Um dia com você... Será? escrita por Mavelle


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Gente, obrigada por lerem, comentarem e acompanharem a fanfic. Ajuda muito na hora de escrever saber que tem alguém lendo e gostando...
Enfim, eu vou tentar postar um capítulo novo todos os sábados.
Deixem suas opiniões sobre como está ficando, o que pode mudar, o que precisa melhorar e tal... Só comentem.
Beijos da Sabidinha :*



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CAPÍTULO 6 - WILL

– Sério? - digo, ainda tentando digerir o que ela me disse.

– Claro. Porque eu diria uma coisa dessas se não fosse verdadeira? - ela diz sorrindo. Sorrio também.

– Ah. É porque é difícil de te imaginar tendo todo o poder do mar.... - digo abraçando ela por trás.

– Por acaso está me chamando de fraca? - ela disse com sorriso ameaçador.

– Não. É porque Tia Dalma me passou uma imagem de uma Calipso feia. Nunca imaginei uma Calipso tão linda. - disse acariciando seu queixo. Ela segurou minha mão e a beijou.

– Você está só querendo me agradar. O que você fala não é verdade.

– Claro que é. És a mais bela do Caribe. Nenhuma outra poderia comparar-se a você. Só porque te amo.

– Eu te amo também. Não sabes o quanto. - ela diz se aconchegando em meu peito, enquanto eu passava a mão por suas costas.

Ficamos assim por um tempo, até que Lizzie começa a falar.

– Porque não vamos para o navio?

– Tudo bem. - eu digo meio desapontado. - Só queria passar um tempo à sós com você.

– Teremos a noite inteira para isso, querido. - ela diz com um sorriso malicioso no rosto. Retribuo um sorriso do mesmo tipo. - No momento, só quero conhecer minha nova casa.

– Tudo bem. O que quiser.

Então recomeço a remar em direção ao navio. O tempo passa rápido e quando me dei conta já estávamos a poucos metros do navio. Paro ao lado da escada e subo na frente de Lizzie. Ela sobe logo depois de mim e eu a ajudo. Nesse meio tempo, os marinheiros sobem o bote com as malas dentro e fazem uma espécie de corredor para nos acolher.

– Homens, - começo falando, com Lizzie a meu lado. - esta é minha esposa, Elizabeth. Ela virá conosco a partir de agora.

– Mas mulheres em navios não trazem má sorte? - alguém da tripulação falou.

– Não se for Calipso.

Então começaram os murmúrios entre a tripulação, mas quem se pronunciou foi William.

– Calipso? - ele perguntou. - Como assim Calipso?

– Filho, - Lizzie começou. Isso era algo que ela devia contar a ele. - eu não pude te contar antes de tudo isso. Não podia, na verdade. Eu, na realidade, sou Calipso, deusa dos mares.

– Ahhhh! - deu para perceber que ele fingiu entender, mas na verdade não tinha entendido nada. Percebi porque eu fazia exatamente assim quando era mais novo. Mais tarde explicarei a ele.

– Tripulação, - eu disse e obtive a atenção de todos. - dispersar.

Peguei as coisas de Elizabeth e levei à minha cabine, que agora seria nossa.

– Vou trocar de roupa. - ela disse. - Esse vestido é desconfortável.

Ela tirou o vestido e vestiu uma roupa de pirata, que eu reconheci como a do dia em que casamos.

– Como estou? - ela perguntou se olhando no espelho que estava no armário.

– Linda. - respondo quase sem pensar, afinal ela sempre estava linda.

– Estou bem melhor agora. Não tens ideia do quanto é difícil respirar com aquele vestido comprimindo meus pulmões.

Começamos os dois a rir. Nos aproximamos e tiramos toda a distância entre nossos lábios.

– Eu tenho que ir para fora. - digo. - Sabe, comandar o navio. Se você quiser ficar organizando as suas coisas...

– Arrumo mais tarde. - ela diz, me cortando. - Quero conhecer a tripulação.

– Tudo bem.

Saímos juntos para o convés. Parte da tripulação estava limpando o mesmo, outra parte ajeitava as velas e outros ainda estavam parados sem fazer nada. William veio juntar-se a nós.

– Isso é tão incrível! - ele chega extasiado. - Não devia ter recusado da primeira vez. - ele diz baixando a cabeça. - Desculpem-me. Se não fosse por mim, já estariam juntos há mais tempo.

Eu estava pensando no que dizer, mas Lizzie foi mais rápida.

– Querido, não é culpa sua. - ela colocou sua mão no ombro dele. - Você era muito criança quando seu pai fez o convite. Não sabia ainda o que querer da vida. Não tem porquê se desculpar. - ela lhe deu um sorriso que era, ao mesmo tempo, conciliador e acolhedor.

Mesmo que Lizzie tenha falado tudo, sinto que deveria falar mais alguma coisa.

– Acho que a culpa é minha. Fui muito precipitado em falar naquela época, eras apenas uma criança. Não deveria ter cobrado algo tão difícil de uma hora para outra. Se alguém tem que pedir perdão, esse alguém sou eu.

– Amor, não precisa se desculpar. - Elizabeth disse me abraçando. - A culpa não é de ninguém.

– Claro que é minha culpa. Eu poderia simplesmente ter vendado ele e arrastado à força para o navio. Seria mais simples do que perguntar.

Ela começou a rir, enquanto William me olhava de um jeito como que perguntando se eu realmente teria feito isso. Passo um braço pelos ombros de William.

– Eu estava brincando, menino. Nunca faria isso.

– Ok, né... Acho que depois dessa vou embora.

Então ele se virou e realmente foi embora, me deixando novamente à sós com Elizabeth. Eu estendi o braço para ela.

– Venha. Não há muito a se mostrar, mas vou te apresentar sua nova casa.

Passei mais ou menos uma meia hora mostrando o navio para ela. Quando acabei, o sol estava prestes a se pôr. Subi na borda do navio e me apoiei em uma corda.

– Em dez anos voltaremos, a sentença cumpriremos, as almas guiaremos e um destino final teremos. - eu falo, apontando a espada para a frente.

Então a tradicional luz verde brilha bem na hora que o sol se pôs e já estamos bem longe daquela praia. Estamos entre os mundos.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem, gatos e gatas.
Beijos da Sabidinha :3



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