The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 42
A Terceira Tarefa




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Pov Hermione 

É hoje meus amores. Hoje que meu namorado ganha mil galeões. Uma quantia pequena, mas até que dá para comprar algumas coisinhas básicas naquela loja trouxa cara, Chanel. É esse o nome, né? Não gosto de trouxas, mas não vamos negar que algumas lojas possuem um mostruário bem aceitável. 

Vítor está nervoso com tudo isso. Já falei para ele se acalmar, afinal, é o único que realmente importa nessa competição fajuta. Considerando que seus adversários são: Harry Potter, a princesa protegida de Hogwarts; Cedric Diggory, um cara da Lufa-Lufa que só entrou na competição por cota; e Fleur Delacour, uma francesa metida que nunca viu uma manicure decente e usa roupas azuis-tiffany que não combinam nada com o tom de pele. 

Vitória garantida. 

Todos os alunos se reuniram na arquibancada do campo de Quadribol. Ele havia sido modificado para parecer um labirinto enorme, com uma névoa assustadora e uma largura tão grande que parecia não ter fim. 

À alguns metros de mim na arquibancada, vi Weasley e Gray esperando o jogo começar. Comandavam a torcida organizada da Grifinória, com direto a hino de guerra e tudo. Aproveitem enquanto podem. Vamos ver quanto a sua felicidade vai durar. 

Leia, Miranda e Blásio estavam ao meu lado. A parte da Sonserina na arquibancada fazia cartazes de apoio ao Vitor. Comecei a gritar como se minha vida dependesse disso, logo, toda a Sonserina já estava cantando um hino de ofensa ao Potter. 

A arquibancada se dividia em dois agora: De um lado, alunos da Grifinória gritavam palavras de apoio ao Potter, enquanto Durmstrang e Sonserina cantavam apoio ao Vitor. Lufa-Lufa, coitada, nem parecia que tinha um dos campeões. 

 Depois de alguns minutos, vimos os competidores entrar em campo. Estavam ansiosos, dava para ver pelas suas posturas. Vitor estava confiante: tinha estudado muito todos os dias e tinha aprendido uns feitiços incríveis. Ele estava em segundo na colocação, atrás de Potter e Diggory. Eles não eram mais um problema, já sabia que podia passá-los com tranquilidade. 

Quando a primeira sirene tocou, Potter e Diggory entraram dentro do labirinto. Em menos de alguns minutos, não era possível dizer se eles já estiveram de frente para as arquibancadas. Antes que a outra sirene, a de Vitor, tocasse, ele veio até mim. 

—Hermi one, eu sou realmente grato por tudo que você fez- ele disse. Seu sotaque tinha melhorado muito desde quando eu o conheci. Tinha feito um ótimo trabalho com aquele projeto bonito e esculpido. 

—Sabe que faria tudo de novo por você. Agora, se quiser me agradecer, deveria ganhar a prova. 

Ele sorriu, não percebendo que era uma ameaça sincera. Eu não gastei o meu ano todinho na Biblioteca pra ganhar segundo lugar não. 

Vítor me deu um beijo rápido antes de entrar no Labirinto. Com todas as pessoas vendo, me senti muito importante com aquela atenção extra. Depois de alguns minutos, foi a vez de Fleur entrar no labirinto. Agora sim começaria o tédio absoluto. A gente nem sabia o que estava acontecendo lá dentro. O que eu estou fazendo aqui mesmo?

Estava sendo incrível olhar para um muro de plantas mal cortado. 

Aos poucos, as pessoas começaram a sair da arquibancada. É óbvio. Quem iria ficar olhando para esse muro sabe Deus até quando. 

—Parece que seu relacionamento está com os dias contados, não é mesmo? - disse uma voz irritante e fina que eu não ouvia há muito tempo.

—Veio me prestigiar também, Gray? Daqui a poucas horas, eu serei a menina mais respeitada de Hogwarts e até do mundo bruxo. Uma verdadeira celebridade. Inclusive, queria dicas do seu pai para lidar com a fama. Ou, nesse caso, para não lidar com a fama. 

—Me diga, Hermione, o que vai acontecer se ele perder? 

—Como se isso fosse possível. 

—Não duvidaria de Harry e muito menos de Cedric. 

—Talvez em seus sonhos mais profundos. É engraçado como as coisas são, não é mesmo? Eu tinha tanta coisa para fazer esse ano que nem me importei com você. Não pode dizer o mesmo, não é? Descer toda a arquibancada só para me irritar? Está baixando o seu nível, Gray. 

—Na verdade, eu só queria beber água mesmo. Se você tiver a bondade de tirar o seu cabelinho cheio de laquê da minha frente, eu agradeceria.  

Nem percebi que estava na frente do bebedouro. Tinha descido as arquibancadas nesse intervalo de tempo horrível. Até parece que eu ficaria no mesmo lugar que o resto da escola por muito tempo. 

Voltei para meu lugar na arquibancada. Era o lugar mais centralizado, onde todos poderiam me ver se Vitor chegasse com o troféu e me beijasse. Já tinha imaginado esse momento antes.

Depois de 3 horas, uma figura pequena e azul saiu do labirinto. Fleur Delacour estava um lixo, com o cabelo desgrenhado e vários cortes na bochecha. Os franceses desceram para ajudá-la, enquanto todos olhavam para ela apreensivos. Menos uma. Fleur nunca foi uma ameaça, essa é a verdade, mas eu estava preocupada mesmo assim. Mais esperança para mim agora.

Alguns minutos depois, uma figura alta e musculosa emergiu das plantas. Isso não pode estar acontecendo. AHHHHH NÃO AAAAAAAAAAAAAAAA.

Vitor saiu cambaleando do labirinto, com um corte tão feio e profundo na testa que até teria me preocupado se eu não estivesse com tanta raiva. Eu não acredito que gastei o meu ano todo só pra ajudar/ficar com esse troglodita para NÃO ser recompensada no final. 

O ANO TODO. 

Fiquei com tanta raiva que sai da arquibancada pisando duro. A partir de agora, tudo que eu for fazer vai depender unicamente de mim e só de mim mesmo. Não vale a pena precisar de ninguém. Quando eu tentava ser rica e importante por conta própria, não passava esse tanto de raiva. É como diz o ditado: se quer que uma coisa seja bem feita, tem que fazer você mesma.  


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