Estilhaços escrita por MrsCullen


Capítulo 10
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Que a vingança comece... esse capitulo terá um longo dialogo. bora para a leitura.
Bella voltando com força total...
Perdoem os erros.



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Capitulo 9

Eu estava nervosa. A verdade era que eu não sabia como reagir. Eu desci as escadas, e Alice fez o resto, em poucos minutos quase toda a atenção estava voltada para mim. E eu passei lentamente por todos ali presentes, fingi que não conhecia ninguém, inclusive Edward que tinha sua melhor cara de espanto. Passei reto e não dei atenção. Fui de encontro ao meu marido.

– O que aconteceu ali?

– Não sei Luke, foi estranho. Não esperava que quase todo mundo voltasse a atenção para mim. Mas, já passou. Agora eu preciso ir até o meu estande para reajustar alguns detalhes.

Sai às pressas. Assim que cheguei ao local, tudo estava preparado para a coletiva. Meu deus, eu iria me mostrar para o mundo. Que louco. Quando eu pensei em ser escritora, não queria ser reconhecida na rua, pelo contrario, gostaria que viver a minha normalmente, sem ninguém para me atrapalhar, mesmo porque era muito cedo para me mostrar. Não queria que ninguém soubesse de mim, ainda não era o momento.

Mas, agora, aqui, eu sinto que foi o melhor a ser feito. Não podia me esconder para sempre, mesmo porque, chegaria a hora em que meu filho precisaria conhecer seu pai biológico, se assim ele quisesse.

Comecei a repassar tudo na minha cabeça, tudo que precisava ser dito. Em poucos instantes começaria a coletiva e precisava de concentração. Fui ao banheiro e me arrumei um pouco, voltei, tomei uma taça de vinho e fui me sentar. Todos os jornalistas estavam la. O meu marido e meu filho estavam no backstage.

Todos foram muito receptivos e atenciosos. Curiosos é claro, esclareci todas as duvidas e falei mais sobre o meu novo livro. Agora, todos os meus livros viriam com a minha foto na contra capa.

Sai de la e fui correndo até minha família. Alice também estava lá, sua cara era de espanto e medo.

– Você foi ótima. Melhor do que eu pensei. – Luke estava com os olhos brilhando.

– Minha mãe agora é famosa.

– Sempre foi, só que antes ninguém a conhecia – Luke completou.

Mas, a minha atenção estava voltada para Alice. Ela estava imóvel e não disse uma palavra desde que eu voltei - o que aconteceu Ali? Alias, por que a sua família esta aqui?

– Eles conseguiram um convite privado. Queriam muito conhecer você.

– Foi uma surpresa, é claro, na verdade, eu meio que não esperava encontra – los aqui. Eu tinha tudo preparado para amanha. Merda. Isso não explica a sua cara de espanto. O que houve.

– Bem... Eles meio que estão dando um pití. Eles juram que é você, mas, juram que você esta morta. E estão me questionado e não sei o que fazer.

– Bem, não diga nada, eu farei todo o resto, qualquer coisa eu minto.

– Mas do que mentiu?

Ora, por essa eu não esperava. Agora terei que desmentir tudo hoje. Saco.

– Ok. Eu dou um jeito. Filho, esta ficando muito tarde, a Mary vai leva – lo para casa, daqui a pouco a mamãe volta ok!.

– Tudo bem mamãe, mas, não demore, quero que a senhora conte uma historia para eu dormir.

Dou um beijo e um abraço nele antes dele partir. Manda - lo voltar par casa na verdade é um pretexto para o Edward não vê – lo. A semelhança em ambos é muito grande. Volto com Luke e Alice para dentro do salão. Ainda tinha muita coisa para acontecer.

Vários vídeos e historias foram contadas. Escritores homenageados e eu consegui um premio de escritora do ano, assim que subi no palco, meu coração gelou.

Eles estavam lá. Respira, finge que não viu.

– Gostaria de agradecer a todos que me apoiaram em especial ao meu marido. Sem o apoio dele, eu não estaria aqui hoje, e ao meu filho, que se não fosse pela sua paciência e ajuda, eu não teria chegado aonde cheguei. Obrigada.

Sinto seus olhares em mim. Principalmente a de Edward.

Pego o meu premio e vou para a mesa.

Assim que a premiação acaba, o baile se inicia. Alice vem até mim com uma cara pior do que quando a coletiva acabou. Assim que olho para o lado, vejo Edward e sua esposa junto com ela.

– Humm, Isabella, esse é o meu irmão Edward. – hã? Oi? Como assim? – Ele insistiu em vir até aqui.

– Prazer. Edward Cullen.

– Claire Cullen, prazer.

– Isabella Scott Johnson. – apertamos as mãos, sinto um calafrio. Não sei se ruim ou bom. Ignoro o ser ao seu lado.

– Você me lembra alguém. Com todo o respeito.

– Eu lembro muita gente. Gostaria de algo?

– Alice me disse que trabalha para você. Eu achei estranho ela estar ao seu lado, ela nunca nos disse que trabalhava para você ou que a conhecia e quando eu a vi ao seu lado, tive que questiona – la e pedi para que a me trouxesse aqui.

