Dramione - Acorrentados escrita por sgculture


Capítulo 11
Primeiras Provações – Ronald


Notas iniciais do capítulo

Não sei o que deu no Nyah, fui atualizar a capa e sumiu a sinopse e quando reescrevi apagou de novo... MEREÇO!
Obrigada pelos comentários lindos *U*
Boa Leitura (:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/548083/chapter/11

POV Draco Malfoy

Rolei na cama e abri os olhos, dando de cara com o relógio de cabeceira e ele marcava 08h30min, dei um pulo tão grande que quase arranco o braço da Granger, que por sinal babava inconsciente ao meu lado. Estávamos super atrasados e estranhei o fato de ela estar dormindo, era sempre a primeira a acordar, e então me lembrei... Era sábado! Podia dormir o dia inteiro! Voltei a me deitar, me enrosquei nela e dormi de novo.

– Draco? Draco acorda! – Ouvia uma voz ao longe dizendo – Pelo amor de Merlin levanta! Não quero passar o dia dormindo!

– Porra Hermione, me deixa! – Eu sussurrei ainda de olhos fechados.

– Draco Black Malfoy, se você quiser um banho na cama não te mexe agora daí! – Senti a irritação dela me dominar, então me sentei e a encarei.

– Mas que droga Hermione! É sábado!

– Por isso mesmo! Vamos logo tomar banho e aproveitar o dia!

Era sempre assim no fim de semana, ela me acordava lá pelas 10h00min para gente sair e aproveitar “a vitamina D do sol” blá blá blá! Eu nunca ia me acostumar com isso. E o pior nem era ficar lá no jardim, era ficar lá fazendo os deveres! Enquanto casais normais se agarravam pelos cantos, se aventuravam na floresta ou tomavam banho no lago, eu ficava embaixo de uma arvore estudando!

Já íamos nos levantar para ir almoçar, quando o Weasel se aproximou:

– Er... Será que eu podia falar á sós com você Hermione? – Eu o olhei com nojo, quem ele pensa que é?

– O que quer Weasley? Eu não tenho nada pra falar com você! – Ela respondeu.

– Por favor, Hermione – O nojento suplicou – Em nome de tudo que a gente viveu...

– O que eu vivi com você nos últimos meses foi um terror, e eu não quero repetir! Muito obrigada! – A tensão era visível, eu apenas os observava. Afinal era um problema que ela tinha antes de mim.

– Tudo bem, eu entendo! Então, em nome da nossa longa amizade. Você poderia, por favor, conversar comigo? Pelo menos ouvir o que eu tenho a dizer.

E quando eu achava que ela estava firme e forte na decisão de ignora-lo, eu vi ela hesitar. Tentei controlar a raiva para que ela não sentisse, mas ela estava sendo muito burra em abrir concessão pra ele. Esse é o problema dos grifínórios, eles eram leais demais.

– Tudo bem! – Ela disse e eu contive um gemido – Mas agora não! Depois do almoço eu o levo até o nosso salão e lá conversamos!

– Muito obrigada Hermione, você não vai se arrepender! – Ele disse contente demais para o meu gosto. Ele fez menção de se aproximar mais dele, então grunhi mostrando a minha irritação. Ele me encarou e depois foi embora.

– Quer me explicar o que foi isso? – Eu perguntei – Esse cara te humilhou, gritou com a gente e fez o maior escândalo quando descobriu que estávamos juntos e você ainda vai dar trela pra ele?

– Ciúmes, Malfoy? – Ela disse e eu apenas arqueei a sobrancelha – Olha o Rony errou está bem, mas ele merece uma chance depois de tantos anos de amizade. Além do mais acho que você também ia surtar se a sua ex namorada aparecesse, um dia depois, de casamento marcado com outro.

Eu bufei e engoli toda a minha raiva, não ia perder meu tempo discutindo com ela. Hermione era uma mula de tão teimosa, além disso, ela não estaria sozinha com ele.

– Tudo bem, não vai me indispor com você por causa disso. Agora como pretende conversar com ele ‘a sós’, sem que ele descubra que eu estou lá? – Eu a questionei.

– Feitiço da desilusão. – Ela disse sorrindo.

Resolvi deixar o assunto pra lá, daqui a pouco teríamos a prova do Weasley de que ele se arrependera ou não. Encaminhamos-nos para o salão e nos sentamos à mesa da grifinória. Eu não gostava de almoçar lá, pois só Hermione se divertia. Lá na Sonserina, o Blás falava com nós dois, mas aqui era somente eu e o prato. Ela tagarelava sem para com a Weasley fêmea e o Robald Bestão conversava com o Potter.

