All I've Ever Wanted - James & Lily escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 21
Cortes.


Notas iniciais do capítulo

100 Comentááááááriooos!
Obrigada, gente! De coração!

Enfim, vai ter uma violência meio grande nesse cap, vai ser meio sangrento mesmo. Então, né. Não digam que eu não avisei.



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POV Lily:

1 ano depois... (Reta final do sétimo ano em Hogwarts)

– Você acredita que já estamos tipo... Terminando a escola? Tanta coisa para fazer depois! – Falei, abraçando James.

– Bom... Eu já sei tudo o que eu quero fazer.

– Tipo....?

– Ser auror, ter uma família maravilhosa, e principalmente, passar minha vida com você. – Disse ele, sorrindo sedutoramente.

– Para ser auror, você tem as notas. Para ter uma família maravilhosa, você já tem os genes. E para ter a vida inteira comigo, você já tem meu coração. – Repliquei, contando nos dedos as três coisas que ele queria fazer. Ri, e o beijei rapidamente.

– E você?

– Eu não sei... Talvez trabalhar no St. Mungus, ajudando pessoas, ou fazendo poções que tenham esse efeito. Ter filhos, e passar a eternidade com você, talvez. – Ri, fazendo uma expressão exageradamente pensativa.

– Para trabalhar no St. Mungus, você tem as notas. Para ter filhos, você tem.... – Ele me imitou, procurando a palavra certa. – O útero? E para passar a eternidade comigo... Terei que pensar no assunto. Cai fora, Evans, estou cansado de suas cantadas baratas! – Ele me imitou, fazendo um ato de quem me dispensa com a mão.

– Você realmente achava aquelas cantadas boas? E além disso... – Disse, maliciosamente. – Se você tem que pensar, quem sabe eu devia ir lá falar com Diggory....

– Não, não, estou bem aqui com minha eternidade com você! – Ele me puxou, e tomou meus lábios longa e vagarosamente.

......................................

– Vocês todos devem ter consciência do motivo para eu livrar vocês de uma aula terrivelmente entediante de História da Magia. – Albus Dumbledore encarou a todos na sala, com um olhar divertido em seus olhos azuis.

– Não, na verdade. – Retrucou Dorcas, encolhendo os ombros.

– Todos temos coisas a perder. Lord Voldemort vêm as tirando com uma rapidez inacreditável, visto que alguns de nós já perderam muito. – Disse o diretor, levantando de sua cadeira e caminhando entre nós.

Frank, Alice, Remus, Sirius, Peter, Emmeline Vance, Dorcas, Marlenne, Severus e mais algumas pessoas que eu não fazia ideia de quem fossem, além de mim e James.

Ninguém se pronunciou, deixando o homem falar.

– Alguns de vocês têm mostrado ímpetos rebeldes, ou até mesmo revoltosos à despeito da atual situação do mundo bruxo. Luto, rebeldia natural, raiva, vontade de lutar... Todos temos motivos. Porém, todos queremos derrotar o causador desses motivos, creio eu. – Ele fez uma breve pausa, de repente sério como eu nunca havia visto. Todos conseguíamos notar a gravidade do assunto, qualquer que fosse. A sala estava cheia, e meu cérebro começou a procurar uma conexão entre todos nós.

Idade? Acho que não. Personalidade, muito menos. Perdas, igualmente improvável....

Dumbledore havia chamado os melhores alunos. Melhores notas, destaques em uma matéria ou outra.

– Escutem bem, eu não deveria permitir que vocês tomassem partido nessa guerra, muito menos incitá-los a se aliarem à um lado ou outro. Mas, a maioria de vocês está no ultimo ano, ingressando na vida adulta. – Ele abaixou o tom de voz, e seu rosto tomou um tom de tristeza e seriedade. – Muitos alunos querem lutar. E quero que, caso qualquer um de vocês também queiram, vocês podem.

Prendi o ar. Dumbledore estava pedindo ajuda, nos oferecendo uma oportunidade. Se tinha algo que eu queria, era proteger meu mundo. Ter um futuro estava fora de cogitação com Voldemort à solta.

