão querer dar a festa. – Hermione arregalou os olhos pra mim – O que foi? Eu não lhe disse?

– Não, Malfoy, você não disse – Ela disse irritada.

– Querida, acho que você devia ter previsto isso – A encarei firme, ela desviou os olhos e suspirou.

– É, acho que eu já sabia. – Ela disse enfim.

– Poxa, achei que eu ia participar dessa vez. – A ruiva reclamou.

– Você estará lá ruiva, prometo – Eu disse a ela, que deu um grito. Mulheres!

Hermione se despediu dos amigos e depois fomos nos despedir de Blás e Luna, que por sinal iriam pra casa da loura pra ele conhecer o pai dela. Desejei boa sorte para os dois e eles idem. Logo estávamos no trem indo pra Londres. Como éramos monitores chefes, tínhamos uma cabine privativa, eu e Hermione logo fomos pra lá, deitamos no sofá e dormimos a viagem toda.

Acordei com um solavanco do trem e percebi que já estávamos perto. Ela ainda dormia profundamente, talvez tenha acordado mais cedo devido ao nervosismo. Quando Hermione estava muito cansada e dormia um sono pesado, ela babava. O que seria nojento de se ver, mas não tinha nojo dela, de nada que viesse dela. Sorri e resolvi chama-la.

– Hermione, acorda – Ela nem se mexeu. – Vamos lá, querida, estamos chegando – Nada ainda – Hermione você está babando em seu cabelo. – Finalmente ela se mexeu e me olhou.

– Eu não babo Malfoy. – Ela disse com uma voz irritadiça. Ela era simplesmente adorável quando eu a acordava.

Quando o trem parou na estação, já estávamos apresentáveis e com as malas de Hermione em mãos. Quer dizer, na minha mão. Os sentimentos de Hermione passavam de medo à confiança e desse para nervosismo muito rápido, seja lá o que ela estiver pensando, está me deixando louco.

– Hermione, relaxe! – Falei exasperado

– Fácil você dizer – Ela disse entre dentes.

Descemos na estação e logo aparatamos para a mansão. Como eu estava com a Hermione, não podia aparatar direto em casa, paramos a alguns metros do portão e caminhamos até lá. A cada passo Hermione estava mais aflita e nervosa. Antes de entramos e me virei pra ela e disse:

– Independente de qualquer coisa, você está comigo, não vou deixar que nada aconteça a você. Entende isso? – Eu apenas disse isso para tranquilizá-la, sabia que nada de grave ia acontecer.

– Eu sei, obrigada – Ela disse e forçou seus lábios, rapidamente, nos meus. Sorri involuntariamente.

E logo entramos.


POV Hermione Malfoy

Eu estava nervosa e apavorada com a ideia de conhecer a família de Draco, mas também estava determinada a fazê-los ver que eu era digna de Draco.

Assim que entramos Draco chamou um elfo doméstico e pediu para que levasse a minha mala, para o quarto dele. Não sei porque, mas me arrepiei com a ideia, um arrepio totalmente não inocente.

O elfo informou que os pais dele estariam na biblioteca:

– E a tia Bella? - Ele questionou.

– A senhora Black está nos jardins, senhor - O Elfo respondeu.

– Melhor assim. Pode ir Wingle - Ele disse dispensando o elfo - Vamos lá Hermione. - Ele segurou a minha mãe e foi me levando mansão a dentro.

A mansão era belíssima, não tinha como negar. Vários quadros da história bruxa e dos antepassados de Draco, enfeitavam as paredes. A mansão era enorme, toda trabalhada em prata e mogno negro. Luxo esbanjava em todos os cantos. Depois de subir três lances de escada, finalmente estávamos em frente a uma porta negra, de madeira polida. Draco bateu e aguardou.

– Pode entrar querido, sei que é você - Disse uma voz feminina, que eu supus ser da Senhora Malfoy. Draco hesitou, mas finalmente abriu a porta e entrou, eu entrei logo atrás dele.

– Mãe, pai - Ele disse, seu nervosismo estava bem camuflado, mas eu podia sentir - Quero que vocês conheçam a Hermione.

Então, eu sai de trás dele e entrei no campo de visão dos dois. Narcisa Malfoy, que até então estava relaxada, sentada na mesa de frente pro marido, deu um salto e ficou de pé ao lado dele. Lucius Malfoy, estava sentado, majestosamente, na cadeira e apenas ergueu uma sobrancelha para Draco.

– Você podia ter avisado - O homem disse fitando o filho.

– Me desculpe, mas é um assunto bastante delicado e não queríamos tratar por cartas - Draco respondeu prontamente.

– Queríamos? - Narcisa perguntou - Falam como um só, agora? - A voz dela apenas transparecia incredulidade e podia jurar, uma ponta de contentamento.
– Basicamente sim, senhora - Eu respondi calmamente. Fiquei orgulhosa pela minha voz não ter falhado. A mulher ficou espantada, mas logo se recompôs.

