All I've Ever Wanted - James & Lily escrita por IsaMultiboooks


Capítulo 14
Segredos.


Notas iniciais do capítulo

OI GENTEEE! O cap de hoje está meio paradinho, mas eu gostei bastante, realmente. Um pouco mais longo, eu acho... Mas enfim... Sem spoilers e vamos lá!

Boa leitura!



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POV Dorcas:

– Eu te chamei aqui por um motivo. – Eu disse, virando as costas para ele.

– Sou todo ouvidos. – Lupin respondeu, com a voz rouca que eu tanto amava. O jardim parecia brilhar só para ele.

– Sabe, tudo está voltando ao normal. Lenne está tentando se ajustar, James e Lily estão melhor do que nunca, Sirius está tentando se reaproximar da Lenne e o Peter até teve coragem de chamar a Emmeline para fazer algo. Mas eu ainda não sei o que o nosso beijo significou. Para você, para mim... O que nós somos, Remus?

Ele me encarou, e seus olhos pareceram iluminados e escuros ao mesmo tempo, e seu rosto ficou pensativo. Ele deu um passo em minha direção, devagar. Quando dei por mim, ele estava com uma mão em minha cintura e outra em meu queixo, suavemente.

– Significa o que você quiser que signifique. – Disse ele, tomando meus lábios em um beijo apaixonado e apaixonado.

Depois da morte dos pais de Lenne, andei pensando muito sobre as pessoas ao meu redor. Mando cartas com mais freqüência para todos em minha casa e penso todos os dias sobre detalhes de cada pessoa que eu conhecia, mas principalmente de Remus. Os cabelos dele, a leve mudança de cor em seus olhos, o sabor de seus lábios e....

Os formatos de suas cicatrizes.

Empurrei Lupin de leve, interrompendo o beijo.

– Espere. Eu.... Eu não te conheço, Remus. Eu só conheço a pessoa que você mostra para todo mundo. Suas cicatrizes. Você nunca menciona nada sobre elas. Por favor Lupin, me deixe conhecer você. Não se feche assim.

– E-eu... Eu... Eu tenho que ir. – Respondeu ele, com o rosto vermelho. Ele afrouxou a gravata, como se estivesse sem ar. Virou-se sem jeito e disparou para o castelo, me deixando plantada na frente daquela pedra no jardim.

Surpreendentemente, aquilo doeu em mim.

POV Lily:

– James, isso é uma biblioteca.... – Sussurrei, sentindo meu sangue fluir mais rápido e esquentar mais a cada beijo e mordiscada que eu recebia em meu pescoço.

Eu estava numa biblioteca. E James Potter estava simplesmente ali, como se nada no mundo importasse. Sem saber que eu estava ali para explicar o conteúdo de poções para o garoto que meu namorado mais odeia. Ah, e esse garoto pode chegar a qualquer momento. Ótimo.

– James....

Sem reação. Ele me virou, me fazendo olhar aquele rosto que derreteria qualquer coração. Ele sorriu, e beijou minha testa.

– Ok, ok, entendi. – Disse ele, saindo da seção de estantes na qual estávamos. Parou por um segundo, e piscou para mim, rindo.. – Quando terminar aqui em seu solo sagrado, me procure.

Ri junto e assenti. Enquanto ouvia os passos dele até a saída, fiquei ali, apoiada na pilha de livros sobre a mesa com um sorriso bobo em meu rosto, o qual eu simplesmente não conseguia tirar.

– Pensando no que? – Severus. Ele parecia estar ali em minha frente há algum tempo e eu mal tinha notado, perdida em meus pensamentos.

Aquilo era uma situação realmente estranha. “Oh, Sev, estava pensando em como seu maior inimigo me faz feliz, e em como estou apaixonada por ele. Ei, sabia que o cheiro dele também é o cheiro da poção Amortentia para mim? E ela faz parte do conteúdo de hoje, eba!”. Ótimo diálogo.

– Estava.... É... Pensando naquele compromisso.... Aquela prova sabe? É, isso, aquela prova de feitiços na quinta, estou realmente preocupada! – Gaguejei, inventando uma desculpa na hora. Snape apenas erguei uma sobrancelha, sorrindo. Ele sabia que era mentira.

