Camélias escrita por My Dark Side


Capítulo 2
Compre um, leve outro.


Notas iniciais do capítulo

DEPOIS DE MUITO TEMPO FINALMENTE ATUALIZADA!
Graças a nova co-autora, GreeneMoon, muito obrigada e terei de dizer milhões de vezes para agradecer devidamente.
Com problemas de postagem desde a última manutenção, só consegui atualizar pelo celular algumas fics. E escrever pelo celular é muito complicado.
***
Para compensar a enormidade de tempo que passei sem postar, aqui estão seis mil palavras fresquinhas!
Espero que gostem e não me matem por demorar!



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 — Nossa sereia vai para Hogwarts! Isso não é maravilhoso, Lyanne? — vovó perguntou para mamãe que sorriu triste.

 — Sim, mãe.... É perfeito.

 Eu estava muito feliz, porque eu finalmente recebi a cartinha! Eu podia ir para a escola de magia! Se bem que a mamãe não gosta de Hogwarts... Porque ela lembra o papai, eles se conheceram lá.

 Não sei o que a mamãe vai falar sobre eu ir para Hogwarts, talvez ela pense em me mudar de escola. Ou pedir para a tia deixar eu ficar em casa e ter aula com a mamãe, mas eu não quero mais isso. A mamãe me tirou da escolinha trouxa quando o papai morreu, ela disse que foi porque eu estava ficando grandinha demais. Eu não reclamei porque a vovó contou a verdade pra mim: a mamãe estava querendo alguém do lado dela.

 A mamãe ficou bem triste quando o papai virou uma estrela, tão triste que ela não saia do quarto. Eu fiz vários presentinhos para ela e mostrava como eu estava aprendendo a controlar a magia. Ela nunca tinha me visto fazer magia porque o papai me fez prometer que seria o nosso segredo e que eu só mostraria para a mamãe quando ela estivesse precisando sorrir. Ele me ensinava quando a gente passeava, nós ficávamos sentados na beira do lago Ness fazendo fumacinhas e brilhinhos; teve uma vez que eu vi um sereiano de lá, ele era bem feio, mas parecia gostar de me ver brincando.

 — Eu vou me arrumar! Eu quero ver as roupas da escola! — levantei batendo palmas. — E também quero comprar uma varinha!

 — Filha, ainda estamos no início de julho, não quer esperar mais um pouco?

 — Mamãe, eu quero ver a minha varinha! Você sempre contou tantas histórias legais do tio Olivaras! Eu quero conhecer ele! A vovó só me levou no caldeirão furado, e lá é fedido e feio demais, eu queria ver o beco diagonal, mas ela afirmou que você ia me levar quando eu recebesse a cartinha.

 A mamãe olhou para a vovó emburrada, a vovó sorriu e deu de ombros. Ela estava pedindo desculpas.

 — Vá se arrumar, vamos ver o seu pai primeiro.

 — Vamos usar o carro ou pó de Flu?

 — Carro para ver o papai e aparatar, isso se você quiser ir no beco diagonal do jeito certo.

 Arregalei os olhos e fui correndo para o quarto sem reclamar. Eu não gosto de aparatar, mas eu quero saber como que é ver o Beco Diagonal do jeito certo.

 — Recebeu a carta de Hogwarts? Finalmente! Já estou cansado do seu quarto! — Twwik deu cambalhotas no ar e flutuou na minha frente. — Você não está cansada de fingir, menina? Você pode ser feliz, basta você querer.

 — Eu estou triste porque a mamãe parece não me amar como amava quando o papai estava aqui, ela sorri bem menos. Twwik, você se deixaria ser feliz quando outros estão tão tristes?

 — Sou egoísta quando digo que sim, mas seria isso mesmo que eu faria. Você não quer aqueles dois monstrinhos ameaçando o seu sol.

 Balancei a cabeça, dizendo que não.

 — Não era uma pergunta.

 — Qual é o problema em responder?

 — Deixe-me perguntar uma coisa: quem você diria que é culpada pela tristeza da sua mãe?

 Eu franzi as sobrancelhas porque eu sabia uma resposta, mas sentia dor no coração em dizê-la porque eu nunca conheci ela.

