New life - History of teenagers escrita por GabiElsa


Capítulo 60
Tretas


Notas iniciais do capítulo

HI GUYS! Eu não tenho o que falar... Até parece kkk.
Eu tô extremamente feliz com o resultado da fic e gente... Eu estou me preparando para me despedir, porque agora é sério, a fic tá no seu final... Deram pra perceber, né? Mas enfim, vou deixar meu lado emotivo pra depois.
Confesso que esse capitulo foi um dos que eu mais AMEI escrever. Tipo, amei mesmo. Não que eu não amei os outros, mas sério... AMEI DEMAIS *----*. E seus comentários divos? Gente amei muuuuito.
Bom, era só isso que queria falar, então... vamos as tretas.
Ps: Não sabia o titulo, me perdoem se estiver besta, o que está, mas tudo bem, né. kkk.



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Pov Astrid

Fiquei mordiscando minha bochecha inferior algumas vezes desde que entrei naquele castelo que chamavam de hospital. Meus olhos estavam quase saindo do meu rosto de tanto que eu arregalava quando via algo que não imaginava ver. Por exemplo: Cinco elevadores com uns cem botões.

Eu fiquei completamente perplexa com o tanto de botões que eu tive que apertar.

Claro que procurei saber do número do quarto da Tia Elinor, e felizmente eu sabia o sobrenome dela graças a Merida. Porém, tive bastante sorte ao saber que havia apenas dez internadas com o mesmo nome, que estavam no mesmo andar. Então... Acho que tô muito bem e que se eu errar o andar é porque sou lesada mesmo. Creio que devo me aceitar mesmo que doa admitir.

Depois de alguns minutos dentro do elevador, corri até o final do corredor e fui procurando pelo quarto que a recepcionista me indicou.

Acabei percebendo que o andar estava muito parado e que já estava ficando muito tarde para eu estar ali, mas mesmo assim eu não iria desistir de procurar pelo tal abençoado quarto, e não iria sair dali sem ter a amizade da minha amiga de volta.

Me aproximei da terceira porta a direita, com bastante determinação. Com base da minha aproximação, pude perceber que a porta estava entreaberta e pude ouvir um som de violão saindo daquele quarto.

Franzi a testa e resolvi espionar pela fresta da porta para matar essa curiosidade que crescia dentro de mim a cada nota familiar que escutava. E para deixar-me mais aliviada, e com as batidas cardíacas mais aceleradas, uma cabeleira ruiva encaracolada próxima a janela soltou uma voz melancólica e ao mesmo tempo firme, de arrepiar até os pelos do buço.

— Meri... – Sussurrei e passei a observar-la.

— Eu compus essa música faz muito tempo. A Astrid me ajudou na parte harmônica, e eu completei com a letra, mas ela nunca escutou. – Ouvir sua voz me fez abrir um sorriso bobo, mas ao mesmo tempo quis esganar aquele ser que fez tal confissão. – Bem, eu espero que goste. – Pelo pouco que conseguia ver, a Tia Elinor estava sonolenta, mas ainda consciente, porque ela fez um aceno para que Merida pudesse continuar.

I can be tough, I can be strong

But with you it's not like that at all

There's a girl that gives a shirt

Behind this wall, you just walk through it

And I remember all those crazy things you said

You left them running through my head

You're always there you everywhere

But right now I wish you were here

(...)

Sua mensagem através daquela música me fez pensar no quão idiota eu pude ser nesses dias. Tudo bem que a raiva sempre nos faz fazer coisas tolas e imprudentes. Mas quando é que eu fui assim? Eu sempre fui racional o bastante para entender os outros. Hiccup é um exemplo disso. E Merida é meu projeto de colocar juízo nas coisas que faz. Então por que EU agi por conta do orgulho? Por que eu não deixei Heather de lado e coloquei na minha cabeça que Merida virou minha irmã? Por que eu deixei que as coisas chegassem a esse ponto? São muitos 'porquês'. Eu sei! Mas... Me senti muito decepcionada comigo mesma, devo admitir.

Dei um alto suspiro e adentrei o quarto sem reservas.

— Astrid? – Merida parou de tocar brutalmente e largou o violão na poltrona ao lado, me encarando mortalmente. – O que faz aqui? Deixou a vaca da Heather lá embaixo? Porque é proibida a entrada de animais no hospital... – Colocou o dedo indicador no queixo pensativa e esbanjou o olhar mais sarcástico que conseguiu. – Acho que você já sabe, porque ela não tá aqui – Me alfinetou sem dar chance de me defender. Mas mantive a calma e ignorei as ofensas a Heather.

— Olha, Merida, pode zoar o quanto você quiser. Mas primeiro posso conversar contigo? – Falei demonstrando paciência. Ela arqueou a sobrancelha e cruzou os braços, com desconfiança.