Merda. Isso só pode ser brincadeira. Um jogo?

– Eu insisti para que ela não disse nada. Entenda que não foi culpa dela. Ela não podia contar a ninguém que trabalhava para mim pois isso significaria minha identidade.

– Sem problemas. Bom, vou indo. Ai, esqueci meu livro com a minha mãe.

– Eu deixou uma dedicatória para você com Alice.

– Obrigado, foi um prazer conhece – la.

– O prazer foi todo meu. – Piada interna. – Preciso de ar. – digo a Luke.

Deixo Luke por um estante e vou direto para o jardim, precisava de ar. Aquele lugar estava me sufocando cada vez mais. E as surpresas não acabavam nunca. Algo me diz que aquela historia de ele me contou não é verdade.

Fico admirando as estrelas quando sinto uma presença atrás de mim. Não tenho coragem de virar. Continuo do mesmo jeito que estou.

– Eu pensei que estava vendo coisas. Na verdade, eu ainda penso que estou vendo. Custo acreditar que seja verdade. – Ele estava atrás de mim.

Meu celular vibra. É uma mensagem de Alice.

Desculpa. Ele me ameaçou. Não contei nada, mas, acredito que ele estava desconfiado. Depois eu te explico.

– Eu pensei que fosse mentira. Seu tem uma dureza, um tom desafiador, seu caminhar, seu jeito. Eu reparei em tudo desde o momento em que você entrou. Achei que fosse uma sósia, mas, quando você falou, eu, eu tinha que te conhecer melhor. Você é muito parecida com alguém que eu conheci. Conhecia – falou a ultima palavra como um sussurro. – Eu a vejo em todos os lugares e quando eu te vi, algo acendeu em mim. Diz que você não é ela. Diz que eu estou vendo coisas.

Tive que levantar para encara – lo. Assim que nossos olhares se cruzam, ele fica estático. – Não sei a quem você se refere. Não é maluco você começar a falar de uma coisa meio intima com alguém que você não conhece? Certamente a pessoa que você esteja se referindo deva ter te amado muito e você esta sofrendo, é obvio, mas, seja lá quem seja essa pessoa, eu não sou ela, então, por favor, se esta fantasiando algo, trate de tirar isso de sua mente já. Você está começando a me assustar.

Saio de perto dele, mas, sou impedida. Ele me segura pelo braço. – Tudo bem, então, você pode parar com o seu teatro Isabella. Estamos sozinhos e não tem ninguém aqui fora. Sabe, eu pensei que estivesse tendo alucinações, minha mãe e Claire acreditam que você esteja morta, mas, agora, aqui, eu tenho certeza do que eu vi. É você. Você esta viva.

A minha mascara caiu cedo demais.

Solto o meu braço a força e me viro para encara – lo. – O que eu disse agora não foi da boca para fora. Eu disse a verdade. Eu não sou aquela Isabella que você conhecia, eu mudei. Sou outra pessoa. Morta? Certamente. Eu lembro até hoje de suas palavras. De tudo.

– E você levou a serio.

– Sim. Levei, mas, não pense que fiz por vingança. Eu tinha que me proteger. Mas, até que foi bom, sabe, eu mudei, estou melhor. Se a sua mãe não tivesse feito aquilo, as coisas teriam sido piores, acredito eu.

– Você forjou a sua morte, por deus. O que você esta falando.

– Forjar não é bem a palavra aqui. Veja bem: eu realmente morri, por alguns minutos, mas, não era a minha hora. Alice te deu a noticia cedo demais, então, antes que você tente colocar mais culpados nessa historia além de nos e de sua mãe e Claire, fique sabendo que Alice e meus pais não tem nada a ver com isso. Eu pedi para que nada fosse dito. Tive que me restabelecer. Não podia ficar aqui. O “acidente” não deu o resultado esperado. Elas me queriam morta, eu conseguiram. Se eu saísse de lá viva, não demoraria para que eu morresse de verdade. Eu era uma ameaça. Claire não se contentou em tê – lo, la queria mais. Ela me queria morta, assim como você, mas, ela era pior. Naquele dia eu sabia que ficando em forks, eu não teria chances de sobreviver, eu tinha que sair de la, e mais, eu tinha que mostrar a elas que o que elas fizeram deu resultado. Eu não estava pronta para voltar. Eu entrei em um programa de proteção a vitimas pelo governo e eles me deram total apoio, eles me deram um novo nome, pois sabiam que eu corria risco com o meu antigo. Eles sabem o que eu fiz.

– Você forjou a sua morte por 6 anos. 6 anos Isabella. Isso é crime.

– Não é quando o governo te apoia, quando não tem atestado de óbito e quando não existe lei para isso. E eu não cometi crime nenhum não quando o que eu fiz foi para me proteger.

– Você não tinha o direito.

– Não tinha o que? Se bem me lembro, não tínhamos nada, nada um com outro. Você preferiu acreditar nelas, depois de tudo, mas, o melhor foi saber que você não a esqueceu.

