Capitulo 14

Pdv Bella

Mas que Porra é essa? Em um momento estou tentando ter uma conversa civilizada com Edward e no outro Esme e Claire aparecem de surpresa aqui. Sim, eu disse surpresa, por que pela expressão de Edward nem ele sabia da visita dessas duas.

Isso só podia significar uma coisa: Elas sabiam que eu estaria aqui.

Ficamos nos encarando por um tempo, até que Edward resolveu dar a palavra.

– O que fazem aqui?

– Bem... – a vaca numero um começou – Precisávamos vê – la – apontando para mim – pessoalmente. Eu pensei que fosse mentira, estive em negação por um tempo, mas agora não resta mais duvidas.

– Você deveria estar morta. O que faz aqui? Veio nos provocar? Seu lugar não é aqui.

– Cuidado Claire... O seu lugar está guardado assim como a de sua Sogra - Frisei bem a palavra sogra.

Elas estavam vermelhas e percebi que o ambiente estava ficando cada vez mais carregado.

– Esta nos ameaçando?

– Não, estou Informando. Cuidado. Lembro - me de tudo que aconteceu no passado. Eu mudei e posso ser perigosa. Bem, não vou discutir com vocês, tenho mais o que fazer. Depois continuamos nossa conversa Edward.

Estava perto da saída, mas senti algo me puxou e parei imediatamente. Assim que me viro, deparou – me com Claire segurando meu braço.

– Onde você pensa que vai? Não terminamos, alias, nem começamos.

– Tire suas mãos de mim sua vaca. AGORA. Não lhe devo satisfações de nada da minha vida. Agora, se me der licença, tenho mais o que fazer.

Sai de la a passos largos e fecho a porta da sala. Mas, isso não impede de escutar gritos vindos de lá.

– Quando pretendia nos contar?

– ... Como? E o que vai fazer... Nem pense nisso... Eu não vou permitir isso entendeu.

Dez minutos depois, tudo ficou em perfeita calma.

Volto a me concentrar no trabalho, já que é difícil porque não entendo nada de negócios, sinto uma presença desagradável em minha sala, e assim que olho para a porto, Esme está parada na frente dela.

– Ai deus, o que quer agora?

– Você fora daqui. Não pense que não sei o que esta pretendendo fazer com a empresa e o quer daqui. Vou direto ao ponto. Largue tudo isso e esqueça meu filho, em troca, não tocarei em um fio de cabelo seu e deixarei sua família em paz, caso contrario, você morre, ou algo bem pior que isso pode acontecer a algum ente querido.

– Como é que é? Esta achando que quero a empresa para mim? bem, acertou em partes, eu queria a empresa, mas, mudei de ideia. Tenho outros planos que não incluem Edward. Eu não o quero, pode deixa – lo para Claire e outra, nem ouse encostar a mão no me filho ou em qualquer outro membro de minha família. Se fiz isso não responderei por mim.

– Então você tem um plano? Espero que saia daqui o mais rápido possível. Caso contrário...

– O que? Acha que também não tenho um truque na manga... Como eu disse, eu me lembro de tudo que aconteceu no passado e isso pode me servir de algo... agora saia daqui, ou terei que acionar a segurança.

– Não pode me expulsar daqui, eu sou dona dessa empresa.

– Seu filho é o dono daqui, e eu tenho quase metade das ações, então, sim, eu também mando aqui, e se não sair por bem, sairá por mal.

Esme se enfurece e sai a passos largos daqui. Menos uma para lidar. Tive que me controlar para não bater nela, é isso que ela quer, ou melhor, ela quer me testar para ver até onde eu vou, mas, com fé eu ei de me controlar. O que é seu esta guardado Esme e inclusive você Claire.

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A semana passou lenta e irritantemente chata. Não se passou um dia em que Edward me pegara desprevenida e tentava dar as suas investidas em mim.

Ele conseguiu arrancar dois beijos meu essa semana, e nas duas vezes levou um chute no saco.

Era sexta e meu dia tinha sido um pesadelo. Tudo o que eu mais queria era voltar para casa e descansar.

Quando consigo esse feito, Dylan já esta dormindo e Luke esta em seu escritório. Caminho até a cozinha sem fazer barulho algum, a ultima coisa que eu precisava nesse momento era de algum interrogatório sobre o meu péssimo dia.

Pego um copo de suco e fecho meus olhos, lembranças do dia invadem minha cabeça. A discussão com as cobras, papeis e mais papeis, e Edward. Ele não parava de me olhar para onde quer que eu fosse e tinha algo em seu olhar. Sim, era como o olhar que Luke sustentava em mim.

O que me deixava com muita raiva, pois, isso lembrava - me o passado e tudo que ele me fez passar. Agora, meu filho descobriu que ele é seu pai e se ele quiser conhece – lo, terei que conviver com ele constantemente e a ultima coisa que eu quero é um Edward Cullen na minha vida.

Cansada, subi para meu quarto a vim me preparar para dormir, e para a minha surpresa, Luke já estava deitado.

– Oi. – disse por fim. – Não o vi sair do escritório.

