Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 20
20 - Ainda existe amor


Notas iniciais do capítulo

Boa noite queridos leitores! *-*

Sei que faz um mês e 4 dias, mas muitas coisas aconteceram. Digo que não faltam tantos capítulos assim, estou planejando, e logo posso terminar.

Quero agradecer a Helenhina15 por comentar no anterior, mesmo. Muito me ajuda e me motiva.

Agradeço a Potterarence por favoritar, realmente dá um colorido a mais e é ótimo saber que mais pessoas estão dando crédito a minha fanfic.

Espero que gostem, pois faço para vocês.



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Capítulo vinte

Ainda existe amor

“Almas humanos são como reflexos na água. As pessoas muitas vezes falam o oposto do que realmente sentem”

(Bunpuku – Naruto)

 

Existem aqueles dias em que devemos escolher continuar como está ou ter um momento de ousadia para mudar. Acomodar-se parece ser melhor em um primeiro instante, viver no automático, porém assim possivelmente estará perdendo muita coisa.

Quando digo isso, não é apenas na teoria. Percebi que aquele e se bateu em minha porta em várias ocasiões, como no caso em que decidi não contar a Naruto sobre o que sentia, deixar de revidar as três colegas, indo da escola para a casa e decidindo ficar inerte mesmo que quisesse resolver o mal entendido.

— Filha, vai atender. — Bradou Hiashi.

Em contrapartida pude conhecer Sasuke ao aceitar seu acordo, decidir anotar o número de celular, convidá-lo para o festival. Foi tudo tão natural, assim como com Tenten, porém tiveram decisões por trás. E assim esse meu ano tomou uma cor com tons de felicidade.

E é por causa desses dias, em que devemos nos encher de coragem, abri a porta que me impedia de ver o garoto mais especial. Vestia a yukata da minha mãe, maquiagem leve e aquele tamanco desconfortável, tudo por conta de seu pedido.

— Achei que tinha desistido. — Comentou ao me ver, o sorriso torto tomando conta do seu rosto. Também estava vestido com o traje tradicional do evento. — Permita-me fazer um elogio?

Achei estranhíssimo quando ficou estático a minha frente, parecendo vidrado com o que via, porém nada me prepararia para presenciar um Uchiha contido.

— Sim. — Essas poucas palavras foram soltas por mim com uma certa dificuldade, pois além da vergonha que me engolia e atrapalhava, ter um cara imprevisível a minha frente não ajudava em nada.

— Se antes eu queria te convidar para o festival, vendo-a tão bela assim, percebi que é a única mulher que desejo estar ao lado nessa noite e em outras.

Se fosse há uns meses com toda a certeza seria direto, porém jamais para falar bem de mim, sim apenas para aumentar seu já enorme ego. E ele conhecia que essas palavras iam mexer comigo, principalmente quando vi seu sorriso torto se formar ao notar como reagi.

— Não precisa exagerar. — Possivelmente uma forma de negar que o “todo poderoso” Uchiha tenha dito algo assim para uma pessoa com fama de delinquente.

— Você bem sabe que eu preferia estar falando o quanto fiquei maravilhoso com esse traje, não? — Afirmei com a cabeça. — Então, para que eu tenha esquecido disso e comentado sobre sua beleza, é porque não foi mentira. Pelo contrário, se descobrisse o que mais imaginei ao te ver, apostaria que fecharia a porta na minha cara e nunca falaria comigo novamente. — Isso era grave! Será que achou que passei maquiagem demais?

— O que achou de mim que precisa esconder? — Apesar do medo, a curiosidade falou mais alto.

Passos foram ouvidos, cada vez mais próximo. Nem precisava me virar para entender que era meu pai tentando adivinhar quem era a visita. Sentia a tensão no ar de longe, minhas costas queimando, desmanchando todas as chances de ter a resposta. Quando os dois se cumprimentaram, com ele apertando a mão do Sasuke de maneira forte, notei que a conversa seria difícil.

— Não disse que estava solteira? — Virou para mim como naquela cena do exorcista, pronto para nos atacar a qualquer momento, todavia ainda esperando por alguma explicação plausível. — Lembro de ter pedido para que viesse aqui, mas apenas se estivessem em um compromisso.

