All I've Ever Wanted - James & Lily escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 31
Atrocidades.


Notas iniciais do capítulo

Sim, sim, postando dois capítulos ao mesmo tempo. Queria fazer só em um, mas acho que ficaria muito longo, então isolei os dois finais para postar juntos. Ainda pretendo fazer um capítulo com os agradecimentos, mas acho que ninguém iria querer ler. Vou postar do mesmo jeito.
Espero que gostem.



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POV Lily:

Como eu fora estúpida. Não notar, em meu próprio casamento, que meus pais não estavam ali, e pensar que estavam no meio da festa, ou que tiveram algum problema. Quem sabe Petúnia estivesse sempre certa sobre mim. Eu arruinara aquela família.

– Lily... Nós sentimos muito, de verdade. Os pais de James já estão tomando as providências... E... E... – Molly balbuciou, passando os braços ao meu redor.

Eu não tivera uma chance de me despedir.

Eu nunca mais sentiria meus pais me abraçando, me confortando.

Jamais.

– Pense, Lil’s. Tudo isso é culpa..... Dele. De você sabe quem. E a melhor maneira de vingar seus pais, é lutar, resistir. – Peter disse, consolador. Eu me encurvei, encolhendo-me em meio as lágrimas.

As palavras de Peter não soaram como um consolo, apesar de eu saber que eram completamente verdadeiras.

Eu jamais deixaria Lord Voldemort tomar conta de minha vida.

Ainda sentia as pontadas em meu coração, a pressão em meus pulmões e minha cabeça estourando. Mas eu sentia, sentia tudo pulsando dentro de mim. Eu estava viva, e tinha que manter todos ao meu redor no mesmo estado. Minha mãe sempre me dizia que eu seria uma menina forte, e não uma garotinha tosca e chorona.

Era a hora de provar isso para ela.

Funguei, secando as lágrimas que não paravam de sair de meus olhos.

– É hora de preparar nosso arsenal.

Ouvi, ao longe, Sirius perguntar a James se ele estava preocupado comigo.

– Sirius, eu nunca me senti preocupado com Lily por um segundo sequer. Eu sei que ela é durona como o inferno, e tenho pena da pobre alma que mexer com ela.

Acho que ninguém tinha tanta fé em mim como ele.

.............................................

Adicionava os ingredientes à poção com raiva. O ódio tomava conta de mim enquanto eu preparava uma solução tão explosiva quanto os sentimentos que ribombavam em meu peito.

Eles tiraram meus pais.

Dorcas.

Marlenne.

Os parentes de muitos alunos de Hogwarts.

E era a hora de eles pagarem.

Todos olhavam para mim como se eu fosse um animal estranho que estava em testes depois de alguma experiência. Estranhavam a minha reação.

Ninguém sabia, no entanto, que eu estava apenas cansada de perder pessoas em minha vida.

– Tomem. – Disse, entregando um frasco do líquido vermelho para cada um dos meninos. – Atirem e irá explodir. Joguem um em Bellatrix por mim.

– Lily, você tem certeza que está tudo bem? – James franziu as sobrancelhas, com o olhar mais preocupado que eu já vira nele.

Assenti e o abracei, apertando-o contra mim. Não conseguiria viver sem ele, muito menos me imaginar vivendo sem ele. Seria como conhecer o paraíso, e logo depois ser chutada dele.

– Tome cuidado. Por mim.

– Cuidado é meu nome do meio. – Ele sussurrou, rindo baixinho.

Nos despedimos, e fizemos um círculo segurando as mãos.

Logo depois, eles aparataram.

Não sabíamos exatamente como agir. Alice se sentou no sofá, completamente tensa, enquanto Molly andava de um lado para o outro.

Os minutos passavam, e eu apenas pensava nos meninos. Eles estavam com outros integrantes da Ordem, mas como Peter pedira, Dumbledore não sabia de nada. Assim, não tínhamos nenhuma garantia de que o plano funcionaria. Também não sabíamos se o Beco Diagonal seria realmente o local do ataque deles.

Um patrono em forma de leopardo entrara pela janela, e me lembrei que era o do pai de James.

Uma voz ofegante e agoniada falou da boca do animal: “ James, nós te amamos. Seja forte, filho.”. A mensagem foi seguida por um grito agoniado e uma risada fria masculina.

Meus pais morreram. E os pais de James também.

Sem pensar, peguei uma faca, enfiando-a em um aro do cinto de minha calça, e amarrei os frascos restantes da poção em meus bolsos. Não esperei pela reação de minhas amigas, e aparatei para o Beco Diagonal.

Depois de toda a confusão da aparatação, caí com um baque em um chão lotado de pedras. Olhei ao meu redor, e todas as lojas estavam danificadas, e algumas se sustentavam apenas por pedras. Meu corpo estava cortado pela queda, e vi raios de luzes irem e virem.

Não iria denunciar minha presença, afinal, a grávida no meio da batalha é certamente o alvo mais fácil. E eu sabia que poderiam me atingir para atacar James emocionalmente.

Me levantei, segurando a faca na mão esquerda e a varinha na direita. A verdade é que eu nunca lutara com armas em toda a minha vida, e não sabia a menor coisa sobre isso.

Procurei o lado da Ordem, mas estavam todos espalhados. James e Sirius estavam encurralados, cercados por Comensais. Todos estavam completamente cercados, e haviam corpos da Ordem no chão. Estávamos perdendo, e feio.

