The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 41
Vamos esclarecer as coisas




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Pov Hermione 

Quando eu mandei uma carta para minha mãe pedindo para me internar em um manicômio, ela riu. Coitada, mal sabe que estava falando a verdade. 

Prefiro estar louca tipo aqueles mendigos que conversam com o ar na rua à admitir que eu beijei Ronald Weasley em pleno juízo. Tenho vontade de arrancar meu rim e comer só de pensar nisso. Ai gente, eu cheguei no fundo do poço. 

E eu nem posso falar que ele me obrigou nem nada, porque eu retribui. Eca, eca, eca, eca, eca. Eu vou morrer mesmo. Eu QUERO morrer mesmo. Pelo menos ele me deu uns conselhos incríveis, que eu repeti para Miranda e Leia com um ar de sabedoria como se eles fossem meus desde o princípio. Elas me olharam com um olhar de admiração. 

Nem vem me dizer que isso é plágio. Elas nunca vão saber mesmo. 

Minhas amigas estavam muito tristes também. Isso me faz pensar que não deveria ter deixado minha amiga daquele jeito, e, pelo que me lembro, eu pensei que me sentiria importante e até feliz quando ela viesse chorar porque não conseguiu o namoradinho dela. Só queria que ela admitisse que eu estava certa, que ela não deveria me trocar por qualquer um. Deixei que ela se machucasse só para ensinar uma lição. 

E olha só no que deu, não é mesmo? 

O que se sabia da Dove era que ela estava já bem triste com tudo que estava acontecendo recentemente na vida dela. Ela, para fugir um pouco do sofrimento que foi ser deixada de lado pelo Cedric de novo, tomou alguns remédios para dormir para não ter que vê-lo no Baile de Inverno. O problema é que ela tomou algumas doses a mais por acidente. À princípio, eu pensei que até poderia ter sido algo intencional, mas a curandeira de Hogwarts me assegurou que não era o caso. Foi tudo um acidente. 

Eu, claro, a visitava com frequência. Ela estava ficando muito boa, sendo que a enfermeira estimava que ela provavelmente acordaria em poucas semanas e que não haveria nenhum efeito colateral. Ela também recomendou que minha amiga inicia-se um tratamento psiquiátrico para remediar o início do quadro depressivo que provavelmente estaria entrando. Nós cuidaríamos dela direitinho, e nada seria capaz de deixá-la para baixo de novo. 

Até me sentiria um lixo se meu namorado não estivesse prestes a ganhar a gincana de Hogwarts. A terceira tarefa seria em poucas semanas e eu estava ansiosa. Ajudava Victor em tudo mesmo, até descobrimos que seria um Labirinto. Que ótima namorada eu sou. 

Não, não vou contar que... aquilo lá. Estava muito mal e Weasley se aproveitou de mim, me beijou em uma situação que eu não ia conseguir escapar. Não sinto que devo explicar isso para Vitor, porque não fiz isso com minha cabeça no lugar. A bem da verdade é que só quero esquecer o que aconteceu. 

Neste exato momento, estou fazendo um piquenique na beirada do Lago com minhas amigas. É um final de semana e eu estou morrendo de calor. Hogwarts só pode ser em cima do Inferno porque esse calor não é de Deus. Além disso, o cheiro contribui para que tudo fique muitíssimo pior: aparentemente, os bruxos não usam desodorante. 

Gente, é básico. B-Á-S-I-C-O: é só comprar. Nem é tão caro. Se as coisas continuarem assim ano que vem, eu juro que vou criar uma campanha para arrecadar fundos para higiene pessoal. 

Estava estudando um pouco, afinal, manter o primeiro lugar da sala é cansativo. As pessoas passavam por mim e me lançavam um olhar de admiração.

Por mais que eu tenha passado um micão depois que sai do Lago, as pessoas relevaram com facilidade. Afinal, nem ousariam falar mal da primeira dama do Quadribol. 

Vitor provavelmente está na Biblioteca agora e eu vou me encontrar com ele em poucos minutos. Estava descansando daquele sotaque grosso feio que ele tinha. Não me levem a mal, eu gostava de Vitor. Ele era atencioso, bonzinho e fofo. Mas ele também era rico e famoso. Felizmente eu ganhei o pacote completo. 

O problema era: não vejo Vitor como um namorado ou um amor. Ele está mais para um amigo mais físico.

E falando em homens, havia um que estava lá no jardim, a alguns metros de distância. Conversava com Pansy Parkson enquanto ela fazia cafuné em sua cabeça. Que queda de nível, não?

Me levantei e fui em direção a Biblioteca. Passei pelos dois e os cumprimentei. Estava na hora de jogar um veneno básico. Se Malfoy pensa que eu esqueci que quase fui excomungada pela minha própria casa por sua culpa, ele está muito enganado. Esse menino está perdido na minha mão:

—Que tarde quente, não é mesmo, queridos?

Enquanto Pansy me olhava com superioridade, Draco me olhou com um pouco de medo até. Acho que ele ainda gosta de mim, lá no fundo.

—Está mesmo. Nada melhor que relaxar na beira do Lago com o namorado.

—Como é? Vocês estão namorando agora? - eu disse com sarcasmo. Soltei uma risada tão alta que algumas meninas da Corvinal se viraram para nos ver. 

Draco estava visivelmente desconfortável com o comentário. Se afastou de Pansy e se levantou. Ele estava mais bonito, não vou negar, mas parecia uma doninha albina. Lembro que no início do ano Moody o transformou nesse animal para proteger Harry Potter. Uma princesa que merece proteção a qualquer custo mesmo. 

—Somos só amigos, Hermione...

—Pansy falou com tanta convicção que vocês estão namorando. Então deve ser verdade. Bem, agora eu vou me encontrar com o meu namorado. Vitor está estudando para ganhar a próxima tarefa do Torneio. Estou tão ansiosa! Além de um verdadeiro jogador de Quadribol, ele ainda é um campeão. 

—Eu sei que você só está com ele por causa da fama, Hermione- disse Draco um pouco ofendido.

 

 

Pov Maiara 

Eu odeio estudar.

Não aguento. Os exames de Hogwarts deveriam ser práticos, não teóricos desse jeito. E outra, pra que eu preciso saber da revolução dos gnomos? Eu nunca nem VI um gnomo! 

Estava na Biblioteca com Rony e Harry, estudando para os exames e para a prova do labirinto. Ia ser complicado essa história toda. Só Deus sabe o que esperar desse negócio. Vitor Krum também estava aqui, seus músculos lindos e bronzeados. Estava com aquele cabelo brilhante preto que quase me fazia ir lá e passar a mão nele. 

—Maia, fecha a boca antes que entre um papel ai... ops.

Harry Potter tinha acabado de jogar uma bolinha de papel na minha boca, enquanto eu estava distraída demais pensando em Vitor Krum e seus bíceps lindos. Não sou forte o suficiente para estudar. 

Joguei um livro na cara de Harry e ele caiu para trás, fazendo um barulho tão alto que todo mundo da biblioteca se virou para nos olhar. 

—O que vocês estão fazendo? Saiam daqui- gritou a bibliotecária. 

Mas gente, eu nunca tinha visto essa mulher na minha vida.

Nós três saímos da biblioteca só para dar de frente com a senhorita " a consagrada" Granger. Com seu narizinho empinado e uma roupa rosa pink ridícula, ela estava entrando na Biblioteca. Já esperava algum comentário de mal gosto, porque é só isso que ela faz, quando olhou para Rony. 

Hermione ficou assustadoramente vermelha e entrou correndo na Biblioteca. Olhei para Rony, achando que ele estaria nu ou algo assim, mas ele também parecia um tomate.

—No seu tempo, assim, quando você quiser, Ronaldo.

—O quê?- Ele me perguntou, recuperando a cor normal do rosto. 

