New life - History of teenagers escrita por GabiElsa


Capítulo 53
Confusões demais para um dia só


Notas iniciais do capítulo

Hi guys ^-----^, como vão vocês? Eu tô ÓTIMA, sabem o motivo ou pelo menos fazem alguma ideia? A FIC ATINGIU 40 MIL ACESSOS!!!!! Vocês precisavam ver minha reação foi tipo: Uma adolescente pulando no meio da sala, após uma manhã estressante de aula, com um grito entalado no meio da garganta que chegava a doer. Só tenho a dizer um obrigada e um amo vocês^---^. E agora 54 favoritos, só pra sacarem uma lágrima escorreu agorinha mesmo.
Boa leitura



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Pov Elsa

Um amanhecer belo, misturando-se com os vestígios da madrugada congelante, me acordara naquele dia. Meu cabelo estava mais bagunçado do que de costume, como se um furacão tivesse passado por ele, devastando tudo e jogando as mechas para os lados oposto ao certos. Meu rosto estava um pouco pálido, acompanhando a baba no queixo, olhos com remela e marcas de algo que não fazia ideia até o momento. Eu me vi nessa situação naquele início do dia.

Caminhei pelo carpete me arrastando com minha pouca força que eu tinha nas pernas. Obviamente isso iria mudar daqui á algumas horas, quando irei despertar-me por completo. Mas para isso ter um início, preciso começar com um bom banho quente e uma xícara de café com biscoitos de chocolate.

Me despir e me encontrei em baixo do chuveiro, sentindo a água quente bater em minha pele. Realmente aquela manhã estava um pouco fria, mas não era por falta de motivo, pois afinal, o inverno está a caminho e estou a sua espera com um novo estoque de agasalhos e diversas peças para me esquentar dessa estação fria e congelante, a qual eu amo com uma paixão incondicional.

– Elsa? - Ouço a voz de Anna no banheiro - Acordou cedo por quê? - Desliguei o chuveiro, peguei minha toalha e sair do box para encarar minha irmã.

– Estava sem sono - Falo com um sorriso de canto - Já falou com Kristoff? - Perguntei caminhando até meu quarto, onde em cima da minha cama havia minha roupa já separada. Uma blusa de frio, uma calça jeans e meus inseparáveis All Star brancos.

– Não - Responde Anna se jogando em minha cama com um olhar tristonho e a boca murcha - Eu não sei o que fazer. Estamos nos encontrando cada vez menos. Quando ele está estudando ou trabalhando, estou ensaiando ou decorando minhas falas pra peça. Não dá para ir todas as noites no Sven's e daqui á alguns dias vamos ficar sem nos falar até voltarmos de férias ou no final do segundo bimestre, quando terminarei o segundo ano e me apresentarei para várias pessoas em um teatro comparado com os da Broadway - Disse ela rapidamente, como se não tivesse tempo para dizer tudo o que queria, ou o desespero misturando com a ansiedade - Elsa, você tem noção do meu desespero? - Com uma pequena falha em sua voz, eu pude notar que Anna precisava de ajuda para organizar sua vida, tanto social quanto emocional. Me vi no dever de socorrê-la, porque afinal, sou a irmã mais velha, e precisava agir com tal. Pelo bem de Anna.

– Anna, isso já faz um mês. Se está com dificuldades com o papel de Ella, passa para outra pessoa - Aconselho sentando-me na beirada da cama fitando minha unhas.

– Não! Eu nunca ganhei um papel de protagonista e não vou estragar essa chance - Disse ela de súbito se levantando da cama com a testa franzida - Deve ter outra forma.

– Fazer um calendário com seus compromissos marcados seria bom - Penso alto.

– Não seria uma má ideia - Disse ela, entrando de acordo - Me ajuda?

– Que espécie de irmã eu seria se não de ajudasse? - Com um sorriso em lábios, Anna deu um pequeno pulo de alegria e me abraçou fortemente, antes de sair de meu quarto cantando, uma coisa que essa louquinha não fazia há bastante tempo. E foi se trocar.

