Pov Anna

Na sala de História, observando as folhas caírem lentamente de seus galhos e com a mente no País das maravilhas, estava a garota das trancinhas, aquela que sonhava em ter seu garoto perfeito ao seu lado e que o conquistou com sua teimosia e sua coragem de enfrentar o mundo real mesmo sendo apenas o que era, uma garota ingênua e sem noção da maldade que a cercava. Essa era eu.

Meus pés estavam balançando de um lado para o outro, arrastando a sola no chão, a pedido da minha ansiedade de escutar o sinal, sair para outra aula e tentar se concentrar mais em fazer um papel de Cinderela para a aula de teatro, estava precisando de nota para me garantir no trimestre que vem.

Parece que quanto mais eu pedia para a aula do North acabar, mais o tempo se tornava mais lento, deu até vontade de dormir, claro a aula do professor North era ótima, mas hoje a preguiça havia me consumido por completo, só queria deitar na minha cama e curtir ela da maneira mais simples, dormir assistindo filme.

Apoiei minha bochecha sobre a palma de minha mão e esperei algo acontecer. Eu não conhecia metade da turma, até porque entraram mais alunos e eu não arrumei intimidade com eles. Pelo que observei, grande parte era Nerd. Eu não tenho nada contra eles, pelo contrário, eu acho muito legal ter um amigo Nerd de vez em quando, pois quando estamos tensos em dias de provas eles sempre podem bancar uma de professor e dar um bom resumo do conteúdo. Mas esses não queriam conversar ou até mesmo descontrair a aula, só queriam prestar atenção na explicação e na hora livre lerem um capítulo inteiro. Me sentia uma jumenta perto dessas mentes geniais, a única coisa que eu queria era dormir, mas se for por conta desse relógio que não roda, ficarei aqui por mais longos minutos.

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Pov Rapunzel

Ao soar o sinal de troca de horário, levantei da cadeira e me dirigi para fora da sala. A aula que eu tivera era a de Física, que foi até legal por sinal, pois o professor era muito gente boa e explicava bem, tão bem que acho que vou gabaritar a prova, a qual vai ser aplicada no mês que vem para fechar o primeiro trimestre. O tempo na escola estava passando muito rápido, parecia que foi ontem que entramos no segundo ano, e depois vêm o terceiro, e a universidade, ai que medo! Acho devo aproveitar bastante meus últimos anos aqui, pois foi aqui que eu passei os melhores e os piores dias da minha vida, os quais não quero esquecer.

Fui até meu armário para pegar meu livro e uma barrinha de carne seca para matar minha fome, ficar um horário sentada em uma cadeira dura, mordiscando um lápis e com os olhos fixados no professor é uma tarefa difícil, pois se você distrair com qualquer outra coisa que não seja a matéria, você tá enrascada.

– Oi morena - Ouço uma voz familiar e sinto as mãos do dono dessa voz me envolvendo em um abraço apertado. Abro um sorriso descontraído e me viro para encarar aqueles olhos castanhos claros que eu adoro desenhar - Vamos ficar no terraço? Quero ficar mais tempo com você - Fala Flynn fazendo biquinho.

– Não posso matar aula seu doido, e também não pode ir no terraço porque é proibido, tá afim de ser expulso? - Falo autoritária passando minhas mãos em seu rosto, sentindo os pelos de sua pele.

– Não, só queria ficar com você - Fala ele me lançando aquele olhar tristonho - Mas parece que a aula é mais importante para você - Dou uma risada breve e o encaro incrédula.

– Mas é claro - Ele força uma expressão surpresa e dramática, me fazendo rir.

– Doeu essa - Com sua mão em seu peito, ele falou entre cortes.

– Então deixo te curar - Puxo seu casaco moletom e o beijo. Sentir aqueles lábios nos meus me trazia uma sensação de prazer, de bem estar, me fazia esquecer dos momentos ruins da vida. Como o amor podia ser tão lindo.

Ele me encostou no armário e me deu mais alguns beijos, mas separo antes que alguém nos visse.

– Fala que vamos nos ver mais tarde - Pede ele.

– Talvez - Lhe dou um selinho e me distancio - Mas agora tenho que me concentrar no Inglês - Falo erguendo o livro de duzentas páginas. Ele rir fechando meu armário.

– Boa aula - Lanço um sorriso e vou em direção a sala de Inglês, onde Merida me esperava na porta, pra variar conversando com Austin, mais um casal formado. Yes!

