Cap. 06 – Ilha de Esme

 

 

 

Pov – Nessie

 

 

 

 

Entramos na casa e ela me lembrou perfeitamente a decoração da minha ex-casa, a casa dos meus avôs, Carlisle e Esme. A decoração sempre branca com um toque delicado e aperfeiçoado de Esme e Alice.  Deixamos as malas no quarto branco, que estava devidamente decorado para uma lua-de-mel.

 

 

 

Já estava de noite e estávamos com fome. Eu nunca cozinhei nada na minha vida e provavelmente Jacob também não. Então tentamos cozinhar macarrão e eu tentei fazer um molho branco. Arrumamos a mesa bem organizada e nos sentamos.

 

 

 

- Primeiro as damas.

 

 

- Tudo bem.

 

 

 

Enrolei o macarrão no garfo e o levei até a boca. Não consegui nem mastigar duas vezes e engoli de todo jeito.

 

 

- Estamos aprovados? – A expectativa dele era frustrante. – Vamos Nessie, fale algo!

 

 

- Isso está  horrível! Péssimo, nojento! – Ele então colocou na boca e logo engoliu.

 

 

- Nessie, quanto de cebola você colocou?

 

 

- Três (?)

 

 

- Pelo amor de Deus, isso está mais para molho de cebola! Eu não vou comer isso! Está horrível.

 

 

- Nem eu. Só  um minuto.

 

 

Levantei e fui até a geladeira, tinha leite, ovos, bacon e queijo. Tinha pão no armário também. Assei uns ovos com bacon, fatiei o queijo.

 

 

- Por hoje só  temos isso, ao menos morreremos de fome.

 

 

- Pelo menos deve ser melhor que o seu molho.

 

 

- Muito engraçado Jacob. Você sabia que eu não sabia cozinhar.

 

 

- Eu não sei cozinhar e nem por isso eu colocaria três cebolas em um molho para duas pessoas.

 

 

- Então porque você não fez o molho senhor sabe-tudo?

 

 

- Porque eu fiz o macarrão! E vamos parar com essa discussão inútil.

 

 

 

Comemos de cara fechada. Eu lavei a louça e ele secou. Joguei fora todo o macarrão e aquele molho insuportável. Chegava a dar-me enjôo. Ele foi para a sala e eu fui para o quarto. Estava louca para tomar um banho e vestir uma roupa mais leve. Abri a mala, para procurar algo menos ‘’tentador’’, mas acho que Alice quis me deixar constrangida propositalmente com todas aquelas lingeries provocantes. Consegui finalmente encontrar uma camisola rosa bebê, que em minha opinião, não iria despertar nenhum interesse em homem algum.

 

 

 

Fui para o banheiro, tomei um banho e me deitei. Estava muito cansada. Estava quase inconsciente, quando escuto a porta do banheiro bater e o meu lado na cama afundar. Ele veio de mansinho, beijando meu pescoço, alisando meu cabelo, me puxando para ele. Eu virei e deixei que sua boca e seu língua explorassem a minha. Mas ele foi aprofundando o beijo, sua mão ia passeando pelo meu corpo. E eu parei. Hoje eu não faria nada com ele, por ele ter falado mal do meu molho. Hoje ele estava de castigo! Virei-me para o outro lado e ele mais uma vez tentou, mas como eu não respondi aos seus afagos, desistiu e virou-se para o outro lado.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Praticamente as duas semanas haviam se passado e a nossa relação não estava muito boa. Passávamos o dia inteiro fora e jantávamos pão em casa ou íamos para algum restaurante no continente. Durante o dia, visitamos alguns papagaios, fizemos trilha, nadamos com os golfinhos e botos e sempre ao final da noite, eu estava exausta. Toda a noite Jacob me procurava e só em algumas eu tinha disposição suficiente para satisfazer à suas necessidades.

 

 

 

Eu já estava acostumada a usar algumas lingeries que Alice tinha separado para mim. E hoje nós fizemos diferente. Seria o último dia que passaríamos aqui. Pela manhã, passeamos pelo Rio de Janeiro, almoçamos por lá, passamos à tarde em um parque de flores e voltamos para casa mais cedo. Enquanto Jacob brincava que nem uma criança com seu mais novo amigo, um esquilo, que apareceu das árvores e resolveu se instalar pela parte exterior da casa, próximo à praia, eu tentava fazer omeletes para o jantar.