– É bom ter você de volta - Penso alto novamente fitando uma fotografia colada na parede, de Anna junto à mim em Boston, de frente a nossa antiga casa. Que saudade daqueles tempos de adolescentes descontroladas, cantando a trilha sonora do Pitch Perfect com uma sincronia perfeita. É, realmente o tempo passa rápido depois que faz quinze anos. Parecia que ontem eu tinha doze anos, agora já tenho idade até para dirigir. Mas continuo a andar de ônibus, é mole?

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Ao passar alguns minutos no ônibus conversando sobre assuntos paralelos com alguns colegas, finalmente cheguei na escola, onde já havia uma grande movimentação de alunos e funcionários. Mas o que me preocupou durante esses minutos, foi a ausência de Jack no ônibus. Ele não é de se atrasar para ir a escola, porque sua mãe não faz a menor questão que ele falte aula, apenas por motivos especiais.

Dei passos calmos até uma mureta, na qual havia uma loira, uma ruiva e uma morena sentadas nela, e próximo a elas, havia uma pequena roda de amigos, que pareciam está se divertindo com uns pequenos robôs lutadores. Creio que eles estavam fazendo uma Robô-luta sem aposta, ou com...não sabia ao certo, mas que é Robô-luta é.

– Oi peruas - Fala amigavelmente Astrid, girando seu chaveiro em seu dedo indicador, assim que nos fitou.

– Bom dia Trid. Bom dia Meri e bom dia Punzie– Fala Anna depositando um beijo nas bochechas de cada uma.

– Vem cá, vocês viram o Jack por aqui? - Perguntei um pouco aflita.

– Não - Responderam em uníssono.

– Não é aquele ali - Perguntou Merida apontando para um albino dentro de um carro esportivo que entrava na escola com o som nas alturas e chamando muita atenção dos presentes.

– Jack? - Murmura Punzie, que mantinha a mesma expressão surpresa que eu.

– É ele mesmo - Fala Tadashi ao meu lado.

– Não é que o garoto têm estilo - Comenta Gogo, estourando sua bola de seu costumeiro chiclete.

– Que carro maneiro - Fala Hiro impressionado, com a boca entreaberta e o olhar cravado no automóvel.

Após estacionar o carro, Jack saiu de dentro do mesmo com a mochila nas costas e um semblante descontraído, típico do Frost.

Seu cabelo platinado deu uma leve mexida com o bater do vento. Seus olhos azuis estavam com um brilho natural e um pequeno sorriso nos cantos dos lábios, demonstrava claramente que ele estava muito feliz. E isso causou-lhe um certo charme. Sua roupa descolada também não passou despercebida.

– Bom dia linda - Falou ao se aproximar de mim e me dar um selinho.

– Que carro é esse? - Perguntei fria com os braços cruzados.

– Presente do meu pai - Fala ele sorrindo - O que achou?

– Achei que não iria tirar carteira agora - Falo já mais calma.

– Meu pai conversou com minha mãe e ela concordou em deixar-me tirar carteira. Então meu pai deu uns de seus carros para o filhinho querido dele - Merida o encarou incrédula.

– Eita menino sem vergonha - Falou ela rindo.

– Mas em troca, eu devo me comportar bem, tirar boas notas e ficar longe de confusão pelo menos até o começo do ano que vem - Fala Jack me envolvendo em um meio abraço.

– Então comece a se despedir - Disse Hiccup após se aproximar, tirando risos de uma certa loira, que lhe deu um abraço e um selinho.

– É...vai ser tempos de aventura - Responde Jack fungando.

Hiccup mudou bastante do ano passado para este. Tanto na aparência física quanto na maturidade. Ele já era maduro e tinha consciência daquilo que era bom e ruim para sua vida, agora ele está vivendo-a um pouco mais sem se preocupar tanto. Acho que Astrid o mudou um pouco. Seu corpo deve ter mudado por conta da puberdade, mas creio que ele se esforçou para manter o corpinho.

– É melhor entrarmos, a diretora não gosta que ficamos fora do colégio. E além disso, o sinal já vai bater - Disse Hiccup partindo para a entrada principal, levando Astrid junto, que, ao ouvir tais palavras, bufou e caminhou com ele contra sua vontade.

– Tudo bem, papai - Fala Hiro em um tom zombeteiro, fazendo-nos rir.