– Ei, o James não é um tabu, ok? Eu sei o que está acontecendo entre vocês dois. – Ele riu. Ele parecia feliz.

– Ok, bom... Tem algum conteúdo em especial que você quer trabalhar?

– Não, na verdade. Podemos estudar de acordo com o livro. E trouxe o meu e uma caneta, para anotar tudo.

– Ótimo! Então, vamos começar!

[N/A: Entenderam? Foi daí que o Snape começou a fazer aquelas anotações. Porém, o Sectumsempra não tem nada a ver com isso. Vamos falar sobre esse feitiço mais tarde....]

POV James:

Lily andava estranha na biblioteca. Meio tensa, nervosa. Ela costumava ficar assim antes de alguma prova importante, mas não parecia ser o caso. Ela olhava para os lados, como se esperasse alguém. Decidi sair um pouco, dar um espaço para ela. Quem sabe ela apenas não queria ser pega por Madame Pince com seu namorado atacando seu pescoço.

Enquanto passava pelo corredor, vi Emmeline e Peter conversando, e ela parecia deixá-lo realmente feliz. Pisquei discretamente para meu amigo, e fiz um sinal positivo para ele. Pettigrew sorriu ainda mais, e continuou conversando com a garota.

Lenne parecia estar melhorando. Estava vendo McGonagall às vezes, em seu escritório. Estava se abrindo mais sobre seus sentimentos e buscando seguir em frente. Eu admirava essa atitude dela, e ela parecia estar lidando com tudo muito bem. Iria inclusive na sala de Dumbledore depois do jantar, à pedido do próprio diretor.

– James! James, eu preciso de um conselho! – Remus apareceu em minha frente, vermelho e esbaforido. Havia acabado de sair do jardim, e quando espiei pela janela, vi Dorcas sentada em uma pedra, boquiaberta.

– Meu Merlin, o que você fez?

– Eu não fiz nada! Mas Dory quer que eu faça. E eu preciso saber se devo ou não fazer.

Comecei a rir muito, apertando a minha barriga. Mas que safados esses dois!

– Tipo sexo? Olha, isso é algo para se pensar com cuid...

– Não é nada disso! – Disse ele, corando um pouco. Que fofo!

Olhei para sua gravata, afrouxada. Era sobre as cicatrizes. Conduzi Lupin até o banheiro da Murta discretamente.. Ninguém ia lá, de qualquer maneira. Se déssemos sorte, a fantasma poderia estar dando uma volta pelos canos ou algo do tipo. Vai saber o que uma morta faz no dia-a-dia.

– É sobre a coisa?

– É. Ela quer saber o que são as cicatrizes e de onde elas vêm. O que eu faço?

– Depende. Ela vale a pena? Fora que uma menina traumatizada é capaz de abrir a boca para a escola inteira. Não me leve à mal, Doe é minha amiga também. Mas se você quiser fazer isso, temos que fazer todos juntos.

– Ela vale o risco, eu tenho certeza. Mas temos que ver se todos estão de acordo. Quem sabe Sirius não quer falar com Lenne sobre isso também...

– Não, péssima ideia. Marlenne já tem coisas demais na cabeça, é melhor deixar assim por enquanto. Escute... A próxima lua-cheia é depois de amanhã. Até lá eu converso com a Lily e nós dois podemos conversar com Peter e Sirius. Ok?

– Ok.

POV Lily:

A aula com Sev foi muito boa. Ele devorava cada palavra e escrevia cada dica como se sua vida dependesse daquilo. Não desviava os olhos uma única vez, o que eu confesso que chegava a ser um tanto quanto perturbador, mas nada demais. Ele me fazia sentir confortável, como se ainda fôssemos aquelas duas crianças deitadas no jardim. Quem sabe meu melhor amigo estava, realmente, de volta.

Entrei na Sala Comunal, procurando por James. Achei Lenne dormindo com a cabeça encostada no ombro de Sirius, que acariciava seus cabelos sorrindo.

– Você viu o James? – Sussurrei, no tom mais baixo possível. Ele apenas balançou a cabeça, negativamente. Perguntei como estava Lenne, e ele apenas gesticulou que sim, com medo de acordá-la.