– Do mesmo jeito que não a vi chegar. Eu até passei na cozinha, mas, você não me notou. Percebi que estava pensativa demais e resolvi deixa – la em paz. Você deve estar cansada.

– Eu estou morta – no sentido figurado da palavra.

– Quer falar sobre o seu dia?

– Chato, cansativo, intrigante e venenoso.

– Hã? Venenoso?

– As cobras apareceram de novo por la Luke, e é claro, cuspindo veneno aos quatro ventos.

– Deus, e agora? O que vai fazer? Sim, por que, com certeza elas farão vista grossa.

– Sinceramente? Não ligo para elas. Amanha ligarei para Jacob e pedirei que assuma meu lugar imediatamente. Depois, terei que conversar com Edward e explicar tudo. Quem sabe assim elas esquecem que eu existo.

– Impossível. Lamento desaponta – la, mas, minha cara, você é a missão que falhou. Elas vão tentar algo Bella, não se engane e mantenha os dois olhos bem abertos. Todo cuidado é pouco.

– Eu terei cuidado Luke, eu terei.

– Ah, já ia esquecendo. Dylan quer conversar com você, é importante.

– Ele te disse o que era?

Luke me olhou pensativo, ele sabia o que era e não queria me dizer, pois no fundo, eu sabia do que se tratava. Edward.

– Amanha eu cuido disso.

– Sairei bem cedo, tenho uma consulta e depois vou a editora. Ficarei o dia fora, então, não se preocupe comigo.

– Consulta? Você esta bem

– Sim, ótimo. Estou cansado, também tive um dia difícil. Boa noite amor.

– Boa noite.

Entrei no banheiro e liguei a torneira da banheira. Luke não ia ao médico, a menos que estivesse com algo. E ele tem algo. Ele sempre me espera para dormir. E hoje ele foi dormir mais cedo e rápido. Ultimamente ele anda muito cansado e reclama de dor na cabeça. Terei que descobrir por conta própria o que acontece com ele.

Mas, além disso, meu filho também me preocupa como sempre. Acho que o que eu mais temia esta acontecendo.

Termino o meu banho e vou direto ao quarto de Dylan. Ele dorme serenamente. Tão novo e tão esperto. Tenho medo que o machuquem. Tenho medo que ele o machuque. Assim que retorno ao quarto Luke já esta roncando. Preciso descobrir o meu marido tem. Ele é fechado e para não preocupar ninguém, finge que esta bem quando não está.

Terei que conversar com seus pais. Então, percebo que meu dia será bem cheio.

Assim que levanto, percebo que Luke deixou um bilhete para mim em seu travesseiro.

Bella, não se preocupe - estou bem. São apenas exames de rotina e depois passarei na editora. Não se esqueça de que Dylan quer conversar com você. Seja compreensiva. Ligo mais tarde para saber como vocês estão. Eu te amo.

Luke.

Droga. Ele vai negar até a morte que está com algo. Luke sempre foi igual a mim. não sabe mentir. Terei que arrancar a verdade dele.

Arrumo - me rápido e vou direto para a cozinha, Mary já esta preparando o café.

– Bom dia Senhora, o café esta quase pronto.

– Tenho tempo para arrumar meu filho.

– Todo tempo do mundo.

– Ótimo.

Corro até seu quarto e entro sem fazer barulho. Dou vários beijos em sua bochecha até que ele acorde.

– Oi meu amor, bom dia.

– Oi – Falou ainda sonolento.

– Você quer conversar comigo?

Então, ele se senta na cama, com o seu jeito de quem quer falar sério. – Sim, quero. É importante. A senhora promete que não vai ficar brava comigo?

– Não querido. Mas, primeiro, vou te arrumar, no café conversamos melhor.

Ele corre para o chuveiro, e se tranca. Ultimamente, ele prefere tomar banho sozinho, segundo ele: já sou grandinho mãe. Homens tomam banho sozinho.

Assim que termino de arruma - lo, descemos rápido. Dylan pega o seu café e começa a tagarelar.

– Bom, é que bem... Eu gostaria de conhecer meu pai. – falou quase murmurando.

– Não entendi Dylan, fale mais alto e sem medo.

– Eu quero conhecer meu pai.

Engasgo com o seu pedido. No fundo, eu sabia que era isso. O que vou dizer a ele. Não querido. O seu pai não é confiável. Ele nunca entenderia. Então, dou a única desculpa válida.

– Filho, tem que ser agora? Eu ainda não consegui conversar com ele. Ele anda muito ocupado.

– Eu sei, eu só queria conhece – lo. Quando a senhora falar com ele, pode me avisar? Não precisa ser logo não. Eu espero.

– Eu sei amor, eu sei. Eu aviso sim. – então, me ocorreu algo que ainda não havia pensado. Será que Dylan sabe algo sobre Luke? – Filho? Você notou se o seu pai anda estranho ultimamente? Ele comentou algo?

– Ele reclama de dor de cabeça, mas, diz que é de tanto trabalhar.

– Ele toma algum remédio, desmaiou?

– Não vi anda mãe. Mas fico de olho para a senhora.

