POV Lily:

Saí da aula de poções, acompanhada por Alice, Dorcas e Lenne, que logo nos abandonou dizendo que ia resolver algum assunto por aí. Algo me dizia que ela gostava do Sirius, tinha algo no jeito que ela olhava para ele. Logo o Sirius? Todos sabem que ele não é alguém que fica muito tempo com uma garota, fora que ele já “namorou” praticamente todas as meninas de Hogwarts. O maior tempo foi 4 dias, com a mesma garota.

Dorcas foi conversar com o professor Slughorn, ela realmente precisava de alguma ajuda na matéria. Claro, eu poderia ajudar, mas fico muito empolgada e acabo pegando pesado e fazendo eu mesma as poções. Logo, sobrou apenas eu e Alice, que logo foi para o quarto terminar uma redação para o dia seguinte.

Olhei em uma janela na escadaria, e vi James sentado nos jardins, lendo um.... Livro? Desci as escadas, e dei um abraço em James. Ele segurou minha cintura, e me puxou para seu colo, deixando o livro de lado. Era o livro Quadribol Através dos Séculos, o mais famoso entre os jogadores do time. Madame Pince dissera que era um livro muito maltratado, e um dos mais emprestados do acervo. Dei um beijo na testa de James, e ele sorriu.

– Um livro, Potter?

– Se te agrada, sim, um livro. Se destrói minha imagem de maroto, não, é apenas um livro para Sirius.

Eu o beijei, e ele repousou a mão em meus cabelos, segurando minha cintura e prendendo-me a ele. Era como se fôssemos duas peças, e nos encaixávamos perfeitamente. Nos entrelaçávamos, e era como se ele fosse a metade que me completaria para sempre. Cada beijo era o muito e o pouco, o excesso e a falta, o tudo e o nada. Eu o amava, perdida e completamente. Adorava o jeito que ele sorria, e acho que no fundo, sempre gostei de suas tentativas de me conquistar. Suas pegadinhas eram lendárias, e simplesmente geniais. E eu amava o jeito que ele combinava a inteligência e o seu lado completamente endiabrado. E ficamos ali, ora conversando, ora apenas abraçados, sentados embaixo da maior árvore do jardim. Era perfeito.

Quando o Sol começou a se pôr, fomos em direção ao castelo, de mãos entrelaçadas. No corredor, nos separamos, eu ia para a biblioteca, e ele para algum lugar que ele insistiu em não me contar qual era. Merlin, eu nunca sabia onde esse menino ia, e eu sabia que ele ia fazer algo com o resto dos marotos.

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Estava saindo da biblioteca, indo para a Sala Comunal, indo para uma partida de Snap Explosivo com as garotas, quando vi uma grande massa de cachos negros vindo em minha direção. A garota era muito bonita, de uma forma peculiar, e usava vestes com o brasão da Sonserina. Eu já a havia visto, andando com uma loira e uma morena, e ouvira muitos dizerem que a garota que vinha preguiçosamente até mim era má.

– James Potter, então? O mulerengo de Hogwarts, só perde para meu priminho.... Ah, minha colega de quarto já esteve com ele... “Eu não ligo para o fato de você ser da Sonserina, eu realmente gosto de você...” – Zombou ela, fazendo uma voz masculina. – 2 dias depois, estava lá, chorando feito uma louca. Admito que foi até engraçado até ela assoar o nariz dela no meu lençol.

Que tipo de humor essa garota tinha? Merlin, isso era doentio. Ela estava apenas brincando comigo, se fazendo de má?

– Enfim, só queria ver quais eram as suas intenções com Potter... Você não quer ser o próximo brinquedinho dele, quer? – Ela passou as unhas vermelho-sangue em meu ombro, fazendo um beicinho. Saiu saltitando e balançando seus cachos, dando um risinho.

Aquilo martelou em minha cabeça... Definitivamente, não era o que eu sentia quando estava perto de James, parecia que ele me amava de verdade, como se nossos destinos estivessem emaranhados. E ele sabia que eu não era alguém para se brincar, já havia provado isso para ele.

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– Lily! Venha aqui, corre! – James disse, entusiasmado e com um sorriso que mal cabia em seu rosto. Me chamou em uma poltrona, e sentamos abraçados.

– Olhe isso... É algo que temos trabalhado há tempos... Veja. Diga “Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom”, e faça assim com a varinha. – Disse ele, pegando em minha mão e guiando-a. Vendo-o falar assim, simplesmente não conseguia pensar nas palavras de Bellatrix Lestrange. Ele não tinha medo de compartilhar seus segredos, mas meu subconsciente martelava: É isso que ele faz com todas as garotas? Não era possível, o boato já teria se espalhado. Esvaziei a mente e me concentrei no que James me mostrava. Parecia um pergaminho qualquer, mas quando pronunciei aquelas palavras, surgiram as palavras “Mapa do Maroto”, com os apelidos secretos deles e um desenho do castelo. Quando aberto, se estendia e mostrava vários milhares de pontos, identificados com nomes e lugar no castelo, com passagens secretas que mal sabia da existência. Merlin, eles eram geniais! Meu queixo estava no chão, e eu olhava para o menino que abraçava minha cintura, surpresa.

– É a coisa mais genial que vocês já fizeram... Como.. Como vocês conseguiram?