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Horas se passaram, e tenho que dizer que foi um alívio ouvir o som do sinal ecoando aquela sala de aula, que parecia que só havia o professor dando aula de tão quieta e silenciosa que encontrava-se até então.

– Estão dispensados - Fala o professor North após ter dado uma aula inteira revisando a Primeira Guerra Mundial, um tema de estudo divertido na minha opinião. Passei a gostar de História faz algum tempinho. Creio que foi por conta do professor North. Ele sempre tem uma coisa para descontrair as aulas e torna-las divertidas. É como se o natal tivesse chegado no dia em que ele entrou no colégio.

Caminhei para fora da sala com uma expressão cansativa, eu pensei que me divertiria mais hoje. Mas não importa, eu sei que, assim que entrar em casa, vai ter um almoço delicioso feito por meu pai, porque hoje ele está de folga e ficou de fazer o almoço.

Coloquei meus livros em meu armário e desci até pátio com minhas mãos nos bolsos da jaqueta para ver se as esquenta, realmente vai ser um inverno rigoroso.

– Elsa! Vêm rápido - Me assustei com Kristoff me puxando para um corredor, no qual havia um tumulto.

– O que foi? - Perguntei apavorada.

– É a Anna - Disse ele. Ele me parecia tão aflito que não sabia se segurava um pacote de salgadinhos ou se segurava sua bola de futebol americano - Ela se meteu em confusão com sua inimiga.

– Eu tenho uma inimiga? - Perguntava adentrando aquele tumulto de gente.

Meu coração batia freneticamente, minhas mãos suavam como nunca e aquela preocupação agoniante tomava conta de mim cada vez mais que me aproximava do centro do tumulto.

– Elsa! Ainda bem que você chegou - Fala Rapunzel assim que me viu.

– O que está acontecendo aqui?! - Perguntei assim que vi Anna em cima de Patrícia, puxando-lhe o cabelo e ela esmurrando as coxas de Anna, que gemia e xingava a garota. Porém ambas pararam ao me ver.

– Eu que pergunto isso - A voz da diretora pairou no local, calando-se a todos que estavam presentes - Todos vocês, fora daqui! Agora! - Os que não estavam na confusão correram ou saíram apressadamente. Enquanto a mim, fiquei fitando Anna com um olhar reprovador - Senhorita Homanoff, senhorita Snow, na minha sala já! - Ambas se separam e acompanham a diretora com feições preocupadas. Elas poderiam até perder seus papéis na peça, e isso seria uma coisa trágica na opinião de Anna. Tadinha, espero que só ganhe uma advertência.

– Elsa, quer que eu fique com você? - Pergunta Jack segurando minha mão e lançando-me um olhar acolhedor e confortante.

– Não precisa Jack, de verdade - Disse lhe lançando um sorriso fraco e soltando aos poucos sua mão - Até mais tarde - Jack assentiu e partir para a sala da diretora, para esperar aquela doida varrida. Eu vou manter a calma, irei compreender seus motivos para fazer tal coisa e ficarei na minha sem julga-la.

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– VOCÊ TÁ FICANDO MALUCA?! - Berrava enquanto lhe batia, ou tentava bater, porque ela corria pelo pátio tentando se explicar - ONDE ESTAVA COM A CABEÇA PARA ENTRAR NUMA BRIGA?! POR ACASO ESTÁ TENTANDO SER EXPULSA?!

– Eu estava tentando te defender e você ainda fica brava comigo? - Pergunta ela indignada e incrédula.

– Você sabe que não pode se meter em confusão assim, Anna - Falo sentando-me em um banco com um olhar entristecido.

– Desculpa por ter te deixado preocupada - Fala ela se sentando ao meu lado - Mas você sabe que eu não aguento levar desaforo ou insultos a meu respeito, ou até mesmo a pessoas que eu amo e gosto. Não sabe? - Assenti suspirando - Então...você me perdoa?

– Claro, mas só se me perdoar pelo ataque de fúria que eu tive agora - A respondo com um sorriso.

– É claro que eu te perdôo - Fala ela me abraçando - Quer saber o que a diretora falou? - Pergunta ela se separando de mim e levantando do banco logo depois, junto á mim.

– Ah por favor, relatório completo - Falo enquanto caminhava com ela ao meu lado - Você vai continuar na peça?