Enquanto eu observava o Weasel, sentia que havia algo de errado. Se esse cara ofender, minimamente, a Hermione, eu vou meter o soco na cara dele. Estava cansado de ouvir as histórias de como ele a tratou, mesmo eu tendo-a ofendido várias vezes ao longo dos anos, eu nunca fui falso com ela.

As conversas cessaram de repente e o cenoura ambulante falou:

– Hermione, já podemos? – Ela me olhou e disse.

– Tudo bem, me deixe só me despedir de Draco.

Ela pegou a minha mão e saímos do salão. Na primeira sala vazia que apareceu, nós entramos.

– Você tem certeza disso? – Eu a questionei – Não acho que seja uma boa idéia.

– Tudo bem Draco, você sabe que não vou estar sozinha – Ela me deu um sorriso irônico e eu revirei os olhos. – Pronto?

Eu assenti e ela bateu com a bota da varinha na minha cabeça. Senti como se um liquido gelado e viscoso escorresse sobre mim, partindo do ponto em que ela bateu.

Hermione voltou ao Salão Principal e eu a segui.

– Tudo bem Rony, você pode ir até o nosso apartamento, mas vai ter que ir vendado.

– Tudo bem! – Ele respondeu e ela o vendou.

– Ei, aonde vocês vão? – Perguntou a ruiva. Oh garota intrometida.

– Rony pediu pra conversarmos em particular. E eu vou leva-lo lá no Salão Dramione. – Hermione respondeu.

– E porque eu nunca fui lá?

– É só para monitores Ginny! Rony vai vendado, se quiser de noite eu a levo lá – Hermione estava irritada com a amiga, eu podia sentir. A ruiva concordou.

– E cadê o Draco? – Essa ruiva é mesmo uma intrometida.

– Eu sei lá Gina, não nasci amarrada no Draco! – Eu não sei se foi porque só eu sabia a verdade, mas ninguém notou a ironia na voz dela. Depois de responder os questionários da ruiva logo estávamos nos corredores, rumando para o salão.

Caminhamos em silencio, e chegamos bem rápido:

– Dramione – Hermione disse a senha, e o Weasley fez uma careta.

– Mas que raios de senha é essa?

– Nós mudamos, essa senha prova que eu e Draco moramos aqui! – Ela disse um pouco arrogante, num tom que lembra o que eu usava às vezes.

– Boa garota! – Eu sussurrei no ouvido dela e ela gargalhou.

– O que foi? – A cenoura sem noção, perguntou.

– Nada não. Me lembrei de uma piada que o Draco me contou de manhã – Ela realmente pensava rápido.

Eles entraram e ela tirou a venda dele.

– Sim, Ronald! Estamos aqui, então o que você quer?

– Calma Hermione! – Ele disse distraído, pois apreciava o local – Nossa que legal isso aqui!

Ele se jogou no sofá que estava lá. Hermione se sentou em uma poltrona, que ela arredou pra ficar de frente pra ele.

– Rony, viemos pra conversar e não para você se aproveitar do nosso conforto!

– Tudo bem! Hermione, eu lhe chamei para conversar, pois quero te dizer que eu te perdôo e aceito voltar para você!

Hermione o encarou espantada e depois começou a rir histericamente. O Weasel não gostou muito:

– De que você está rindo sua maluca?

– De você! – Ela não parava de rir – Como você pode ser tão idiota? Eu não quero mais você. Estou com Draco agora.

Agora ele que estava rindo.

– Não acredito que você ainda está sustentando essa história. Qual é Hermione, estamos sozinhos aqui, pode me contar a verdade.

Ela o encarou seriamente, depois ela olhou para onde saberia que eu estaria e voltou a encara-lo.

– A verdade Ronald? A verdade é que eu gosto do Draco. Pode ser que eu ainda não o ame, ou que o gostar que eu sinta seja apenas uma obsessão estranha, mas ele nunca me decepcionou. Draco pode ter vários defeitos, mas é elegante, lindo e acima de tudo me respeita. E mais, nunca vai me trair, eu sou a única garota dos olhos dele, coisa que nunca fui pra você!

Estava surpreso com as coisas que ela dizia, Hermione estava sempre irritada e sinceramente eu achava que eu era o motivo. Nunca tinha passado pela minha cabeça que ela achava isso de mim. Tirando a parte do lindo, todas me acham lindo.