– Eu espero que o assunto seja realmente delicado, Draco - Disse Lucius me fitando - Pois não estamos acostumados a ser pegos de surpresa.

Essa foi a nossa deixa, adentramos a biblioteca, que por sinal era imensa e muito bela, nos sentamos e Draco começou a contar a nossa história. Deixando de fora as partes constrangedoras e desnecessárias para eles. Ao fim do relato, Narcisa parecia um tanto chocada, enquanto o seu marido mantinha a mesma expressão de frieza. Ficamos em silêncio por uns minutos e aproveitei para analisar meus futuros sogros. Eles eram muito belos e de aparência fina, porém em Narcisa notava-se algo angelical, enquanto Lucius era rígido e nada aparentava. Draco era uma mistura incrível dos dois. Notei também que em ambos, no braço esquerdo, se encontrava uma tatuagem negra. Era um escudo com um 'M' no meio, atravessado por duas lanças e ladeada por dois dragões. Reconhecia o brasão, claro, era o brasão da família Malfoy. Eu fiquei tentada a perguntar o motivo da tatuagem, porém Lucius quebrou o silêncio:

– Está me dizendo que veio apenas informar que vocês vão se casar? - Draco suspirou derrotado.

– Não é bem isso, pai. Não temos escolha. Não podemos fazer nada para quebrar o encanto. Tudo foi tentado, não há alternativa.

– Não posso tolerar isso Draco. Se ela ao menos tivesse o sangue puro - O homem disse irritado.

– Então o que pretende fazer senhor? - Eu respondi um pouco irritada. Ele me dirigiu um olhar de desafio, ao qual eu correspondi a altura. Não ia deixar ninguém me humilhar.

– Não tenho, agora, uma solução pra isso - Lucius disse por fim - Mas não gosto da ideia de você, está amarrada ao meu filho.

– Pois saiba que eu também não gostei nenhum pouco no inicio. Mas o que mais iriamos fazer? - Eu respondi em tom de desafio. Senti uma certa tensão vindo de Draco, mas eu ignorei.

– Quem você pensa que é pra falar assim comigo? Se eu quisesse você nem estaria aqui e se não quiser sofrer...

– Acho que você não entendeu. - Eu o cortei, sim eu cortei a fala de Lucius Malfoy - O que você fizer para mim você fará ao seu filho. Estamos intimamente conectados agora, eu posso até sentir o que ele sente e vice versa. - Enquanto a minha coragem crescia, Draco mais nervoso ficava. - Draco quer parar? - Eu sussurrei pra ele - Nenhum Malfoy fica assim tão nervoso - Eu disse dando uma cotovelada nele.

– Hermione tem razão pai - Ele disse por fim. Narcisa, que se manteve quieta, pôs as mãos nos ombros do marido e disse:

– Não há o que fazermos, querido. Eles dois estão ligados, e não vamos fazer nosso filho sofrer. Expôr essa situação pros outros está fora de cogitação. Além do mais ela é bonita e já que está em Hogwarts é uma bruxa e ponto final - Narcisa disse, como quem dá a última palavra.

– Mas Ciça - Lucius reclamou, parecendo derrotado - Ela é impura, o que meus antepassados diriam? - Eu segurei a minha língua para não responder, o que foi bom.

– Seus antepassados estão mortos amor, nosso filho está vivo e está aqui! - Narcisa respondeu. Acho que eu ia gostar dela. Lucius deixou os ombros caírem, a mulher, com certeza, mandava na relação.

– Tudo bem - Ele disse - Ela pode ficar, mas saiba mocinha que eu não a aprovo.

– Eu sei disso, senhor. E estou disposta a provar que sou digna do seu filho e digna de carregar o nome Malfoy - Eu disse firme com uma ousadia que eu nem sabia de onde vinha.

– Veremos. - Ele simplesmente respondeu.

Antes que eles pudessem nos liberar e nós sairmos de lá, ouvimos uma voz no corredor:

– Ciça, Ciça. É verdade o que os quadros estão dizendo? Há uma sangue ruim entre nós? - Draco ficou tenso e temeroso, Narcisa ficou um tanto alarmada, enquanto Lucius deu um sorrisinho debochado.

Antes que eu pudesse perguntar quem era, a pessoa entrou pela porta. A morena era alta, com um porte fino e uma cabeleira castanha imensa. Ela tinha belos traços, mas trazia uma ar de loucura evidente. Essa devia ser a titia Bella.

– Bella, essa é a Hermione. Será, futuramente, a esposa de Draco - Narcisa disse meio contida. Bella me encarou da cabeça aos pés.

– Quem essa sujeitinha pensa que é para casar com o meu sobrinho? - Ela disse me lançando um olhar cruel.

– Ao que parece eles não tem escolhas Bella - Disse Lucius - Eles estão acorrentados por um tipo de magia inquebrável.