 

 

 

Dessa vez eu tentei lembrar-me das criadas da mansão, quando elas preparavam para mim, e eu ficava só observando-as sentada no balcão. Era fácil! Ovos batidos, recheio, fogo. E eu acho que dessa vez eu consegui acertar. Provei um pedaço antes de servi-lo no jantar e ao meu gosto não estava ruim. Dava para comer.

 

 

 

Eu não sei o que está acontecendo comigo hoje, mas estou com uma vontade louca de fazer amor com ele. Eu só posso estar louca, de fato! Mas vê-lo no banheiro, sem toalha, completamente nu, com seu corpo altamente definido, pela manhã, serviu para me deixar com calor e um fogo crescente dentro de mim. Corei com esses pensamentos pecaminosos.

 

 

 

Fui chamá-lo para jantar. E enquanto ele tomou banho, eu arrumei a mesa. Jantamos em silêncio, o que não era nenhuma novidade. Já estava acostumada com a nossa relação conturbada mesmo. Ele não reclamou da omelete, mas também não elogiou. Assim que terminou, ele foi para o quarto, disse que estava um pouco cansado. Lavei a louça, arrumei a cozinha e fui tomar banho para deitar. Hoje eu não queria dormir cedo, e iria rezar para que ele estivesse acordado e disposto. Mas pelo pouco que conhecia de Jacob, ele jamais negaria fogo.

 

 

 

Portanto, resolvi arriscar a sorte e dar uma apimentada no casamento. Decidi usar a lingerie mais ousada que existia na mala. Escolhi uma vermelha, de renda, era assustadora. Vesti e não me olhei no espelho, pois temia perder a coragem e desistir de tudo. Coloquei perfume e vesti um Hobby de tecido vermelho transparente, por cima.  Saí do banheiro decidida a seduzir meu marido!

 

 

 

Graças aos céus ele estava acordado e não estava completamente deitado. Seus olhos se arregalaram de leve a me ver, mas ele disfarçou rapidamente. Fui subindo devagar na cama e deitei a cabeça em seu peito. Ele afagou meu cabelo e suspirou.

 

 

 

- Você  está linda Nessie! – Me apóie no cotovelo para olhá-lo.

 

 

- Obrigada.

 

 

- Digamos que linda você já seja, mas hoje você está...

 

 

- Diferente?

 

 

- Eu diria sexy. – Um sorriso fraco surgiu por meus lábios. Ponto positivo para mim.

 

 

- Mais uma vez obrigada.

 

 

- Isso tudo é  para mim? – Seus olhos estavam brilhando de prazer.

 

 

- Claro que sim. Afinal você é meu marido. – Sussurrei a última parte em seu ouvido.

 

 

 

Ele não esperou nem mais um segundo, e me beijou. Sua língua quente estava em perfeita sincronia com a minha. Resolvi provocá-lo e coloquei minhas pernas, uma de cada lado do seu corpo. Tirou logo o Hobby e ficou olhando-me, só de lingerie, com luxúria. Sua boca tratou logo de descer pelo meu pescoço, e brincar entre a clavícula e a orelha. Eu puxava seu cabelo de uma forma até um pouco violenta. Eu o queria dentro de mim e o prazer que só ele sabe me proporcionar. Tirei sua blusa e ele o meu sutiã. Seus beijos desceram para meu seio, enquanto sua mão acariciava o outro, me arrancando gemidos.

 

 

 

Sua boca novamente estava na minha e quando eu menos esperei, ele nos virou, ficando rapidamente por cima de mim. Ele tirou a minha calcinha e minhas mãos voaram para o seu cabelo, o puxando. Eu queria e precisava de sua boca na minha. Ele me entendeu, mas antes de me beijar, subiu com ela por meu pescoço, me torturando, fazendo com que eu me contorcesse por baixo dele. Sua mão massageava minha coxa de uma forma que deixaria marcas. Nós dois gememos assim que sua boca encontrou a minha.

