The Slytherin escrita por Ravena


Capítulo 24
Empregada- Livro Três




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Pov Hermione

Fazia 1 mês que as férias haviam começado e eu estava com muitas saudades dos meus amigos. Leia, eu e Miranda estávamos mais próximos do que nunca! Nós até tínhamos arrumado um jeito de nos encontrar durante as férias.

Ontem mesmo eu recebi uma carta de Leia falando que ela iria dar uma festa na casa dela. Eu tava precisando mesmo de um pouco de animação. 

Claro que podia ter uma plateia maior para eu mostrar minhas roupas novas, mas mesmo assim iria encontrar minhas amigas e isso que me importa.

Eu pedi para os meus pais e eles entraram em contado com a mãe da Leia, que é minha prima. Minha mãe ficou super feliz em entrar em contato com a irmã dela. Não se viam a muito tempo... longa história.

A nossa festa seria daqui a dois dias e duraria aproximadamente 4 dias. Sim, eu sei, é muita coisa né, mas eu até que estava bastante ansiosa. Imagine, quatro dias com suas amigas.

Olhei o relógio e já marcava 1:30 da manhã. Tinha que dormir cedo já que precisava do meu soninho da beleza característico.

—Hermione, ande logo! - ouvi a minha mãe dizer, assim que acordei. 

Eu já havia arrumado as minhas coisas para ir para a festa de Leia, e como a festa duraria quatro dias, eu tinha muita coisa para levar.

Eu sou rolezeira.

—Pronta - eu disse sorrindo

Eu peguei o braço da minha mãe e nós aparatamos. Aterrissamos em uma sala magnífica.

Uma mulher estava parada na nossa frente. Ela tinha cabelos pretos e olhos verdes, iguais aos da Leia. Ela era realmente bonita. Suas roupas eram chiques e pareciam ser bem caras. O bom gosto é aparentemente de família.

—Lídia - disse minha mãe

Elas se abraçaram. Um encontro realmente emocionante e blá blá bá. Até choraria se não estivesse com rímel.

—Jane - disse Lidia - Estou com tanta saudade! Fazem exatos 13 anos!

Eu fico agradecida por não ter irmãos. Deus me livre ter que dividir as minhas coisas com alguém. Se perdesse meu irmão por 13 anos, iria agradecer. Mas nem todo mundo é igual.

—Ah- disse minha mãe - Essa é a minha filha, Hermione

Finalmente lembrou que eu estava aqui. Parecia um vegetal plantado no meio da sala de tão imóvel que estava. Lídia se aproximou de mim e me abraçou:

—Ela é tão bonita! - disse Lidia constatando o óbvio. - Suba, Leia está no quarto dela.

Eu subi as escadas da casa e dei com um corredor iluminado por vários lustres. Era muito bonito, mas nem tanto quanto a minha própria casa. 

Todas as portas estavam fechadas, menos uma. Entrei no quarto e percebi que o quanto era pequeno, tipo do tamanho do meu banheiro. Várias fotos decoravam a parede.

A maioria tinha um menino de olhos castanhos e de cabelos pretos, que aparentava ter uns 15 anos, mulher com cabelos e olhos castanhos e uma menina ruiva de olhos azuis. No quarto, havia uma cama simples e uma cômoda cheia de livros sobre Quadribol. Parecia muito ser o quarto de uma empregada, e de uma com um gosto bem duvidoso.

Foi ai que eu percebi uma foto de quatro meninos na cômoda. Era o Potter, o Weasley, a Holt e Gray. Esse é o quarto da Gray!

Ouvi passos no corredor e entrei no banheiro do quarto. Era bem arrumadinho, pena que ela não toma banho. Olhei para o quarto através da maçaneta e vi uma menina de cabelos castanhos e olhos recentemente de cor de ouro entrar no quarto.

Seus olhos eram castanhos quando nos conhecemos no primeiro ano, mas depois que ela fora petrificada pelo basilisco ano passado, eles adquiriram a cor âmbar que lembrava ouro. Aparentemente, o fenômeno foi explicado pois ela tinha olhado diretamente para o mostro e ele não a matou, infelizmente. Alguma coisa a protegeu da fera e o resultado eram os olhos maravilhosos que havia recebido. 

Que pena que eu sinto dela. 

Ela pegou alguma coisa na cama e ia embora, quando eu esbarrei em alguma coisa. Ódio! Tinha que fazer barulho. Se ela chegasse perto eu já ia atacar a cara dela.

A Gray parou e começou a andar na minha direção. Ela sacou a varinha do bolço e apontou para a porta.

—Só um minuto - ouvi ela falar em voz alta

Ela continuou a andar na direção do banheiro, quando ouvi um grito. Maiara parou de andar na minha direção e foi embora do quarto.