— Tudo bem, mas seja breve – Me aproximei e apanhei nossas pulseiras do meu bolso da jaqueta, deixando a ruiva levemente surpresa. – Como você... V-Você. I-Isso não tava no meu quarto? – Balbuciou um pouco e me fitou bem nos olhos – Você invadiu minha casa? – Revirei os olhos e voltei-os para os seus.

— Claro que não, né? – Ela franziu a testa e pega as pulseiras, as analisando cuidadosamente – Eu fui devolver umas coisas suas e acabei indo até seu quarto. Acidentalmente achei a sua pulseira. Não perdi tempo e corri pra cá o mais rápido que eu pude para tentar conversar contigo – Ela voltou seu olhar para mim e esboçou curiosidade.

— Pra quê, seria? – Abro um sorriso segurando as pulseiras, me aproximando um pouco mais, e as fito.

— Eu me lembrei do nosso tempo de amizade e... Acabei desabando quando percebi que o tinha perdido por uma briguinha idiota que provoquei, e vim até aqui para... – Soltei o ar que tinha para segurar a emoção - ...pedir ele volta. Eu vim até aqui para ter minha amiga de volta – Ela ficou me observando com um olhar indiferente. Mas logo fitou nossas mãos quase se tocando e abriu um sorriso de mostrar os dentes.

— Não! – Meu mundo caiu! Foi pisoteado sem dó.

— Como? – Tentei me recuperar do tremendo choque que tive, mas se tornou uma missão impossível – Eu enfrentei um trânsito infernal, um frio desgraçado, para chegar até aqui e você não aceitar minhas desculpas? VOCÊ PIROU?!

— Shh! Não pode gritar no hospital – Disse num tom irônico.

— QUE SE DANEM AS REGRAS DO HOSPITAL! – Esbravejei mais alto – Por que não aceita minhas desculpas? Até parece que você não sentiu minha falta – Ela riu sarcástica, me deixando frustrada.

— Realmente eu senti. E confesso que me surpreendi em te ver aqui, me implorando por desculpas – Agora sorriu tristonha – Mas isso não é o bastante – Me intriguei com aquela conversa, que até me sentei para ver como ela iria terminar.

— O que você quer que eu faça? – Ela me fitou de um jeito perturbador, como se estivesse me zoando. – Você está brincando com a minha cara? Como pode? – Ela deu de ombros.

— Não é o que as amigas fazem? Zoam uma a outra? – Ri e praticamente pulei em cima dela para sufocá-la num abraço. – Além disso, você mereceu.

— Quer dizer que voltamos a ser amigas? – Ela respondeu com um gemido de confirmação e retribuiu o abraço com força.

— Nunca mais faça isso, senão nem penso em te perdoar. Falou? – Assenti sorridente.

A cada minuto que se passava ao lado de Merida, me sentia cada vez mais vibrante, mais alegre, e com certeza menos preocupada. Ter minha amiga de volta foi uma pedra tirada das minhas costas. Conversamos alegremente até as quatro horas da manhã. Resolvi ligar até para minha vó e dizer que iria ficar com Merida até o dia seguinte. Mas claro que antes dela ir embora, teria de estar em casa para não perder o ônibus.

Até as três foi só conversando sobre todas as novidades guardadas. E uma depois foi tirando snaps e mexendo nas redes sociais. Respondi as paqueras de Merida e ela leu minhas conversas com Hiccup para ficar a par de tudo.

Sinceramente, reconciliar com Merida foi a melhor decisão que eu já tomei sem consultar ninguém! Isso me fez pensar no quão responsável eu posso ser para resolver meus problemas, sozinha. É, tô crescendo.

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Pov Elsa

O que fazer quando um ser humano começa a espernear no seu ouvido, dentro de um quarto extremamente quente porque a pessoa, dona dele, não desligou o aquecedor desde que acordou? Opção A: Jogá-la pela janela e gargalhar desgraçadamente. Opção B: Sufocá-la com um travesseiro até a morte enquanto se contenta com o silêncio. Opção C: Aguentar firme e forte esbanjando o sorriso mais falso que conseguir na hora. Opção D: Puxá-la pela cintura e lhe dar um beijo super intenso de fazer esquecer o assunto que esperneava até então.

Eu poderia muito bem escolher a opção D... MAS! Jack estava muito nervoso e enciumado, e insistia em xingar Breu e fazer ameaças para que eu me preocupasse. No entanto, eu estava muito entediada e impaciente para ficar perdendo tempo com briguinhas de casal. Até propus uma massagem para relaxar os nervos, o que eu não faço em ninguém! Mas mesmo assim, ele continuou a se fazer de namorado irritadinho, o que para mim, não passava de frescura. Ou até mesmo prova de amor. Owwww...