 — A vó Rosinne. Ela destruiu a vida da mamãe.

 Eu só escutava a mamãe falando das coisas ruins que a vó Rosa fez, então deve ser ela, certo?

 — Você conheceu ela para ter certeza disso?

 — Não...

 Twwik se apresentou para mim dizendo que seria parecido com a minha consciência, e eu chamo ele de consciência viva de vez em quando. E é muito chato quando eu sei que ele está certo.

 — Vamos, pirralha, troque de roupa! — ele começou a me puxar e isso me fez rir.

 Twwik era bem grande quando eu conheci ele, agora ele está ficando cada vez menor, talvez porque eu estou crescendo. Ele é como uma fada bem estranha, ele disse que é um... um... um alguma coisa dos sereianos.

 Eu só me lembro dos sereianos porque o papai contou que nós somos descendentes deles, parecido com uma veela , só que mais perigoso. Ele explicou que conseguimos ouvir as belas vozes sem estar embaixo d’água por causa do nosso sangue, nós temos uma audição muito boa também.

 — Está pronta, meu amor?

 — Quase lá! — coloquei as botas e bati os pés no chão. — Estou pronta, capitã!

 Mamãe sorriu e me deu a mão. Enquanto estávamos indo para o cemitério onde o papai está ela colocou música, isso me deixou feliz.

 — Meu amor, eu sei que você está animada para ir para a escola de magia... Você não quer ir para outra?

 — Existem outras escolas de magia?

 — Tem uma no sul da França que é bem bonita, o uniforme é azul. Cavalos com asas, tudo tão bonito.

 — Eu não sei falar francês.

 — Tem uma na Noruega, que é coberta de neve e só os alunos e professores sabem como chegar lá.

 — Você não sabe como chegar lá?

 — Porém, você não pode ir porque só aceitam meninos.

 Cruzei os braços, irritada. A mamãe finalmente conta sobre uma escola de magia legal e eu não posso ir porque sou menina. Isso não é justo!

 — Você não quer ir para Beauxbatons?

 — Não. Eu não vou para a França, eu não quero ir de jeito maneira! Eu quero ir para Hogwarts, conhecer onde você e o papai estudaram! Eu quero ver o chapéu seletor e conversar com a tia McGonagall, a vovó confirmou que estudou com ela!

 — Sua avó falou muitas coisas pelo visto...

 — Nada que você disser vai me fazer mudar de ideia!

 — Tudo bem, criaturinha teimosa. Você vai para Hogwarts.

 — Isso mesmo.

 A mamãe parou de falar e eu comecei a prestar atenção na música que tocava no CD que tocava, era do papai e de uma banda que tinha umas músicas de adultos que eu não entendia muito bem o que significavam, mas eu gostava delas, tinha uma que era ótima para dançar.

 Eu fiquei quietinha enquanto a mamãe comprava as flores, a vovó vai me trazer amanhã aqui de novo. Não gosto de falar com o papai quando a mamãe está perto, ela pode ficar mais triste. Ela confessou que estava sentindo falta dele, e queria que ele estivesse conosco. Mamãe não falou sobre a cartinha, mesmo sendo muito importante para mim, acho que não era tanto para ela.

 Eu dei tchau para o papai e nós voltamos para casa, afinal não podíamos aparatar com o carro.

 — Vovó, você pode me levar amanhã para ver o papai? A mamãe só comprou flores brancas, eu quero levar mais coloridas. — sussurrei enquanto a mamãe ia no quarto pegar alguma coisa.

 — Com todo o prazer, minha netinha.

 Eu esperei a mamãe na varanda e vi a Lucia passeando com o papai dela.

 — Cami! — ela gritou e veio me abraçar — Você vai voltar para a escola? Por favor, diz que sim... É muito chato só poder brincar com você nos fins de semana e no verão.

 — Eu vou para uma escola nova, só vou poder ver você nas férias.

 — Rapariga, como és chata! — ela reclamou.

 A Lucia se mudou para cá depois que a mamãe dela recebeu uma... promoção, ela nasceu em Portugal e começou a me ensinar português, em troca eu ensinava gaélico escocês antigo.

 — Não sou chata. Só estou indo para a escola em que a mamãe e o papai se conheceram.

