Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 3
3 - Ele é o pior


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! *-*

Só a minha queridissima hans comentou no anterior. O que ocorreu? Não gostaram? Muito cliche? Muito bobo? Querem que eu delete? (lembrem-se, se nada disser significa que estão consentindo as minhas questões). Saibam que suas opiniões são muito importante para mim, e que serão muito bem vindos.

Quero agradecer a hans, Reeh Tetsuya, Lora, Rebeca SM e Katsunee por favoritar e a Reeh Tetsuya por acompanhar. De verdade, adorei demais quando vi.

Espero que curtem, pois faço para vocês!



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Capítulo três

Ele é o pior

“Dá vontade de amar. De amar de um jeito ‘certo’, que a gente não tem a menor ideia de qual poderia ser, se é que existe um.”

(Caio Fernando Abreu)

Olheiras enormes e uma expressão mais assustadora do que nos outros dias, tudo isso porque fui fraca e fiquei chorando em cima do travesseiro do Naruto a maioria da noite. Incluindo as dores no braço e perna, fazendo com que eu tivesse de mancar para andar após conseguir me levantar com dificuldade.

— Vai para a aula? — comentou meu pai.

— Terá matéria nova. — respondi.

Fiquei preparando o café enquanto o via sentando na mesa. Coloquei um chá de camomila em sua frente e um bolo de chocolate para que não se estressasse tanto com seu trabalho.

— Só quero uma torrada e manteiga. — a voz grossa como um trovão.

Nem sequer disse algo e fiz o que pediu. Sempre tentava fazê-lo comer algo doce pela manhã, mas geralmente não dava certo.

— Até mais tarde pai. — tentei ser animada.

Suspirei ao não ouvir sua resposta e caminhei com lentidão para a parada de ônibus. Quando o transporte parou na minha frente e eu entrei o burburinho se iniciou por entre as pessoas que se encontravam por lá.

— O que será que houve dessa vez? Apanhou da gangue rival? — comentou uma.

Facilmente me machuco e em todas as vezes é assim. Mas o que mais me incomodava era como eu poderia reverter esses boatos maldosos ao meu respeito.

E se não querem que as escute por que falam tão alto?

— Quem sabe de um ex dela? — opinou outra.

— Não, com essa aparência ninguém ia querê-la. — respondeu.

— As pessoas sentem muito medo dela para terem alguma atração.

Riram baixinho, todavia de nada adiantava se eu já tinha ouvido. Minha vontade como sempre era de chorar e me esconder. Teve um período que eu sumi por um tempo para ver se os boatos paravam, porém quando voltei começaram a inventar sobre o porquê de eu ter faltado.

Neste instante o transporte deu uma freada e eu fui para a frente, parando em um local onde tinha uma pessoa da minha escola. Quando o mirei com o intuito de pedir desculpas, percebi o garoto tremer todo o seu corpo e se afastar dali, para depois deixar o lugar vago.

— É...

— O local é seu, só não me bata. — praticamente gritou.

Vi-o simplesmente sair correndo.

E percebi depois do que ocorreu que realmente os homens nunca iam se interessar por mim. Sentei no assento quando notei que já estava mais para trás. Abracei a minha mochila com o pacote com onigiris de panda que tinha feito em agradecimento ao Uchiha e suspirei.

Não sei como irei mudar para ficar ao lado Naruto. Parece impossível.

Fui a última a descer de maneira desanimada enquanto mancava. O único motivo que me fazia ir para o colégio era o loiro. Desde aquele tempo era ele que me dava forças para continuar, mesmo que raramente fale comigo.

— Sai da frente! — exclamou uma pessoa conhecida.

Então me vi sendo empurrada com rapidez e caindo para o lado. Só senti meu rosto sendo encharcado pela lama que inundava o local e a minha bolsa sendo pressionada pelo meu corpo.

Pelo jeito o meu lanche deve ter se desmanchado todo.

Meu cabelo estava praticamente marrom, assim como a face. Olhei para a frente e vi que Karin era quem havia feito isso. Então para que eu não me pusesse a chorar levantei a cabeça e corri para o banheiro mais próximo. Lavei o que podia e fui em direção a sala sem nem me importar com os pingos que caiam pela minha roupa de inverno.

Estava era com sorte de não ter manchado a roupa.

— Por acaso está chovendo lá fora? — questionou a professora.

