New life - History of teenagers escrita por GabiElsa


Capítulo 45
Peso para adolescentes


Notas iniciais do capítulo

Hi guys, como vão? Eu vou mais ou menos, afinal estou bastante nervosa com as notas das provas...urg, mas fazer o que né. Bem eu tenho novidades, a fic terá um novo enredo que vai dar um "Up" na história. E eu realmente espero que vocês gostem e comentem com suas opiniões. Até críticas tá valendo. Mas enfim...é só isso.
Boa leitura



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Pov Anna

Após semanas, o outono finalmente chegou para dar um pouco de ânimo para nossa família, afinal depois do outono vem o inverno, e o inverno sempre nos alegra para sair de casa e curtir um bom chocolate quente e brincar na neve. Principalmente Elsa e eu.

Eu estava em meu quarto ocupadíssima fazendo nada, apenas mexendo em meu computador vendo vídeos clipes e cantarolando as músicas.

Olhei para janela e observei o céu, a rua, as casas e as pessoas que passavam por elas. O céu estava acinzentado com poucos raios de sol atravessando as nuvens carregadas. A rua estava deserta, tendo apenas as folhas das árvores que caíram há pouco tempo atrás. Suspirei assim que vi Elsa estacionando o carro de papai, com o mesmo ao seu lado a parabenizando após seu feito. É que Elsa tirou carteira e papai está lhe ensinando a dirigir.

– Filha, sua irmã e seu pai chegaram - Fala minha mãe com várias apostilas em mãos.

– Eu já vi - Falei lhe dando um sorriso.

– Ah, eu quero conversar com você - Fala ela fechando a porta atrás de si e colocando as apostilas sobre minha escrivaninha - Você irá fazer o último ano no ano que vem, certo? E esse ano vai ser para vocês se prepararem para as universidades - Minha mãe se senta de frente à mim com uma cara feliz, mas eu não sabia o motivo da tanta felicidade. E esse papo de universidade? Eu nem sei o que quero fazer quanto mais em que universidade ir.

– Mãe, onde você quer chegar com esse assunto? - Indago preocupada. Ela me encara com seus olhos brilhando e entrelaça seus dedos aos meus.

– Eu sei que a Elsa não quer sair de New York, então é bem provável que ela irá para Juilliard. Afinal para mim é fácil conseguir uma vaga para vocês. Mas eu queria logo te perguntar se você quer ir para Juilliard - Tá legal, batimentos cardíacos aumentando - E então? Você quer? - Engasguei com minha própria saliva. Eu tenho mais dois trimestres para pensar e mais três do próximo ano letivo, por que eu deveria responder agora?

– Olha mãe. Eu sei que você e papai querem que vamos para as melhores universidades para fazermos o que gostamos, mas eu não sei se quero viver no mundo da arte. Isso é coisa da Elsa e da Rapunzel.

– Eu sei, mas é por isso que estou te perguntando. Queria logo saber de seus planos - Traduzindo para a linguagem dos filhos "Queria logo saber se você vai me largar".

– Eu ainda não me planejei, mãe. Mas não se preocupe. Você me criou para tomar minhas decisões, independente do que for, e é isso que irei fazer com o intuito de não lhe magoar - Falo abraçando-a.

– Eu sei, me perdoe por te pressionar assim - Fala ela enquanto me acariciava - Te amo filha.

– Também te amo, e muito - Falo lhe dando um beijo na bochecha.

– Sabe o que vou fazer para nosso lanche? - Nego com a cabeça e ela levanta animada - Bolo de chocolate.

– Hum...que delícia - Falo lambendo meus lábios.

– Te aviso quando estiver pronto - Fala ela saindo de meu quarto, me deixando sozinha com meu computador.

Universidade. Essa é uma palavra como qualquer outra, mas o peso que ela pode causar em um adolescente despreparado para o mundo é trágico. Esse pequeno diálogo que tive com minha mãe foi assustador, meu coração parecia que iria pular pra fora a qualquer momento, mesmo sendo uma conversa amistosa.

Um ruído me tirou de meus devaneios, fazendo-me olhar para a porta da suíte, e entre a mesma estava Elsa me encarando séria, me causando preocupação.

– O que foi mana? - Pergunto e ela adentra meu quarto sem mudar de feição.

– Eu escutei, sem querer, sua conversa com a mamãe - Fala ela se sentando ao meu lado - Você não quer ir para Juilliard? - Pergunta ela.

– Não é isso Elsa, só...estou tentando me descobrir. Você toca piano e canta muto bem, eu também canto, mas acho que não é a única coisa que eu sei fazer...e quero tentar descobrir esse meu outro lado em algum lugar que eu me sinta bem - A respondo, Elsa não argumenta, na verdade ela nem se atreveu em abrir a boca para falar algo. Apenas encarou o chão com o olhar longe - Ficou triste?

