O Casamento Do Meu Melhor Amigo escrita por Beth


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Olá! Meus amores, se eu ainda tiver algum leitor hahaha, estou de volta!
Passei a maior parte do último ano empenhada em passar na faculdade, e consegui!
Agora estou cursando meu primeiro período as coisas estão um pouco melhores.
Aí está o capítulo, sexta da semana que vem posto outro.



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–Vocês tem certeza disso?- Stella perguntou encarando Danny, ele sorriu.

–Por que você está com medo?- Ele perguntou divertido, sabia que ela realmente não estava com medo, mas não perderia a oportunidade. E também de certa forma faria o possível pra irritá-la e perturba-la nos poucos dias que a teria.

Ele não admitira, mas sabia e Lindsay também sabia, sentia muita falta de Stella.

Danny crescera num bairro pobre, seus pais sempre lutaram muito pra por comida na mesa e pra lhe dar algo. E com isso não tinham tempo pra ele, Danny crescera nas ruas, sem sentir que alguém realmente se importava com ele.

Stella simplesmente aceitara e abraçara o papel de sua mãe. Ela estava ali quando precisava, para abraça-lo e apoia-lo, pra lhe dar uma bronca quando necessário, mesmo que isso pusesse em risco a sua amizade.

E ele sentira a falta dela. Sentira falta de seu sorriso, de seu bom humor. Ele se lembrava das primeiras semanas depois dela ter ido embora, alguém parecia ter morrido. Não havia risos, não havia piadas, Stella era muito mais do que apenas a segundo comando, e muito mais do que sua amiga.

–Eu não estou com medo Messer. Não sou covarde igual a você- Ela falou sorrindo, ele sorriu de volta.- Apenas acho isso um pouco arriscado, parece que vai chover.

–Se quiser, pode ficar em casa debaixo da coberta tremendo de medo enquanto eu e o pessoal nos divertimos.- Ele falou sorrindo, Stella revirou os olhos. Ainda se perguntava como Lindsay conseguia aguenta-lo depois de todo esse tempo.

–Eu só acho que passar a noite numa corrida idiota pra chegar até a casa é uma coisa estupida.

–Isso é divertido!

–Eu acho que você está bêbado!- Ela falou, Danny sacudiu a cabeça rindo.

–Eu estou bem. Parei de beber, nada mais que 4 taças. E apenas em grandes ocasiões, em casa eu posso beber uma ou duas latas com Lindsay. Nada mais.

–Oh, me lembre de perguntar a Lindsay o que ela fez pra acalma-lo – Ela brincou, Danny riu e sacudiu a cabeça.

–Você está bem engraçadinha Bonasera. Bem engraçadinha.

–Pessoal!- Uma das parentes de Peyton gritou, seguida por um acesso de riso. Stella revirou os olhos, ela estava visivelmente bêbada.- Vamos nos separar em pares e quem chegar a casa em 40 minutos ganha!

–O que?- Um homem perguntou sacudindo uma garrafa de vodca na mão. A festa de despedida de solteiro tinha sido realmente grande, Stella sacudiu a cabeça, nem sabia o que estava fazendo aqui.

–Vamos nos dividir em pares! E...- A mulher não conseguiu terminar sua risada saiu no meio da frase- Correr!- Ela gritou rindo em seguida.

Danny riu e abraçou Lindsay enquanto eles seguiram pra longe, acompanhando as outras pessoas. Stella suspirou e olhou o mar, ele rugia e avançava em sua direção como um leão furioso.

Ela observou enquanto via os outros se afastarem correndo, e ergueu a garrafa de conhaque que alguém lhe dera pra segurar aparentemente a pessoa se esquecera que lhe dera a garrafa.

Stella tomou um gole da bebida. O gosto forte e amargo fez com que formasse uma careta, o líquido desceu queimando sua garganta, como se ela estivesse bebendo álcool puro ela começou a andar em direção ao lado oposto que os outros haviam tomado, em poucos minutos relâmpagos.

Ela ergueu a garrafa e tomou outro gole. O que ela estava fazendo?! Fingindo que era forte o suficiente pra lidar o casamento de seu melhor amigo, o homem que um dia amou.

E naquele momento não fazia a mínima ideia de se ainda o amava. Só sabia apenas que sua vida estava um inferno, e que ela passara os últimos meses fingindo não sentir nada, e agora, ela não conseguia fingir mais.

Ela se perguntou se era humanamente possível uma pessoa sentir tanta coisa ao mesmo tempo. Raiva... Tristeza.... Dor.... Mágoa.

Pingos de chuva começaram a cair sobre ela, Stella não se importou apertou seus dedos do pé sentindo a areia entre seus dedos dos pés descalços. Em algum momento ela havia tirado os sapatos, e os deixado em algum lugar, mas naquele momento ela não conseguia se lembrar quando ou onde os deixou.

Ela continuou a andar e tomou outro gole.

“- Isso não tem nada haver com meu trabalho ou departamento-Mac falou tirando os óculos escuros e a olhando, Stella sentiu seus olhos presos nos azuis. Ele parecia realmente se importar com ela.

