POV Remus:

“ Por Merlin, eu não dei meu lugar para o Pontas para ele sentar e não fazer NADA nessa maldita aula de poções.”

“Não, espera Sirius! Olhe as mãos deles!”

“O que?”

“As costas das mãos deles estão se tocando!”

“ISSO! Droga, Pontas, chega nela!”

“Eu não posso assistir isso.”

“Faça algo, seu babaca!”

“Espera. OS DEDOS DELES ESTÃO TIPO, ENTRELAÇADOS!!”

“PONTO PRO JAMES! Mas ele está igual a uma porcaria de um tomate!”

“Pobre sujeito.”

– Ei, Almofadinhas! Olha o que eu achei no meu caderno! - Gritei, segurando o pergaminho que achara no meu caderno como uma bandeira. Estava arrumando cuidadosamente todas as minhas coisas, separando penas quebradas ou tinteiros vazios do resto das coisas.

Já Sirius..... Bom, ele simplesmente jogou tudo em sua mala e disse que somos muito lentos para tudo.

– Nós sabíamos desde sempre que eles seriam o que são hoje. – Disse Sirius, me encarando como meu parceiro de crimes.

– Já estamos melhores que a Trelawney.

– Realmente.

Levantei minha mão e Sirius bateu nela, fazendo um high-five animado, quando James e Peter entraram no dormitório, rindo.

– Qual foi a do high-five estilo bruxos do mal? – Perguntou Peter. Ele gostava de ler alguns livros e gibis bruxos, e quase ninguém entendia as referências que ele fazia. Relevamos o fato.

– Olha o que o Remus achou! Acho que já podemos ensinar Adivinhação! – Disse Sirius, mostrando o pergaminho amassado como se fosse um troféu. James e Peter leram o pergaminho com certa dificuldade, pelos pulinhos de Almofadinhas.

– Meu Merlin.... Aquela aula de poções! Definitivamente, ela foi a melhor dupla que eu já tive.... – Disse James, todo risonho e sonhador. – Mas ei, eu estava doido por ela, claro que fiquei com vergonha! Fora que ela meio que me odiava....

– James, você era o pegador da escola, e ficou todo vermelhinho! – Disse Peter, rindo em sua cama.

– Ah, o Remus também não pode falar nada! Nem percebeu que a Dorcs estava doida por ele! – James se defendeu, apontando para mim enquanto ria.

O argumento foi válido.

POV James:

“Ei, você pode vir até o armário de vassouras no terceiro andar depois de feitiços?”

“Claro, estou ansioso pra te ver lá!”

............................

“Você está falando sério? Lily Evans te chama para ir até um armário de vassouras e você diz que está ANSIOSO PARA VÊ-LA LÁ?!”

“E por que não? Eu realmente estou ansioso para encontrar ela lá!”

“Merlin, onde foi parar sua dignidade? Não tem necessidade de soar tão ansioso (e formal) para pegar uma menina em um lugar privado.”

“O quê? Não, nós só vamos fazer as rondas. Coisas de monitor e tal.”

“Espera. Só rondas? Você está animado para isso?!”

“Bom, você sabe. Ela é divertida.”

“P A T É T I C O.”

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“Eu não estou encarando ela, pelas barbas de Merlin!”

“Você está encarando agora, James. – Peter”

“ ‘Eu não encaro Lily Evans na sala.’ – James Mentiroso Potter”

“Por favor, Sluggy acabou de te fazer uma pergunta e você nem percebeu! Ficou todo perdidinho... – Remus”

“James, mudamos para a página 261 há tipo, 10 minutos”

“Olha Sirius, eu só tô cansado...”

“Mentiroso”

“Lily deve estar te julgando. – Remus”

“Espera, o que? Aluado, me responde!”

“Você não tem jeito.”