Cheguei atrasada?

— Não, é que cai na terra sem querer. — respondi com sinceridade.

— Pode se sentar então. — deu um sorriso fraco e me deixou passar.

Tentei parecer normal, só que não deu certo, pois quando estava no meio do caminho minha perna já doía. E com as mancadas que dei sabia que iam acabar comentando.

— A queridinha do professor está machucada é? — cochichou.

Acham-me adorada pelos educadores?

— Como podem gostar dela? Que possivelmente deve ter se machucado em uma briga por ai, deve ter sido porque pegaram um cigarro dela.

— Talvez não tinham droga suficiente. — riu uma.

Quando ficamos fazendo atividades e o orientador saiu a Sakura veio em minha direção, assim como a Ino.

— O que fez para que deixem que entrasse mesmo depois do sinal em? — começou.

Eu não ia responder, até porque nada fiz.

— Pagou propina por acaso? — gargalhou sem nem se importar.

Mordei os lábios para omitir minha tristeza.

— Ela fica aqui na sala depois das aulas né? Não acha que fica fazendo sexo com ele em troca disso? — alfinetou Karin.

— Por acaso ele é bom de cama Hinata? — essa foi a Ino.

Olharam-me com expectativa.

— I-isso... — não consegui nem sequer completar o resto da frase.

— Ou você que é ruim? Do jeito que mal sabe falar deve ser uma péssima boqueteira. — riram depois disso.

Não chore, por favor.

Quando estava a ponto de mostrar o quanto era fraca alguém se pós na frente delas.

— O que eu vejo aqui é que são vocês que não sabem se expressar. Se continuarem a falar essas palavras nada educadas e baixíssimas terei de conversar com o diretor sobre o que ocorreu! — berrou uma pessoa.

Era Sasuke Uchiha.

E com toda a certeza eu tinha de agradecê-lo novamente.

— Isso mesmo. — esse foi o Uzumaki.

Olhei-o rapidamente e senti meu rosto quente por conta da surpresa e admiração por ter me defendido. O que para mim, confesso, parece um sonho. Elas nesse momento se afastarem e se posicionaram no local de antes.

E fiquei mais vermelha ao ver o loiro se aproximar de mim e colocar a mão em minha testa depois disso. Tão próximo, porém ainda não tenho intimidade o suficiente para tocá-lo.

— Está com febre Hina?

— H-hai*. – sussurrei.

Abaixei minha cabeça e não olhei até o educador chegar, simplesmente porque nem tinha terminado a minha atividade.

— Sasuke, passa para mim as suas respostas? — declarou.

Nem tinha lembrado que sentavam perto de mim.

— Não. — curto e grosso.

Quando terminei a tarefa anotei rapidamente em um papel e passei para o Naruto com discrição. Ao ver que aqueles rabiscos estavam em sua carteira ficou com uma cara de assustado.

—Quem me deu isso? Será que caiu do céu para mim? Se sim, quero que um rámen apareça na minha frente neste instante. – os olhos fechados.

— Não foi ele, mas sim a Hinata. — rebateu o moreno.

Virou para mim com tanta agilidade que eu fiquei surpresa e nervosa.

— Obrigado.

Com o maior sorriso que já vira direcionar para mim.

— D-de nada. É por ter me defendido Naruto-kun. — gaguejei.

— Vejo que sua febre não passou. Não acha melhor ir na enfermaria?

— Logo estarei melhor. — dei uma desculpa.

Abaixei minha cabeça e fiquei lamentando por nem saber responder direito ou dizer a verdade. Que eu sou completamente apaixonada por ele. A sorte é que os muitos minutos passaram rapidamente e o sinal deu início ao intervalo.

Queria era sumir e esquecer a vergonha que passei.

Posicionei-me na escadaria onde sempre ficava e peguei o meu celular ao ver um cogumelo no meio do matagal. Era tão raro que eu resolvi bater uma foto. Por conta disso eu me abaixei para que ficasse mais de perto.

— Típico de você ter calcinha de bichos. — exclamou alguém.

E infelizmente era o cara que ontem me vira tentando proteger um gato, que viu meus pôsteres do Naruto, defendeu-me hoje e ainda viu a minha peça intima.

Sim, levantei-me em um segundo quando o ouvi.

— O-o que está fazendo aqui? — quis saber.

