Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 22
22 - A lei de Murphy vem a galope


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Demorei um pouco, mas vim. Penso que daqui uns três ou quatro capítulos vai acabar a fanfic, então estou me programando para terminar até o final do mês!

Quero muito agradecer a Loveday15 e Helenhina por comentarem no anterior. Realmente me fez muito contente e motivada para terminar, apesar de terem acontecido coisas ruins nesse mês.

Muito obrigada a cleopetra por favoritar e Púrpura por acompanhar. Realmente deixam um colorido a mais e fico feliz por ter mais pessoas dando crédito a esse sasuhina.

Espero que gostem, pois faço para vocês.



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Capítulo vinte e dois

A lei de Murphy vem a galope

“Eu prometi que iria proteger você, prometi que não deixaria nada de ruim acontecer”

(Inuzuka Kiba – Naruto)

 

Se eu soubesse que estaria sendo observada em meu momento mais íntimo, teria saído dali o mais rápido possível. Era provável que dessa maneira eu não estivesse tão vermelha e sem saber o que falar, enquanto em minha frente estavam dois colegas do colégio, Kiba e Shino.

Qualquer um que estivesse no pátio na hora do intervalo, saberia os inúmeros protestos deles contra os testes feitos em animais, tanto que o clube que participam era envolvido em ajudar todos os seres vivos do ecossistema, inclusive insetos. Talvez essa fosse a razão para estarem nesse monte, assistir os vagalumes e admirar sua beleza.

— Está bem? — Agora estava sentada, sendo acompanhada por eles.

— Desde que nasci achava que estava, mas pela primeira vez estou realmente acreditando em todos os boatos a meu respeito. — Não sei o motivo de estar desabafando desse jeito, todavia não procurava um culpado. O que tinha certeza era que isso serviu para me emocionar de novo. — Sou uma pessoa ruim.

Neste momento o silêncio era palpável, porém apenas em palavras, pois podia ver Shino se movendo por entre o ambiente. Apenas quando se aproximou que poderia ver uma flor em sua mão, daquelas mais comuns, estendendo-a para mim.

— Obrigada. — Comentei ao coloca-la em meu cabelo, segurando-me para não questionar o porquê.

— Hyuuga, não sei se tenha me visto pelo jardim da escola, mas eu te conheço. Mesmo que fale que é a pior pessoa do mundo, não poderei crer. Uma garota que dá valor as plantas nunca poderia ser má. — Às vezes achamos que somos invisíveis, mas ele percebia meus atos.

— Você é aquele que fica perto das árvores depois das aulas? — Até nesse momento usava seus óculos escuros, notando esse detalhe só agora, como se até a noite machucava seus olhos.

Neste momento um cachorro chegou perto de mim, pelo jeito era de Kiba, e ficou latindo. Confesso que senti um pouco de medo no começo por lembrar daquele vira-lata que quase matou o meu gatinho, porém logo me acalmei. A reação que tive dele foi adorável, não aguentei e tive de acaricia-lo ao virar de barriga para cima.

— Pensei que não lembraria. — Sorri para ele, talvez por estar alegre por conta do animal, e recebi outro de volta.

— Pelo visto o Akamaru gostou de você. — Entrou na conversa o Inuzuka.

Nem sei quando parei de chorar, todavia os assuntos triviais e leves me fizeram esquecer por um tempo o Sasuke. Depois desse dia eu com certeza tinha quatro contatos de pessoas do colégio no meu celular, o que era impossível prever há uns meses. Acho que se contasse a eu do passado, ela estaria se debulhando em lágrimas e perguntando o porquê dessa imensa sorte. Ok, não mudei em nada nesse sentido, tanto que já percebia meus olhos marejados.

Preferi por deixá-los ali e me retirar, preparando-me para ir embora. Se o meu acompanhante não estava, jamais teria motivos para continuar aproveitando essa noite. Os fogos tinham parado fazia um tempo também, anunciando que tinha passado da hora de estar em casa.

Antes que meu pai matasse nós dois, resolvi mandar uma mensagem. Confesso que estava tremendo, pronta para receber um sermão de sua parte.

“Desculpa, nem percebi que estava tarde! Logo chegarei, não se preocupe.” — Hinata.

— É o homem que tem de pagar. — Foi o que escutei quando estava passando pelas barracas do festival, vendo a Ino com um ruivo, possivelmente era o tal de Gaara. Como o Uchiha, ele participava da equipe de futebol.

“Isso me recorda o primeiro encontro com sua mãe, foi tão bom que quando vimos já era meia noite. Se sentiu-se igual a mim, não terei como brigar contigo!” — Hiashi.

A surpresa que tive foi enorme, porém compreensível por todos os atos seus nessa noite e na outra. Todavia não foi maior do que presenciei a seguir.

— Com certeza não é feminista. — Comentou, até parei para observá-los. — É uma pena, mas não posso mais sair com alguém que tem esse pensamento.

— Você vai me largar por causa de uma frase? Não estávamos nos divertindo? — Implorava, tanto que poderia afirmar que estava perdidamente apaixonada. Talvez até tivesse esquecido de uma vez por todas o Sasuke, o que me deixou aliviada.

— Hinata, diga-me você, tenho razão em terminar com ela? — Achava que não tinha sido notado, enganei-me de novo. Se pudesse fugir, faria com certeza.

Apontei para mim em descrença, recebendo um positivo e uma fulminada por parte dela. Qualquer palavra poderia resultar na minha morte quando chegasse a escola, pois as outras duas tomariam as suas dores e fariam questão de me machucar. Confesso que tinha a mesma opinião que ele, não na parte de acabar com o encontro, sim na primeira parte, no entanto jamais poderia falar algo assim.