— Você não pode deixar que ele entre em sua casa sem ser convidado. Quem ele pensa que é para te visitar sem ao menos dar uma telefonema antes? Ele não tem modos? – Esbravejava Jack enquanto andava de um lado e para o outro, enquanto arrancava o cachecol que envolvia seu pescoço, mostrando o pequeno hematoma que eu havia feito há dois dias, quando Jack me levou para um jogo de basquete no Madison Square Garden. Eu sei! Nada romântico, mas depois de um jogo de basquete da NBA, passeamos por algumas ruas da cidade e resolvemos jantar num restaurante, que o meu "sogro" o levara há meses atrás. Lá trocamos beijos e atrevi a dar uma mordida em seu pescoço. – Você sabe que eu respeito à amizade de vocês, mas não aceito visitas inesperadas. – Seus olhos fitavam o vazio quando proferia aquelas palavras com puro desgosto. – Você não vai falar nada? – Indagou fitando meu rosto, banhando em puro tédio e alegria.

— Já tivemos essa conversa e já falei que Breu será sempre bem vindo aqui, não importa a sua opinião a respeito disso – Bufou e revirou os olhos.

— Quer dizer que você prefere ele a mim? – Falou ligeiramente chateado, sentando-se na beira da cama sem que me encarasse.

— Não tente colocar palavras em minha boca – O alertei, ficando de joelhos sobre o colchão novo que papai me dera, enquanto repousava minhas mãos em seus ombros cobertos pelo tecido grosso de seu moletom – Eu já falei que meu amor é seu, e que ninguém mais tira se depender de você – Depositei um beijo em seu pescoço e escorreguei minhas mãos por suas costas, o envolvendo num abraço por trás – Agora, não fique enciumado por causa do Breu. – Ele inflou as bochechas e bufou, virando o rosto para evitar meus olhos. – Jack, colabora comigo, vai. Eu estou na TPM e estou começando a ficar com dor de cabeça com essa gritaria. – Me olhou de esguelha e se virou para me encarar, sentando em cima de uma das penas, enquanto a outra ficava fora da cama.

— Eu sei que o que eu falar aqui não vai importar pra você, mas... – Grunhiu frustrado – Ele estar começando a me provocar. – Apontou para a porta, acusadoramente. – Toda vez que ele me vê, se faz de santinho pro seu lado e me lança aquele sorriso besta que me dá nos nervos. – Apertou os punhos, não me deixando escolha a não ser rir. – Elsa. É sério!

— É o jeito dele. – Me olho descrente. – Ele tem essa mania de fazer quando está perto dos meus pais. Isso também me irrita profundamente, mas acabo levando na brincadeira. – Dou de ombros e me aproximo de seu rosto emburrado. – Se isso te fizer se sentir melhor, eu falo pra ele não vir aqui quando você não estiver. Mas se ele me chamar pra sair eu vou. – Revirou os olhos e abriu um sorriso de lado, me aliviando por dentro.

— Tudo bem. Mas que ele não venha de dar em cima de você, porque já sabe o que vai acontecer. – Bufei e revirei os olhos.

Caramba! Daqui a pouco ficamos vesgos de tanto revirar os olhos. Mas realmente, a conversa estava muito entediante.

— Ok, Jack!

Ficamos em um silêncio confortável fitando a janela, na verdade, a neve que caía lá fora. Os pequenos floquinhos brancos deslizando no vidro, deixando o ar aqui dentro muito mais tranquilo.

Voltei meus olhos em Jack e fiquei o analisando por breves segundos, que me pareciam minutos. Fitei sua pele alva. Seus olhos azuis que tanto me apaixono a cada dia que os vejo me encarando. Seu cabelo desordenado que estava voltando à cor natural nas raízes dos fios platinados. Desci para a boca e quando vejo que não dava para melhorar, ele me fita e abre um daqueles sorrisos sinceros que me faz derreter por dentro.

— Por que você tem que ser tão bonito? – Pergunto encabulada. Ele da de ombros e aproxima sua mão de meu rosto, acariciando minha bochecha com as costas da mão. Fecho os olhos para apreciar o seu toque.

— Acho que o certo era se eu perguntasse isso a você. – Dou um risinho e abro os olhos, puxando Jack de leve e depositando um beijo em seus lábios gélidos. “Isso é possível produção?”

Sua mão que estava em minha bochecha desce para minha nuca, me puxando ainda mais para aprofundar o beijo. Já as minhas abraçam seu pescoço e passeiam pelo seu cabelo, o puxando levemente. Nos deitamos e passamos a rir algumas vezes por conta da conversa que quase terminou em briga, mas ainda bem que a fase que estou é de carinhosa, porque amanhã pode ser a fase chorosa ou comilona, a que vier primeiro.

