All I've Ever Wanted - James & Lily escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 28
Consequências.


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Superando o luto? :/
O cap tá mais paradinho hoje, focando mais no que aconteceu depois, nas consequências de tudo e tal. Não quis que a Lily fosse aquelas menininhas que ficam chorando e precisam que todo mundo proteja ela, porque, honestamente, detesto essas garotinhas hahahahahah Enfim, a Hardie Diva Fairbain deu a sugestão de os Weasleys aparecerem, e me inspirou bastante! Espero que gostem e boa leitura!



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POV Lily:

Marlenne.

Morta.

As palavras reverberavam em minha cabeça, enquanto olhava desesperadamente ao meu redor, e agitava minha varinha com qualquer feitiço.

– JAMES! Temos que ir! – Berrei, os olhos completamente secos.

Não podia ser verdade. Simplesmente não podia.

Avifors! – Transformei um Comensal em pássaros enquanto corria até o corpo estendido de Lenne no chão. Os olhos vidrados, sem vida, e o rosto emoldurado por seus cachos no ladrilho frio.

Seu corpo ainda estava quente.

Me debrucei sobre ela, as lágrimas começando a surgir. Morta. Dorcas, Lenne, os pais delas... Quantas pessoas teriam de se sacrificar por nós? Quantas pessoas teriam que morrer para satisfazer a sede de poder de Lord Voldemort?

Remus e James agarraram minhas mãos, e senti a sensação familiar de ser puxada pelo umbigo, e aparatamos para longe da emboscada.

Quando caí no chão de minha casa, o corpo de Marlenne estava ali também. Eu segurara-a.

– Merlin.... – Remus murmurou, com as mãos na nuca.

– Lenne.... – Murmurei, não sabendo o que mais dizer. Ela estava morta. Fria, sem vida no chão. Ela, Dorcas...

Sirius se debruçou sobre o corpo dela, balançando-o com alguma esperança de o feitiço não ter funcionado. Seu rosto se contorcia em uma careta de ódio e tristeza, e o sangue seco de Bellatrix ainda estava nas juntas de seus dedos.

Remus se ajoelhou, e com dois dedos, fechou os olhos arreganhados de Marlenne McKinnon. James, ainda em choque, se encostou na parede, boquiaberto. Era o segundo corpo que esteve na minha sala, e ambos eram de minhas melhores amigas de escola.

Meu coração parecia ir para trás e se encolher, e meus pulmões buscavam ar, comprimidos. Sentia como se uma mão enorme de aço espremesse cada célula do meu corpo. Não parecia real, não conseguia visualizar seus olhos completamente sem vida, vidrados.

Alice, Frank e todos os outros que nos acompanharam não estavam ali. Presumi que tivessem apenas aparatado para um lugar diferente.

Não aguentaria se mais alguém tivesse morrido.

– Não podemos deixá-la ali. – James sussurrou. Era verdade. Tínhamos que fazer algo.

Outro corpo na campina.

A terra onde Dorcas fora enterrada ainda se sobressaía em meio às flores.

– Aqui não. Não. – Sirius murmurou, desconexamente.

Era demais, para todos nós. Me perguntei se seria possível simplesmente seguir em frente. Esquecer tudo.

Me levantei, juntamente com Lupin. A porta abriu, e Frank e Alice entraram. Ambos ficaram boquiabertos com o corpo no chão, e a garota desabou no chão, em choque.

– Vamos. Alice, você fique aqui, por favor. – Sussurrei para Alice. Ela assentiu com a cabeça.

Eu não seria uma garotinha que precisa ser protegida. Se eu fosse assim, mais pessoas morreriam. Estava cansada de ter pessoas se sacrificando por mim.

Precisava agir, ser forte. Resistir.

– Lily, você tem certeza que.... – James começou, preocuopado.

– Tenho.

Frank me olhou, surpreso, e Lupin me olhou com aprovação.

Eu os inspirara.

.........................................

– Sirius? – Perguntei, batendo na porta do pequeno apartamento que ele e Lenne costumavam dividir. Ainda usava o uniforme do St.Mungus. Faziam quatro semanas. E parecia que nada voltara ao normal.

– Tá aberta.

Abri-a com cuidado, dando de cara com Sirius sentado em um sofá, de costas para mim. Seus cabelos estavam desgrenhados, e quando me aproximei dele, suas olheiras indicavam que não dormia há dias. Estava pálido, e garrafas de bebida o rodeavam. Todas vazias.

– Sirius... Lenne não...

– Ela não está aqui. Não está aqui pra ver isso. – Ele interrompeu, rancoroso. Colocou a cabeça entre as mãos, com os cotovelos apoiados nos joelhos. Nunca pensei que poderia vê-lo assim, tão mal.

Envolvi-o em um abraço, que ele relutantemente retribuiu. Senti-o soluçar, com lágrimas saindo de seus olhos. Acho que ele era o único que talvez não superaria.

– Sirius. Ei. – Disse, com as mãos em seus ombros. Nunca o havia visto chorar, ele era forte. E suas lágrimas, para mim, eram o maior sinal dessa força. – Olhe isso. Essas garrafas, você. Acha mesmo que Lenne iria querer te ver assim?

– Não.

– Então. Vai tomar um banho, enquanto eu vou dando uma geral nisso tudo aqui. Depois, nós vamos comprar comida de verdade. E nada de bebidas. Certo?

– Certo. – Vi a sombra do seu antigo sorriso cruzar seus olhos enquanto ele se levantava. Eu o ajudaria, e quem sabe, ajudaria a mim mesma.