E fora até aquele momento a única pessoa que a procurara, que se importara o suficiente com ela a ponto de segui-la sem se importar com o seu próprio bem estar. Alguém que realmente se importava com ela!

–É difícil por que eu me importo com você- Ele falou, Stella sentiu seus olhos marejarem.”

Ela tomou outro gole, sentia a garrafa mais leve, e sua mente começando a ficar nublada com os efeitos da bebida. Isso não era o suficiente pra embebeda-la mais era o suficiente pra diminuir um pouco da dor.

Ela tinha experiência em beber, nunca contara a ninguém. Mas quando era mais novas, com 16 anos, costumava se embebedar todo final de semana. Até cair inconsciente, uma forma estupida e autodestrutiva de se esquecer do inferno que era sua vida vivendo num orfanato

Então um ano inteiro fazendo isso, e é claro o fato de que Kosta havia voltado da Grécia e descobrira o que ela fazia foi o incentivo que ela precisava para parar com isso. Bebendo não estava destruindo as pessoas que a magoaram, ou se vingando, estava apenas se destruindo.

E agora anos depois, ela se sentia exatamente como aquela garota. Odiando a si mesma, se sentindo uma garota miserável.

A chuva havia aumentado de forma que eu vestido colava no corpo e o seu cabelo tampava uma parte da sua visão. Ela avistou uma pequena cabana, ela fora construída quase dentro da areia da praia, Stella se aproximou da cabana.

Seus olhos avistaram Mac sentado na escada da casa, a gravata e o terno jogados na areia, a cabeça entre as pernas. Ela se preparou pra se virar, mas ele ergueu o rosto.

–Problemas no paraíso?- Ela perguntou debochando e se aproximando. Ela se tornava extremamente mesquinha quando estava irritada e meio bêbada. Ele arrancou a garrafa da sua mão quando ela se sentou ao seu lado e tomou um longo gole- Eu pensei que vocês eram.... Como mesmo...?! Oh sim! O casal perfeito! O par perfeito! Parece que agora o par perfeito não é tão perfeito assim!

–O que eu tenho tentando dizer há dias, é que preciso de uma mulher como Peyton!- Ele falou a encarando furioso, Stella jogou a cabeça pra trás e riu. Em algum lugar na sua mente ela sabia que estava sendo injusta e má com ele, mas ela estava cansada de jogar limpo!

Por que ela sempre perdia! Ela estava cansada de bancar a boa, cansada de jogar pelas regras, ela queria gritar, socar ele, exigir que Mac fizesse alguma coisa com o que acontecia entre eles! Algo mais do que ficarem dançando entre a linha amigos e amantes!

–Que tipo de mulher?!

–Alguém calma!

–Ela é insensível!

–Alguém que não exija muito de meu tempo.

–Claro por que ela vai estar muito atarefada se exibindo com o seu dinheiro!

–Alguém constante!

–Rica?! Fútil?!-Stella gritou, erguendo os braços furiosa, Mac soltou um grito de frustração.

Por que eles não conseguem ter uma droga de uma conversa sem acabarem furiosos gritando um com o outro?! Stella se lembrava claramente de que quando eles estavam tendo uma briga, uma fila de técnicos e detetives se formava em volta de suas salas. E quando um dos dois ia pra fora bastava um simples olhar e todos eles evaporavam.

Danny costumava fazer piadas depois de que tudo passasse e os nervos de ambos se acalmassem, segundo ele era uma semana “sobre um barril de pólvora”. Don dizia que se havia alguma coisa que seria capaz de iniciar a terceira guerra mundial, essa coisa era uma discussão entre eles.

Stella sabia que a maior parte das brigas começavam por que ela não conseguia acatar uma ordem de Mac.

–Diga- Stella pediu de repente o encarando, seus olhos marejados, Mac a encarou- Diga que a ama.

–Que tipo de...

–Diga! Diga olhando pra mim que está perdidamente apaixonado por Peyton!- Stella exigiu o encarando, Mac sacudiu a cabeça- Você não consegue, por que você não a ama.- Ela falou o encarando furiosa. Furiosa consigo mesma por não conseguir apenas fingir não sentir, e furiosa com ele por ser tão complicado! Droga eles tiveram anos perambulando entre a linha da amizade e do romance, e ele resolvera rompe-la logo quando estava noivo?!

–Dance comigo.- Ele pediu, ela o encarou confusa. Mac passara a noite inteira a observando, querendo toca-la, sentir sua pele, saber se a seda do vestido era tão macia quanto suas costas.

–Mac...

–Dance comigo.-Ele repetiu, ela ficou alguns segundos ainda o encarando, Mac apenas continuou com a mão estendida em sua direção. Até Stella suspirar e segurar a sua mão, ele a puxou pra si.

Mac segurou sua cintura com uma das mãos e entrelaçou seus dedos nos dela com a outra mão livre, Stella colocou uma de suas mão nas costas dele.

–Muito ágil, pra alguém bêbado- Ela implicou e o olhou, sabia que estava infantilmente tentando deixa-lo irritado com ela. Era mais fácil gritar com Mac do que ficar ali, nos braços dele se sentindo segura e quente. Ele sorriu.

