Pov Merida

Nossa eu estava super animada para ir a essa festa, dizem que as festas do Hans são muito legais. Será que eu devo ir? Talvez, minha mãe não disse que eu tinha que me em turmar? Então, só vou ficar social quando eu ir à uma festa. É, eu vou conversar com ela e ela vai me deixar ir.

– Não você não vai.

– Porque? - Esse foi meu imploramento - O 1 ano e o 2 vão estar lá. Como a senhora quer que eu me em turme se não me deixa ir a uma festinha?

– Na minha época..- A não, lá vem aquela frase " na minha época " - As festas eram com os pais junto, não com um bando de adolescentes bebendo e se..pegando, como você fala, em qualquer canto da casa alheia.

– Mas mãe, os tempos mudaram, e além disso não é minha culpa se tem um bando de burras engravidando cedo. Eu não sou uma delas mãe.

– Disso eu sei - Ela voltou a costurar sua tapeçaria e eu? Fiquei olhando e pensando em um jeito de convencer. Eu tinha duas opções.

1-Implorar até ela deixar. 2-Chorar em seus pés, puxando pro lado emocional.

– Por favor mãe - Falo esta frase umas 10 vezes e ela não deixou, então - POR FAVOR MÃE - Segunda opção - EU PRECISO IR, PLEEEEEEASE. EU PRECISO ARRUMAR AMIGAS, EU SOU MUITO SOLITÁRIA - Colirio nos olhos - POR FAVOR - Aí eu comecei a chorar, sou tão boa nisso que fiquei até com soluço. E então, ela acabou deixando, e ainda me deu dinheiro pra comprar alguma roupa. Eu sei, eu sou demais.

Minha casa era bem grande. Digamos que era uma mansão. Meu pai era um empresário muito bem sucedido, na verdade ele era um chefe muito bem compensado. Ele tem três assistentes, eles são tipo..um segundo chef. Eles ficam disputando para agradar meu pai, e ainda traz seus filhos junto.

O Sr.MacGuffin matriculou seu filho na mesma escola que eu. Já o Sr.Dingwall matriculou seu filho na mesma academia de Tiro ao alvo e o Sr.Macintosh fez o favor de se mudar para o mesmo condomínio. Parece que eles querem que eu namore os filhos deles. Outro dia minha mãe vem com um papo de que eu devia me aproximar deles. Só uma coisa, isso não vai rolar. Eu não tô pronta para começar a namorar, eu quero encontrar o amor no tempo certo, não á força como eles querem.

Eu estava escolhendo uma roupa em meu quarto. Ele era branco, com uma parede preta e nela havia minha cama. Nessa parede havia algumas fotos minhas, com os meus irmãos, minha mãe, meu pai e até com Angus. Meu closet era perto da janela, que tinha uma vista linda para o jardim e a piscina. Minha suíte era bem luxuosa, apesar que eu não queria daquele jeito. Ficou muito para praticinha e isso eu não era.

– Merida, quero falar com você - Fala minha mãe entrando.

– Oi mãe, me dá uma opinião - Eu pego minhas roupas que eu havia comprado - Qual que é melhor? O Azul ou o Preto? - Mostro.

– Merida eu preciso falar uma coisa..- Eu pego uma blusa vinho da Aero Postale.

– Quer saber, nenhuma das duas. Eu prefiro essa - Mostro a blusa e penduro as outras no cabide.

– Merida - Fala ela - Senta e me escuta - Eu olho ela desconfiada e me sento na cama - Eu..andei pensando naquela festa que você falou.

– A não você não vai deixar eu ir? - Levanto chocada, qual é eu fiquei fazendo a maior encenação do mundo pra nada?

– Calma, deixa eu terminar - Eu me sento ainda desconfiada - Eu vou deixar você ir - Isso - Porém - Sabia tava bom mais pra ser verdade - Você vai ter que levar os filhos dos assistentes do seu pai.

– Eu prefiro morrer - Falo - E mesmo que eu quisesse, não dava, porque só é alunos do colégio, e que eu saiba só tem o tal do...qual é o nome do moleque?..o?...

– Kevin?- Pergunta minha mãe.

– Isso, só tem ele - Minha mãe faz uma cara que está escondendo algo de mim - Mãe, só tem ele, né?