– Não interessa - Ela respondeu com um rosnado - Ela não é digna dele.

Estava farta de todos naquela sala acharem que eu não era digna de Draco e muito menos digna da magia. Com exceção de Narcisa, acho que eles preferiam me ver morta. Juntei toda essa irritação e me virei para a recém chegada:

– Eu sou digna sim, dele. E sou uma bruxa excelente. Aposto que sou melhor que você. - No fim, dei um sorrisinho irônico. Ela me olhou transtornada e bufando de raiva.

– Hermione, eu não acho... - Draco começou, o seu medo era palpável.

– Draco, fique quieto. Eu sei me cuidar - Sussurrei apenas para ele ouvir.

– Vamos ver do que é capaz, sua pirralha imunda e insolente - Bellatrix gritou para mim, e me lançou um feitiço não verbal. Rapidamente eu protegi Draco e a mim.

– É só isso? - Eu debochei. Ela grunhiu e me lançou outro. Dessa vez foi mais forte, mas consegui aquentar. - Posso fazer isso o dia todo! - Eu disse sorrindo.

Crucio– Ela gritou, e dessa vez a minha barreira de proteção foi mais forte. Eu meio que esperava um feitiço desse porte. Bella continuou, mas nada nos atingia. Até que pareceu cansada e cessou o feitiço.

– Cansou? - Eu disse provocando. Ela ergueu novamente a varinha para mim, mas cansada daquilo, lhe lencei um feitiço não verbal. Ela não teve chance de se proteger, logo ela caia pra trás.

Ouvi um arquejar de surpresa de Narcisa e Draco me olhava um tanto espantado e orgulhoso.

– Como você ousa fazer isso? E na nossa própria casa! - Lucius gritou comigo. Eu me virei e o encarei.

– Acho que exigir respeito, não importa a forma, é uma características dos Malfoy's - Ele ficou calado apenas me encarando. Eu estava tranquila, pois sabia que o feitiço havia apenas lhe deixado tonta e para comprovar isso, Bella começou a rir escandalosamente.

– Essa garota é demais. - Ela continuou rindo, enquanto se levantava e me encarava com um certo tipo de adoração - Você foi ótima garota, nunca vi alguém com tanta audácia de me desafiar antes! - Ela disse batendo palmas e girando, ela era realmente louca, mas não pude evitar sorrir e me sentir lisonjeada.

– Bella, você está bem? - Perguntou a senhora Malfoy.

– Se eu estou bem? - Ela ria - Eu estou ótima Ciça! Você não viu o que essa garota fez? Me desafiou, venceu e ainda respondeu para o seu marido. Draco vai estar em excelente companhia. - E antes que alguém percebesse seu movimento, ela se jogou contra mim, me abraçando fortemente - Dane-se esse seu sangue nojento, você é uma bruxa adorável. - Eu fiquei muito emocionada e logo gostei dela e a abracei de volta.

– Bom, acho que Bella gostou de você, conquistou a mais difícil de nós - Narcisa disse, assim que a irmã me soltou.

– Ela é muito melhor que a sem graça da Greengrass e aquela sonsa da Parkinson - Bella exclamou abraçando Draco.

– Na verdade - Draco respondeu - Ela já enfeitiçou as duas, várias vezes pelos corredores, só porque davam em cima de mim.

– E foi pega? - Ela perguntou me olhando.

– Nunca! - Eu respondi com entusiasmo. Sentia que eu e Bella, íamos ser grandes amigas.

– Minha garota! - Ela disse rindo feliz, como uma criança pequena. Ela era meio infantil e totalmente adorável.

– Bom, acho que vocês estão cansados - Falou Narcisa - Acho melhor irem de deitar e os chamo na hora do almoço.

– Obrigada senhora Malfoy - Eu disse, realmente grata por ela ter meio que me protegido contra seu marido.

– Pode me chamar de Narcisa, Hermione. Ou Ciça - Ela disse piscando. Eu sorri de volta.

Draco botou a mão em minha cintura, e me guiou para fora da Biblioteca, mas antes que saíssemos eu me virei para Bellatrix e disse:

– Acho que vamos ser amigas, Bellatrix.

– Me chame de Bella, Mione, querida - Ela disse piscando. Sorri de volta, era a única pessoa, fora os meus amigos, que me chamavam assim.

Subimos mais um lance de escadas em silêncio, e enquanto eu subia, fiquei mole de repente. Toda a adrenalina e coragem se esvaíam de mim.

– Você foi ótima - Draco sussurrou pra mim.

– E quando eu não sou? - Eu respondi sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Gente eu to com um bloqueio de escritor horrível. Tipo eu sei o que vai acontecer e o que eu tenho que escrever, porém acho que vai sair tosco e sem graça e vocês não vão gostar ç.ç To quase em pânico!
This Is It...