– Por que você fala de você mesma na terceira pessoa?

– Porque aquela Isabella morreu. Eu sou outra pessoa, melhor, mais forte. Vocês me deram algo na qual me deu forças para continuar. Graças a vocês, eu mudei, mudei para a melhor. Me formei, me casei, tenho a minha família, a que me ama verdadeiramente. Tudo que eu passei com você ficou no passado. Fiz questão de esquecer.

Mas, não era verdade. Eu ainda tinha um pedaço dele comigo. Todos os dias quando eu o via, eu sempre me lembrava dele. Não sentia raiva do meu filho. Eu o amo com todo o meu coração, mas, toda vez que eu lembro dele, algo em mim afunda, eu me sinto mal, não sei ao certo. Raiva talvez, ódio, desprezo. Pena.

– Fugir dos seus problemas não era a melhor solução.

– Não era? Então o que era? Ficar aqui e correr o risco de morrer de vez? Viver com medo, toda a vez que eu saísse na rua, toda vez que eu fosse dormir? E não só por mim, meus pais corriam esse risco também. Não fale como se soubesse o que era melhor para mim, a partir do momento que você resolveu ficar com aquela cobra, acreditar nela, você me perdeu. Eu lembro de tudo. Aquele acidente foi bom para alguém. Você caiu, eu me reergui.

– O que aconteceu com você? Já que você não morreu? O que aconteceu depois do acidente?

– Eu fiquei com sequelas. Quebrei alguns ossos, minha fala tinha sido prejudicada, havia sofrido traumatismo craniano. Nada grave. Fiquei em coma e morri. Mas, por algum milagre divino, eu voltei a vida, sai daqui e voltei para Nova York. Me casei, me formei, e hoje estou onde estou.

– Você esta muito fria. Não demonstra emoção alguma. Você fala do nosso passado com tanta frieza, desprezo. Eu sei que você mudou, eu sei que eu fui um idiota, mas, você pensou em mim quando resolveu fazer tal ato? Pensou que eu pudesse sofrer com isso?

Não pude deixar de rir daquilo. – Sofrer? Você? Para com isso Edward, você não sabe o que é sofrer. Ser humilhada pelo próprio namorado, escutar coisas que ninguém merece ouvir, ter seu amor posto a prova, ver o homem que você amava casando com a própria pessoa que armou para você, vê - lo não acreditando em você. Você me bateu Edward. Bateu por que acreditou em sua mãe, bateu por que você é um covarde. E de que adiantou? Pôs a mão no fogo por la e o que aconteceu? Acredito que você tenha visto o vídeo depois . viu o depoimento do cara? Pois é, eu daria tudo para ver a sua cara quando assistiu ao vídeo.

– Eu me arrependo todos os dias por tudo que eu fiz. Meus sentimentos por você não mudaram, mas, agora, nesse momento, eu estou com raiva, por que fui feito de trocha por você por seis anos.

– Você sempre foi um trocha, mas, agora esta sendo mais ainda. Eu só te fiz um favor: mostrei o que você realmente é.

Sai andando, mas, a sua pergunta me fez parar.

– Você não voltou só pelo lançamento do livro não é? No fundo, você sabia que corria o risco de nos encontrar aqui.

– Não. Mesmo por que, esse baile para editores e escritores, musica e arte. E se bem me lembro, a empresa faz o que mesmo? Engenharia. Soluções inteligentes para outras empresas. Ideias novas, marketing e blah blah blah. E eu voltei não só por conta do livro, e sim por que cansei de me esconder. E por outra coisa.

– Que coisa?

– Ah Cullen, hoje não é hora de discutirmos isso, mesmo por que, você saberá em breve, até la, contemple a festa.

– E o bebe? Você falou de tudo menos do bebe. O que aconteceu com o nosso filho?

– Nosso filho? Se bem me lembro, ele era meu filho, você o negou. Não tente tirar o seu da reta Edward, tudo o que você fez no passado, teve consequências no futuro e o nosso filho...

Tive que parar ali. Não queria que ele descobrisse a verdade. Não agora.

Sai daquele lugar o mais rápido possível. Escutei ele me chamando, mas, tive que ignorar. Encontrei Luke e fomos direto para casa.

– Você pode me dizer o que aconteceu? – Luke me perguntou enquanto dirigia.

– Só uma conversa desagradável com Edward. Ele descobriu assim que eu abri a boca. Contei tudo, tudo que estava entalado. Poderia dizer – lhe amanhã, outro dia, mas algo me fez falar hoje. Foi o melhor a ser feito.

– Falou sobe Dylan?

– Não isso ele não saberá. Não tão cedo.

Amanha seria um longo dia. O começo da minha vingança.


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Notas finais do capítulo

Senhor... mas já? como assim? Edward é esperto. sera que as najas realmente acreditam que a Bella esteja morta? Bella esta o desprezando e vai piorar. Próximo capitulo P.D.V Edward... O que sera que ele achou disso tudo? Só na próxima semana. Então, até la.