Você! – Uma voz esganiçada berrou. – Olha quem está aqui! Ela é minha!

Bellatrix. Senti o ódio tomar conta de todo o meu corpo, mas notei que sua mão não estava apenas com uma varinha. Eles sabiam de nosso plano sobre armas, e estavam usando-as também.

Pensei que talvez alguém tivesse contado. Mas não tive tempo de refletir por muito tempo, e vi um flash prateado vir em direção à minha barriga, e em um instinto de proteção, coloquei minha coxa e meu braço na frente. A faca perfurou minha carne, e urrei de dor, fazendo com que todos percebessem minha presença ali.

– Oh, pobrezinha... – A morena berrou, gargalhando. Cada pedaço da alma dela parecia ter desaparecido, e o sangue pulsava para fora de minha perna. Gemendo de dor, segurei o cabo da faca e, sem jeito, perfurei o estômago de um Comensal ao meu lado, que berrou e se encolheu no chão. – Alguém está se sentindo corajosa! Pena que os pais do namoradinho também tentaram, e adivinha? Morreram!

James encarou-a, incrédulo. Quando tentou avançar nela, Sirius o segurou, e me arrastei até eles, arfando de dor. O sangue, quente e espesso, pulsava para fora enquanto eu segurava nos três meninos e aparatava para longe dali.

Peter nos encarou e aparatou conosco, assim como Frank.

Era a terceira vez que enfrentávamos os Comensais da Morte.

E eu acreditava que na quarta, não teríamos a menor chance.

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Tempos depois....

As coisas melhoraram, eventualmente. James e eu superamos tudo, juntos. Dumbledore não gostou de termos feito um ataque sem seu consentimento ou ajuda.

Mas superamos. Continuamos de pé.

Ronald, Neville e Harry nasceram, e eu segurava o bebê de cabelos negros e olos verdes em minhas mãos como se fosse a coisa mais preciosa do mundo, e James cutucava a barriga do bebê, sorrindo e segurando suas mãozinhas.

Era a coisa mais perfeita que eu já vira em minha vida.

Os braços gorduchos de Harry se esticavam para James, e a criança mantinha seus olhos fixos em mim, vidrados.

– Posso... Posso segurá-lo? – Hagrid perguntou, emocionado. Notei os olhares preocupados, pensando que o homem acabaria derrubando o bebê no chão. Eu e James não pensamos, entregamos Harry sem relutar.

O meio-gigante segurou-o como se fosse a coisa mais preciosa do mundo, com lágrimas nos olhos.

– Será um grande menino! – Ele disse, embalando Harry em suas enormes mãos. O bebê brincava com a barba dele, rindo. Era o momento que eu sempre guardaria em minha mente.

Esquisito era que ser mãe era tão diferente de tudo o que eu estava acostumada. Eu não me importava mais tanto comigo mesma, mas sim com meu filho. E ele, aos meus olhos, era a coisa mais perfeita do mundo.

Sirius e Remus discutiam qual era o Maroto favorito de Harry ao fundo, cada um dizendo que era a si mesmo.

– Vamos, Harry! Almofadinhas! – Sirius disse para o bebê, que ainda estava com Hagrid. Merlin, esses meninos...

– L-Luado. – Ele respondeu, com sua voz embolada e ininteligível. Eu quase pulei de alegria e orgulho, e James apertou meus ombros e pulou como uma criança.

– Eu disse. Eu sou o favorito dele. Não sou? – Remus perguntou para Harry, segurando as mãozinhas que o menino balançava no ar.

– Ah, mas pu... – Eu olhei para ele, reprovadora. Nem pensar que Sirius iria sair por aí ensinando palavrões para o meu filho. – Pura varinha! – Ele improvisou, encolhendo os ombros e sorrindo. - Harry, escute. Eu sou o seu padrinho e eu compro coisas para você. É o acordo, então o mínimo que você pode me fazer é dizer Sirius, ou Almofadinhas, ou até Almofadas, sei lá! Sua mãe é inteligente, você herdou os genes dela!

– Luado.

– Não. Si-ri-us.

– Mama.. – Harry agitou as perninhas, parecendo se divertir com a indignação de Sirius. Todos ao redor seguravam a risada, e Lupin acenava para o bebê, orgulhoso como nunca.

– Isso é ridículo, Harry! Sirius!

– Luado...

– James! Essa criança tem que escolher melhor as prioridades dela! – Black disse, jogando os braços para cima. – Mas continua a coisinha mais fofa do mundo! – Aproximou, com uma voz engraçada, de Harry.

..........................................

(Narrador observador).

Naquela noite, James e Lily tiveram a certeza de que Harry era apenas um bebê tranquilo. Nunca chorava à noite, e estava sempre sorrindo.

Mas não era apenas a calma do bebê que interferia.

Toda a noite, Sirius entrava no quarto da criança, em sua forma de um enorme cachorro e deitava ao lado do berço. Sempre que o garotinho acordava, ele se transformava em homem para acalmá-lo e colocá-lo novamente para dormir.

Todas as noites.


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Notas finais do capítulo

Me inspirei em um Headcannon para a parte do final, que dizia que o Sirius passava as noites com o Harry hahaha
Espero que tenham gostado! Beijooos!



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