The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 33
Ajuda imprevista




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Pov Maiara 

Da próxima vez que eu encontrar Hermione Granger ou aquela doninha albina horrorosa, eu juro que quebro a cara dos dois, e bem feio. 

Primeiro, Draco arma uma cena tão fajuta que não consegue enganar ninguém a respeito de seu braço "machucado", lá no início das aulas de Trato de Criaturas Mágicas.

Agora, seu lindíssimo papai convence todo mundo de que o sofrimento do filho era REAL, e o pobre Bicuço é condenado á morte. Que ridículo. 

Hagrid estava tão desolado e triste. Ele havia se afeiçoado muito a Bicuço e agora deverá perder o amigo em breve. Aguardamos sua execução, em dois dias, e estamos tentando dar todo o apoio possível para Hagrid. 

Estava na biblioteca (quem diria, não é mesmo) procurando algum livro sobre poções para amenizar a dor emocional. Incrível a variedade de coisas que se pode conseguir com poções. Olívia estava me ajudando, claro. Aquela menina já decorara a biblioteca todinha e também estava empenhada em ajudar o gigante. 

Estávamos olhando a 47 estante sobre artigos relacionados a poções quando ouvimos uma onda humana entrar pela biblioteca, invadindo o recinto. Admito que nunca tinha visto tanta gente entrar no lugar ao mesmo tempo.

E, se isso não fosse naturalmente estranho, eram todos da sonserina. Que nojo. Parecia ser um grupo bem heterogêneo, com muita variedade entre as pessoas, que eram do primeiro ao sétimo ano. 

Todos olhavam diretamente para mim, como se eu fosse alguma espécie de alvo ou coisa parecida. Alguns apontavam, outros cochichavam, mas todos se voltavam para mim. 

Eu sei que sou muito bonita, mas não precisa disso tudo, certo?

E, encabeçando o grupo, estava ninguém menos que a pessoa mais previsível de todas. Acho que essa menina deve me amar demais para me dar tanta atenção assim. 

—Ora, ora ora. Se não é Maiara Black- ela disse com um sorrisinho sarcástico, alto o suficiente para todos que estavam na biblioteca ouvirem. 

Senti como se tivesse engolido uma pedra. Olhei desesperada pra ela e pra todo mundo e minhas mãos começaram a suar em frio. Não era possível, era? Como ela sabia disso? Não havia contado para ninguém!

Senti o olhar de todos da biblioteca, me fuzilando com o olhar. Talvez estivessem preparando a minha morte ou coisa parecida. 

Talvez ela estivesse jogando verde comigo: dizendo uma coisa e vendo qual era minha reação a respeito. Decidi fazer o jogo dela e fingir que era uma mentira das mais fajutas:

—Granger, eu sabia que você era doida, mas isso já é demais. 

—Ah, é mesmo? Então por que está fazendo essa cara? Já que é uma mentira, nem devera sentir tanto medo assim, certo? 

Filha da puta. Não tinha mais saída. Eu ia ser odiada por toda a escola até o resto da minha vida miserável. 

—É mentira - disse uma voz que eu reconhecia muito bem. 

Draco Malfoy saiu do meio de várias estantes de livros á nossa frente. Não acredito que meu salvador usava um cabelo lambido e entupido de gel. Eu estava tão surpresa que só consegui encarar ele. 

Digo, ele seria a última pessoa no mundo a ir contra Granger, e com certeza a última a me ajudar. 

Não sei quem parecia mais chocada: eu ou Hermione. Digo, O QUE ESTAVA ACONTECENDO ALI?

—Como é?- disse Hermione com os olhos carregados de fúria. Ela estava realmente brava e nem eu queria chamar a atenção dela para mim. 

Draco também estava bem arrependido de ter me defendido, mas não tinha nenhum caminho de volta e ele desatou a falar:

—Hermione, você sabe que isso é mentira. Chega de truques.- ele se virou para a imensa plateia sonserina, que também estava bem chocada. Todo mundo ali sabia que Malfoy e Granger eram praticamente namorados e nunca esperariam aquela reação - Hermione criou essa mentira para tentar acabar com Gray. Nem tem provas concretas que isso é verdade e eu posso provar porque.

Eu olhava admirada para Draco Malfoy. Não acreditava que ele estivesse fazendo aquilo. Tirou alguma coisa do bolço e ergueu na frente de toda a plateia. 

—Essa é a certidão de nascimento de Maiara Gray.

Minha certidão de nascimento estava com minha madrinha, Dorcas, em Londres. Ou Draco Malfoy tinha ótimos contatos, ou aquele documento era falso. 

—Aqui diz que Maiara é filha de Wes Médici, um rico curandeiro bruxo. Seus pais foram assassinados a muito tempo, quando ela era ainda bebê. Sirius Black não tem nenhum envolvimento nem com a família e nem com o assassinato. Não acreditem em um rumor só por causa de uma pessoa. 

Hermione parecia ao ponto de chorar de raiva. Ela se virou e saiu da biblioteca batendo o pé. As demais pessoas da sonserina saíram logo depois, falando coisas como " ah, que pena", "garotinha mentirosa", "herói da grifinória" e "doninhas albinas".

Draco Malfoy, meu salvador, parecia ao ponto de vomitar. Ele olhava arrependido para a porta e ainda segurava a certidão com força. 

—Obrigada - falei. Acho que ele merecia pelo menos um agradecimento depois disso.

—Não fiz por você, Maiara. Fui obrigado por uma pessoa bem mais importante. De qualquer modo, seu segredinho sujo está seguro comigo. Não conseguiria usá-lo contra você nem se quisesse. 

Ok, eu não estava esperando um ato heroico da parte dele de qualquer modo. Talvez papai tivesse algum interesse na minha história. Não queria saber, de qualquer modo. Ele deve ter feito isso porque a única pessoa que sabe disso, além da mesa dos Três Vassouras e meus amigos, são Dumbledore e Lucius Malfoy. Isso significa que Lucius já contou pro filho quem era meu pai e que não queria que o filho espalhasse para todo mundo da escola. Assim, Draco foi obrigado a desmentir a namorada na frente de todo mundo pois se as pessoas da escola  ficassem sabendo que eu era filha de Black pela boca da Granger, Lucius acharia que foi Draco que contou pra ela. Se todos soubessem que eu era filha de Black, Lucius não poderia usar essa informação contra Dumbledore quando quisesse de alguma arma de manipulação. 

Ele foi obrigado a desmentir a namorada para ajudar o pai, e não eu. De qualquer forma 

—Parece que vai ter problemas com a patroa.- disse, para provocá-lo. 

—Isso é um assunto meu. Não se intrometa. Agora tenho que ir antes que Hermione exploda meu quarto. 

Ele saiu da biblioteca de cabeça baixa. Por essa eu realmente não esperava. 

—E você disse que ele era antipático- disse Olívia. 

—Todos temos nossos dias, não é mesmo?

 


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