— Você acabou de me lembrar uma coisa. – Falou de repente, deitando-se ao meu lado enquanto me fitava animado. – O time resolveu ir para um acampamento de snowboard, sexta-feira, depois da prova e antes do jogo. Sabe? Pra relaxar um pouco para a final. – Arqueei a sobrancelha e pedi para que continuasse. – Bom, meu pai me deixou ir e vou pedir uma cabana individual pra mim e... pra você. – Engasguei um pouco e levantei meu tronco, o encarando confusa e nervosa.

— Por quê? Eu não sei se vou ir. – Ele riu sem jeito.

— Vou pedir pro seu pai. Se ele deixar... O que é pouco provável. – Concordei. – Mas se ele deixar pode ir junto. Vai ser divertido. Mas o chato é que não vai um de nossos amigos. Hiccup talvez vai ficar com o seu pai pra resolver uns assunto entre eles.

— Quer dizer que vou ficar sozinha? – Indaguei e ele me fitou, negando com a cabeça.

— Acho que as namoradas de alguns vão e também vão levar umas amigas. Se ficar sozinha é porque você quer – Suspirei e deitei novamente.

— Vou conversar com ele – Vibrou e me deu um selinho, se levantando e indo até a porta. – Vai aonde? – Ele se virou enquanto vestia os agasalhos que estava usando.

— Deixei uma galera aí fora para brincar. Tenho que estar lá, não acha? – Ri sem humor.

— Aé! Você é o rei da diversão. – Brinquei e ele riu abertamente.

— Obvio. – Atravessou a porta e me mandou um beijo invisível, o qual nem fiz questão de “pegá-lo”. Vamos combinar que isso é meloso demais, por favor.

Joguei minhas costas no colchão e fiquei encarando o teto.

Por que será que Jack quer que eu vá? Talvez para me divertir. Mas uma cabana para nós dois?... Ai meu Deus! Ele está planejando minha primeira vez! Ai... Merda! Não posso ficar nervosa assim, depois praticamente três anos de namoro, acho que já está na hora... Ou não. Ai, eu não sei. Anna já teve a sua e bem... Ela não morreu por causa disso... O que eu fiz?!

Mordi o lábio entrando em desespero e sentindo um conflito no meu estômago, e garanto a vocês que não é fome. Eu saberia disso. Um arrepio intenso subiu minha espinha e eriçaram meus pelos da nuca. Tudo bem que para algumas pessoas é frescura da minha parte ficar acanhada. Mas o que elas não sabem, é que Jack tem experiência com isso e eu não. Tudo bem que ele sabe, mas... Arg! Ferrou!

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Pov Rapunzel

O que acontece quando uma pessoa acorda tensa, mas quer demonstrar o oposto para as pessoas ao seu redor, preparando um café da manhã para simbolizar sua "alegria" disfarçada? A resposta é simples... UM TREMENDO DESASTRE!

Eu acordei mais cedo hoje, porque não tive uma bela noite de sono, e porque a ansiedade não me deixou ficar deitada até as seis e meia.

Flynn também não conseguiu dormir - até as três da manhã, quando eu consegui prender minha atenção em um joguinho extremamente viciante - porque eu não conseguia calar a boca. Até eu estava me estressando com a minha voz. Ele tentou me acalmar diversas e diversas vezes, mas eu não pude conter essa ansiedade que agora me acompanhava para onde eu vou, desde minha conversa com minha "mãe".

Mãe... Hoje eu descobrirei quem é minha mãe verdadeira, quem é minha família verdadeira. E sabia que meu dia seria tenso e nada divertido, até porque a prova mais importante é nessa sexta. Dou graças a Deus que hoje é segunda... É. Não de meu feitio comemorar uma segunda-feira, mas essa valerá à pena.

Então quis começar o dia de uma forma alegre, ao menos para me enganar e disfarçar minha aflição até ás quatro horas da tarde, a hora do exame de DNA, com um café da manhã delicioso.

Mas havia um problema: A cozinha de Flynn é um pouco moderna demais para mim, digo, ela é muito tecnológica e confesso que eu não peguei o costume de mexer naquele fogão. Isso resultou em panqueca torrada e uma garota gritando sem saber o que fazer com a panela em chamas.

— Mas o que... – Flynn me fitou fazendo a merda e logo correu para me socorrer. – FICOU MALUCA?! Quer nos matar? – Indagou exasperado, pegando a panela e jogando ela na pia, abrindo a torneira rapidamente, fazendo assim o fogo sumir. – Olha, eu sei que o exame é hoje e que você está nervosa com o resultado. Mas não é motivo para se suicidar, tá me entendendo? – Tento me acalmar do susto, mas não resistir em dar uma risada, envergonhada.

