Um dia com você... Será? escrita por Mavelle


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, Marujos!!!!!
Espero que gostem desse capítulo. Foi bem difícil escrevê-lo.
Beijos da Sabidinha :*



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CAPÍTULO 9 - JACK

Porque os Turner sempre se metem na minha vida? Primeiro o Turner grande tira minhas chances de ser imortal. Então chega o mini Turner e namora com minha filha! Porquê sempre na frente dos meus objetivos? Porque?

– Jack Sparrow. Pare aí mesmo.

Aquela voz tão familiar para mim falou e meu cérebro não tardou em obedecer. Odeio quando ela faz isso comigo.

– O que foi? - me viro e me deparo com Vênus, parada à frente de uma porta e olhando de cara feia para mim. Cara feia só como um modo de dizer. Ela nunca está feia com aqueles cabelos âmbar cacheados e aqueles olhos castanhos. É praticamente impossível passar por ela sem perceber sua presença.

– O que foi? Você está tentando estragar a alegria da nossa filha!

– Tentando estragar a alegria dela? Eu conheço os Turner! São desprezíveis. Estou tentando protegê-la, isso sim.

– Pobre Jack. Não consegue perceber quando duas pessoas estão apaixonadas? - ela perguntou doce. Muito doce pro meu gosto. Acho que vou ficar diabético depois dessa.

– Anh, não.

– Mas eu percebo. - ela disse um tanto rude. - Eu sei que eles gostam um do outro. Mais do que você pode imaginar.

– Mas porque ela está apaixonada pelo Turner? Com tanta gente nesse mundo, porque logo ele?

Ela dá de ombros.

– Nada é como gostaríamos que fosse. As pessoas se apaixonam, Jack. É mais que normal.

Escorrego pela parede e sento no chão. Olho no fundo de seus olhos.

– Fala isso porque é a deusa do amor. Para você, se apaixonar é tão normal quanto respirar. Pra mim não. Piratas não pensam nesse tipo de coisa.

– Deveria pensar mais. - ela se aproximou e beijou minha bochecha.

Seus lábios eram tão macios ma minha bochecha quanto um dia foram em meus lábios. Tive vontade de beijá-los novamente, mas ela não estava mais por perto. Estava no fim do corredor, esperando que eu olhasse para, então, ir embora.

– Deixe-a ser feliz. Deixe-a amar quem ela quiser. Não a deixando, apenas trará sua ruína.

– O que quer dizer com isso? Hein?

Tentei chamar por ela, mas já tinha sumido por trás de uma porta.

Droga. Porque sempre que ela aparece me dá conselhos sobre como criar Becky e vai embora? Não podia nem esperar uns minutinhos e conversar civilizadamente? Talvez só para que eu matasse as saudades... Mas, não! Ela tem que ir embora antes de passar 10 minutos. Prefiro ir logo pegar Becky, fingir que nada aconteceu e voltar pro navio. Vou me encaminhando para a cabine de William e escuto risadas baixas. Bato à porta.

– Becky?

Percebo uma hesitação, mas ela responde.

– Oi, pai.

– Vamos voltar para o Pérola. Quero você em 5 minutos no convés.

– Certo, pai. Estou indo.

Não sei porquê a dei 5 minutos. Talvez eu tenha enlouquecido. A dei 5 minutos a mais com o Turner! Mas já sei que, se tentar impedir, terei minha ruína. Melhor prevenir de que remediar. Vou para o convés, na esperança de que ela chegasse alguns segundos depois de mim, mas sabia que isso não aconteceria. Ela estava muito feliz com ele.

Esperei por 5 minutos. 10 minutos. 15 e ela ainda não havia chegado. Justo quando eu estava indo pegá-la, ela chega.

– 5 minutos, Becky.

– Desculpe, pai. - ela disse tentando me convencer do mesmo jeito que sua mãe fazia. Mas em mim não funciona e ela sabe disso. - Eu perdi a noção da hora.

– Está bem, Becky. Agora vamos voltar.

Não me despedi de Will ou de Elizabeth porque não pude encontrá-los. Deviam estar sozinhos dentro da cabine. Pelo que os marinheiros me disseram, isso está se tornando muito comum. Voltamos para o navio e Becky foi logo para sua cabine. A segui, não sei porque. Mas tive o pressentimento de que devia fazer isso. Fiquei na porta do quarto, enquanto ela estava em pé na janela, fazendo alguma coisa.

– Olhe, Becky, eu não fui te buscar depois dos 5 minutos. Porque você acha que isso aconteceu?

– Minha mãe foi falar com você.

– Não. Eu percebi que a vida é sua e você tem que se responsabilizar pelo que faz.

– Mas minha mãe foi falar com você. Eu sei porque pedi. - ela sentou-se na cama.

– Porque pediu? - me sentei ao lado dela. - Sabe que eu iria entender uma hora ou outra.

– Não. Eu pedi porque sei que você estava muito exaltado naquela hora e era capaz de matar alguém. E até que você entendesse já teria começado uma guerra.

Bufei. Ela estava certa, como sempre. Odiava perder pra uma garota de 17 anos.

– Você está certa. A este momento, já haveria uma guerra acontecendo. Tudo porque eu não consigo aceitar que você não é mais minha garotinha.

– Ah, pai. - ela me abraça. - Você sabe que eu nunca fui exatamente sua garotinha.
Rimos. Ela nunca foi mesmo. Com 13 anos já bebia rum com a tripulação.

– Tem razão. Nunca foi. Mas eu queria ter a ilusão de que você ainda era inocente. - digo sorrindo.

– Sempre pode se iludir, pai. - ela me beija no rosto e sai do quarto, me deixando sozinho.

Porque minha filha tem que ser tão complicada? Acho que ser complicada é uma característica das mulheres que eu nunca conseguirei entender. Todas são assim.

Voltei para o convés e peguei o timão.

– Içar as velas, bando de ratos sarnentos! Vamos embora daqui!

Peguei minha bússola e ela apontava para o Leste.

– Qual o destino, pai? - Becky aparece a meu lado.

– Tortuga, querida.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :).
Deixem reviews, recomendem, favoritem, acompanhem...
Façam o que quiserem :).
Beijos da Sabidinha :3



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