– Não. Eu só não quero que nos separamos. Sabe? Eu nunca te falei isso, mas eu sobrevivi ano passado porque você estava lá. E se você não ficar comigo na universidade. Vou ser uma universitária morta.

– Credo Elsa! - Falo rindo logo em seguida - Eu também não quero me separar de você - Afirmo lhe dando um abraço quentinho - Não vai se livrar de mim tão cedo assim.

– Quem? Eu? Isso nem me passou pela cabeça - Fala ela sarcasticamente e eu lhe dou um leve tapa.

– Sério, quando chegar a hora...vamos estar sempre juntas, prometo - Ela me abraça forte e a retribuo da mesma forma.

– Ouvi que mamãe está fazendo bolo de chocolate - Comenta ela - Isso é verdade? - Afirmo rindo.

– A mais pura - Ela me encara travessa.

– Vou ficar com a raspinha - Ao falar isso ela sai correndo e eu a sigo. Raspinha de massa de bolo é uma delícia, principalmente a de brigadeiro.

Que tarde mais pesada essa. Tenho tantos dias para pensar e preciso me decidir agora? É claro que ensino médio serve para isso, preparar os alunos para o mundo real que os espera. Só quero que não chegue tão cedo.

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Pov Jack

Eu estava na frente de minha casa treinando umas cestas, enquanto isso, Lara Frost brincava de patins com seu namorado Eric. Eu ainda sinto ciúmes dela, pra falar a verdade ,muito ciúme, tipo muito mesmo. Quando eu vejo eles dois se abraçando ou até mesmo com mimos entre ambos, me dá vontade de congelar aquele rosto horrível. Brincando, o Eric é um garoto bonito e é bem educado com minha irmã, mas vê-la com esses garotos de escola não me agrada, até porque eu já fui um e sei exatamente o que eles pensam nessa idade.

– Jack - Me tira de meus devaneios Jamie, que grita ao sair do carro em que estava.

– E aí irmão - Falo fazendo um toca aí.

– Oi Jack - Fala Sophie correndo para me abraçar, me abaixo e a pego no colo.

– Oi minha princesa - Ela me encara com raiva.

– Eu não sou uma princesa, sou uma fada. Olha minhas asas - Ela me mostra as asas em suas costas e eu me reprovo.

– É mesmo, desculpa. Minha fadinha preferida - Ela me dá um beijo na bochecha e eu a coloco no chão.

– Venha Sophie - Tia Carla a chama e ela, cantarolando, vai até ela - Olá Jack, oi Lara - Acenamos e ambas entram com Lara.

– Tudo bem galera. Que tal um mano a dois? - Pergunto pegando a bola.

– Eu topo - Fala Jamie tirando seu casaco.

– Eu também topo - Fala Eric.

– Então vamos lá - Falo e começo do meio da quadra. Ambos correm até mim e eu os driblo sem dificuldades, cruzo a quadra e faço cesta de três. Começamos tudo novamente, porém eu apenas arremesso por baixo, fazendo uma enterrada - Querem começar? - Pergunto e eles afirmam um pouco cansados. Jogo a bola para Jamie e o mesmo me dribla jogando para Eric que lança e acerta de dois pontos, fico impressionado, no entanto, quando Jamie iria recomeçar a jogada, consigo dribla-lo e acerto outra de três.

– Caramba você é bom - Me elogia Eric fazendo Jamie rir.

– É claro, eu o treinei - O encaro com a sobrancelha arqueada e ele me ignora. Na verdade, eu aprendi a jogar basquete pela televisão. Via os jogos e me encantava com os arremesso feito pelos jogadores. Aí nas aulas de educação física acabei aprendendo a realmente jogar e arremessar.

– JAMIE, A TIA MILENA TÁ CHAMANDO VOCÊS PARA JANTAR - Grita Sophie do jeito dela, com as mãos na cintura e as bochechas levemente inchadas.

– JÁ VAMOS - Grita de volta Jamie indo até lá com Eric, mas ao notar que eu não os seguia ele me encara curioso e preocupado - Você não vem?

– Sim eu vou, podem ir na frente - Jamie dá os ombros e entra em casa junto com Eric.

Suspiro e começo a fazer uns lançamentos. Até que alguém chama minha atenção.

– Com licença. Eu estou procurando por Milena Frost, a conhece? - Pergunta um homem, bem elegante por sinal. Ele tinha olhos azuis iguais aos meus, cabelos escuros em um belo corte, no inferior de seu rosto havia uma barba bem rala que ia até o queixo e se misturava com um pouco de pelo acima de sua boca.

– Sim, é minha mãe - Aquilo pareceu ter o chocado de certa forma, chegou a ser estranho, afinal, quem era ele?

– Oh...ham, será que ela pode me atender? - Fala ele gentilmente.