 

 

 

Sua outra mão descia lentamente pelo canto interno de minha coxa, buscando minha intimidade. Ele introduziu um, depois outro dedo em mim, sua boca consumia meu pescoço, mordia e chupava meu lóbulo. Ele por sua vez foi descendo com sua boca, deixando rastros quentes de beijos por minha barriga, umbigo, virilha. Até que ele encontrou seu objetivo principal. Sentia sua língua quente entrar e sair de dentro de mim, e eu estava enlouquecendo. Se antes eu gemia, agora eu praticamente gritava. Um estranho calafrio percorreu meu corpo. Muito bom! Eu não tinha palavras para descrever isso. O que eu poderia dizer é que era quente!

 

 

 

Céus, eu estava louca com essa tortura. Eu o queria dentro de mim o quanto antes. Eu queria agora. Urgente!

 

 

- Jake... Eu não... Agüento mais – Falei por meio de uns gemidos.

 

 

- O que você  quer Ness? – Sua voz estava muito mais rouca que o normal.

 

 

- Eu quero você... Agora. – minha voz estava falhando muito, era quase um sussurro.

 

 

 

Em um movimento rápido ele tirou a calça e se encaixou entre minhas pernas. Beijou-me delicadamente, entrando em mim devagar. Bem devagar. Nossos gemidos foram simultâneos. Ele me beijava intensamente. Baixou sua boca para beijar meu pescoço, enquanto suas investidas se intensificavam, porém, antes que ele fizesse isso, eu pude ver o desejo  em suas íris negras. Meu corpo agora precisava dele, precisava que ele fosse mais rápido, mais forte. E eu sabia que ele precisava disse também.

 

 

 

A mão que apertava minha cintura, agora apertava com mais força, isso me deixaria marcas também. Os seus movimentos aumentaram me fazendo arranhar suas costas largas. Seu cheiro amadeirado, forte, estava me consumindo. Nossas bocas estavam envolvidas em mais um beijo quando eu enlacei minhas pernas em sua volta, o deixando entrar mais fundo, mais forte. Ele gemia em minha boca, me excitando ainda mais, fazendo-me gemer também.

 

 

- Jake... – Eu gemia seu nome.

 

 

Sentia-o ir bem fundo e eu estremecia na cama, enquanto eu era levada para um mundo de cores e sensações. Os olhos fechados com força, as minhas mãos agarravam o travesseiro, puxavam o lençol, arranhavam suas costas, apertavam seus braços. O suor escorria por minha pele, por sua pele, colando meu cabelo no rosto.

 

 

 

Eu já estava ficando meio mole, a pontada em meu baixo ventre, e em seguida um líquido quente escorrer por dentro. Nós dois chegamos ao ápice juntos. Estava ofegando bastante, tentando controlar a respiração. Sempre quando terminávamos, ele me beijava docemente. E hoje não foi diferente. Ele saiu de dentro de mim e me puxou para seu peito. Eu não estava conseguindo raciocinar direito. Ele era muito bom no que fazia! Não conseguia imaginar pessoa melhor do que ele. Nós dois éramos perfeitos juntos. Um completava o outro, de todas as formas possíveis e impossíveis. Era difícil admitir, mas nossos corpos se encaixavam harmoniosamente.

 

 

Eu comecei a rir de uma lembrança que tive de quando éramos pequenos.

 

 

- O que é  tão engraçado? – Seus dedos subiam e desciam suavemente pela pele de minhas costas.

 

 

- Lembranças. Nós dois aqui, há alguns anos atrás. Brigávamos tanto. –  Ri novamente, eu hoje estava tão estranha, tão besta.

 

 

- Verdade. Eram bons tempos.

 

 

- Seu ridículo! – Dei-lhe uma tapa de leve no braço e ele riu e me deu um selinho. – Você fala assim porque eu sempre saía perdendo nas confusões.

 

 

- Claro! Eu sempre fui mais forte Nessie!

 

 

- Mas eu quase te afoguei aqui nesta mesma ilha.

 

 

- Eu estava distraído. E me vinguei depois, jogando refrigerante em você! – ele riu alto de sua própria lembrança. E eu fechei a cara e rolei os olhos.