– Vocês sabem o que é uma fênix? – Perguntou o diretor, recebendo olhares inquisitivos de todos os que não estavam em choque sobre a possibilidade de lutar. – Pássaros de tirar o fôlego, devo dizer. Capaz de carregar cargas muito pesadas, há relatos, pasmem, de pessoas avistando-as carregando elefantes! – O diretor deu uma risadinha leve. – A fênix se transforma, é capaz de renascer das próprias cinzas.

– Com licença, professor? Eu sei que o assunto é muito interessante, mas o que isso tem a ver com o assunto anterior? – Perguntou um garoto, levantando a mão.

– Paciência é uma virtude necessária, Fenwick. Porém, sua dúvida é justificada, quem quer ouvir um velho divagando sobre pássaros, não é mesmo? – Ele riu, inclinando a cabeça para trás.

– Com todo o respeito, professor Dumbledore, não acho que o senhor seja um velho, e acho que falo por todos. – Eu me pronunciei, afinal, ele era o bruxo mais genial que eu já havia visto, e o admirava muito.

– Fico muito agradecido, Lily. Bondade é uma característica rara de se encontrar, realmente.... Bom, partindo do conceito da fênix, fundei uma organização, a Ordem da Fênix. Nossas cinzas são todos os que nos deixaram, e é por eles que iremos ressurgir, lutar. Carregaremos qualquer fardo e peso com a força desse pássaro. E essa força será como as penas desse pássaro, brilhará em todos os tons, com todas as personalidades que queiram se juntar à nós.

Era inspirador. Todo o conceito, tudo. O nome inspirava poder, e só pelo fato de Albus Dumbledore ser o fundador...

Expecto Patronum. – Murmurou o diretor, movendo sua varinha. De sua ponta, uma enorme fênix prateada voou, completamente corpórea e robusta. Sobrevoou a sala, e de repente, tudo pareceu bem, como se houvesse esperança. – Estão liberados.

Todos relutaram em sair, e vários ergueram a mão. Peter estava relutante, como se estivesse indeciso sobre algo, o que me intrigou muito.

– No momento, não há nada que possam fazer. Só poderei aceitá-los quando o ano letivo terminar, sinto muito. Agora, creio que é hora do almoço, não? Espero que tenha bolo Dedo-de-Bruxa, um de meus favoritos!

O bruxo sorriu e se levantou, guiando-nos para fora de sua sala. Ele nos acompanhou até a metade do caminho para o Grande Salão, mas se lembrou que tinha que encontrar professora McGonagall.

– Uau... Quer dizer, é genial! Finalmente alguém agir contra tudo o que está acontecendo! – Exclamou Lenne. – Não sei vocês, mas Dumbledore já tem meu nome.

– O meu também. Ele sempre foi o bruxo que mais me inspirou, e não vai deixar de ser agora. – Concordei, e todos balançaram a cabeça afirmativamente.

– Dumbledore me aceitou e me amparou quando ninguém mais o fez, e creio que devo retribuir. Além disso, ele é... Dumbledore. Minha fidelidade está com ele. – Disse Remus, deixando Dorcas e Lenne perdidas. Elas não sabiam sobre seu segredo.

A Ordem da Fênix já poderia contar com mais 7 membros.

...............................

A lua cheia brilhava alta no céu, enquanto eu, Dorcas e Lenne nos sentávamos e conversávamos no quarto.

– Eu sempre quis trabalhar no ramo do jornalismo, no Profeta Diário. Não como uma Rita Skeeter, aquela nova fofoqueira. Quem sabe até viajando, eu ainda não sei. – Ponderou Dorcas, sentada em sua cama.

– Eu quero trabalhar em Hogwarts, mas ainda não sei como. Quer dizer, quem poderia substitui McGonagall, Flitwick, Slughorn...? Sempre quis ensinar DCAT, mas não sei..... – Sem esperança, Lenne se deitou. – O problema é que todos os outros trabalhos parecem incrivelmente chatos, Hogwarts é meu lar.

