The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 43
Damos "adeus" à um amigo




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Pov Draco 

Hermione era uma pessoa muito, extremamente, absurdamente, difícil. Não é novidade para ninguém que ela passou o ano todinho se exibindo porque estava namorando o cara famoso. A celebridade do momento. 

Ela merece o cara, de qualquer jeito.

Passei o ano todo querendo me enterrar na areia para não precisar ver essa palhaçada toda. Parece que ela até perdeu um pouco daquela essência dela: aquela menina briguenta e rabugenta que anda por ai querendo se mostrar excessivamente para os outros. 

Nesse exato momento, ela estava lá na arquibancada, prestigiando o namoradinho. Desesperada por mais atenção. 

De qualquer forma, eu estava na enfermaria. Nem venham me questionar o porquê de eu não estar na muvuca que parecia um bloquinho de carnaval. Estava fugindo do exibicionismo de Hermione, que ainda era um tiro na minha cara. 

E, principalmente, porque era a única forma de eu visitar Olívia na Enfermaria. 

Olívia Holt ainda era um mistério para mim. Ela era tão diferente de mim e tudo mais, mas ainda assim me fascinava olhar para ela. Acho que criei um sentimento de afeto por Olívia desde o ano passado. Me identifiquei com aquela luta constante de ser perfeita em tudo. Até que somos um pouco parecidos nesse aspecto. 

Dove Flyard tinha ido para casa na semana passada. Estava recuperada e parecia feliz quando saiu da enfermaria. Hermione acompanhou tudo, não saindo do lado da amiga até que ela estivesse completamente confortável. Quando as pessoas olham para Hermione, acho que não percebem que ela pode ser bem carinhosa e protetora com quem ela gosta, e é isso que me encanta nela. Dove aparentemente estudaria em Beauxbatons a partir do ano que vem. Nós criamos um novo ambiente para ela, algo aconchegante que ela poderia se sentir amada de novo. Até iriamos nos encontrar nas férias.

De qualquer modo, eu estava torcendo por ela. Até marquei de encontrá-la nas férias, para começar o ano letivo da melhor forma possível. 

—Malfoy? O que está fazendo aqui? 

Eu tomei um susto tão grande que gritei. Olívia estava com os olhos abertos, com uma aparência doentia e com olheiras extremamente profundas. Mas, ainda assim, estava acordada. Me levantei e dei um abraço cuidadoso nela.

—Não acredito que você acordou! Tanta coisa aconteceu desde que você desmaiou. - eu disse, gritando de alegria. 

—Espera, para e volta. O que está acontecendo? Como assim eu desmaiei? Por que eu estou na Ala Hospitalar? Que dia é hoje? E por que você  está aqui? 

—Você desmaiou no segundo mês de aula. Foi encontrada perto das masmorras e estava inconsciente. Foi levada para a enfermaria e estava se recuperando até agora. Já estamos quase no último mês. Você dormiu praticamente o ano todo, Holt. 

Ela começou a entrar em desespero. Sua expressão estava tão perplexa que eu quase chorei junto com ela. 

—Está me dizendo que eu perdi um ano todo de aula? O que vai acontecer comigo? Minhas notas? Será que vou repetir? Como eu vou fazer os exames do ano que vem se a matéria é acumulativa? Como...

—Entrar em desespero agora não vai adiantar nada, Holt. Espera um pouco, ok? Agora mesmo as coisas se acertam. 

—Por que você está aqui? Onde estão os meus amigos?

É, ferrou. Como eu iria explicar para ela que eu vinha clandestinamente? Onde estava aquela irritante da Gray para me ajudar nessas horas? Eu não tinha salvado a vida dela esses dias? 

—Eu estou fazendo trabalho voluntário na Enfermaria. Detenção. A escola toda está assistindo uma tarefa lá do Torneio Tribruxo...

—MEU DEUS, O TORNEIO. Cedric, ele foi...

—Ele é o campeão de Hogwarts, sim. Está em primeiro da competição...

—EU SABIA! Ele é um menino tão bom, Draco. Merece tudo de bom que está acontecendo com ele. 

—Hoje é a última tarefa. Vão decidir o campeão hoje. 

Olívia pulou da cama e começou a caminhar para a saída. No primeiro passo para fora da enfermaria, caiu no chão. Tive que correr tudo que nunca corri na vida para pegá-la antes de bater no chão. Ela estava fraca, muito leve e eu a deixei na cama. Não tinha a menor condição de sair da enfermaria. 

E, sinceramente, Draco Malfoy, trabalho voluntário? Que falta de criatividade horrível. 

 

Pov Maiara 

Quando Vitor Krum emergiu das plantinhas, eu soube que ele era o amor da minha vida.

Mentira, ele só era absurdamente lindo. 

Granger finalmente conseguiu alguma coisa que eu verdadeiramente queria. Parabéns. Se bem que, agora que ele perdeu a competição, ela vai descartá-lo na certa. 

Rony gritava que nem um louco. Harry tinha a chance de ganhar a competição. Já estava rouca de tanto gritar, mas nem me importei, continuei urrando de felicidade. 

Vai Harry, vai Harry, vai Harry. 

Esperava que ele agilizasse um pouco esse processo, porque eu sinceramente precisava ir ao banheiro. Mas, eu não perderia esse momento por nada. 

Vi um vulto castanho passando pela arquibancada. Hermione estava realmente furiosa, com a cara deformada de raiva. Nossa, ela parecia a bruxa má do oeste, do mágico de Oz. 

—Como será que deve ser dentro do labirinto?- eu perguntei para Rony 

Ele estava com a cara pintada de dourado, que junto com o cabelo ruivo, representava as cores da Grifinória. Como fazer uma qualidade sua ser exaltada com Ronaldo Weasley. 

—Não quero nem pensar nisso. Imagina se colocarem o Snape como desafio final? 

—Isso seria incrível. Com certeza deve ter uma parte só pra ler exemplares de " eu e as vassouras". 

—Essa é a parte onde eles ficam loucos. 

Eu e Rony ficamos conversando para fazer o tempo passar. As pessoas já estavam tão impacientes que algumas até dormiram. Uma menina da Sonserina, aquela Miranda Durre, estava com a cabeça cheia de spray de tinta vermelha que a Grifinória estava usando para pintar os cabelos. Pobre vítima. Tinha dormido nas arquibancadas e agora teria que lavar o cabelo por 3 meses seguidos para tirar todo o produto. 

De repente, uma figura deitada saiu do labirinto. Harry estava tremendo, deitado sobre alguma coisa grande, mas ainda assim, estava vivo. 

E carregava a Taça Tribruxo!

Eu gritei tanto que minha voz ficou parecendo de um fumante. Ele tinha ganhado! As pessoas comemoraram muito, e não só as da Grifinória. Hogwarts tinha ganhado, afinal. 

Até perceber o que estava embaixo dele. 

Cedric Diggory era belo até em sua morte. 

Um grito agoniado saiu do meio da multidão. Amos Diggory, que tina viajado de um lugar longe, saiu do meio da arquibancada, chorando e gritando pelo filho perdido. Os alunos ficaram em silêncio, chorando e lembrando todos os momentos que tinham passado com o campeão. 

Cedric Diggory estava morto. 

 


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