 — Tem que me prometer que vai voltar todas as férias!

 — Promessa de amiga. A mais poderosa que existe. — falei fazendo um xis em cima do coração.

 Mamãe apareceu na porta e olhou estranho para a Lúcia e para o tio.

 — Nós temos que ir, Camil.

 — Amanhã vai lá em casa. — sussurrou rápido e correu para perto do tio Joaquim.

 — Vamos, mamãe?

 Para aparatar nós tínhamos que ir para o parque e ir no meio das árvores, assim ninguém nos via. A vovó fala que é melhor que aparatar dentro de casa.

 Eu não gosto de aparatar, faz o seu estômago doer, eu fico tonta depois. Eu prefiro mil vezes pó de Flu, mesmo que a gente fique sujo de cinzas e tussa um pouco por causa delas, mas é melhor.

 A mamãe segurou meu braço e nós aparatamos. Eu estava bem tonta quando chegamos, quase caí. Demorou um pouquinho de tempo para eu ver onde nós estávamos.

 Caldeirão furado.

 — Mamãe! Por que nós estamos aqui? — eu gritei e aos moços que estavam lá nos olharam, principalmente pra mim.

 — Camil, pare de ser mal-educada, fazer perguntas desse jeito não é certo. Nós estamos aqui porquê a porta para o beco diagonal é nos fundos.

 Ela me levou para a frente de uma parede de tijolos, eu achei estranho. Por que nós estávamos ali? Não tinha nenhuma porta.

 A mamãe tirou a varinha dela do bolso do casaco, isso me fez arregalar os olhos. Eu quase nunca via ela usando a varinha! Era tão linda... Ela era como uma graveto torcido, só que tinha um brilho mágico.

 — Uau...

 A mamãe sorriu, bateu a varinha em alguns tijolos e a parede começou a se mover! Eu acho que a minha boca quase tocou o chão de tão surpresa que eu fiquei.

 — Isso é... demais! — eu estava parecendo o gato do Alice, meu sorriso estava quase saindo do meu rosto.

 A mamãe pegou minha mão, nós atravessamos várias lojas coloridas e divertidas. Tinha uma loja de vassouras que era incrível, tinham vários meninos olhando para a vitrine, eles pareciam enfeitiçados.

 — Nós vamos primeiro no banco pegar um pouco de dinheiro, okay?

 O banco era um prédio torto, parecia que ia cair a qualquer momento. Dentro dele era bem escuro, só tinham algumas lampadinhas bem fracas e os duendes trabalhando, eles eram bem feios. Eu fiquei com um pouco de medo, mas o medo passou quando fomos no carrinho! Ele era muito veloz, eu senti meu coração bater muito rápido e apavorado, mas foi tão divertido!

 Eu não conseguia parar de falar sobre isso quando chegamos da madame Malkin, ela riu de como eu estava animada.

 — Eles fizeram algumas mudanças depois que o dragão fugiu.

 — Dragão? Tinha um dragão lá? Eu queria ver o dragão! Imagina, mamãe! Seria tão demais!

 Eu conheci a Floreios e Borrões, nós compramos os livros e depois fomos em outra loja para comprar um caldeirão. A mamãe colocava todas as sacolas na bolsa dela, eu não sei como cabia tanta coisa ali.

 — Agora você pega esse dinheiro e vai comprar o seu bichinho, está bem? — ela colocou alguns galeões na minha mão. — Eu vou estar te esperando no Olivaras.

 Eu amo animais, e tinham tantos animais lindos lá... Menos os sapos, eu não gosto de sapos, eles são grudentos e soltam gosma. Até os morcegos era fofinhos, porém as corujas eram muito mais!

 — Você vai levar essa coruja? — um menino apontou para a corujinha que eu passava a mão, ele era um pouco mais baixo que eu e usava óculos.

 — Não, eu estou tentando encontrar uma com quem me identifique.

 — Então eu posso levar ela, certo?

 — Claro! — tirei a mão da coruja, ela piou reclamando.

 — Vai levar essa então, garotinho? Qual nome vai dar a ela? — a moça da loja perguntou.

 — Sim, eu vou levar. O nome dela vai ser... — ele analisou a coruja. — Láyl.