– Obrigada. E não conte nada a ele Ok.

– Ok.

Ele estava escondendo algo, e eu vou descobrir.

Assim que terminamos o nosso café, o levei para a casa de meus pais. Combinei com Charlie que o deixaria nesse sábado durante todo o dia, já que teria um dia muito corrido. Deixei um recado a Marta, mãe de Luke. Pedindo para que ela me ligasse logo porque precisava saber o que há de errado com ele.

Charlie se aproximou como quem não quer nada e foi direto ao assunto – Você vai dizer a ele?

– Não sei se hoje ou outro dia.

– Talvez você não tenha outro dia.

– Tenho medo que as cobras o vejam e descubram tudo.

– Então conte logo. Quanto mais tempo você perde, pior para você.

– Eu vou fazer o meu melhor.

Sai de la e liguei imediatamente para Jacob. Sei que não devo conversar ao telefone enquanto eu dirijo, mas, não tinha muito tempo.

A conversa foi rápida. Para minha sorte, ele aceitou assumir meu lugar na segunda. Eu também não tinha escolha. A editora mandou um e – mail informando que alguns pontos do livro serão reajustados, e eu terei que revisa – lo capitulo por capitulo, o que tomara cada minuto do meu tempo. Além disso, Jacob entende melhor de negócios que eu. Só espero que Edward não insista em minha permanência no local.

Assim que chego ao café, ele já esta sentado, com uma cara de paciente que eu sei que ele não tem.

– Vamos logo ao que interessa. É o seguinte Cullen, não poderei ficar na empresa, a editora já revisou o meu livro e tenho muito trabalho a fazer. Então, eu nomeei outra pessoa que assumira meu cargo na empresa. Mas, não estarei vendendo a minha parte. Quando for preciso, estarei lá. Alguma objeção?

– Você não me deixou dizer nada até agora.

– Quanto mais rápido eu terminar melhor. Jacob ficara em meu lugar.

– Mas é claro, tinha que ser ele.

– Algum problema?

– Não gosto dele.

– Mas, quem o nomeou fui eu, e se você não gosta problema seu. Terá que gostar.

– Mas, Bella. Eu pensei que você fosse ficar lá. A empresa precisa de você, de suas ideias. Eu preciso de você.

– Não comece...

– Escute. No começo eu odiei a ideia, como eu te disse, mas, agora eu percebo que quanto mais tempo eu passar ao seu lado, eu fico melhor. E eu percebo o idiota que eu fui e aprendo mais com você, como o seu novo eu. Não quero ficar mais nem um dia afastado de você Bella. Será que não entende. Eu te amo.

– Você não entende Edward. Nossa historia acabou a muito tempo. Você destruiu tudo o que tínhamos, você é o resultado do que eu sou hoje.

– Você não confia em mim.

– Você é confiável? Por que, caso seja, preciso que me mostre. Não sou advinha e se for para ter base no passado, então, é melhor eu nunca mais olhar para você.

– Se você deixar, eu te mostro.

– O problema é que: eu não te amo. Eu sou casada agora, eu mudei. E, além disso, você tentou me agarrar varias vezes, e isso eu não admito. O que tínhamos ficou no passado. Supere isso.

– Vou me separar de Claire. Alice conversou comigo e eu percebi que ela só me faz mal. E para não causar mais problemas para você, acho melhor assim. Alias, eu nem devia ter me casado com ela. Eu estava fora de mim. Me perdoe, so o que eu te peço é o seu perdão. Eu... não sei mais o que fazer.

Ele estava sendo sincero. E isso ele nunca mudou. O seu olhar dizia tudo. Embora, eu o odeie muito e ainda queira me vingar. Mas, como disse Alice: o melhor jeito de me vingar dele é o desprezando. E como ele mesmo disse ainda me amar, eu não darei esse gostinho a ele. Mas, isso não me ajudava a confiar nele. Eu precisava de provas para que pelo menos, eu confiasse que ele seria um bom pai. Pelo menos, ele se separaria de Claire. Já era um começo.

– Escute, passe uma semana sem nenhuma briga com Jacob, e depois conversamos. Além disso, tenho uma visita na próxima semana e quero que você me acompanhe. Faz parte do projeto. Mas, não direi nada a você por enquanto. Estou fechando alguns detalhes. Tenho que ir agora. Depois conversamos.

Sai de la o mais rápido possível. Assim que entro em meu carro, meu celular toca. É Lory.

– Oi.

– Bella, ouvi sua preocupação pelo telefone. É o Luke não é?

– Sim. Ele anda estranho, vive reclamando de dor, mas, não diz nada.

– Eu sei, ele também não diz nada para nós. Vou tentar descobrir algo e depois eu te digo. Até.

– Até.

Volto como um furacão para a casa de Charlie; estaciono o meu carro do outro lado da rua, pego o meu filho, escuto um barulho ensurdecedor de um carro em alta velocidade, percebo que ele esta prestes a nos pegar, então, nos jogo na calçada e uma Mercedes vermelha passa como um furacão entre nós, quase nos levando junto. E eu sei de quem é aquele carro.

Claire.