— Desculpa – Ele se escora no armário e ri pelo nariz. – Tava tentando te compensar a noite perdida. – Me aproximo e o abraço – Desculpa por isso também. – Rimos.

— Vamos logo nos arrumar. Daqui a pouco é aula. E você sabe o trânsito que vamos pegar né? – Ele caminha até o quarto, segurando uma toalha.

— Ah! Tinha que me lembrar? – Suspiro me jogando desgraçadamente no sofá, tirando um riso de Flynn, que sorri a me ver naquela preguiça.

— Levanta se não vou aí te fazer levantar – Resmungo e cubro meu rosto com uma almofada. Não ouvi mais nenhuma palavra de Flynn, até que sinto um peso em minhas costas e cócegas em meu abdômen, me fazendo rir e chutar a cara do safado até ele parar. Por sorte ele parou, mas me pegou no colo e me obrigou a me arrumar. Depois de uns dois minutos, me rendi.

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Pov Merida

A música parecia ecoar por toda cidade, mas apenas o Rei Urso e sua filha a escutavam dentro do carro. A batida fazia nossos corpos se movimentarem, igual à letra que nos fazia cantar até o limite que nossos pulmões permitiam.

Meus olhos foram de encontro com os olhos brilhantes que meu pai carregava enquanto fitava a pista, que por algum motivo não estava engarrafada. Amém! Seus lábios um pouco escondidos na barba espessa vermelha, formavam um sorriso sincero e nem um pouco discreto. Suas mãos batucavam o volante conforme o ritmo da música e cantava alegremente esforçando toda a sua alegria.

Após a reunião que fizemos no quarto de mamãe, para comemorar a alta, logo de manhã, comendo as deliciosas panquecas de mirtilo de Moldy, me arrumei para ir à escola.

Depois de ter aceitado as desculpas de Astrid, eu pensei bastante e percebi que não posso fugir dos meus problemas, pois eles sempre vão seguir comigo, em meu destino. E vamos nos encontrar de um jeito ou de outro.

Uma freada repentina tirou-me dos devaneios, fazendo-me olhar pela janela do carro a entrada do colégio. Não consegui conter um sorriso e um suspiro aliviado ao ver a estrutura coberta pela neve branca e poças de águas espalhadas pela calçada da entrada.

— Tenha um bom dia, filha - Mirei meu pai e o abracei fortemente. – Está tão emotiva hoje - Riu da possibilidade de eu demonstrar meus sentimentos a todo o momento.

— Talvez um pouco. – Ri junto a ele e abri a porta pesada da camionete. – Tchau, pai! - Lhe lancei um beijo e ajeitei a alça da mochila no ombro, buscando saber se a ideia de vir hoje foi boa.

Dei passos longos e fui em direção à secretaria, onde peguei minha permissão de entrar em sala e logo subi aqueles lances de escadas intermináveis. Depois, dei batidas leves na porta da sala de História, onde o professor North explicava seu conteúdo com bastante eficiência. Mas infelizmente, atrapalhei.

— Olá Merida Gavassi! – Alegrou-se de imediato e veio até mim, com um semblante carismático e sinalizou-se para eu entrar. – Eu lhe dei falta, mas posso dizer que foi atraso com o... – Ergui o pequeno bilhete, fazendo o velho professor calar-se na hora - ...Oh! Okay... Ham... Pode se sentar. Creio que suas amigas devem estar morrendo de saudades – Visualizei a sala e lembrei que Astrid não teria História hoje, e as únicas mais íntimas que estavam presentes eram Anna, Punzie e Tooth, alegrando-me.

— Pode crer Noel. – Hans se pronunciou de um grupo do fundão, me deixando surpresa e envergonhada.

— Ham... Obrigada North. – Ele assentiu e andei em direção à uma cadeira a frente de Flynn, que me cumprimentou com um aperto de dedos e trocas de sorrisos gentis. Já Punzie, que estava ao lado do moreno, se levantou e se sentou em meu colo, me apertando num abraço sufocante.

— Não precisa parar a aula North. Prometo ficar quieta. – O professor riu e fez um sinal para que Punzie voltasse ao seu lugar. A mesma voltou, tirando risadas de muitos durante seu pequeno trajeto.

— Bom, continuando... – Suspirei aquecendo minhas mãos com o calor de minha boca, prestando total atenção na aula, enquanto sentia vários olhos em cima de mim.

Anna estava na minha frente, copiando algo do livro grosso que continha parágrafos grifados. Talvez por conta da prova de sexta. Dei de ombros e voltei a fitar o quadro.