– Na verdade, seu pai recomendou a escola para seus assistentes, e os filhos deles vão estudar lá com você. Isso não é incrível?

– Nunca, mãe, já basta ver aquele garoto sem camisa toda manhã, um tentando falar comigo e eu não entendo nada e outro que fica perseguindo borboleta - Falo já alterada - Isso só naquele jantar, imagina na escola.

– Merida por favor, compreenda. Seu pai tenta agradar os assistentes para não afundar a empresa. E o mínimo que você pode fazer era ser gentil com os filhos deles - Era verdade oque minha mãe falava, mas também era minha vida, eu que devia tomar minhas decisões..mas também devia ajudar meu pai. O que o amor não faz?

– Tudo bem, mas não prometo que vou ficar perto deles. Ouviu? - Minha mãe abriu um sorriso que achei que fosse rasgar seus lábios.

– Essa é minha ruivinha - Ela começa a me beijar e me abraçar - Te amo.

– Também te amo - Falo tentando me libertar - Mãeeee me solta.

– Não você é minha bebê.

– A não mãe, tudo menos bebê - Falo rindo, caramba sério? Bebê? Até ruivinha caiu melhor.

– Tudo bem - Ela me dá um beijo no topo de minha cabeça - Daqui a pouco Maldi ( tá errado? ) vai servir o jantar.

– Ok - Falo e ela sai, e depois que ela sai. Eu começo a ver oque eu faço no meu cabelo. Eu sei que faltava 5 dias para a festa, mas é bom se organizar do que deixar pra última hora.

Pov Elsa

Eu chamei o Breu pelo Skype, depois de alguns toques ele atendeu.

– Oi floquinho - Fala sério cada vez que ele me ver, ele inventa um apelido.

– Oi - Falo rindo - Pode ser meu conselheiro?

– Primeiro dia de aula ruim?

– Não, foi bem legal - Eu não iria contar pra ele daquela menina, precisava de coragem e isso, por enquanto, eu não tinha.

– Ok, então..fale sua pergunta - Fala ele. Eu respiro fundo.

– Vai ter uma festa de boas vindas, e eu queria saber, se eu vou ou não.

– Uma festa? Ual, e você foi convidada? Olha só a mis popular.

– Eu não sou popular - Falo - Ele convidou o 1 e 2 ano e que eu saiba, eu sou do 1.

– Tô brincando - Fala ele rindo - Vai curti Elsa, faz um tempo que você não vai para as festas. Só não beija muito, ouviu? - Minhas bochechas devem ter ficado vermelhas e só repondo com um riso.

– Tá bom - Falo e ouço a voz de sua avó o chamar.

– Filho, vem jantar, fala com sua namorada depois - É pra rir.

– Vó ela é minha amiga - Grita Breu e a avó dele aparece na tela.

– Oi Elsa, nossa você já está uma moça. Quanto tempo eu não te vejo?

– Eu acho que uns 4 ou 5 anos - Falo. Ela era como uma vó pra mim. Quando ela morava em Boston, ela cuidava de mim e da Anna, e o Breu também. Foi aí que viramos amigos.

– Você tá linda - Fala ela.

– Obrigada - Falo sorrindo.

– Tá legal Elsa. Tchau - Fala Breu e desliga. Aí Anna bate em minha porta.

– Posso entrar? - Pergunta ela e eu confirmo - Eu quero falar com você, sobre aquele assunto.

– Aé, eu tô curiosa - Falo e ela senta na cama, de frente pra mim.

– Não tem o Hans? Então, eu..bem..eu acho que eu..xonei nele.

– Tem certeza? - Ela confirma e eu começo a gritar - Ahhh que legal...mas e o Kristoff? Você já esqueceu dele?

– Eu não sei, acredito que sim - Fala ela e eu seguro sua mão.

– Olha cuidado com esses sentimentos. Ás vezes você pode acabar se magoando, tá bem? - Ela acente - Ótimo.

– Eai? Vai pra festa?

– Tô pensando, Breu disse pra eu ir...mas acho que vou estudar.

– Estudar? Elsa hoje foi o primeiro dia de aula, como você vai estudar? - Essa desculpa foi tão esfarrapada que até eu não acreditei.

– É que eu, sei lá, não me encaixo com esses grupos - Falo abrindo um livro, só que Anna o fecha.