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Eu mesmo achara alguns bilhetinhos antigos no meu caderno enquanto arrumava minhas malas para as férias de Natal. Era até meio nostálgico ler tudo aquilo. Se meu eu do passado visse como tudo aquilo valera a pena.....

E se Lily apenas soubesse o que eu estava planejando para ela...

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– Sirius, eu preciso aprender a tocar isso logo! Vamos sair de Hogwarts amanhã e quero tocar isso hoje!

– Esqueceu que eu também não sei nenhuma nota disso aí?

– Não é eletrônico, então funciona aqui, certo?

– Certo. – Respondemos a pergunta de Lupin. Eu, Sirius, Peter e Remus estávamos na sala precisa, com aquele instrumento trouxa enorme em nossa frente. O que faríamos? Como se produzia música com aquela geringonça?

– Ok, quem sabe se alguém sentar em cima dessa tampa aqui.... – Disse Peter, apontando para a grande tampa do instrumento, que ficava atrás de todas as suas teclas.

– Como isso se chama mesmo? – Indagou Sirius, distraído. Todos encarávamos aquilo como se fosse algum tipo de fera. Afinal, ninguém sabia se aquilo pulava ou fazia algo enquanto produzia música.

– Piano, Sirius. Piano. – Remus falou como se ensinasse o alfabeto para uma criança. – Eu acho que minha mãe já deve ter tocado algo assim para mim, sinceramente. Ela sentava em um banquinho e tocava nessas teclas aqui. Parecia mágica.

– Esperem. Eu já ouvi Dorcas dizer esse nome. Ela tocava isso! Alguém chame ela, depressa! - Peter era brilhante.

– Corre, Aluado!

– Por que sempre eu, Sirius?

– Ela é sua namorada! – Dissemos juntos, enquanto Lupin saía da sala.

Ia ser um longo dia.

POV Lily:

– Vocês viram os marotos? Uma hora eles estão nos dormitórios, e depois simplesmente somem! – Marlenne reclamou, jogando os braços para o alto enquanto andava no corredor.

– Eu realmente acho que nunca sei onde aqueles quatro estão.... – Ponderei em voz alta. Realmente, ninguém sabia. Era um tanto quanto injusto, afinal, eles sabiam onde qualquer um estava.

– Dory! Dory! – Um Remus completamente esbaforido apareceu, cutucando as costas de nossa amiga. – Eu preciso falar com você, um instantinho.

– Onde estão os outros? – Tentou Lenne, enquanto Lupin puxava sua namorada para longe, gritando um “Explico depois” enquanto os dois corriam.

– Eu realmente precisava falar com James...

– E eu com Sirius....

– Precisamos nos conformar com o fato de namorarmos Marotos, Lenne. Sério. – Ri com as palavras formais que usei, e gargalhamos juntas.

– Lenne! Precisamos de sua ajuda! Corre! Explico no caminho! – Sirius de repente puxou Lenne pelo braço, aparecendo um tempo depois. Lenne me olhou como se pedisse desculpas, mas Sirius puxou-a, com carinho, mas cheio de pressa.

Era meu último dia em Hogwarts, e James desaparecera logo de manhã. Isso me chateou um muito, até porque agora estava completamente sozinha. Eu partiria amanhã de manhã, já que minha mãe e meu pai disseram que Petúnia tem um comunicado muito importante a fazer, e por isso irão fazer um jantar especial para toda a família. Não entendi o motivo de me chamarem, já que minha irmã nutre uma raiva sem sentido por mim.

Todos os outros que deixariam a escola para as férias de Natal sairiam na tarde do dia seguinte.

E nenhum sinal de James.

Ou de qualquer outra pessoa.

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Revirei o monte de pergaminhos antigos em minha cama, e vi um pedaço de pergaminho vermelho da época do Dia dos Namorados do ano passado. Era a caligrafia de James.

“Amos fez rosas pra você. Eu não me conformo em como ele foi idiota, mas também fico muito feliz da burrice dele. Afinal, ele não é concorrência.