– Ei, mas é claro que você pode ser professora! Galatea Merrythought está, convenhamos, meio velha e caduca. Você pode sim lecionar aqui, e tenho certeza absoluta que Dumbledore te aceitaria aqui! – Doe se animou, e consequentemente animou McKinnon, que se levantou, animada. Funcionou, mas falar que a professora estava velha e caduca não foi o método mais delicado de passar a ideia, até porque eu a achava um doce! – E você, Lily?

– Bem, eu sempre quis trabalhar com poções, já que é algo que eu gosto muito. – Elas fizeram um “Dãã”, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. – Então, estive pensando: Por que não no St. Mungus? Quer dizer, vou ajudar pessoas, e posso desenvolver novas curas e tal!

– Gostei da ideia! Combina com você, apesar de eu achar o ambiente bem deprê. Enfim, acho que aquele lugar realmente precisa de uma Lily Evans para iluminar aquilo! – A loira pulou para minha cama, dando um tapinha no meu ombro. – Bom, acho que vou procurar Remus. Tá fora do horário, mas e daí? É meu último ano mesmo!

– Só cuidado com o Filch. E com o Pirraça. – Marlenne ergueu as sobrancelhas, se deitando novamente.

Quando um pensamento me cruzou a cabeça: Era noite de lua-cheia. Se ela não achasse Lupin, ou iria querer procurá-lo, ou até mesmo pensar que ele estava dando um bolo nela. Merlin!

– Dorcas! V-você não prefere..... – Tentei pensar em algo que ela amava, mas nada me cruzou à mente. – Jogar verdade ou desafio? A gente ensina a Lenne a jogar! Ou, Snap Explosivo?

– Lily, quando eu trocar Remus John Lupin por uma partida de Snap Explosivo, pode me internar. E ei, eu não vou ser pega, fique tranqüila. – Disse ela, saindo. Ela não fazia ideia de que a minha preocupação era bem maior do que apenas ser pega pelo zelador.

Esperei ela sair, e quando calculei que ela já saíra da Sala Comunal, corri pelas escadas, falando que iria encontrar James. Marlenne riu, e apenas se virou na cama.

Finite Incantatem. – Murmurei rapidamente, ao pé da escada do dormitório masculino. Disparei pelas escadas, e quando cheguei ao dormitório dos Marotos (Recebendo diversos olhares inquisitivos de alguns meninos deitados em seus quartos no caminho), não havia ninguém.

Eles já estavam no caminho para a Casa dos Gritos.

Corri o tanto que minhas pernas permitiram até os jardins, e vi que Dorcas estava fazendo o mesmo caminho. Oh, droga, droga, droga, droga, droga!

POV James:

Estava começando. Lupin já estava tremendo, e estávamos no meio do caminho. Claro, já estávamos acostumados com a palidez e tudo, mas ainda estávamos na forma humana, já que ele estava especialmente fraco hoje.

– Aguenta aí, cara. Só até a casa, daqui a pouco já estamos lá, ok? – Peter o tranqüilizou, ficando atrás para ver se não havia ninguém chegando. – DROGA!

– O que foi? Não grita, vai acabar acordando até os elfos domésticos! – Sussurrei, me virando para ele. – OH, DROGA!

– Mas qual é o incêndio?! – Disse Sirius, irritado. Ele também se virou. – DROGA, MAS O QUÊ?!

– O que está acontecendo? – Lupin conseguiu murmurar, em meio a espasmos e tremedeiras. Ele estava pálido e suava em bicas, e à essa altura, o grupo todo estava parado.

Dorcas Meadowes acabara de cruzar os portões que dava para o jardim.

– E agora? – Sussurrou Peter, se abaixando atrás de uma rocha. Sirius foi atrás dele, e quando estava indo também, Remus caíra no chão, se debatendo. Tínhamos que dobrar o passo se quiséssemos chegar até a Casa, mas como faríamos isso sem chamar a atenção de Doe? Quer dizer, se ela nos seguisse, poderia ser perigoso, e eu sabia que ela iria querer saber o que estava acontecendo.

