Pov Anna

Finalmente casa. Passar horas em um ônibus é muito chato. Ainda bem que eu dormir tranquilamente depois do almoço, cheguei a pensar que me doparam com sonífero...Será? Acho que esse vai ser um mistério que eu nunca saberei.

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que eu fiz foi dar um abraço em meus pais e me jogar em minha cama. Mas claro, antes disso eu tomei um banho bem refrescante para tirar aquela inhaca de suor.

Me vestir e fiquei escutando música deitada em minha cama. A porta da varanda estava aberta, dela passava uma brisa e chegava até mim.

Eu coloquei a música Where you're gone da Avril Lavigne. Aí lembrei de meu Kristoff. Por causa desse namoro escondido, fica mais difícil nos encontrar as escondidas. Por que isso? Porque desde que uma certa pessoa terminou com outra, essa tal pessoa virou minha sombra. Essa sombra se chama Elsa.

É sério, eu vou sair ela quer ir junto. Aí às vezes eu a levo comigo para nos encontrar com Kristoff, mas como ela não sabe da gente, não podemos nem dar um selinho sem que ela perceba.

Sabe? Eu amo minha irmã, mas ela precisa sair da minha cola.

Saí de meus devaneios por conta de meu celular. Deslizei meus dedos na tela e atendi a ligação.

– Alô? - Falo.

– Anna? Oi - Reconheço essa voz de todo lugar.

– Oi mor - Falo.

– Você quer ir no shopping? Sei lá, pega um cinema. Oque acha? - Fico pensando. Seria uma boa.

– Que filme?

– A gente decidi lá - Fala ele - Eai? Vamos?

– Tá legal - Respondo.

– Beijo.

– Beijo - Desligo, já estava arrumada mesmo.

Desço as escadas, pego minhas chaves e vazo antes que Elsa aparecesse.

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Chego no Sven's e vejo meu amor lá, me esperando. Quando ele me percebe, ele caminha até mim. Nos abraçamos. Aí que saudades de beijar aqueles lábios.

– Vamos logo - Fala ele pegando minha mão.

Quando saímos da sorveteria, vi ele pegando um capacete de moto. Que medo.

– Vem - Ele me entrega e eu sento na carupa.

– De quem é a moto? - Pergunto, enquanto ele colocava o capacete.

– Ganhei de meus padrinhos - Fala ele - Pronta?

– Pronta - Falo com a voz trêmula, não gostava de motos.

Quando ele deu a partida eu agarrei seu tronco, mas aí quando ele pegou uma velocidade eu me sentir tão bem. Sei lá.

– Se quiser posso ir devagar - Fala ele.

– Não eu gosto de velocidade - Falo com a voz mais confiante. Aquilo era bom demais, era como eu fosse livre, como se eu estivesse voando.

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Chegando no cinema, fomos assistir um filme de comédia romântica. Nos sentamos bem no centro do cinema, já que não tinha quase ninguém.

Me acomodei na poltrona e Kristoff fez o mesmo. Logo depois de alguns minutos estávamos praticamente deitado um em cima do outro, tá legal exagerei. Só estava deitada em seu ombro e ele com seu braço em volta deixando nos bem próximos. Em momentos de romance no filme, nos beijávamos. Estava tudo tão perfeito, aquele momento só eu e ele, sem problemas ou pessoas para estragarem.

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Depois do filme estávamos em um meio abraço andando pelo shopping. Eu tomava um Milkshake de chocolate e ele um sorvete de...cenoura? Essa cidade é tão estranha.

– Onde você arrumou isso? - Pergunto enquanto eu bebia o sorvete.

– Ué no mesmo lugar onde eu comprei seu Milkshake - Fala ele.

– Eu nunca vi um sorvete de cenoura, é gostoso?

– É - Ele aproxima o sorvete de minha boca e eu provo um pouco - Eai? Gostou? - ECAAAAAAA.

– É gostoso, mas eu gosto mais de chocolate - Minto na parte de que é gostoso, também nunca fui de gostar de vegetais.

– Haha, a Punzie fala que somos igual bolo de cenoura com cobertura de chocolate. Combinação perfeita - Fala ele rindo.

– Acho que se ela soubesse que estamos namorando ela ficaria tão feliz - Falo.

– Concordo - Fala ele mostrando aquele sorriso lindo. Quando olho no relógio vejo que já ia dá sete horas.

– Meu Deus - Resmungo parando onde estava.

– Oque foi? - Pergunta ele.

– Meus pais vão me matar - Falo apavorada.

– Relaxa, a gente chega rapidinho. Vem - Ele segura minha mão e corremos para o estacionamento.

Com sua moto chegamos rápido em minha casa. Ele parou de frente a ela.

– Brigado - Falo descendo da moto e correndo para dentro de casa, mas antes disso, volto até ele e o beijo - Espero que não demore o próximo - Falo sorrindo, ele também sorrir e me beija.

– Também espero que não demore - Fala ele - Eu prometo que, vamos dar um jeito de nos assumir. Tá legal? - Assenti antes de beija-lo novamente.

– Agora sim eu posso ir - Falo e entro em casa. Esse foi um dia ótimo, queria que acontecesse isso mais vezes.

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Pov Jack

Eu estava em meu quarto, curtindo uma boa música. Minha janela estava aberta para entrar um vento. Estava usando uma calça jeans. Olhava meu Face. Aquilo que houve com a Elsa me deixou pensativo. Muito pensativo. Fiquei vendo sua linha do tempo e vendo suas fotos, ela era tão feliz em Boston, agora ela sorria menos, ficava brigando com quase todo mundo. Eu estraguei sua vida. Eu sabia que poderia rolar algo assim, mas não sabia que me sentiria tão...triste. Esse negócio de orgulho é tão complicado.