Porque eu sei que você odeia rosas.

Eu sei que suas flores favoritas são lírios. Obviamente.

– J.P”

Era verdade. Lembrei de que, quando no momento em que Amos transfigurou um mato naquelas rosas, desejei que ele transfigurasse qualquer coisa em um James Potter. Foi o primeiro momento no qual eu realmente desejei tê-lo comigo, mesmo sem pensar.

Agarrei aquele pergaminho junto ao meu coração, nostálgica. Ele sempre soube tudo sobre mim, e eu fui tão boba em ignorá-lo por todos esses anos....

“Evans! O que te traz até a ala hospitalar?”

“Resfriado. Perdi a voz. Por que você não pode falar aqui?”

“Pomfrey me enfeitiçou, estava ‘perturbando’ os pacientes. Espera, você não pode falar?”

“Claro que não. Por que?”

“Porque

VOCÊ ESTÁ ABSOLUTAMENTE SEXY HOJE, SUA LINDA! “ (Caligrafia do Sirius)

“SÓ PORQUE EU NÃO POSSO GRITAR COM VOCÊ HOJE, NÃO É POTTER?!”

........................................

“Ei, Lily, você pode me ajudar com algo?”

“ ?? Claro, Remus....”

“Só continue me passando os bilhetes”

“Certo... E você quer ir comigo de novo para a próxima festa do Clube do Slugh?”

“Tem certeza que não quer convidar outra pessoa?”

“Você é tipo.... O único amigo que iria.”

“Certo, então.

Experimento encerrado”

“O que foi isso?”

“Eu, Sirius e Peter queríamos ver por quanto tempo conseguíamos conversar até o James começar a me ameaçar (53 segundos).

Acho que ele ficaria feliz em ir à festa com você...”

......................................

Apesar de tudo, não pude evitar de sentir falta de tudo aquilo. Foi definitivamente um ano muito bom.

Perdi a noção do tempo, viajando em memórias e bilhetinhos que acabei encontrando em minhas coisas. Já era a hora do almoço, e nenhum sinal de Dorcas, Lenne ou dos Marotos. Não era possível que me deixariam sozinha logo no meu último dia aqui!

Perdi completamente meu apetite. Deitei em minha cama, afastando tudo o que estava em cima dela, e dormi.

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– Lily! Você baba desse jeito? – Disse Dorcas, pulando em minha cama. Acordei atordoada.

– Que horas são? – Ainda estava meio tonta, e Lenne logo entrou no quarto também, com uma expressão furtiva no rosto. As duas estavam escondendo algo.

– Doe! Temos que arrumar ela! Ela não pode aparecer lá assim! – Sussurrou Lenne, rindo.

– Ah, certo! Lily, se levante, rápido! Vai logo lavar esse rosto!

Fiz o que ela pediu, hesitante. Tinha alguma coisa ali, e no fundo eu sabia que elas não me deixariam na mão no meu último dia aqui.

Depois de ajeitarem meu cabelo, corremos para algum lugar, enquanto elas me puxavam pelos pulsos. Não adiantou perguntar para onde estávamos indo, elas apenas riam e diziam para ir mais rápido, ou que eu ia adorar.

Estávamos no sétimo andar. Na Sala Precisa.

Elas pararam na frente da parede por alguns segundos, e vimos a porta começar a se formar. Quando entramos, vi Sirius, Lupin e Peter apoiados em um lindo piano de cauda preto, e James sentado no banco do pianista. Ele tocava?

– James.... O que.... O que? – Gaguejei, surpresa. James sorriu e se levantou do banco, pegando a minha mão formalmente.

– Lily, eu sei que deixamos você meio sozinha hoje. Mas eu precisava aprender a tocar isso aqui. Você me apresentou o violão, e eu quis te fazer algo com.... – Ele hesitou.

– Piano. – Sussurraram Remus e Dorcas.