 Dei as costas e fui procurar outros animais, os gatos e amassos eram fofos, mas eu não gosto tanto assim deles, sem falar que minha mãe é alérgica. Eu queria muito comprar um voador.

 E é por isso que a maioria compra corujas.

 Olhei para os lados, procurando a pessoa que falou isso, mas eu não encontrei ninguém perto.

 Não estou falando que elas não sejam boa companhia ou inteligentes, mas eu sou muito mais.

 Franzi as sobrancelhas, que animal é mais inteligente que as corujas? Talvez um... Meus olhos bateram na jaula que estava no canto.

 — Um corvo! — cheguei perto e o encarei.

 Eu considero corvos os meus pássaros preferidos, eles estão empatados junto com as corujas.

 Não sou um simples corvo, criatura de baixa inteligência.

 — Eu sou uma criança, para a minha idade sou bem inteligente, está bem?

 Você é amaldiçoada. Se consegue ouvir minhas palavras, você é a criança amaldiçoada.

 — Não precisava que dissesse isso também. Por que você consegue falar? E com quem você estava falando antes?

 Na falta de companheiros, começamos a falar sozinhos.

 — Você quer ter um lar? Eu posso te levar para casa.

 Apreciar-te-ia muito se o fizesse.

 — Moça, eu já decidi o bichinho que eu vou levar.

 — Esse corvo? — a atendente questionou apontando para ele com uma careta. — É um animal arisco, está quase sendo sacrificado porque não aceita nenhum comprador.

 Por que todos aqueles monstros querem me ver empalhado.

 — De qualquer modo, Hogwarts não aceita corvos como animais de estimação.

 — Hum... Que tal assim: se o corvo me obedecer você me dá ele de graça, e para compensar eu compro um filhote de coruja, é justo, não é? Afinal, ele está quase sendo sacrificado.

 — Não posso arriscar que se machuque. — isso me fez revirar os olhos.

 — Vem, garoto. Suba. — estiquei o braço e balancei os dedos para abrir a fechadura, o pássaro abriu as grandes asas e lançou-se para fora, apoiando-se com cuidado no meu braço.

 A moça estava pálida e não parecia respirar.

 — Então... Onde estão os filhotes?

***

 Abri a porta do Olivaras e ouvi o sino tocar, anunciando minha chegada. Eu estava carregando a gaiola com o filhotinho de coruja marrom e o corvo orgulhoso. Nox ficou reclamando o caminho inteiro que teria que ser babá de uma coruja pelo resto de sua preciosa vida, para melhorar também reclamou do nome que eu dei para ele; acho que combina, já que quando falamos Nox apagamos as luzes, então fica escuro, as penas dele são bem escuras. Nerus era um filhotinho bem alegre, ele piou bastante quando o peguei, parecia uma bolinha de penas, muito fofo.

 — Que bom que chegou, Camil. Já estava ficando preo... — mamãe ficou petrificada encarando a gaiola. — Quanto você gastou nesses animais?

 Peguei o troco no bolso e dei para ela, depois que contou ficou ainda mais confusa.

 — Compre um, leve outro. — expliquei.

 Tecnicamente era verdade, porque eu comprei Nerus e levei Nox de brinde.

 — Então você é a pequena senhorita, que prazer sinto em conhece-la! — Olivaras se ajoelhou na minha frente, ele é bem velhinho, tem rugas perto dos olhos e no canto da boca por causa do sorriso. — Sua mãe contou um pouco de suas aventuras, que tal tirarmos as medidas para encontrar a sua varinha?

 Ele perguntou qual era o meu braço dominante, quando respondi que não tinha um ele ficou surpreso. Mediu quase meu corpo inteiro para ter certeza de qual seria a minha varinha ideal.

 — Tente essas. — ele colocou três na mesa.

 Mal segurei a primeira, fagulhas saíram dela e quebraram o vaso de flores; na segunda, os livros pegaram fogo; na terceira, começou a chover dentro da loja.

 — Tem alguma outra? — perguntei com medo, eu ouvi falar que bruxos que não tem varinha tem que ir para o St. Mungos porque são perigosos demais.

 — Essa é a última, não consigo imaginar outra que se encaixe no seu perfil.