– Sei lá! Temos que fazer algo! Ele está quase no meio da transformação, gente! – Falei, meio alto.

– Quem está aí? Meninos? Estive procurando vocês faz um tempão! – Dorcas estava chegando, e correu em nossa direção. Perto, perto demais. – REMUS! Meu Merlin, o que ele tá se transformando? Temos que levá-lo para a enfermaria! Agora! Por favor, temos que fazer alguma coisa! – Ela estava disparando na direção dele.

A transformação estava muito avançada.

– Dorcas, se afaste! Não tem tempo para ajudar, só volte para o castelo! – Berrei, tentando afastá-la.

– Ele tá se transformando James! Você quer que eu volte como se não tivesse nada acontecendo? Como eu vou simplesmente abandonar ele?! Agora, me ajudem a carregar ele!

Ela chegara, e estava indo na direção dele. A face de Remus já estava se alongando, e pelos começaram a nascer em seu corpo. Ele se contorcia e gritava, e sabíamos o quão doloroso isso era para ele. Suas mãos começaram a crescer, enquanto ouvíamos os ossos de nosso amigo estalarem e esticarem, e garras perfuraram a pele de Lupin, substituindo suas unhas. Estava começando a perder a consciência, deixando o lobo tomar conta.

Meadowes botou a mão no peito dele, começando a chorar.

– O quê? – Ela gritou, surpresa.

Enquanto ela se virava para nós, a transformação se completara. Fiquei sem reação, e gritei para que ela saísse dali, assim como todos. Sirius correu para arrastar ela para longe, mas chegou tarde.

Quando ela se virou para o namorado, ele estava de pé. E lançara suas garras contra o rosto de Dorcas.

O som da pele sendo perfurada cortou meus ouvidos. Sangue jorrava da parte bochecha esquerda dela, e três marcas profundas se formaram, deixando a pele afastada pender entre os cortes. No momento em que Lupin ia investir contra a menina novamente, Sirius conseguiu puxar a loira de baixo do lobo, e eu, na forma de cervo, me coloquei na frente do lobisomem.

POV Lily:

– A monitora fora da cama? Mas o que é isso? – Berrou Pirraça, se colocando no meu caminho. Eu devia ter pego o Mapa!

– Cale essa boca, Pirraça! O que você quer? – Tentei suborná-lo.

– ALUNOS FORA DA CAMA! – Gritou ele. Eu sabia que Filch demoraria a chegar, então disparei até a entrada dos jardins, sabendo que, independente de quanto corresse, poderia chegar tarde. Dorcas já saíra fazia muito tempo.

Chegando no portão, ouvi um grito feminino, e um rugido bestial.

Corri como nunca. Tudo o que eu vivi ao lado de minha amiga passou em minha cabeça, pensando que ela poderia estar morta quando eu chegasse.

Muito sangue.

O rosto de minha amiga estava com três marcas imensamente profundas em seu rosto, que jorravam sangue, vermelho e espesso. Os músculos do rosto estavam expostos, e a pele entre os cortes pendia fracamente, enquanto minha amiga tombava no chão, desacordada.

– Lily! Leve ela para a enfermaria, agora! Todos os professores já sabem, corra! Nós cuidamos dele agora! – Peter berrou, colocando o braço de Dorcas ao redor de meus ombros. – Ela não pode ficar aqui, muito menos você! Vão!

Ele se transformou em um rato, seguindo o resto dos animagos. O veado olhou para mim, inquisitivamente. Eu apenas assenti, e corri o máximo que pude, com Doe pendendo ao meu lado.

A subida foi a pior parte, mas a adrenalina em meu corpo me tornava quase uma super-heroína.

Principalmente porque a cada passo, eu pensava que Dorcas podia estar caminhando um pouco mais para a morte.


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Notas finais do capítulo

O que será que vai acontecer?
Comentem, favoritem, recomendem e acompanhem, e eu posso pensar sobre o que fazer com a Dorcas hahahaha Brincadeira, gente. Mas podem comentar, favoritar, recomendar e acompanhar se quiserem, claro ;)

Beijooos! Até o próximo cap!



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