– Com o Piano. – Terminou James, enquanto sorria de orelha à orelha. Ele se sentou no banco, e eu fiquei simplesmente ali, sorrindo como uma besta.

James começou a tocar uma melodia, ocasionalmente errando algumas notas, rindo.

(SAFETYSUIT: NEVER STOP - WEDDING VERSION. Melhor música de Jily, e a voz do cantor é exatamente como eu imaginei a do James cantando ♥ Ouçam, sério hahahaha)

This is my love song to you

Let every woman know i'm yours

So you can fall asleep each night babe

And know i'm dreaming of you more

Ele só olhava para mim, sorrindo. Quando começava a se desconcentrar, errava uma nota, para depois se recompor e tocar certinho. Ele estava pegando o jeito.

You're always hoping that we make it
You always want to keep my gaze
Well you're the only one I see love
And that's the one thing that won't change

Era incrível como aquela música parecia…. Perfeita. Senti uma vontade imensa de correr e beijá-lo, interromper qualquer coisa, mas não estava afim de estragar tudo aquilo. Ele estava lindo, concentrado em mim e nas teclas do piano, seu cabelo estava de um jeito que deixava meio claro que ele realmente tentara domar os fios rebeldes que cobriam sua cabeça.

I will never stop trying
I will never stop watching as you leave
I will never stop losing my breath
Every time I see you looking back at me
And I will never stop holding your hand
I will never stop opening your door
I will never stop choosing you babe
I will never get used to you

And with this love song to you
It's not a momentary phase
You are my life, I don't deserve you
But you love me just the same
And as the mirror says we're older
I will not look the other way
You are my life, my love, my only
And that's the one thing that won't change

Ele era a minha vida. Eu era a dele. E eu realmente o amava de uma forma que ciência alguma era capaz de explicar.

Aquela música....

Me perguntei se ele mesmo havia composto. Merlin, será que ele havia passado o dia inteiro tentando aprender a tocar piano? Quer dizer, ele é um animago, mas tocar daquela maneira em um dia....

I will never stop trying
I will never stop watching as you leave
I will never stop losing my breath
Every time I see you looking back at me
And I will never stop holding your hand
I will never stop opening your door
I will never stop choosing you babe
I will never get used to you

You still get my heart racing
You still get my heart racing for you
You still get my heart racing
You still get my heart racing
For you

I will never stop trying
I will never stop watching as you leave
I will never stop losing my breath
Every time I see you looking back at me
And I will never stop holding your hand
I will never stop opening your door
I will never stop choosing you babe
I will never get used to you

Ele suspirou, terminando a música. Senti lágrimas de emoção escorrerem de meus olhos, e eu não era capaz de parar de sorrir.

A maneira como aquela letra conseguia nos descrever era magnífica. Logo que ele levantou, corri até ele, abraçando-o. James me puxou para cima, e me beijou apaixonadamente. Ele era a metade que sempre faltou em mim, e me completava com nenhuma outra pessoa seria capaz.

Eu nunca deixaria de perder o fôlego com ele.

– Eu te amo, Lily. E nunca vou parar de dizer isso. – Disse ele, ainda me pressionando contra ele. Deixando o ar entrar em meus pulmões, olhei para ele, e ele soube que eu sentia o mesmo.

Entre beijos, consegui murmurar um “Eu te amo”. E era o que eu queria dizer para o resto de minha vida.

......................................

Depois de me despedir de todos, James veio me abraçar pela quinta vez na manhã. Beijou a ponta de meu nariz, para então deixar seus lábios se encaixarem nos meus.

– Vou sentir sua falta. Demais.

– Eu também vou, James. Mas acredite, você não iria querer estar lá com a Petúnia. – Disse, ainda em seus braços.

– Com você, eu ficaria em uma sala até mesmo do lado do Ranhoso.

Eu sentiria falta dele, mesmo que só por uma semana.