– Você vai comigo. Não é muito longe do centro. Quer dizer, um pouco, mas eu acabei de ligar pro Hans e ele disse que vai buscar a Punzie, Astrid, Hiccup, Jack e tem lugar pra nós duas.

– Ele alugou uma van?

– Não, é bem melhor. Uma Limousine. Isso não é demais? - Fala Anna animada - Elsa você tem que ir.

– Vou pensar - Falo e ela me abraça.

– Enquanto você pensa, eu vou arrumar nossas roupas - Ela sai saltitando. E eu fico encarando o livro. Será mesmo que eu devo ir?

Eu sai do quarto e só coloquei uma jaqueta por cima de uma blusa branca de alçinha, e uma calça vermelha. E sai de casa. Caminhei pela rua até chegar na praça. Eu me sentei em um banco e fiquei escutando música e observando as pessoas ao meu redor. Havia crianças brincando com seus balões, jovens zoando com os amigos, idosos passeando e jogando xadrez. E eu lá no meio de todos eles. Estava tão consentrada que vi umas pessoas familiares andando para a pista de skate. Então resolvi me sentar na arquibancada para ver oque estava acontecendo.

Eu vi alguns garotos se encarando e parecia um grupo. E então ouvi a conversa.

– Tá legal quem ganhar, fica com a pista por um mês, e se descumprir o trato, vai ter que se vestir de mulher - Falou um garoto de blusa azul com capuz . Não dava para identificar quem era.

– Beleza - Aperta a mão um garoto grande.

E os grupos se dividem, acho que era uma competição. E quase tive um ataque quando vi que o garoto de capuz era Jack. Ele estava com um grupo de skatistas e quando eu olhei pro lado vi umas meninas da escola. Acho que era a Tooth e..uma que eu esqueci o nome.

Pov Jack

Eu havia apostado com um garoto. Seu nome era Jonah Hill, mas todo mundo o chamava de Melequento. Ele se achava o tal, tanto na escola quanto na praça. Cabeça Dura andava com ele, não sei o porque, eles dois são um bando de mané. Sempre aprontava com os Nerds.

Eu me afastei do grupo deles e juntei o meu. E então vejo Elsa na arquibancada, com aqueles olhos observando tudo que acontecia. Já que ela estava lá, tenho que dar o meu melhor.

– VAI JACK - Ouvi Tooth gritar meu nome e eu sorri. E depois fui pra pista mostrar oque eu posso fazer.

Primeiro eu fiz um Kicflip e depois um Impossible. Logo depois meu grupo fez umas manobras mais elaboradas. Desci no corrimão e fiz um Manual no caixote.

Todos que estavam na praça vieram ver oque estava acontecendo e alguns fizeram uma torcida, tanto pro nosso quanto pro deles.

Quando acabamos, a torcida fez sua contagem de quem foi o melhor e então, foi a gente.

– Huhuuu - Comemoramos, e fomos pro Sven's tomar um Sunday. E então vejo Elsa ainda na arquibancada.

– Vem Jack - Chama Hic.

– Outro dia - Falo e caminho até Elsa. Eu não tenho certeza, mas acho que Hic me olhava meio confuso - Oi - Falo e ela me olha.

– Oi - Ela se levanta - Parabéns pela vitória.

– Obrigado. Já vai pra casa?

– Vou - Fala ela abraçando seu livro.

– Posso te acompanhar? É que eu vou pra casa também.

– Não vai comemorar? - Pergunta ela olhando o Sven's.

– Não tenho necessidade disso - Falo - E então, posso? - Ela hesita em falar, me deixando mais nervoso.

– Não é uma boa idéia - Fala ela descendo da arquibancada e eu seguro uma de suas mãos.

– Por favor - Falo olhando em seus olhos.

– Eu..não sei - Fala ela e eu solto sua mão.

– Então eu vou pra casa - Falo ficando ao seu lado.

– Oque você está fazendo? - Pergunta ela.

– Tô indo pra casa - Falo colocando minha mão no bolso da blusa.

– Do meu lado?

– Sim - Falo e ela solta um riso curto. E ficamos em silêncio, eu praticamente acompanhei ela, só que ela não estava sabendo ou sabia e não falou nada. Eu a levei até em casa, só que em vez de me despedir eu entrei em casa e ela na dela. Acho que estava gostando dela. Espero que ela vai para a festa. É um ótimo lugar pra conversar.