— Vim para que me agradecesse. E deveria estar feliz por me ver, assim com as outras garotas. Nem dá para acreditar que não está nem um pouco interessada em mim. Ou está? — chegou bem próximo de mim.

Se nos flagrarem aqui a sua reputação será arruinada.

— Esta mais que provado que eu só gosto do Naruto. Aliás, é melhor sair daqui, porque se alguém nos ver vai ser pior para a sua imagem. — sussurrei.

— Chama aquele obsessão de amor? E por acaso me importo? — deu de ombros.

E quando ia tentar me afastar dele fui arrastada para as escadas, fazendo-me sentar sem nem perguntar se eu queria isso.

Ao vê-lo me fitando de maneira irritada abri a mochila enquanto tremelicava, com o intuito de pegar a sacola com nossos lanches. Ele sim parecia sombrio e intimidador.

— Isso é por tudo que fez. Obrigada Uchiha. — murmurei enquanto o oferecia aquele pacote amassado.

— Por que não me chama de Sasuke? — questionou.

— Sas.... sinto muito, mas não consigo. — juro que tentei.

— Então por que chama aquele idiota pelo nome?

Fiquei irritada no mesmo instante.

— Não fale assim dele, te peço. — rebati.

Abriu o saco quando o silêncio reinou sem nem pensar e fez uma cara de chateado.

— Por acaso é uma brincadeira? — esbravejou.

— É-é que a comida deve ter se desmanchado quando cai. — tratei de explicar.

— Então não considerarei como um presente de agradecimento, mas aceito mesmo assim. — devolveu.

Tentei dar de ombros enquanto abria o meu aperitivo, para que logo em seguida um deles fosse devorado pela pessoa que estava ao meu lado. Que agora que sabia do meu lugar secreto temia que viesse todo o dia aqui.

— Que foi? Estou com fome.

— Tudo bem, pode continuar a comer. — balbuciei.

Até porque o que tinha dado a ele não estava comestível.

No final eu fiquei com um terço e o moreno pegou o resto sem nem agradecer ou dar sua opinião sobre o que achou da comida. Só que um mini sorriso brotou em meu rosto por saber que pela primeira em tanto tempo alguém partilhava o intervalo e o lanche comigo.

— Vamos para a sala. — despertou-me o garoto.

— Ninguém pode nos ver juntos. Lembra? — devolvi.

— Disse que isso não me importa.

— Mas vá na frente, por favor. — insisti.

Sinto-me completamente cansada, confusa e como se fosse um fardo para as pessoas.

Era isso que pensava enquanto limpava a sala de aula quando todos sairam para ir embora. Apagava o quadro, arrumava as carteiras e cadeiras, regava as plantas que tinham no local. E ainda secava o lugar onde eu sentava, já que estava muito molhado por conta do meu cabelo.

Um vulto então passou por mim e me empurrou para a parede, prensando-me e colocando a mão em meus lábios. Quando olhei para cima, com o terror me tomando, notei que era o Uchiha.

— Sasuke, você... — era de certeza uma garota.

E pelo pouco que vi parecia ser muita bonita.

— Sai fora, estou ocupado agora. — brigou.

— Não sabia que tinha namorada. — choramingava.

Enquanto os passos se afastavam rapidamente ele ainda continuava com tampando minha boca, só soltando quando ninguém mais aparecia em nossa frente.

— Sei que é estranho ouvir isso de mim, mas preciso que me ajude. — comentou.

Realmente é dificilimo essas palavras sendo proferidas por ele.

— No que?

— A espantar essas garotas.

— M-mas... — tentei contrariar.

— Ou quer que todos saibam dessa sua paixão? — ameaçou-me.

Ele é o pior de todos.

— Farei isso porque me ajudou. — menti.

— Não precisa ficar comigo, mas só tentar atrapalhar de alguma forma. — brigou.

E lá foi o Sasuke com a minha paz e sossego.

Pelo menos não precisarei ficar perto dele a todo o momento ou fingir ser algo sua, muito menos incomodá-lo ou trazer à tona outro mal entendido. Só espero que amanhã seja melhor que hoje.


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Notas finais do capítulo

* - Sim em japones.

E ai, o que acharam?

A imagem não é minha, e se tiver erro de português me desculpa.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Seja que achou ruim ou bom. E quem quer enviar uma recomendação? Sei que é cedo para isso, mas ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até a próxima, beijos.



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