– Claro, entra aí - Falo e ele se aproxima - MÃE! PODE VIR ATÉ AQUI - Grito na porta e minha mãe logo aparece.

– O que foi filho? - Pergunta ela sorrindo, mas esse sorriso se desmancha ao ver o cara lá parado a encarando com um sorriso - O que faz aqui? - Pergunta ela se aproximando dele, ela parecia estar aflita.

– Vim lhe visitar, algum problema? - Minha mãe não o respondeu, só voltou seu olhar para mim.

– Jack por favor entre - Ordena ela, me deixando mais preocupado.

– Quem é ele? O que ele quer mãe? - A pergunto e ela apenas fecha os olhos suspirando - Mãe, quem é ele?

– Por favor Jack - Pede ela mais uma vez. Com relutância eu acerto uma cesta antes de entrar em casa com raiva. Eu odeio quando as pessoas me escondem algo, principalmente quando são as que eu mais amo.

Mesmo me sentindo um derrotado pela ordem da mulher que me botou nesse mundo, eu fui até o quarto de Lara e fiquei na varanda, onde dava para ouvir a conversa da minha mãe com aquele estranho.

– O que veio fazer aqui? Já não basta o que você fez comigo?

– Mili, você sabe que eu não tive escolha.

– Mas doeu Chris, e muito.

– Olha, o que eu fiz foi para o nosso bem. Mas agora eu estou de volta e prometo que não irei te deixar novamente - Fala o cara abraçando minha mãe, o estranho foi que ela o abraçou, ela o retribuiu. Mas afinal quem é ele?! - O garoto está um rapaz - Mamãe rir e ela o encara.

– Se você está assim só com Jack, imagino sua cara ao ver a Lara.

– Minha gatinha já está igual ao Jack?

– Não. Mas não demora tanto para ela chegar - O homem bufa rindo e a abraça novamente - Entre, creio que precisa me contar bastante coisas sobre sua aventura na Inglaterra.

– Com toda certeza - Ambos entram e eu vou até meu quarto aflito. Jamie e Lara tentaram falar comigo, mas eu precisava refletir.

Mamãe conhecia aquele homem, ele já ouvira falar de mim, tanto de mim quanto da Lara. Me jogo na cama e grito em meu travesseiro. Foi aí que a ficha caiu. Não, não pode ser...não pode ser.

– Jack, podemos conversar? - Ouço minha mãe do outro lado. Corro até a porta e a abro - Acho que isso é um sim - Afirmo nervoso e entra minha mãe, Lara e o homem.

– Podem me falar, estou disposto a ouvir tudo - Falo e Lara senta-se ao meu lado.

– Bem, primeiro quero que conheçam Chris - Fala mamãe e o homem chamado Chris acena - Sabem? Há alguns anos atrás, Chris e eu nos conhecemos e nos tornamos amigos bem íntimos. Eu...estava na universidade e ele também. Mas após isso nos casamos porque nos apaixonamos e eu...engravidei de...Jack - Aquilo me abalou, mesmo tendo uma ideia do que ele poderia ser, mas eu...

– Porém meu pai não aprovava muito bem nós dois, e eu tive que me mudar do país, para Inglaterra. Então os deixei aqui, mas voltei quando você tinha uns três anos Jack, só que você não me conhecia, não tive a oportunidade de me apresentar como seu pai. Bem, e sua mãe acabou engravidando de Lara, mas eu tive que voltar para Inglaterra pois arriscaria a vida de meu pai, pois ele estava muito doente...ele acabou morrendo tempos depois e eu tive que assumir sua impresa...com isso tudo acabei me transferindo há poucos dias para New York e vim me redimir com vocês dois - Fiquei pasmo e Lara não era diferente.

– Vocês aceitam seu pai de volta? - Pergunta minha mãe e eu não a respondo, apenas encaro o chão bestificado.

– Quer dizer que eu sempre tive um pai? Vocês estão dizendo que íamos ser uma família? Mas por culpa de nosso avô não fomos? - Bombardeia de perguntas Lara com lágrimas em seus olhos. Ela sempre queria ter um pai presente e iso abalou tanto ela como eu, principalmente eu.

– Querida...- Tenta acalmar mamãe, mas Lara corre para seu quarto e se tranca por lá.

Chris fica me encarando a espera pela resposta.

– Jack? Você pode pensar se quiser - Fala ele e eu confirmo com a cabeça. Ele não fala nada, só se levanta e saí do quarto sem der nenhuma palavra.

Eu tenho um pai. Eu conheci meu pai. Eu...realmente preciso pensar.


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Notas finais do capítulo

Capítulo depressivo esse, mas é preciso.
Então já sacaram o que vem pela frente né? Rsrs, ah e sobre Merida e Austin só no cap que vem okay.
Espero que tenham gostado.
Comentem please.



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