– Graças à força superior, sim. A diretora me deu uma segunda chance e disse que se eu apontasse novamente, não vai ser só um papel que irei perder.

– Entendo - Falo rindo - Será que papai e mamãe vão entender como eu? - Ela arregalou os olhos e pôs as mãos nas bochechas, fazendo um biquinho como ela sempre fez desde que era uma criança.

– Oh! Eu tô ferrada - Ela passou a morder as unhas, mas eu a impedi, fazendo ela me fitar.

– Vou tentar fazer o possível para que eles compreendem. Tá bem? - Ela assentiu e voltou a caminhar - Kristoff falou comigo, na verdade, ele quem me disse que você estava brigando.

– Sério? - Pergunta ela com uma feição surpresa. Assenti com uma risada curta.

– Sério. Mas não é essa a melhor parte.

– E posso saber qual é ela?

– Ele estava muito preocupado com você - A respondo.

– E isso é bom? - Pergunta ela.

– Isso é ótimo! Anna, você têm que ir falar com ele para logo se acertarem.

– Tá, vou tentar - Disse ela se sentando no banco da parada com um semblante pensativo.

– Desesperada nessa idade? Isso é tão triste - Uma voz masculina nos silencia. Mas quando me virei, pude ver de quem ela é dono.

– Tadashi? O que faz aqui? - Perguntei sorrindo.

– Eu fiquei de organizar a sala de Robótica, acabei só agora - Fala ele sorrindo - Mas e aí Anna? Ainda não se acertou com o Kristoff? Ele está chateado com você.

– Obrigada por me informar Capitão Óbvio - Fala ela sarcástica.

– Ele tá cheia de problemas no momento, então seria bom se a deixasse na dela - O alerto e ele pareceu entender.

– Então tá - Ele rir, e avista seu ônibus - Tchau garotas - Acenei e ele se foi no grande transporte.

– É Anna, acho que foi confusão demais para um dia só.

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Após chegar em casa, Anna correu direto para a cozinha, pois estava com fome. Já eu, fui até a caixa de correio ver se tinha correspondência.

– Finalmente você chegou - Ouço a foz de Jack atrás de mim - Já estava com saudades - Sorri ao encara-lo.

– Oh, tadinho dele - Falo forçando uma cara de dó. Mas ri no final das contas - Deixa eu pegar essas cartas - Falei abrindo a caixa e retirando de lá diversos envelopes, deduzi que era tudo destinado ao meu pai e a minha mãe - Vêm - O guiei até a rede da varanda e me sentei lá junto dele - Papai, papai, mamãe, Anna, papai...Epa! Anna? - Volto a ver um envelope com o nome da Anna.

– Esse não é o símbolo de Harvard? - Pergunta Jack.

– Creio que sim - Falo visualizando a carta.

– Vai abrir? - Pergunta ele.

– Eu abro?

– Acho que sim.

– Mas é o certo?

– Não.

– Então eu abro.

– Tem certeza?

– Não - Falo mordendo as unhas - Vou conversar com ela. Não deve ser nada...Ah quer saber? Não vamos falar da Anna agora, okay?

– Era isso que eu estava pensando - Ele fala e me beija.

Suas mãos pousaram em minha cintura e as minhas em seu pescoço. Seus beijos sempre me acalmava, não sei como, mas me sentia tranquila quando aqueles lábios tocavam nos meus.

Estava tudo tão maravilhoso, uma coisa tão boa, mas tudo mudou quando a rede arrebentou, nos fazendo cair e nos chocar contra o chão.

– Tá tudo bem? - Pergunta papai saindo da porta muito aflito e preocupado.

– Acho que sim - Fala Jack se contorcendo de dor - Acho que desloquei o ombro.

– E eu desloquei o braço - Falo gemendo.

– Não se mexam, vou pegar o quite de primeiros socorros - Falou ele antes de entrar em casa.

– Elsa, Jack, o que aconteceu? - Pergunta minha mãe se aproximando.

– Não se preocupe mãe - Falo, mas isso não a tranquiliza.

Por que isso acontece comigo?


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Notas finais do capítulo

Pronto.
Gostaram?
Comentários, favoritos e recomendações super bem vindos.