– Eu sou grata ao Draco pelas coisas que ele fez por mim. Ele me entende e está se esforçando mais do que eu nessa relação, e isso é o suficiente para eu casar de bom grado com ele e tentar construir uma vida ao seu lado.

Eu absorvia cada palavra do que ela dizia, e a minha vontade era gritar pra ela. Dizer que ‘sim, sim mil vezes sim’. Sinceramente eu estou me esforçando, e nunca conheci uma garota tão desafiante como Hermione, se não fosse ela presa a mim, eu não gostaria de estar com mais ninguém, pois seria uma tentativa fadada ao fracasso. Qualquer garota ia querer estar no lugar dela, mas nenhuma ia me satisfazer por completo, como eu sei que Hermione pode fazer.

Eu estava imerso em pensamentos, ela também estava distraída. Então o próximo passo do ruivo nos passou despercebido. Em um momento ele estava lá e no outro estava pressionando Hermione contra a poltrona.

– Seu discurso foi muito bonito, querida, mas duvido resistir a mim.

– Saia de cima de mim Weasley, eu... – Ela não concluiu a frase, pois ele a beijou.

Demorou alguns segundos para eu reagir.

Finiti Incantatem – Disse, retirando o feitiço de mim mesmo.

Assim que eu fiquei ‘visível’ de novo, eu o tirei de cima dela e dei-lhe um soco. Ele foi pego desprevenido e sua surpresa estava estampada na cara.

– Como foi que você... – Ele começou, mas eu o cortei.

– Não interessa como! O que interessa aqui, é que nunca mais você vai ousar pôr as mãos nela de novo.

– Quem você pensa que é para mandar em mim? – Ele perguntou feroz

– Sou monitor chefe, sou o noivo dela e acima de tudo eu sou um Malfoy!

Ele grunhiu e partiu pra cima de mim novamente. Eu defendi suas investidas, mas ele era um brutamonte e ainda estava compelido pela raiva. Acertou um soco de raspão em meu rosto e eu revidei socando ele no estomago. Ele gemeu.

– Parem vocês dois! Parem com isso – Hermione dizia, sentia a sua aflição e meu movimento era limitado por causa dela.

Dei mais um soco nele, deixando-o atordoado e me afastei.

– Você vai me pagar Malfoy! Ninguém se mete comigo – Ele ia pular de novo em cima de mim, mas Hermione foi mais rápida.

Estupefaça – E ele caiu, batendo violentamente contra os moveis e caindo inconsciente. – Ai meu Melin o que eu fiz?

– Calma Hermione, ele não está morto! Só inconsciente. – Ela me olhou e pareceu relaxar um pouco.

– Meu Deus Draco, você está sangrando. Você está bem?

Levei a minha mão ao meu rosto e percebi que a minha bochecha estava arranhada. Antes que eu pudesse responder, entram Blás e Luna:

– Oi casal feliz, viemos falar do baile – Começa Luna.

– Meu Deus Draco! Hermione estava espancando você? – Blás pergunta.

– Não exatamente! – Digo sorrindo e abrindo espaço para o Blás ver o corpo do Weasley no chão.

– Minha santa querupita! Vocês mataram o Weasley?

– Bem que eu queria! – Disse com raiva.

– Ele só está estuporado – Hermione respondeu.

– E como isso aconteceu? – Luna perguntou.

Eu e Hemione nos dividimos para contar tudo o que aconteceu. Ao final do relato Blás estava sério, o que era bem raro pra ele e Luna estava tão vermelha de raiva que parecia um tomate.

– Como ele ousa! Esse bastardo! – Ela exclamou.

– Mas já sei o que fazer com ele – Blás deu um sorriso diabólico – Luna, minha flor, vou precisar de ajuda. Deixem comigo Malfoy’s, eu vou saber o que fazer! – Ele disse sorrindo.

Eu sinceramente não sei o que tem na cabeça do Blás, desconfio que seja bosta de Dragão. Ele não era normal, sério! Ele e Luna levitaram o Weasley desacordado pra fora do salão, eu não sabia o que eles iam fazer, mas pouco me importava. Eles podiam dar ele como comida para a lula gigante e eu só ia lamentar a má indigestão do bicho. Engolir o Weasley não deve ser fácil. Virei para a Hermione e perguntei:

– Você está bem?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

POV Inteiramente do Draco, gostaram? O próximo é só da Hermione. Bom, vcs acabaram com todos os caps reserva to escrevendo um bem especial e por isso eu demore! Capitulo todinho dedicado a Key e ao Draco Malfoy dela, que tá de aniversário. Parabéns Alef! Beijos (: