The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 34
Uma conversa reveladora




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Pov Draco

Hermione não olhava na minha cara há dois meses, desde o incidente na biblioteca. Eu estou muito ferrado. Quero deixar bem claro que não queria constrange-lá de modo algum, até por que eu gosto dela. Meu pai havia me confidenciado o segredo da paternidade de Maiara Gray e isso era extremamente sigiloso. Claro que se Hermione aparecesse falando sobre Black, meu pai ia descontar toda a raiva dele em mim achando que EU havia contado a ela. 

Me desculpe Mione, mas não posso acabar com minha relação de pai e filho.

Demorou tanto tempo para meu pai começar a olhar para mim. "O grande primogênito da família Malfoy". Eu era a pessoa mais nova da família e não poderia decepcionar meus pais e nem os que vieram antes deles. 

Era uma pressão tão grande. Ser perfeito. Tudo o que eu fazia era pensando no que minha família acharia ou se eles ao menos fossem fazer igual. Afinal, não podia manchar o legado da grande família Malfoy. Depois de algum tempo, descobri que não sabia nem mesmo o que eu achava sobre certas coisas. 

Não falo que perdi minha identidade, claro que não. Só que, em uma posição como a minha, não dava para colocar as minhas prioridades sobre minhas ações. 

E olhem só o resultado. 

Agora, alguns amigos meus nem olhavam mais pra mim. Aparentemente, Hermione os fez escolher um "lado" e agora só me restam Crabbe e Goyle. Grande ajuda. Eles nem conversam comigo direito. 

Mas acho que mereci, bem no fundo. Hermione, coitada, estava recebendo tantos olhares maldosos no Salão Comunal da Sonserina que nem ficava mais lá. A fama de que havia mentido para toda casa se espalhara rápido e ela só tinha agora algumas pessoas que confiavam nela. 

Parece que meu castigo nem foi tão grande assim, afinal. 

Nas demais notícias, Siris Black nunca mais foi visto. Depois de má série de ataques na escola, parece que o pai de Maiara Gray finalmente deu uma sossegada. Curiosamente, a galinha demoníaca também fugiu um pouco antes da execução. 

Maldição

Eu estava querendo assistir de camarote. Enfim, não se pode ter tudo, não é? Lupin, aquele imundo, era um lobisomem o tempo todo. Eu já sabia que tinha alguma coisa errada com ele, além do mais, ele cheirava a cachorro molhado. Com tantos acontecimentos incríveis, o diretor do Castelo Rá-Tim-Bum nem anunciou a Taça das Casas, mas não é mistério para ninguém que Grifinória ganhou. De novo.

Claro que a Casa do Santo Potter tem sempre seus privilégios. 

Como o Expresso de Hogwarts partia amanhã, Graças a Deus, fui devolver uns livros na biblioteca que havia pegado para estudar para os exames. 

Claro que só tinha uma pessoa ali: A super nerd anti-social Holt. 

Sinceramente, aquela menina não descansa nunca? Fui em direção ao balcão da bibliotecária que não sei o nome até hoje. Mas ela não estava lá. Até a bibliotecária não estava na biblioteca e eu sim. Cheguei ao fundo do poço.

—Ela já foi embora, se é isso que quer saber. Pode deixar os livros em cima da mesa. - ouvi uma voz suave atrás de mim. 

Olívia Holt era a menina mais bonita da escola. Claro que ela podia ser ati-social algumas vezes, mas ainda sim era a mais bonita. Espero que Hermione nunca aprenda a ler mentes.

Tinha olhos azuis vibrantes e cabelos dourados que chegavam quase na cintura. Nunca tinha reparado, mas seu nariz era repleto de sardas e os cílios eram tão granes que faziam curvas. 

Acho que, por Hermione estar sempre por perto quando converso com Holt, não tenho percebido o quanto ela era bonita. Claro que gostava muito mais de Hermione, a aparência não é tudo. Mas ainda assim... que menina bonita. 

—Não me diga o que fazer, sua sujeitinha de sangue-ruim- eu disse com desprezo. Ela era realmente bonita mas ainda era nascida-trouxa. Não merecia mais que palavras de desprezo. 

—Ok, se você quiser pagar alguma multa o problema é seu. Agora com licença, preciso deixar os meus livros aí. 

Ela me empurrou para chegar ao balcão e os depositou com cuidado. Depois, me lançou um olhar de desprezo e começou a andar em direção a porta. 