Olhei para minha janela e percebi que ela não estava no quarto. Acho que preciso de um basquete.

Desci do jeito que estava, peguei minha bola e fui até a área da frente. O carro de minha mãe estava dentro, então tive livre acesso para jogar.

Eu era muito bom em meus arremessos, mas hoje eu estava tão pensativo que eu errava. Não conseguia me concentrar.

AI ELSA SAI DA MINHA CABEÇA

Sinto uma raiva dentro de mim e jogo a bola no portão fazendo um barulho altíssimo. Me jogo na grama e fico olhando as estrelas.

Ela ainda vai me enlouquecer.

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Depois de uma longa noite eu me levanto lá para às onze. Me visto e resolvo andar de skate, faz um tempo que eu não dou uma volta na pista.

– Jack o café tá pronto - Fala minha irmã batendo em minha porta. A abro e desço.

– Filho não vai tomar café? - Pergunta minha mãe sentada no sofá, assistindo seu programa matinal.

– Depois eu tomo - Falo abrindo a porta carregando meu skate.

Quando eu ia dar minha remada vejo a senhora Snow com dificuldade com as compras.

– Senhora Snow. Quer uma ajuda? - Pergunto.

– Ficaria agradecida - Fala ela com um sorriso. Ainda preciso me acostumar com a aparência de mãe e filha.

– Tudo bem - Retribuo o sorriso e pego as sacolas. Ela fecha o porta malas e entramos na casa.

Passo pela sala e vejo Elsa e Anna assistindo desenho. Elas não me percebem. Nem liguei muito pra isso, só entrei na cozinha e deixei as coisas no balcão a pedido da senhora Snow.

– Muito obrigada Jack - Agradece ela - Se quiser pode ficar.

– Eu vou dar um role de skate, preciso treinar umas manobras - Falo. Ela dá os ombros e abre a geladeira. Eu vejo ela colocando os ovos e aí uma idéia maligna veio em mente - Eu posso fazer uma pegadinha com sua filha? - Ela fica confusa.

– Com a Elsa?

– Pode ser - Falo.

– Olha Jack, se ela te bater, não adianta me pedir pra deixar ela de castigo. Até porque eu sei que você quem começou - Fala ela séria.

– Eu conheço sua filha. Eu só acho que preciso deixar essa casa mais divertida. É trazer diversão é oque eu mais sei fazer - Ela parece pensar e então ela assente. Abro um sorriso e pego o ovo.

Eu passo chocolate em volta do ovo e o coloco em um embrulho de bombom.

– Elsitaaaaa - A chamo e ela me encara.

– Oque ele está fazendo aqui? - Pergunta ela furiosa.

– Vim fazer às pazes - Falo - Tome esse bombom como símbolo de nossa paz - Lhe entrego. Ela me olha desconfiando e pega relutante. Ela levanta seu olhar para mim.

– Prove antes - Fala ela. Como sou muito esperto, mordo a parte do chocolate. Eu finjo que estava gostoso e ela morde fazendo a gema cair em sua boca.

– É OVO HAHAHA - Começo a gargalhar e Anna faz o mesmo. Então ela joga um pouco em mim e corre pra me bater. E claro eu corro como o Papaleguas.

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Pov Anna

Depois de alguns minutos eu fico apenas escutando o grito de desespero de Jack, os xingamentos de Elsa e várias coisas quebrando.

E assim o silêncio pairou.

AI MEU DEUS HOUVE MORTE DE UM DOS DOIS

Corro até os fundo e sinto um cheiro de chiqueiro. Eu vejo Jack cheio de terra e Elsa gargalhando feito uma hiena.

– Oque houve aqui? E que catinga é essa? - Falo tampando o nariz. O cheiro vinha de Jack. Logo chega minha mãe e a mãe de Jack.

– Que cheiro é esse? - Pergunta minha mãe tampando o nariz.

– Jack rolou na bosta foi? - Pergunta a mãe do Jack fungando.

– Foi quase isso - Fala Elsa morrendo de rir. Ela tinha culpa. Pode ter certeza.

– Elsa oque houve? - Pergunta minha mãe.

– É que eu...joguei adubo nele hahahahahahahahaha - Ela deita no chão e volta a gargalhar. Deu até vontade de rir, mas não era do Jack e sim dela.

– Elsa - Fala minha mãe - Não é pra ficar gastando meu adubo - Jack fez uma careta tão ilaria.

– Vai tomar banho de perfume - Falo.

– Não será necessário - Minha mãe pega uma mangueira e entra em casa, logo ela volta com um sabonete para Jack - Tira essa catinga aí mesmo.

– Ha - Elsa rir vitoriosa.

– Elsa ajuda ele - Foi a vez de Jack rir.

– Oque?

– É isso que você ouviu - Nossas mães entra e eu dou uma gargalhada tão gostosa e entro.

Pov Elsa

Dá pra acreditar?

– Viu quem mandou me jogar adubo? - Fala Jack tirando a camisa. Eu ligo a mangueira e taco em sua cara.

– Morre desgraça - Falo afogando ele com a mangueira, mas aí ele consegue me virar e começa me molhar. E ESSA ÁGUA ESTAVA CONGELANTE!

– Oque sua mãe usa nesse adubo? Tenho até dó das plantas - Fala ele lavando seu cabelo.

– Não faço idéia - Falo levando meus braços -Seu ficar doente é sua culpa.

– Tô nem aí - Fala ele e eu jogo um jato em sua cara - AI ELSA, ENTROU NO NARIZ. Agr.

– Tô nem aí - Ele me encara furioso. Ihh tô ferrada.