— Por um acaso a conhece muito tempo para dizer algo assim? Dê outra chance a Yamanaka, com certeza se surpreenderá. — Eu estava dizendo a verdade dessa vez.

Claro que as partes que mais me marcaram foram as suas agressões, porém nas vezes em que ficávamos sozinhas era gentil. É notável que não tinha completa empatia pelas mulheres ao me xingar por estar perto do Uchiha, no entanto também brigava quando alguém assediava alguma garota no colégio.

— Eu sei que te batem. — Cochichou isso no meu ouvido.

Meu primeiro pensamento foi o porquê de não ter feito se conhecia desse assunto, porém não poderia cobrar dele se eu mesma não tomava uma atitude.

— Como? — Questionei.

— Ela me falou, mas se arrepende disso. — Novamente falava baixo para a sua parceira não nos escutar. — Irei continuar saindo com a Ino, mas só porque disse algo tão legal dela, apesar de tudo.

Nem consegui me recuperar que logo veio outra bomba. Alguém de cabelo rosa não poderia passar desapercebido por mim, muito menos quando meu corpo todo se arrepiava em horror com sua presença. Ao seu lado estava uma garota igualmente assustadora, juntamente com o Naruto.

— Parecem estar se divertindo. — Essa cidade é muito pequena mesmo.

A sorte que tive ao conhecer dois colegas especiais não foram em vão, era apenas para que algo bem pior acontecesse depois. A lei de Murphy não decepcionava em relação a mim, cumprindo com rapidez o que dizia. Era como um karma instantâneo, que jamais me fazia esquecer o quão infeliz minha vida poderia ser se tivesse a audácia de sorrir por alguns minutos.

— Sakura, eles pareciam tristes. — Uzumaki tinha a fama de lento, mas conseguia ler um ambiente ruim quando o via. Isso, na minha visão, se devia ao fato de sorrir para as adversidades, apesar de ter sofrido bullying na infância e ser órfão antes mesmo de poder andar.

— Tenho de ir. — Era quase inaudível a minha despedida, simplesmente para poder sair sem que notassem. Quem sabe com a discussão silenciosa por causa do comentário dele, teria a chance de escapar.

— É justamente contigo que quero conversar, estava até te procurando. — Comentou como se fosse amigas de anos, mas eu sabia que ela não perderia a oportunidade de provocar o seu brinquedinho preferido.

— Então pode falar na frente de todo mundo. — Não, não fui eu que disse algo assim. Estava era calada enquanto era carregada pela Haruno para um canto mais afastado, com a Karin em seu encalço.

Só que jamais eu imaginaria que a Ino teria gritado em minha defesa.

— Isso não é problema. — No fundo sabia que alguém sofreria as consequências por ter estragado parte de seu plano. — Fique longe do meu Sasuke.

Eu queria me amaldiçoar nesse momento por nem conseguir tirar da minha mente o que aconteceu entre ele e eu, pois sempre acabava nele. Mesmo que as barracas e todo o caminho que passasse nesse evento eram como uma recordação do desastre, ouvir seu nome me doía ainda mais.

— Se era para isso que me chamou, nem precisa se preocupar, não somos mais próximos. — Dizer amigos e a negativa na mesma frase era terrível demais para conseguir pronunciar, conseguindo só dizer isso, porém o recado estava mais do que claro.

Antes mesmo de abaixar a cabeça para que não vissem que as lágrimas ousavam sair, vi a expressão chateada de Naruto. Se meu coração estivesse machucado, o dele com toda certeza se encontrava estraçalhado. Mesmo que antes não quisesse admitir, ele a ama demais para aguentar algo assim.

— Então por que estavam juntos no festival? — Pelo jeito mal se contentava em ver-me magoada, pois queria que desse detalhe do nosso adeus. Desejava ver-me sofrer e pedir para que parasse.

— Ele não quer mais ficar perto de mim. — Só que eu não daria esse gosto a ela, limpando meus olhos e fitando-a sem desviar.

— Finalmente ele viu a pessoa horrível que você é, fico contente por ele ter se afastado, assim não se intoxica.

Talvez fosse por tudo que aconteceu, pelos momentos tristes, todavia eu faria questão de derrubar seu sorriso irônico. A coragem ainda continuava ali, pronta para revidar toda a tentativa de me humilhar.

— Então deve ser por isso que o Sasuke nunca quis ser seu amigo? — Desde já digo que não me arrependo de ter sido ousada e ter a alfinetado com minha pergunta.

Nem quando percebi sua expressão irada antes de levantar os braços e me dar um forte soco no rosto, muito menos nos tapas que se seguiram. Às vezes que me machucaram foram o bastante para me acostumar, como se fosse normal ter um hematoma ou outro.

Porém tinham pessoas no nosso meio que nunca ficariam inertes em frente a uma cena de violência, tanto que o Gaara logo agarrou a minha agressora e a levou para longe de mim. Só me vi deitada no chão enquanto algumas pessoas se aglomeravam ao meu redor.

E foi assim que eu acabei parando no hospital.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo em si? Do festival? Do Kiba e Shino? Do Gaara? Do que a Ino fez? Da parte final?

A gif não é minha. Se tiver erros podem me avisar.

Quem deseja comentar? Seja para falar que está ruim, não. Seja por MP, favoritar, acompanhar, recomendar como as maravilhosas da Sweet Smile, FugimoNaKombi e Mayume Hyuuga fizeram, com certeza fará essa autora muito feliz. *-*

Beijos e até a próxima!



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