Sai do quarto da Gray e voltei para o corredor. Uma luz forte saia de baixo da porta de outro quarto e eu o abri. Nada poderia ser pior que o quarto anterior, veja bem, então eu não tinha medo de mais nada que poderia encontrar atrás de outra porta. 

Era o quarto de Leia. Graças a Merlin! Praticamente quíntuplo do quarto de Maiara. Era bem bonito, todo decorado na cor bege e com um lustre alto que preenchia o quarto todo de luz. A cama era enorme e repleta de almofadas. No canto, havia uma cômoda enorme cheia de fotos e decorações bonitinhas, todas com uma temática no tom rosé.

Leia estava sentada na cama, lendo uma espécie de livro. Cheguei perto dela sem fazer nenhum barulho e a assustei. Ela quase caiu da própria cama.

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Pov Maiara

Eu estava na cozinha preparando a comida junto com a minha madrinha, Dorcas. Dorcas sempre foi a segunda melhor amiga da minha mãe, a primeira era Lily Potter, mãe do Harry. Eu sou alguns meses mais velha que Harry, e nossas mães queriam fazer um enxoval duplo. Mas os Potters tiveram que se esconder de Voldemort e minha mãe acabou escolhendo Dorcas.

Agora ela é minha única família verdadeira. Trabalhava que nem uma condenada como governanta na casa dos Fray para me vigiar, porque eles têm a minha guarda. Ela também me impedia de colocar creme depilador no shampoo de Lídia, a Megera.

—Maia, vá estudar querida - disse Dorcas - Eu é que sou encarregada do jantar.

Até parece. Primeiro, eu e meus livros não temos uma relação muito amigável. Sabe como é. E segundo, não iria deixar todo o trabalho para minha madrinha. Se bem que a única coisa que eu fazia naquela cozinha era brincar com meu colar novo, aquele que ganhei daquele estranho bonitão. Sei lá, me sentia bem com ele. Além disso, combinava com quase todas as roupas e eu nem conseguia tirá-lo. Ele agora acompanhava o meu medalhão que tinha com a foto da minha família. 

—Madrinha, eu te ajudo - eu disse - Eu não gosto de ver a senhora trabalhar muito, além do que, nem quero estudar! Estás me fazendo um favorzão me deixando ficar aqui contigo. E outra, Leia vai me encher o saco pra me convencer a ajudar ela com o dever. Esses dias, ela me perguntou como se escreve "laranja".

—Mas você não tem jeito né, pirralha- ela disse sorrindo- Vá cuidar de suas coisas. Aproveita enquanto você tem folga. Aquela cobra não parou de te chamar as férias inteiras!

—Madrinha, estou é em observação. Tia Lídia desconfia que eu vá fugir. De novo. Aquela cobra. Sabe que, se eu for embora, ela é despejada dessa casa aqui. Até porque, isso tudo aqui é meu. 

—Vá caçar teu rumo, guria, e pare de me irritar aqui. Vai lá pro teu quarto.

Fui para o meu quarto para pegar um casaco, e já ia voltar para a cozinha quando ouvi um barulho no banheiro. Deve ser rato. Saquei a minha varinha e comecei a andar na direção da porta.

—Maiara - ouvi a minha tia gritar

—Só um minuto - eu gritei em resposta

Eu continuei a andar na direção do banheiro, quando ouvi a minha tia gritar:

—AGORA!

Agora é que eu vou dar uns tabefes na sua cara, vaca. Saí do quarto e voltei para a sala. 

—O que a senhora deseja? - eu perguntei para ela.

—Por que é que a senhorita não esta com o seu uniforme? - minha tia perguntou.

—Porque eu não quero, agora pare de me encher o saco. 

—Vá colocar seu uniforme agora. Estou mandando e você tem que me obedecer.

—Mas ...

—Sem ''mas '' - disse minha tia - Você tinha que ser grata por eu te dar abrigo, comida e estudos.

Cara, um dia eu vou colocar essa mulher na cadeia. Cobra venenosa. Aproveita da fortuna de minha mãe para fazer a festa. 

—Essa casa era da minha mãe - eu disse - Sou eu quem pago a minha escola e os meus materiais de escola e a única pessoa que faz comida aqui é a minha madrinha.

—Que rebeldia - disse uma mulher desconhecida -Parece que o bicho do mato não mudou nadinha.

—Quem é você mesmo?

Quem era aquela louca. Nunca vi na minha vida e vem falar uma coisa dessas. 

—Deixe, Jane - disse minha tia - Essa ratinha imunda sempre foi ingrata. Agora você vai colocar o seu uniforme e vai servir a sua prima e as amigas delas.

—Claro, vou pegar a travessa de empada e enfiar na guela dela, pra ela saborear o gostinho do alumínio.

—Faz muito bem pra pele. Você mesma que me disse!- disse tia Lídia.