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Pov Elsa

Lá estava eu, andando para a lanchonete a procura de um Chip's ou outra coisa para matar minha fome que começou no quarto horário. Fui seguindo pelo corredor das conquistas Frozen. Havia uma parede inteira de fotos e troféus de todos os anos, não me interessei por nenhum deles, exeto uma foto que meu pai estava. Me aproximei e observei atentamente. Era realmente meu pai, só que sem bigode e sem o pneu furado na barriga. Ele estava mais magro, com poucas espinhas e um cabelo longo, no estilo Zac Efron, resumindo, gratíssimo. Eu já vi várias fotos de meus pais ainda jovens, mas nessa foto eu conseguia ver os traços que Anna puxou. Realmente me encantei por essa foto.

Seguir meu caminho até a lanchonete, o próximo horário seria daqui alguns minutos, então não poderia chegar atrasada. Só que minha curiosidade falou mais alto quando observei o laboratório de robótica. Entrei lá despercebida e vi Hiccup com Tadashi e Hiro conversando.

– Oi Hic - Falo me aproximando até ser notada.

– Oi Elsa - Fala ele me abraçando.

– E aí Elsa - Me cumprimenta Tadashi - O que te trás aqui?

– Minhas pernas? - Falo sarcasticamente, causando em Hiro um ataque de risadas - De zoa. Eu só fiquei curiosa para saber o que meus Nerds preferidos estão aprontando por aqui.

– Tadashi estava nos mostrando seu novo projeto para o Tournament robotics, quer ver? - Assenti. Tadashi sorriu gentilmente e deu um soco no braço de Hiro.

– Au! Cara qual é? - Reclama ele gemendo de dor. No canto de uma parede observo algo se encher fazendo uma forma de um balão com pequenas bolas pretas que deduzir ser os olhos.

– Conheça Baymax - Apresenta Tadashi.

O balão foi andando até mim de uma maneira fofa e acolhedora, se virou para Hiro e o encarou.

– Olá, eu sou Baymax, seu agente pessoal de saúde - O robô acenou e em sua barriga apareceu figuras de expressões - Numa escala um a dez, qual o nível de sua dor?

– Dois - Fala Hiro revirando os olhos.

– Você sofreu uma leve batida no membro superior, eu sugiro uma bolsa de água fria para adormecer seu músculo - Hiro assente.

– Okay Baymax, estou me sentindo melhor - O robô voltou para onde saiu e se guardou por lá.

– Que coisa mais fofa - Falo vomitando arco-íris.

– É, mas eu tenho que modificar a aparência, não lembra um marshmallow? - Hiccup assente e eu gargalho - Ele ajudará muita gente.

– Por mim ele continuava assim - Falo - Enfim, tenho que ir, adorei seu projeto Tadashi. Tchau gente - Saí correndo para a sala de Inglês, afinal, já estava quase na hora da professora entrar, e se eu parasse na lanchonete iria perder tempo.

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Pov Anna

Depois de gravar o texto da Ella, eu fui até o teatro, onde o segundo ano todo estava.

Entrei atraindo atenção de alguns e me sentei ao lado de Elsa, que comia um kalzone escondido. Rir de sua atitude e prestei atenção na professora que já se encontrava no centro do palco preparando a voz.

– Bom dia alunos. Como já é o último horário vou logo lhes passar a introdução da peça que vocês farão para a escola primária Guardians - Jack bufou e se encolheu na cadeira. Já Elsa se engasgou com o refrigerante rindo.

– É a escola da Lara? - Pergunta Rapunzel.

– Infelizmente - Responde Jack. Enquanto a professora explicava, estávamos rindo igual hienas bêbadas do possível mico que Jack pagará.

– Por favor alunos, silêncio - Pomos o fim no ataque de gargalhadas e prestamos atenção na professora - Essa será uma peça importante para o nosso colégio, tão importante que se for um sucesso que estamos prevendo, vocês estarão na parede das conquistas. Esse ano será o ano do segundo, ano que vem será outro ainda melhor, vocês vão por suas marcas aqui e nos trarão orgulho, então...sejam os melhores! - Grita ela nessa última frase, nos assustando - Agora, vamos marcar os papéis dos personagens.

A professora se sentou no palco, tendo em suas mãos diversas folhas e scripts, eu queria ganhar o papel.

– Professora - Levantou a mão Hans - O show de talentos é que dia? - A professora abaixou seus óculos e encarou Hans.

– Será só depois das férias da natal, no fim do ano letivo - Fala ela.

Show de talentos, eu nunca quis participar, mas nesse ano queria ao menos ajudar no camarim. Eu me amarro em bastidores. Mas é o tempo que irá dizer, não é?