Saí dali, meio sem direção. Nos jardins? Na Sala Precisa? Na cozinha? Eu não sabia onde procurar. Fui até a biblioteca, o primeiro lugar onde ele me procuraria.

E lá ele estava, quase chegando na porta, sem me perceber. Abracei suas costas, envolvendo meus braços em seu abdômen.

– Ei, Evans! – Riu ele, virando-se para mim. – Eu tenho que falar com você.

Senti o tom sério em sua voz, e meu corpo inteiro se contraiu. Ele gentilmente pegou minha mão, me guiando até.... O banheiro da Murta?

Entrando no lugar, vi Lupin sentado ali de pernas cruzadas, um tanto nervoso. Assim que a porta abriu, ele se sobressaltou, para logo depois relaxar ao ver que éramos apenas eu e James.

– Lily, eu... Eu tenho que te fazer uma pergunta. – Disse ele, em um tom apreensivo. Era visível que ele estava nervoso e sem saber o que fazer. Mas sobre o que?

– Diga.

– Quando você viu.... Você sabe... Eu, James, Sirius e Peter naquela noite.... Como você ficou?

– Assustada, é claro. Quer dizer, eu achava que você estava sendo atacado ou algo assim, e quando James correu até mim igual um maluco, eu achei que eu seria atacada e...

– Sério? Não era a intenção, eu só queria te acalmar! – Protestou James, sorrindo.

– De início não funcionou, tenha certeza.

– Mas é claro que funcionou, você até deixou eu falar! Coisa que raramente acontecia, mesmo quando eu estava apenas tentando ser amigável e conquistar você.

– Talvez porque você sempre vinha com aquelas frases bara....

– Vamos focar, gente? – Lupin disse. – Enfim, você sabe que eu fui atacado, e agora sou um lobisomem. As transformações causam sequelas, como as minhas roupas rasgadas ou algumas cicatrizes que eu nem sei onde consegui. O problema é que Dorcas quer saber de onde elas vêm, e eu estava pensando....

– Espera, você quer se transformar na frente dela? Não é melhor todos contarem algo, explicando a situação? Por exemplo, James, Sirius e Peter se transformam primeiro, e depois explicamos o seu caso.

– É uma boa ideia, mas eu tenho medo da reação dela.

– E foi por isso que te chamamos aqui. – Completou James.

Comecei a colocar minha cabeça para trabalhar. Dorcs não é o tipo de bruxa que sai gritando ou chorando por qualquer coisa. Na verdade, nenhuma de nós é. Quem sabe se contássemos toda a história juntos, ela se acalmasse para a verdade toda. Poderia funcionar.

Contei todo o plano para os meninos, e na noite do dia depois de amanhã, estaria tudo resolvido.

– Ok, agora vamos almoçar logo antes que acabe. – Disse James, passando um braço em meu ombro. Subi minha mão e entrelacei com a mão enrolada em meu pescoço e sorri para ele. Lupin se levantou, fingiu que ia vomitar e fomos até o Salão Principal.

...................

Eu e James voltávamos abraçados do almoço em direção à Sala Comunal. Tínhamos o período da tarde livre, e queríamos ver se o resto do grupo queria fazer algo.

– Sirius.... O que você está fazendo aqui e por que eu estava deitada em você? – A voz de Marlenne ecoou de dentro da Sala.

– Lenne... Estávamos conversando e você acabou dormindo. Acho que perdemos o almoço, mas podemos ir até a cozinha se você quiser. – Senti o sorriso constrangido de Sirius em sua voz.

– Eu agradeço tudo o que você tem feito por mim. Mas eu não posso fazer isso, Sirius. Eu estou tentando voltar ao normal, mas eu.... Eu estou instável. E não quero me envolver agora. Eu preciso de tempo.

– Eu respeito tudo isso. Eu venho te dando tempo e tal. Mas não adianta eu esperar para sempre sem saber se algum dia você vai me aceitar de volta, Lenne. Eu vou sempre ser seu amigo, mas eu só quero saber se eu tenho chance. Só isso.

– Eu.... Eu não sei Sirius. Eu preciso pensar.