Não estava sensato, claro, mas fui atrás dela. Precisava conversar com alguém, por mais que seja uma trouxa. Sim, cheguei ao fundo do poço. Sim, minha família se envergonharia, mas não tinha outra escapatória. Até Blásio não falava comigo. Já estava desesperado. E quanto as palavras de desprezo, bem... ainda posso conversar com ela sendo grosso, certo?

—Olívia, espere- disse chegando ao seu lado- Posso te perguntar uma coisa? 

Ela me olhou com uma expressão de curiosidade. Eu queria incitar Olívia contra os amiguinhos que aparentemente nem se importavam tanto assim com ela. Já a vira muitas vezes andando sozinha e mataria dois coelhos com uma cajadada só: conversaria com alguém e poderia colocar Holt contra Potter.

—Não vou te dar cola ano que vem, Malfoy. Se quiser passar de ano de novo, deve...

—Não é isso. Quero perguntar por que você ainda anda com o Potter e sua turma. Eles aparentemente nem consideram você como um membro da "equipe" deles. 

Olívia me lançou um olhar furioso e me deu um tapa leve no braço. Em outras circunstâncias, ficaria furioso com ela. Mas não estava nem mesmo bravo com ela. Acho que estou amolecendo.

—Como é? Escute aqui, Malfoy, você não sabe de absolutamente nada da minha vida. Não me conhece e nem sabe quem eu sou, na verdade. Eles me pedem pra ficar com eles todos os dias, mas tenho coisas mais importantes para fazer. Preciso estudar, poxa! Você sabe o quanto é difícil ser uma nascido-trouxa? Tenho que ouvir comentários maldosos todos os dias da minha vida e ainda por cima não posso demonstrar o quanto isso é ruim. Preciso ser melhor que todos vocês. Provar o meu valor! Você nunca vai passar por isso, não é?

Ela saiu pisando duro. Nunca tinha percebido quanto se parecia comigo nesse aspecto. Só nesse aspecto, veja bem. Talvez devesse começar a tratar as pessoas de uma forma melhor. 

De qualquer forma, tinha que ir arrumar minhas coisas para o Expresso de Hogwarts. Não estava mais no clima de ficar nessa escola. Parece que minha tentativa de afastar Holt de seu grupinho tinha ido por água a baixo e eu ainda tinha levado um belo tapa.

Estou ficando profissional nisso. 

 

Pov Maiara

Não acredito que vou dizer isso, mas ter um pai fugitivo é maravilhoso. Veja bem, eu não tenho uma família que contenha mais de um membro há mais de dez anos, e descobrir que eu tenho um pai é muito maravilhoso. Estou nas nuvens. 

Sirius Black é bem bacana aliás. Ele tem umas tatuagens tão lindas que cobrem praticamente todo o corpo dele e os cabelos são grandes e lisos. Podia ver algumas semelhanças em comum. O mesmo sorriso e os mesmo formato de olho, já que a cor do meu mudara drasticamente depois do segundo ano. 

No final, ele não era nenhum assassino. Passara 13 anos injustamente na prisão dos bruxos tendo sua alma machucada pelas criaturas mais nojentas do mundo. Quem era o verdadeiro vilão da história era um Pedro Pedigre, que, afinal, era o rato do Rony esse tempo todo. Ele era um animago, por isso conseguia se transformar em rato. 

Pois é, Rony dormiu com um assassino. 

Pedro escapou no final das contas, e eu espero que tenha ido para um bueiro bem nojento e sujo e que nunca mais volte. Sirius não pode provar a inocência para o mundo bruxo, mas pelo menos provou para mim e Harry, o que pra ele já importava. 

Sirius fugiu de novo, agora com a Bicuço. 

Longa história, Grande confusão. Não sei explicar. 

Resumindo: Sirius é inocente. Provou isso pra mim e Harry mas não conseguiu provar para o resto dos bruxos e ainda é um fugitivo. Porém um fugitivo mais feliz. O rato do Rony é o culpado do assassinato dos pais do Harry e também fugiu. Bicuço que ia ser condenado a morte fugiu também. Professor Lupin é um lobisomem e fugiu também ( não, ele só pediu demissão, mas é a mesma coisa). 

Harry fez o feitiço do patrono e salvou meu papis (finalmente). Rony machucou a perna um pouco antes e eu tive que ficar na Ala Hospitalar com ele enquanto Harry e Olívia voltavam no tempo e salvaram papis. Longa história, Grande confusão. 

Agora tá todo mundo feliz e indo para a casa. E eu não tenho casa. 

Acho que vou morar com Dorcas já que meu pai ainda não tem estabilidade na moradia dele, mas espero entrar em contato o mais rápido possível. 

Vão ser as melhores férias do mundo. 

 


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