The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 44
Expresso de Hogwarts




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Pov Olívia 

Estava frio. As coisas estão muito frias ultimamente, o que não é muito comum nessa época do ano. É claro que todos os aspectos da vida contribuem para esse estado triste e infeliz que Hogwarts tinha tomado. A única coisa que ainda me servia de consolo era o colar que encontrei no início do ano, quando quase morri. Pertencera ao meu salvador, seja ele quem for. Queria que me salvasse agora 

As escolas já haviam partido. Estávamos apenas esperando o Expresso de Hogwarts para voltar para casa, com todo aquele rebuliço de sempre. Usualmente, os alunos ficariam até entusiasmados com o fato de estarem indo para casa. Mas, devido aos últimos acontecimentos, era bem difícil arrancar alguma palavra de felicidade, ou até mesmo um mísero sorriso, de todos. 

Arrumar as malas sempre foi o meu forte. Organização, isso sim é uma coisa que podemos controlar, e isso é ótimo. Controlar tudo, todos, deve ser incrível mesmo. Isso sim seria uma verdadeira mágica, certo?

Do que ela adianta, afinal? Por que valorizamos tanto a magia se nada disso importa no final? Não estamos todos fadados ao inevitável destino da morte? Por que nascer, viver, se tudo vai acabar? 

Se tudo acabou para meu melhor amigo. 

Fizeram um discurso de luto. Dumbledore sempre foi muito habilidoso com as palavras. Nos aconselhou e tudo, como se não passasse de uma fase. 

Uma fase.

Passei os últimos quatro, e melhores, anos de minha vida acompanhada por Cedric. Ele era meu melhor amigo, maior confidente, com uma alma e uma índole tão boa que me deixava impressionada. Eu queria estar com ele, eu queria ser ele. E agora? O que me resta? Memórias, lembranças tão doloridas que não deveriam nem serem consideradas uma coisa boa. 

Me levantei da cama. Era a única ainda no dormitório, talvez até da Grifinória. Os outros estavam na estação, prontos para deixarem para trás esse ano letivo de merda. 

Mas eu não consigo deixá-lo. 

Pov Hermione 

Depois daquela palhaçada no Torneio Tribruxo, vocês realmente acham que eu iria manter o meu relacionamento com o Vítor? 

Que pena. 

Eu sei que ele é famoso e rico no Quadribol, mas pelo amor de Deus. O terceiro lugar no Torneio Tribruxo nunca será esquecido pela comunidade bruxa. Rita Skeeter, uma jornalista imunda do Profeta Diário, se certificou para que isso não acontecesse, de qualquer maneira. 

Essa mulher cobriu todo o Torneio Tribruxo, escrevendo umas mentiras apetitosas que caíram muitíssimo no gosto do povo. Não vamos negar que ela escreveu algumas coisas incríveis sobre mim. Disse que eu era a "a princesa do Quadribol", por causa do meu relacionamento com Vitor, e me descreveu como absurdamente linda no Baile de Inverno. 

Ela acertou nos dois casos. Não vamos negar que aquele baile foi meu. 

Mas, ela também escreveu que Vitor era uma decepção para Durmstrang, que era inaceitável que um campeão da categoria dele perdesse para um adolescente 3 anos mais novo. Eu também achei um absurdo, mas todos nós sabemos que Harry Potter sempre recebe uma ajudinha. Deve ser ótimo ter todos dispostos a se matarem para que você se dê bem.

Agora, convenhamos que eu não ficaria ao lado de um cara que ficou conhecido como " A chama em decadência". Não ia rolar. De qualquer forma, eu já apareci no jornal mais lido do mundo bruxo e minha reputação em Hogwarts nunca esteve melhor. 

Até que aquele troglodita búlgaro me serviu pra alguma coisa. 

Agora, eu estou na estação de Hogwarts, esperando aquele trem fedido para voltar para casa. O humor estava bem ruinzinho naquela manhã. Todo mundo triste por causa da morte de Cedric. Eu particularmente não me importei muito. 

Ainda se importam com aquele traste, mesmo ele sendo da Lufa-Lufa. Parece que Hogwarts não conhece o verdadeiro Diggory, aquele que despacha menininhas 3 anos mais novas, como se fossem um nada. Minha amiga tinha sentimentos e ele a desprezou mesmo assim. É um absurdo que ainda sintam pena desse idiota. 

Todos começaram a entrar no trem e eu olhei apreensiva pela multidão de cabeças até achar a que eu queria. Precisava falar com ele. Minha popularidade estava tinindo e eu já estava com saudades daquela doninha albina irritante e bonitinha. Tudo já estava quase normal de novo, só aquilo estava faltando para ficar perfeito.

Draco Malfoy estava com aquele cabelinho loiro quase branco e acompanhado de Crabbe e Goyle. Empurrei algumas menininhas do primeiro ano para chegar até eles. 

—Já estão dispensados, os dois. Vão embora agora- eu disse com autoridade. 

Realmente nunca me importei com aqueles dois trogloditas. Eu estava surpresa por terem passado do primeiro ano, quem dirá do quarto. Mas acho que um empurrãozinho dourado deve ter resolvido o problema deles. 

—Agora você vem falar comigo, não é mesmo? Depois que o seu namoradinho perdeu? Uau, Hermione, nem um pouco previsível- disse Draco. A estação tinha começado a esvaziar. Até que ele estava com um tom meio magoado, mas deve ser só uma fase mesmo. 

—Já te disseram que você tem os olhos cinzas mais incríveis do mundo?- eles estavam particularmente bonitos naquela manhã. Acho que a solidão o deixa mais bonito. 

Draco bufou e começou a andar na direção do trem.

—Ah, me poupe Malfoy. Vai me dizer que não sentiu a minha falta?

—Claro que senti Hermione. Sua e de todos os nossos amigos, que você fez questão de virar contra mim. Acha mesmo que é só pedir desculpas que tudo vai ficar bem?

—Acho. 

—Olha, você deve estar na Disney, onde os seus sonhos se tornam realida...

—Eu sei que você está triste. Também estaria se estivesse na sua situação. Mas, sinceramente Draco, acho que nós devíamos deixar isso de lado. Você também destruiu a minha reputação, ou não se lembra disso? Virou a casa toda contra mim...

—Você sabe que eu não queria fazer isso. Não tive outra escolha. Já você foi muito diferente, não é mesmo? Sabia plenamente o que estava fazendo quando me condenou a ficar um ano sem amigos.

—Primeiro, eu estava sozinha na Sonserina. Só alguns tinham sobrado e eu os peguei. Você já tinha tirado a minha popularidade, não é mesmo? Poderia tirar meus amigos também. Segundo, você tinha Crabbe e Goyle. 

—Grande diferença- ele riu com sarcasmo.

—É, eu vacilei. Me desculpa mesmo. Estou me sentindo realmente arrependida de tudo. 

—Eu vou te desculpar só porque não me resta outra escolha.

—Realmente, não te resta. 

Ele riu de novo, agora uma risada verdadeira. Passou o braço pelo meu ombro e entramos no trem.

—Deve ter sido um ano muito horrível para você sem mim. - ele disse com um sorrisinho sarcástico.

—Nem vem, Malfoy que eu sei que você chorou de noite de saudade minha. 

Agora sim a estação estava vazia. E agora sim tudo estava em seu devido lugar. 

 

 


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