—Quando você quiser me explicar o que aconteceu. 

—Ah, isso não é nada. 

—Rony, eu nunca pensei que seria possível ficar tão vermelho a ponto de se camuflar com o cabelo. Me enganei. Você parecia um bichinho. - disse Harry. 

—Parem com isso. Esqueçam. Não é nada demais.

Eu e Harry tivemos a mesma reação, ao mesmo tempo. Nos jogamos sobre Rony e o derrubamos no chão. 

—Desembucha Weasley - eu disse, colocando a varinha em seu pescoço. 

—Eu falo, contando que vocês não fiquem tão espantados assim. - nós o levantamos e esperamos uma confissão. 

—Eu beijei Hermione Granger. 

Eu ri tanto que minha barriga até doeu. Harry estava sério olhando para Rony:

—Acho que você bateu a cabeça em algum lugar. 

—É claro que é mentira. Como se Rony fosse capaz de fazer uma coisa dessas. Ele está apaixonadíssimo por Olívia e além disso, Hermione Granger é uma gárgula sem coração. - eu disse.

—É claro que estou brincando, gente. Nunca encostaria nela. - disse Rony. Ele parecia meio desconfortável, mas nem me importei. O simples fato de Hermione encostar em mim já me fazia querer morrer. 

—Eu até sinto falta daquelas briguinhas de vocês duas. Desde o terceiro ano que não se batem de frente.- disse Harry. 

—Deixava tudo mais incrível. Mas agora se importa com o tal do Krum. - eu disse 

—Bem que você queria estar na posição dela, não é mesmo senhorita Black- disse Harry 

 —E quem não. Nem vem me dizer que você também não quer.

 Pov Rony 

Assim que Harry e Maia foram para o Salão Principal jantar, voltei para Biblioteca. Dói no fundo da minha alma ter que deixar as asinhas de frango de lado. Principalmente quando Maiara detonava todas as asinhas da mesa da Grifinória. Ela passaria na minha frente com certeza na nossa competição de quem comia mais. 

Mas eu tinha assuntos urgentes para tratar. 

Hermione ainda estava na Biblioteca e eu precisava conversar com ela. É claro que eu joguei a minha dignidade de lado há muito tempo. Vi ela saindo da Biblioteca sozinha. Provavelmente Krum ainda estava lá dentro em algum lugar. 

Quando ela me viu, deu a volta e começou a entrar na biblioteca de novo. Sai correndo e a alcancei. Entramos no lugar juntos, felizmente não tinha ninguém no lugar. 

—Precisamos conversar. 

—Não te conheço, garoto, não tenho nada para falar. 

—Hermione, é sério. Eu também não queria estar aqui. Mas nós precisamos conversar..

—Sobre o que? Nada aconteceu!

—Se você vai fingir que não nos beijamos...

—É porque isso NÃO aconteceu. Eu não estava em meu juízo perfeito e você sabe disso muito bem. Se aproveitou de mim...

—Como assim? 

—Até parece que você não sabe. Está aí se fazendo de cínico quando tem total consciência do que fez. 

—Escuta aqui. Eu NUNCA faria isso com ninguém e, se você realmente sente que eu me aproveitei de você, peço desculpas. As mais sinceras desculpas. O que eu fiz, se esse for o caso, foi muito errado e ninguém merece passar por situações de abuso.

—Eu só não vou questionar esse seu discurso porque não estou com a mínima paciência para isso. Vamos só esquecer o que aconteceu, ok? Nós não gostamos um do outro e é melhor ficar desse jeito. 

—Concordo plenamente. Não senti nada quando... enfim, só queria esclarecer isso para você. Não conte para ninguém.

—Até parece que eu iria querer ser vista como a namorada de um pobretão que não lava o cabelo. Se me der licença, eu vou voltar para meu quarto.

Ela me lançou aquele olhar de desprezo característico e saiu da biblioteca. Onde eu estava com a cabeça quando cheguei essa gárgula encostar em mim...

 


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