 Olhei a varinha apavorada, e peguei ela. Brilhos saíram da ponta e me rodearam, como pequenos fogos de artifício, ela fez meu corpo se aquecer — como um grande gole de chocolate quente no inverno. Era tão leve, parecia certo ter ela, e apenas ela.

 — Parece que encontrou sua varinha! — mamãe exclamou, torcendo os cabelos mais uma vez, tentando o excesso de água.

 — Vinte e cinco centímetros, peroba, farfalhante com pelo de unicórnio.

 — Unicórnio? — ouvi minha mãe questionar.

 É... A mamãe não gosta de unicórnios, nem eu. Tem uma história da nossa família que a vovó me fez prometer que não repetiria para ninguém.

 Ela é sobre a minha bisavó Rosa.

 “Um único unicórnio para você se livrar de todos os males da vida.

 Foi isso o que disseram para sua bisavó, ela acreditou. Durante a tarde foi para o bosque, e ficou observando os pomorins voando para lá e para cá, enquanto esperava. A noite caiu, e o silêncio preencheu a clareira, jamais ficara tanto tempo sozinha e isso a assustava. Demorou um tempo até um unicórnio aparecer, quando o viu, jurou ser o animal mais belo que encontrara em sua curta vida. ”

 Eu não gosto do que acontece depois, também não lembro muito bem...

 — Camil, não quer experimentar outra varinha?

 — Não. — neguei. — Essa é perfeita.

 A vovó ficou alegre quando mostrei para ela a varinha, ela começou a me ensinar alguns feitiços bem simples, como o Alohomora.

 Treinei durante duas horas todos os dias até o fim do verão, Twwik ficou rosa em um dos treinos, foi engraçado. Nox e ele parecem se dar bem, e estão alternando os dias em que tem que cuidar de Nerus. Eles devem estar mentindo quando falam que não gostam da minha coruja.

 Eu queria entender por quê temos que ir para Londres para pegar o Trem que vai para Hogwarts, eu já moro na Escócia! Não seria muito mais fácil se tivesse um aqui também?

 — Estamos ficando atrasadas... — mamãe olhou o relógio, já eram quase dez, e o trem partia as onze. — Sua mala já está pronta?

 — Sim, e Nerus está na gaiola.

 — Seu corvo vai ficar em casa ou vai encontrar você depois?

 — Dependo do que ele quiser. — dei de ombros, nós temos que viajar com pó de Flu para o Caldeirão Furado, para então poder ir para Kings Cross.

 O motorista do táxi achou bem estranho eu ter uma coruja, mas não comentou nada. Chegamos na estação não muito tempo depois, vovó reclamou dos trouxas que estavam ali, e eu não conseguia ver a plataforma. Eu não conseguia achar o número da plataforma, era 9 ¾, eu estava quase perguntando para o segurança quando a mamãe apontou para uma das colunas.

 Eu não entendi, de um lado era 9 e do outro 10. Não tinha nada com 9 ¾.

 — Corra bem rápido contra a coluna, você vai chegar na plataforma. — vovó explicou.

 Ela devia estar um pouco doidinha... Porém, a mamãe estava concordando, então eu fiz o que a vovó falou. Eu fechei os olhos, segurei o carrinho bem forte e corri.

 E não bati! Quando abri os olhos eu vi muita fumaça, vários bruxos passando. Estava bem cheio, quando olhei para o relógio estava marcando dez e meia. Comecei a sentir uma coisa estranha dentro de mim, eu queria pular de animação, não consegui para quieta, finalmente eu estava indo para Hogwarts!


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Notas finais do capítulo

Agradeço novamente àqueles que continuaram acompanhando, e dou boas vindas aos novos leitores!
Novamente tenho que dizer um gigantesco obrigada para este anjo que caiu do céu (Moon) e espero que tenham aproveitado!
***
A história não está muito diferente da antiga, mas eu posso dizer com toda a certeza: as ideias são quase o oposto do original.
O nome dos capítulos será sempre a frase mais importante da história, neste caso foi "Compre um, leve outro", e isso vai ajudar quando chegarmos perto do último capítulo.
Obrigada, senhoras e senhores! Até a próxima!
Tenham um bom Halloween!



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