– Um bom bruxo não revela seus feitiços... Mas tivemos que fazer vários diferentes, vários testes... Colocamos nosso legado aqui, todas as passagens que conhecemos e usamos, sabe? Rabicho fez o mapa, e Lupin pesquisou os feitiços. Eu e Sirius cuidamos dos feitiços em si, e todos nós trabalhamos em algumas outras coisinhas. Enfim, agora Diga “Malfeito Feito”, e mexa sua varinha desse jeito. – Lá estava ele, me guiando de novo.

O mapa se desfez, e James me mostrou que quando alguém diz algo como “Revele-se”, o mapa proclama insultos, cada um com o estilo de um dos marotos. Eu mal acreditava. Animagos, que criaram um mapa assim, com as pegadinhas mais geniais que Hogwarts já vira... Eles definitivamente eram gênios.

– James.... Você é simplesmente um gênio. – Ele me abraçou, e eu segurei sua nuca, passando a mão em seus cabelos. Eram tão bagunçados, mas tão macios que pareciam ter acabo de ser penteados. E tinham um cheiro que me lembrava a Dedosdemel, com algo que me lembrava canela e ar de primavera. E fiquei ali, admirando-o, e nem notei que ele encarava meus olhos, completamente parado. E do jeito que ele me olhava, realmente dava para duvidar da menina Lestrange. Mas aquilo tudo me inquietava, a idéia de ser tudo algo errado.

– Você é linda, Lily Evans. – Ele sussurrou, encostando sua testa na minha. Sua respiração esquentava minhas bochechas, e encostamos nossos lábios, em um beijo doce.

– Almofadinhas, acho que vou vomitar.

– Aluado, o ar está tão meloso que já me sinto diabético.

– Espera... Isso que estou sentindo no ar é inveja? – James fingiu estar farejando algo no ar, empinando a cabeça.

– Não, é nojo mesmo. – Lupin disse, fingindo estar passando mal.

– James tem sucesso no amor, seus solteirões! – Peter entrou no cômodo, idolatrando James. Às vezes não sabia dizer quem ele adorava mais, se era James ou Sirius.

– Olhe quem fala. – Disse Sirius, com ar zombeteiro. Realmente, Peter tinha menos experiência no amor do que Snape, que já não tinha nenhuma. Apesar da opinião das outras meninas, achava que os dois tinham algo muito especial dentro de si, mas fechavam-se. Rabicho por achar que não era tão bom quanto os outros à sua volta, procurando sempre o elo mais forte para se agarrar. Ele era inseguro. Snape sabia de seus dons, mas os mantinha para si, na maioria das vezes. Não por egoísmo, mas talvez por achar que ainda pode melhorar.

– Ora, exibindo seus dotes, Pontas? – Disse Lupin, erguendo uma de suas sobrancelhas para o mapa na mesa de centro.

– Nos exibindo. Eu me garanto, meu caro Aluado.

– Quem aí topa uma partida de Snap explosivo? – Disse Dorcas, entrando na sala acompanhada por Marlenne, que carregava uma expressão de quem acabara de sair de uma conversa séria.

Jogamos em duplas, e Sirius e Lenne ganharam. Eles eram uma boa dupla, e Almofadinhas fez uma dança ridícula de comemoração, arrancando risadas de todos.

– Droga, perdemos o jantar.... – Peter disse, decepcionado.

Todos descemos até a cozinha, e eu nunca havia estado lá. Os meninos sabiam o jeito secreto de entrar, e fiquei surpresa de ver vários elfos domésticos muito felizes trabalhando ali. Eles nos serviram de boa vontade, e eu os achava adoráveis, eram muito altruístas e estavam sempre felizes em ajudar. Não considerava o que faziam como um serviço, mas algo que eles faziam por pura solidariedade e bondade. Tivemos direito à suco de abóbora, comida e sobremesa, e saímos pesados de tanta comida boa.

No caminho para a Sala Comunal, soltei a mão quente de James por tempo o suficiente para chegar até Marlenne e dizer para que ela me encontrasse na frente do nosso quarto. Ela assentiu de leve, e continuou sua conversa com Dorcas e Alice.

Já na Sala, todos nos despedimos, e James me abraçou pela cintura, quando todos já haviam subido. Ele me puxou para perto dele, e encostei a cabeça em seu peito. E ele apoiou uma de suas mãos em meu ombro, e beijou de leve minha cabeça.

Subi, e lá estava Lenne, preocupada. Ela parecia estar com muita coisa entalada na garganta, e parecia precisar desabafar. Logo que eu cheguei, ela despejou tudo em mim como uma avalanche.

– Sabe, eu sei que é errado, mas desde a primeira vez que eu vi ele, aquele sorriso... E quando ele ri, é tão perfeito... E eu sei que ele já ficou com mais gente do que ele mesmo consegue lembrar, e por isso não sei se ignoro meus sentimentos ou vou em frente... Quer dizer, ele é alguém que com certeza corre atrás, mas sabe, acho que ele me veria como um caso de um dia, e não sei como deixar claro que não sou assim, mas enfim... Estou apaixonada por Sirius Black.

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POV James:

Estávamos já em nossas camas, e eu não parava de pensar nela. O cheiro dela, seus olhos incrivelmente verdes, os cabelos que cascateavam em suas costas, vermelhos como fogo....

– Cara, eu acho que to afim da Marlenne. A McKinnon.