 

 

- Me responde uma coisa com sinceridade? – Falei me apoiando no cotovelo para olhar no fundo dos seus olhos.

 

 

- Pode falar.

 

 

- Você  já teve alguma coisa com a Leah e com a Letícia? – Sua expressão se tornou séria.

 

 

- Letícia não.

 

 

- Com a Leah sim. – Não era uma pergunta e ele sabia muito bem disso.

 

 

- Faz muito tempo, eu era praticamente uma criança. Mas eu não tenho nada com ela, eu... – Lhe calei com um selinho.

 

 

- Eu confio em você.

 

 

Ele enfiou a mão no meu cabelo, me puxando para ele, para um beijo. Nossas línguas unidas. Foi um beijo doce, calmo, terno.

 

 

- Pena que teremos que ir amanhã cedo. – Eu deitei agora na cavidade de seu pescoço, respirando seu cheiro maravilhoso e fiquei alisando seus músculos definidos da barriga.

 

 

- Pois é. Eu gosto daqui. Dizem que ela é mágica sabia?

 

 

- Mágica? Existiu uma bruxa aqui? – Falou brincando.

 

 

- Não seu bobo. É que todos os netos da família Cullen foram gerados aqui.

 

 

- Nossa. Eu não sabia disso!

 

 

- Pois é. Tio Emmet e tia Rose foram os primeiros a passar a lua-de-mel aqui e logo veio o Rafael e Letícia. Depois meus pais e por último, tia Alice e Jas, e veio a pentelha da Yasmin.

 

 

- O Rafael e a Mariana também vieram passar a lua-de-mel aqui e ela está grávida!

 

 

- É verdade Jake! Os bisnetos estão a caminho.

 

 

- A gente poderia encomendar o nosso agora, o que você acha? – Ele falou mordendo o meu lóbulo, me provocando.

 

 

- Não senhor! Você não cansa não, senhor insaciável?

 

 

- Claro que não. Com uma mulher como você ao meu lado, eu nunca me canso! –  sorri besta com isso.

 

 

- Mas eu estou cansada e com sono. Vamos dormir.

 

 

Subi em cima dele para dar-lhe um beijo. Suas mãos espertas estavam percorrendo meu corpo e seu membro começou a se animar novamente. Soltei o beijo rindo dele e dei-lhe uma leve tapa no braço. Virei para dormir. Ele riu no meu ouvido, colocou o braço por cima de mim e entrelaçou nossos dedos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Um sol escaldante entrava pela janela e queimava meu rosto. O quarto pareciaque estava a uns 100°C. Eu estava ensopada de suor, o Jake ao meu lado, nossas mãos ainda entrelaçada. Sua respiração em meu pescoço. Estava muito quente. Tentei me virar, porém seu peso não me ajudou muito. Com certa dificuldade eu levantei, e fui ao banheiro. Olhei-me no espelho e tomei um susto com a minha situação. Meu corpo tinha diversas manchas, de vários tamanhos. Meus lábios estavam inchados, meu cabelo bagunçado.

 

 

Corri para o chuveiro, para tênar amenizar essa situação. Saí, vestida com um roupão, o cabelo molhado, escorrendo por minhas costas cobertas pelo tecido fino. Preparei o café da manhã. Pão novamente. Quando eu voltar, não vou querer mais ver pão na minha frente! Voltei ao quarto para acordá-lo, mas ele já estava no banho. Troquei de roupa e terminei de arrumar a mala.

 

 

Graças a Deus hoje acordamos um de bem com o outro. Estávamos nos entendendo. O café  todo nós ficamos trocando carícias. Terminamos, arrumamos a cozinha, pegamos nossas malas e partimos da Ilha de Esme.

 

 

 

 

 

Durante todo o percurso de volta para a Irlanda, fiquei pensando em duas coisas.

 

 

Primeira: Como seria minha vida na minha nova casa, a partir de hoje.

 

 

Segunda, e mais importante: Será que eu, Renesmee Cullen, estaria começando a ficar apaixonada por Jacob Black?

 

 

Como minha mãe sempre diz: “Isso, só o tempo poderá dizer”.