Com a varinha, levitei todas as garrafas, e as juntei em um saco. Abri a geladeira, apenas para me deparar com a mesma vazia, e uma única garrafa de Whiskey de Fogo. O que Sirius vinha fazendo? Por um tempo, ele simplesmente se desligou. James tentou, assim como Remus e até mesmo Peter. Mas nada. Por um tempo, eles acharam melhor deixá-lo pensar, dar espaço à ele. Mas vendo a maneira com a qual ele vinha vivendo, fiquei grata por ter vindo e interferido.

Transfigurei a garrafa em um buquê de flores, e coloquei-o na mesa, em um vaso que achei. Olhei ao meu redor, e já havia uma enorme diferença. Exceto a bagunça habitual dele.

Arrumei o resto enquanto Black se vestia, dizendo que estava quase pronto.

– Vamos? – Perguntei, quando ele entrou na sala, surpreso.

– Obrigada, Lily. Por tudo. Merlin sabe o que teria acontecido comigo se você não...

– Não há de quê.

...........................................

– Lily, a cada dia mais eu penso que você tem algo milagroso. – James sorriu, fazendo uma pausa entre as frases, com m beijo em cada lugar do meu rosto nesses intervalos.

– Eu sei, eu sei... – Puxei-o para perto, pressionando minha boca conta a dele, sentindo sua mão segurar cada pedaço de meu corpo.

– Eu não sabia que a situação era tão ruim, eu achava que ele ia seguir em frente. Eu sou um péssimo amigo... – Ele murmurou, se sentando no sofá e me colocando em seu joelho.

– Ei, James... Não fale assim. Ninguém sabia, nem mesmo eu. E Merlin, você é o amigo e namorado dos sonhos de qualquer um, ok? – Me levantei, indo em direção à cozinha. Comecei a preparar um chocolate quente para cada um de nós, e levei até ele.

– Você é perfeita, Lil’s. – Ele me puxou para baixo das cobertas, e entreguei a caneca fumegante para ele. James afastou uma cacho que caíra em meu rosto com cuidado, e encostou a ponta de nossos narizes, sorrindo.

– Se você diz.

– Só isso? – Ele levantou uma sobrancelha, sorrindo.

– Você também é perfeito, James. – Revirei os olhos, rindo junto com ele.

Uma coruja esperava na janela, e me levantei para pegar o pequeno pergaminho que estava amarrado em sua pata.

Lily & James,

Sinto muito pela Lenne. Sentimos falta de vocês. Querem vir na toca hoje?

À qualquer hora.

– Moly & Arthur

– Ei, James? Temos planos para o jantar?

................................................

– Oh, Lily! Eu sinto muito por tudo.... Estava morrendo de saudades de vocês dois! Entrem, entrem! FRED! GEORGE! Merlin, qual é o motivo de engatinhar tanto pela casa?

– Mãe, quando você vai servir o jantar? – Um ruivinho se aproximou de Molly, e ela o apresentou como Percy. Ele acenou, timidamente, e logo Charlie e Bill chegaram também, animados. Todos ruivos e sardentos, uma graça.

Fred e George eram gêmeos, e tinham já dois anos. Merlin, fazia tanto tempo que não nos encontrávamos com Molly e Arthur, depois de Dorcas e os pais de Lenne e Doe... James pegou George no colo, e eu segurei Fred, e o garotinho cutucou a minha bochecha, sem parar de rir. Eram tão alegres, contagiantes!

– Você é uma fofurinha, sabia? – Murmurei, balançando a criança em meus braços, que sorria brincalhão para mim. Ele brincou com uma mecha de meu cabelo, e eu o coloquei no chão, rindo. Ele engatinhou até a perna de James, que riu e o pegou no colo com o braço livre.

– Ei, meus óculos! - Ele riu, com um gêmeo em cada braço, que tentavam roubar os óculos de James. Me apoiei na parede, imaginando o pai maravilhoso que ele será.

– O que você está desenhando? - Perguntei para Charlie, o ruivinho que estava sentado na mesa desenhando. Ele se virou, e sorrindo, levantou o enorme papel, todo cheio de dragões, de todas as raças e tamanhos.

– Dragões! São tão legais! Olhe, esse aqui é um... Como é o nome mesmo? Um Bola de Fogo Chinês! Mas meu favorito é esse aqui, olhe: Um Rabo-Córneo Húngaro! - Ele apontou para cada dragão enquanto falava, animado.

– Eu gostei muito desse aqui. São todos lindos, Charlie, parabéns! Você tem talento, sabe? Já pensou em ser Dragonologista, ou algo assim?

– Boa ideia! Vou falar com a mamãe! - Ele me abraçou e correu até Molly, que mexia nas panelas.

– Certo, acho melhor servir logo o jantar, Percy não para de reclamar. Oh Charlie! Que desenhos lindos! – Molly disse, distraída, mas ainda atenta aos filhos.

Percy estava fugindo de Bill, que tentava recuperar um livro roubado da mão do irmão.

Não pude deixar de notar como a casa já estava apertada, e a barriga de minha amiga já estava aparecendo, como a minha. Já estavam com dificuldades, e era visível.

– Molly, você tem certeza que está tudo bem? – Perguntei, me referindo ao dinheiro. Era um assunto delicado, mas precisava tocar nele.

– Segurando as pontas, Lil’s. Mas estamos nos virando. Sempre estaremos. – Ela sorriu calorosamente, como sempre fazia. Agora, quem está afim de um jantar à la Weasley?


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Notas finais do capítulo

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