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Ouvir aquele sinal batendo em minha cabeça fora a sensação melhor que eu tivera até então. Como eu sentir falta de tudo isso. Os corredores cheirando a desinfetante. As tretas escritas nas portas do banheiro feminino. As loucas e agora comportadas amigas. As pegadinhas na hora do recreio, fazendo exibir cuecas coloridas e caras pintadas cobertas de aveia. Algumas encaradas básicas dos inimigos. E até mesmo carinho dos amigos zoeiros.

Eu estava no meu armário, guardando muitos livros grifados e cópias de cadernos para que eu possa estudar mais tarde e ficar ciente do que estamos estudando.

Meu cabelo estava num coque improvisado, com uma caneta segurando, enquanto minhas mãos equilibravam umas coisas que eu tinha no armário, para jogar fora ou levar pra casa, e assim dar espaço para uma papelada que eu teria de ler nas aulas que faltei. Meus olhos carregavam uma maquiagem básica, um lápis preto na linha d'água, um rimel nos cílios e base e blush na pele, para enganar a cara de cansaço.

Como eu não havia lavado meu uniforme, tive que improvisar uma roupa do meu guarda-roupa, que era apenas uma calça skinny jeans de lavagem azulada, uma blusa branca longa, cobrindo a metade da bunda, e um tênis branco. Ok, não é a roupa mais adequada para ir a escola num frio de congelar a alma, mas claro que não sai de casa sem um casaco. Peguei uma jaqueta e uma blusa moletom.

Depois disso, apenas vesti a blusa e corri para o refeitório, segurando minha mochila pela alça lateral e levantando-a, colocando em minhas costas.

Me aproximei dos lanches, e até que me contentei com o cardápio. Peguei um sanduíche natural, um cappuccino e claro que não podia faltar minha maçã em minha bandeja. Após isso, peguei minha bandeja e fiquei varrendo aquele espaço enorme cheio de pessoas que tenho que conviver procurando a mesa onde aqueles toletinhos de bosta denominados meus amigos estavam comendo, porque não me esperaram resolver minha vida.

Semicerrei os olhos ao fitar um cabelo branco e várias pessoas em volta dele. Abri um sorrisinho e caminhei até lá.

Durante o meu trajeto, desviando e esquivando de mesas e pessoas, percebi que muita gente me encarava com um olhar diferente. Sei lá, me senti como no primeiro dia de aula como calouro, com aqueles olhos críticos me observando.

— Meu Deus! A criança desaparecida das caixas de leite resolveu aparecer. – Logo que cheguei à mesa, Jack já abriu aquela bendita boca para fazer suas piadinhas sem-graça. Forcei um sorriso e me sentei ao lado de Punzie, que brincava com uma uva enquanto mantinha seu olhar longe. Deixei um pouco pra lá e mantive minha atenção numa galera que vinha para me cumprimentar. – Por onde esteve? Ficamos preocupados. – Arqueei a sobrancelha e fitei continuamente as pessoas que estavam a minha volta, com olhares curiosos.

— Minha mãe ficou em “coma” por alguns dias e teve que ficar internada. Como eu sou uma boa filha, fiquei com ela até receber alta, que foi hoje. Como ainda tinha tempo de vir pra escola, vim aqui para atazanar vocês. – Disse num tom calmo e irônico.

— Que merda, hein? – Proferiu Kristoff me dando um abraço pelo pescoço, rápido, para não começarem as piadinhas. – Mas ela melhorou? – Assenti e Elsa me abraça, já que sentou ao meu lado para fazê-lo.

— Pois saiba que você fez muita falta. Principalmente na aula de Educação Física. – Dou uma risada breve. Fito minhas amigas, inclusive Astrid que sentou no colo de Hiccup e fico pensando, como eu consegui me manter longe delas? Bom, creio que minha mãe é mais importante.

— Mas e então? Atualizem-me de coisas importantes. – Falo me ajeitando na cadeira e começo a saborear meu sanduíche. – Como vai ser a prova, os eventos da escola... – Como Punzie estava trabalhando no jornal, ela foi me mostrando em seu Iphone os eventos que eu perdi e os que iriam começar a partir da próxima semana, como a final do Campeonato de Basquete onde nossa escola iria jogar contra uma rival de 1980. Me mostrou também um trabalho que teríamos que mostrar numa feira de ciências, e eu estava no grupo do Hic e da Trid, graças a Deus. E me contou sobre o comitê de formatura: as arrecadações que já conseguimos, alguns trotes mensais e sobre o baile que estava marcado uma semana depois da formatura, na mansão de Hans que disponibilizou o espaço para investimos na decoração, bebidas... Ai! Confesso que meu cérebro estava dando um nó. Mas Punzie explicava bem, me fazendo entender o resumo de tudo.  