Ouvimos os passos de Lenne vindo, e depois de uma troca de olhares, eu e James tratamos de sair correndo dali o mais rápido possível. Eu não acreditava no que Lenne estava fazendo. Sirius estava sendo super legal por ela, acompanhava-a até a sala, carregava os livros dela de vez em quando e conseguia fazer ela rir. Eu sabia que eles se completavam. E o que ela estava fazendo?

– O que deu na Lenne? O Sirius tá sendo bem compreensivo e até paciente. Ele nem tentou nada! O que acredite, não é normal pra ele. – Disse James, jogando os braços para cima no corredor.

– Eu não sei.... Eu entendo que as coisas tão difíceis para ela, mas até eu sei que o Sirius tem chance. Mas não tem muito o que fazer. Vou tentar conversar com ela, mas não tem garantia de nada.

– Eu sei. Já te disse que eu te amo hoje? – Perguntou ele, sorrindo e me puxando para junto dele.

– Sabe que eu acho que não? – Disse, e rimos juntos.

– Eu te amo, Lily Evans.

– Eu te amo, James Potter.

E ele me beijou. Merlin, eu adorava tudo nele: O jeito como ele corria os dedos pelas minhas costas e meus cabelos, o cheiro dele, o gosto de seus lábios.... Tudo. E eu amava provar cada pedacinho dele. Ele era meu, e eu era dele.

Corri a mão por seu tronco, sentindo seus músculos se tensionarem conforme minha mão percorria sua camisa. Abri os olhos e apoiei minha cabeça em seu peito.

Severus estava ali, apenas passando. Ele parecia congelado, podendo apenas observar enquanto eu vi uma lágrima discreta correr de seus olhos.

..................................

Estávamos sentados na Sala Comunal. Dorcas estava em nossa frente, aguardando o que quer que eu e os marotos queríamos falar, olhando-nos desconfiada.

– Doe, lembra da aula sobre lobisomens? – Comecei.

– Lembro....?

– Meu pai, Gregorius, ofendeu Fenrir Greyback. Sabe, o lobisomem chefão e tal? – Começou Lupin, cansado e nervoso.

– Remus.... – Dorcas suspirou, colocando a mão sobre a boca, antecipando o que aconteceria no final.

– Quando eu tinha 8 anos, fui mordido por vingança. Meus pais tentaram de tudo, mas não há cura para a licantropia. Já pensávamos que eu nunca freqüentaria Hogwarts, mesmo que fosse metade bruxo e metade homem. Mas quando completei 11 anos, Dumbledore assumiu o cargo de diretor e me permitiu estudar aqui. – Ele parou e olhou para Dorcas, que tinha uma expressão triste e preocupada no rosto. – Dumbledore construiu um túnel, dos jardins até Hogsmeade, na Casa dos Gritos, e na entrada, plantaram o Salgueiro Lutador.

– Dizem que a Casa é assombrada por causa das transformações do Remus. São meio violentas, e até Dumbledore ajudou a difundir os boatos para evitar que alguém entrasse na casa, sabe? – Completou Peter.

– No começo, Remus inventava um monte de desculpas para sumir à noite. Então, nós três ficamos desconfiados e acabamos descobrindo o segredo dele. Apoiamos ele, mas ainda assim não podíamos ir com ele até a Casa, já que lobisomens atacam humanos e tal. – Disse Sirius, sorrindo ao lembrar de como tudo começou.

– Mas um dia, naquele mesmo ano, Sirius teve a ideia de virarmos animagos. Faz sentido, já que lobisomens não atacam outros animais e tal. Estudamos, aprendemos e deu certo. É o que temos feito desde então. – Disse James, todo orgulhoso.

– Calma aí. Animagos? Isso é magia muito avançada, gente....

– Aprenderam sozinhos. James vira um cervo, Peter um rato, Sirius um cachorro e eu, bem... Você sabe.

– Eu sinto muito, Remus... Você não precisava contar isso tudo, eu não devia ter te pressionado... Mas obrigada. Eu confio em você. – Disse Dorcas, abraçando o loiro em sua frente.

Sirius começou a bater palmas e fingir chorar, rindo. Eu, James e Peter acompanhamos, todos fingindo chorar e pegar lencinhos imaginários.

– Calem a boca... – Riu Lupin, tomando os lábios da menina que ele amava.


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Notas finais do capítulo

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