–Sabe uma das inúmeras coisas que eu sinto falta de nós?- Ele perguntou, Stella negou o encarando, Mac suspirou.- O silêncio. Nós não precisávamos dizer nada, não precisávamos falar pra saber o que o outro sentia. O silêncio entre nós, era confortável. - Ele murmurou abaixando a cabeça e aspirando o cheiro dos cabelos dela, ele sentira falta disso. Stella encostou a cabeça nos ombros dele, fechando os olhos.

Ela fechou os olhos. Ele tinha razão. Haviam noites quando ambos ficavam até tarde no laboratório, que ela apenas pegava seus papeis e ia pra sala dele, os colocava em cima da mesa, e ambos os faziam em silêncio. Não havia necessidade de falar, apenas o fato de que o outro estava ali era o suficiente pra consola-los.

–Peyton parece querer preencher isso. Ela nunca para de falar, as vezes eu fecho os olhos e começo a pensar em outras coisas. Ela não parece se importar com isso, ela não quer conversar comigo e saber como eu me sinto. Ela apenas quer atenção.

–Mac...

–E o sexo. É apenas sexo- Ele falou, ela o encarou surpreso. Mac sempre fora uma das pessoas mais tímidas que ela conhecera- Você e eu, tínhamos mais química trabalhando juntos, do que eu e ela temos quando dormimos juntos.

–Eu sempre pensei que você não sentia isso- Stella admitiu, ele a encarou com um sorriso debochado.- Ou mesmo ignorava.

–Não sentia? Quando eu sabia que você estava entrando, mesmo que fosse o mais silenciosa o possível, e dizia que era meus reflexos de Marine? Era uma mentira. Eu sentia você, parecia que cada ponto do meu corpo sabia que você estava ali, o seu cheiro, sua presença. Eu podia senti-la a metros de distancia. Eu não conseguia ignorar o que eu sentia quando você apenas sorria pra mim.

–Eu não sabia disso- Ela sussurrou, em momento algum Mac pareceu estar lhe vendo como além de sua parceira e amiga. -Então o que nós temos Mac?- Ela perguntou, essa simples pergunta vinha lhe incomodando desde que eles voltaram da Grécia. Ela sabia que as coisas haviam mudados aos poucos, não fora de um dia para o outro, mas elas mudaram.

–Importa dar um nome?- Ele sussurrou, ela se apertou a ele sentindo seus olhos molharem. Ele não ligava, ele apenas queria continuar com ela enquanto estava casado?! Faze-la o que? Sua amante, e quanto ele tivesse tempo passar em New Orleans para eles terem uma ótima noite de sexo e depois ir embora para sua linda e maravilhosa esposa?

–Sim importa.- Ela se afastou dele, Mac a soltou mesmo a contra gosto.- Nós não podemos brincar de casinha, eu não vou aceitar nada menos de que tudo. O que nós somos Mac?

–Eu estou confuso!- Ele admitiu, e a encarou. Aquilo era o que mais o assustava, era a sensação de insegurança. Peyton sempre fora a jogada segura, Peyton sempre estaria ali, não haveria chama, não haveria explosões como a que acontecera minutos atrás. O casamento com Peyton era seguro.

Stella não era. Stella era impulsiva, mandona, imprevisível. Ele nunca teria certeza quando brigavam, nunca sabia exatamente se aquela fora apenas uma outra briga ou fora a briga fatal. E isso seria um problema, um dia poderiam ter uma briga no trabalho, ela poderia ir pra casa, colocar as coisas dentro de uma mala, se tivessem filhos, levaria eles e iria embora.

Peyton nunca faria isso. Ela não teria audácia de ir embora, de larga-lo se ele alguma vez fizesse algo estúpido, Peyton iria apenas ignorar.

Mas os beijos de Stella o incendiava como se o tivesse jogado numa fornalha quente, ele tinha vontade de beijar cada pedaço seu, de devora-la com a boca e com tudo o que pudesse. De possuir cada pedaço do seu corpo, de ouvi-la gritar seu nome, e faze-la se esquecer de qualquer um que não fosse ele. Peyton não conseguia fazer nem metade disso.

Stella forçou um sorriso, seus olhos magoados.

–Resposta errada- Ela falou ao se virar e dar as costas, Mac a observou ir embora, sentindo sua cabeça doer e seu coração também.

Mac sentiu os pingos de chuva contra si quando o vento forte soprou, desistir era a reposta?

Muitas perguntas, poucas respostas.

A chuva começou a molhar seu rosto mais uma vez nublando sua visão.


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Notas finais do capítulo

Então esse capítulo eu reescrevi ele várias e várias vezes. Por que eu queria alguma coisa que mostrasse como eles reagiriam ao uma conversa real, sobre tudo o que estava acontecendo, sem aparencias, sem mentiras. A chamada hora da verdade, e o próximo capítulo será o casamento!
Não garanto nada. hahahaha
Comentem, critícas, sugestões, serão sempre bem vindas. Vocês sabem que eu amo cada pequeno comentário de vocês, e eles me incentivam! :)