Suspirei pesadamente e percebo que já havia acabado meu cappuccino. Estava tão gostoso que resolvi pegar mais dois para continuar ouvindo as fofocas e as coisas que aconteceram na ultima semana. Levantei-me e caminhei até a área dos lanches, pegando dois copos e um pacote de biscoito. Mas ao me virar, dou de cara com algo duro e macio ao mesmo tempo.

— Qual é?! – Resmungo desnorteada pelo susto. Por sorte meus cappuccinos não caíram, mas a vergonha da minha cara sim. – Não ta me vendo não? Porque aparentemente estou chamando muita atenção aqui, mais o que eu desejava. – Proferi fitando aqueles olhos sedutores e ridículos do Macintosh.

— E aí princesa. – Fala ele mexendo em seu cabelo ondulado, tentando se exibir. No entanto em vez de me encantar com sua beleza, reviro os olhos, incrédula. Ele não se cansa de me perseguir? – Fiquei feliz em saber que você voltou.

— Nossa! Sério? Que legal! Era tudo o que eu queria ouvir. – Falo num tom emocionalmente alegre, fazendo em seus lábios finos um sorriso de contentamento.

— Estranho que! Porque disse ele confiante que estava você que bater iria nele. – Fala o MacGuffin, com um olhar submisso e um pouco tímido.

O moreno e eu o fitamos com nossas testas franzidas, não entendendo absolutamente NADA do que ele falou. Isso causou certo rubor nas bochechas gorduchas, me fazendo abrir um sorrisinho direcionado a ele.

— Enfim... – Cuspi as palavras Macintosh, ignorando completamente o momento constrangedor que seu amigo o fez passar, voltando seu olhar para mim. – Eu sei que você vai ficar ocupada por agora, mas você pode me dar à honra de te levar em casa? Já que somos praticamente vizinhos. – Arqueei as sobrancelhas e miro meus amigos, que assistiam a cena de longe. Não só eles como quase todo o refeitório. – Então, o que me diz?

Tá legal! Eu tenho que admitir que mesmo se eu quisesse rir, eu não me permitiria a fazer uma maldade daquelas. Então apenas engoli em seco e abri um sorriso claramente falso.

— Não. – Falei como se me perguntasse se queria ketchup no hambúrguer. Fazendo muitos ali abrirem a boca, intrigados com a situação. Exceto Dingwall, que estava olhando o nada com a boca entreaberta.

— Perdoe-me, mas o que disse? – Okay! Dessa vez eu quase rir, mas quis manter a mesma postura despreocupada para causar mais baque na conversa.

— Eu disse não. – Repetir e percebo que sua fisionomia de galã se desfez em questão de segundos, transformando-a em raiva. E claro que não pude desperdiçar uma chance de acabar com tudo logo de uma vez. – É melhor você lavar o ouvido, porque só acho que sua audição está um tanto falha. Ou talvez seja a confiança demais que o deixou surdo, até porque você não se ouve e nem tem... Como posso dizer? A vergonha na cara de vir falar com uma garota como eu, ou como qualquer outra, com esses seus papinhos inúteis. – O encaro profundamente e que semicerra os olhos, me fazendo alargar meu sorriso.

— Você sabe com quem está falando Merida, não pode me tratar assim. – Disse cruzando os braços em frente ao peito. Mas como já havia previsto, sua melancolia começou a transparecer. – Seu pai e sua mãe não vão gostar nada disso. – Arquejei sarcástica.

— Ham... Não sei se te falaram agora, mas minha mãe estava no hospital e estava pouco se lixando para o que você acha de como eu me comporto. Além disso, você está certo em dizer que não posso te tratar assim, como qualquer um daqui. Mas pense bem antes de vir paquerar a filha do chefe de seu pai, sendo que ambos sabem a minha resposta. – Ele fechou a cara e começou a espernear em meu ouvido, enquanto eu seguia em direção a mesa que estava sentada. Ele dizia que não precisava de mim pra nada, que poderia arrumar outra como eu e depois parei de ouvir. Mas ouvi o nome do meu ex a ser proferido, não deixei de encará-lo mortalmente.

— O que você falou do Austin? – Indaguei entredentes, o fazendo recuar um pouco em suas palavras.

— Que deve ter sido triste ter que beijar você, porque vamos combinar, seu beijo deve ser horrível.

— Tô sentindo uma treta. – Fala Astrid tampando a boca com as mãos.

Ri incrédula, me aproximando e apoiando os copos na mesa, pensando no que eu ai fazer.

— Qual é Steven... – Ouvi um de seus amigos, e de esguelha, o vi puxando o moletom do Macintosh, que se aproximou um pouco.

— Diz aí Merida. Não tô certo? – Ri mais uma vez e o encarei, bem próxima de seu corpo, notei que realmente ele era muito alto. – Fala pra todo mundo qu-... – O agarrei ali mesmo, roubando um beijo de cinema.