Quando eu era pequena, falei que alumínio era muito bom para pele quando ingerido. Não sei como ela foi capaz de acreditar nisso, mas ela caiu. 

—Ok, eu ajudo Leia, mas só se você comprar uma vassoura para mim. Tem uma Firebolt linda na loja da esquina e eu estou querendo a muito tempo. 

—Ok, agora vá lá, Maiara e use seu uniforme.

Eu já estava era no lucro. Ela me prometeu a Firebolt. Faria de tudo para conseguir aquela vassoura de qualquer forma.

—O que aquela bruxa estava querendo com você?- perguntou a minha madrinha. Já havia vestido meu uniforme.

—Ela quer que eu dê uma de garçonete para a Leia e as amigas delas - eu disse

—Você é uma menina, não uma empregada - disse Dorcas

—Madrinha, eu não estou nem aí para o que aquela gente sebosa pensa que eu sou. Tenho coisas para fazer, de qualquer jeito, e vou ganhar um presentão. Então, estou no lucro.

—Bem, aqui está a comida - disse Docas - É melhor você começar a servir.

Eu peguei a bandeja de comida e subi para o quarto de Leia. Abri a porta e vi Leia e Hermione Granger rindo juntas. Agora aqui é zoológico pra ter tanta cobra assim é?

Quando Hermione me viu, ela começou a rir.

—Olha quem está aqui - disse Granger - A empregadinha. Eu não sabia que você era empregada.

—Não sou mesmo não. Vou ser muito bem recompensada por estar aqui nessa posição e não me importo para o que você pensa de mim, Granger. Agora, ou você pega essas empadinhas ou eu enfio na sua boca.

—Ah claro - disse Granger, debochadamente - Todos temos que ganhar a vida de algum jeito. Não é? Uns são superiores , como eu e Leia , outros são empregados que estão no mesmo nível que elfos domésticos.

—Você tem problemas? Não ouviu o que eu disse não?

Garota, você tá entrando em uma zona perigosa comigo.

— E você com certeza está nessa segunda categoria - disse Granger - Empregadinha

Peguei a travessa e meti na cara dela. O impacto foi tão forte que ela desmaiou no chão. Cretina. 

Sai correndo do quarto e fui arrumar minhas coisas. Eu precisava era sair daquela casa o mais rápido possível. Lídia viria para cima de mim que nem uma condenada e eu precisava sair rápido.

—MAIARA!- e ouvi ela gritar de longe.

Acabei de arrumar minhas coisas e desci as escadas correndo. Lídia e a trupe estavam assistindo tudo. Hermione estava desmaiada no sofá e todos estavam escandalizados. 

—O QUÊ É ISSO, SUA RATA IMUNDA?- minha tia gritou. Essa sim estava realmente furiosa. 

—É uma menina, não está vendo? É tão burra que não consegue nem saber o que está na sua frente?

Sabia que ia me meter em encrenca na certa, e que talvez ficaria até trancada no quarto, mas não me importava. Essa cretina me humilhou durante a minha vida inteira, destruiu o meu lar e só me fez mal. Naquele momento, tudo se acumulou e eu não aguentava mais sofrer na mão daquela mulher horrível.

—Quem você pensa que é para gritar comigo dentro da minha casa ? - ela perguntou

—Está casa aqui é minha - já estava gritando também. Não estava respondendo mais pelos meus atos. Não queria mais saber de nada mesmo e estava farta de tudo. 

Minha tia se levantou da cadeira. Vi que sacava a varinha. Aquela maldita varinha. Não podia contar o números de maldições cruciatus que essa mulher lançou em mim.

—Olhe em volta - disse minha tia com um sorriso no rosto - É só você olhar em volta e perceber a quem ela pertence.

—É, mas a casa está registrada no meu nome. E se eu sair daqui, você perde tudo, vaca. Prepare-se para viver na sarjeta.

—Aquela sua mãezinha foi muito incompetente em deixar a casa em seu nome. Agora vá para o porão. Vamos ter uma conversinha lá.

O porão era onde ela fazia as maldades. Era longe do resto de casa para os vizinhos não ouvirem meus gritos de dor enquanto ela me torturava.

Relatos sombrios de uma adolescente condenada a ficar na casa de quem não a amava. 

—Se você encostar o dedo em mim, eu te processo. Agora saia da minha casa!

—Quem você pensa que é para me expulsar da MINHA casa?- perguntou minha tia

—Se é assim, então saio agora. Mas saiba que será despejada assim que o Ministério ficar sabendo de algo. 

—Você não botará o pé para fora desta casa, menina. 

—Ah, é mesmo é?

Nunca havia aparatado na vida. Dorcas já me mostrara como fazer, mas seria uma coisa nova e bastante avançada, mas, naquelas circunstâncias...

Senti um puxão na barriga e logo depois dei de cara com a calçada escura da rua dos Alamedas, a 50km de minha antiga casa.

 


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