Ouço gritos excitados e histéricos, e muitos, muitos arquejos altos.

Eu puxava seus lábios de um jeito tentador, e minha língua pedia passagem para sua boca, que logo se abriu hesitante. Meu beijo foi sensacional! Eu até me surpreendi comigo mesma. Mas como não estava aguentando ficar ali por muito tempo, me separei e vi o rosto daquele idiota, banhado em surpresa. Noto que suas bochechas estavam muito vermelhas e que seus olhos não conseguiam fitar os meus. Ri daquilo tudo e pego meus dois copos que jaziam na mesa, indo pra fora do refeitório acompanhada da minha turma.

Eu nunca fiz uma coisa tão... Tão... Meu Deus! Tão absurda na minha vida. Quem diria que EU, Merida Gavassi beijaria Steven Macintosh? Eu sei! Ninguém.

— Mano, eu... Não sei o que dizer. – Falava Hiccup perdido nas palavras.

— Merida! O que foi aquilo? – Berrava Anna com os olhos arregalados.

— Fumou alguma coisa? Porque não é possível. – Proferia Astrid desacreditada, enquanto Heather ria das reações que eles faziam. Bitch!

— Que isso Meri? Deu até vontade de roubar um beijo seu. – Brinca Jack, que leva um tapa de Elsa, que forçava uma cara séria, que não durou muito e se juntou ao meu lado.

— O que te deu em fazer aquilo? – Pergunta ela sem entender.

— Gente, eu não sei! Precisava afastar aquele idiota de vez, se não, não teria paz o resto do ano e da minha vida, porque ele não vai ficar longe por muito tempo. – Disse rapidamente, mantendo o público que se formou calados e sem expressões.

— Tá, mas deixa eu perguntar um coisa. – Se põe na minha frente Kristoff, ficando em silêncio por um tempo, mantendo todo mundo calado para prestar atenção. – Foi bom?

— A VÁ! Kristoff. – Os garotos começam a entrar na zoação que ele formou indo na frente, enquanto as garotas ficavam comigo extasiadas com meu feito.

— Você é louca. – Rapunzel me abraça por trás e começamos a caminhas em conjunto, indo em direção as escadas.

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Pov Rapunzel

Eu trançava meu cabelo enquanto lia um livro na aula de Inglês até interessante. Mas não conseguia parar de pensar no exame que farei mais tarde. Minha mente estava explodindo de tanta informação que eu guardava para a prova e agora aquela agonia de saber o resultado do exame de DNA latejava em minha cabeça, me deixando inquieta.

Para a minha sorte, essa era a minha ultima aula e depois disso será só almoço e ir para à clinica, onde minhas “mães” estariam me esperando.

O sinal tocou e o professor dispensou os alunos. Corri para meu armário toda atrapalhada, equilibrando livros e cadernos e segurando o estojo que eu levara na aula artes, onde conversei com meus professores sobre o exame de DNA e eles me deram boa sorte e que esperarão para que eu possa viajar para Portugal.

Mordi o lábio inferior e abri meu armário, socando tudo lá dentro e seguindo para as escadas, onde um tumulto de pessoas não me deixava passar livremente. Suspirei indignada e fui me espremendo até chegar ao pé da ultima escada, correndo pra fora e me encontrando com meus amigos.

— Boa sorte Punzie. – Disse Hiccup me abraçando fortemente. Aquilo me surpreendeu um pouco, mas retribui mesmo assim com a mesma intensidade.

— Obrigada. – Jack abriu um sorriso de lado e me abraçou com força, quase me esmagando. – Ta... Bom, Jack. – Ele riu e me encarou profundamente.

— Não importa o resultado, nós sempre vamos estar aqui para te apóia ou consolar. – O olhei e Hiccup assentiu, confirmando.

— Vocês são os melhores amigos que existem. – Falei um pouco emocionada e nos abraçamos outra vez.

— Vamos? – Pergunta Flynn abrindo a porta de seu carro, que estava estacionado de frente à escola. – Não esquenta galera, vou cuidar bem dela. – Vejo minhas amigas fazendo corações com as mãos e retribuo, fazendo-nos rir.

— Amo vocês. – Grito e entro no carro, dando vários tchaus.

— E aí, ta pronta? – Suspiro.

— Como nunca.


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Notas finais do capítulo

Eaí gostaram? Desculpem se estiver erros, mas eu juro que revisei várias vezes porque a maioria era rascunho, então desculpa.
A música de Avril Lavigne, e seus compositores que não sei quais são.
Referencia da cena de Merida, foi na personalidade dos jovens lordes(?) numa wiki do filme onde tem as personalidades e tals.
Comentem o que acharam.
Beijos



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