Apontou para o sofá e tivemos de nos sentar, até porque era impossível negar quando praticamente nos empurrou para aquele lugar. Quem sabe estivesse sendo muito protetor ao se enfiar no nosso meio, contudo compreendia que ver sua filha saindo pela primeira vez com alguém do sexo oposto era, no mínimo, assustador.

— Senhor Hiashi, desculpe-me interromper, mas ela não mentiu. — Começou o seu discurso que me deixou confusa, pois era justamente o que diria, porém o que veio a seguir foi estranho demais. — Não estamos namorando, ainda.

— Quer dizer que tem segundas intenções com minha filha? — Engoli em seco e quis me esconder, porém a coragem ainda existia e mim, fazendo-me continuar ali.

Observar meu colega e perceber que seu sorriso não sumira, a confusão em minha mente ficou ainda maior. Era possível que estivesse louco ou era um masoquista com a missão de apanhar hoje. Em contrapartida jamais ia deixar que um caso de polícia acontecesse na frente dos meus olhos.

— Peço perdão, ele é só um amigo! — Gritei ao vê-lo ficar vermelho, o que era um péssimo sinal. No último dia que ficou assim chegou a rasgar um contrato importantíssimo com outra empresa.

— Eu me declarei para a Hyuuga, mas negou meu pedido de namoro afirmando que só estaríamos juntos se eu pedisse a mão dela para o Senhor. Antes disso só ficaríamos na amizade. — Deu seu cheque mate em sua narrativa, revelando o plano, e eu seria cumplice desse crime.

Confesso que fantasiar um Sasuke envergonhado, enquanto dizia palavras como “gostar” para mim e exigindo que saíssemos, foi o suficiente para que meu rosto ficasse parecido com tomate e meu coração batesse forte.

— É verdade? — Fitou-me com os olhos arregalados, ansioso pelo meu positivo ao que comentou.

Quem sabe o futuro possa me perdoar por ter entrado nessa trama, principalmente a pessoa que me criou. Se precisa mesmo viver igual Tenten insistia, não sobreviver como fazia, necessitava me arriscar. E foi por esse motivo que respirei fundo antes de abrir a boca.

— Sim. — Se antes foi complicado dizer simples três letras quando o meu melhor amigo perguntou se podia fazer um elogio, nem se comparava a esse instante.

— Então por que não me contou?

É essa a hora que descobrirá toda a farsa? Talvez essa seja minha sina por ter mentido para meu pai sobre algo tão importante, como uma relação séria.

— Pois nem tinha certeza se ele ia fazer isso. — Minha mente estava desacostumada com a possibilidade dessa cena, então simplesmente travei quando ia comentar sobre pedir permissão ao meu pai, saindo apenas o “isso”.

Quando olhei para o meu colega de classe, estava olhando-me de uma maneira diferente, como se sentisse orgulho por conseguir revidar.

— E o que veio fazer aqui? — Finalmente sua expressão se normalizou e fez a perguntava que deveria ter sido a primeira. Quem via de longe poderia acha-lo grosso, porém era apenas o seu lado paternal defendendo-me.

— Pedir sua benção para cuidar de sua filha de agora em diante. — É a mesma coisa que implorar pela minha mão onde moramos, pois isso significava que ia me proteger e estar comigo em sua presença. Resumindo, era tão importante quanto falar com todas as letras sobre namoro.

— Você quer ficar com ele, Hinata? — Talvez preferisse que só respondesse por mim? Com certeza, porém foi bom saber que se importava comigo.

— É o que mais anseio. — Pensei de um modo nada romântico a sua questão, todavia falar com tanta calma foi o que me surpreendeu. Na realidade não parecia em nada uma mentira.

— Vai permitir nosso compromisso e irmos ao festival, Senhor?

— Posso pensar? — É agora que vou ser obrigada a tirar a yukata e ficar em casa? — Fiquem tranquilos, irei deixar que se divirtam juntos hoje, porém só aceitarei que seja meu genro se ela voltar com o sorriso mais lindo já visto após o encontro. 

Não sei o motivo de ter ficado desapontada por não ter nos abençoado, todavia sua permissão para sairmos era o que queríamos, então disfarcei. No final Sasuke não tinha sentimentos por mim, nem eu por ele, por isso tudo aquilo era só um mero fingimento. Por que então doía tanto?

— Vamos? — Estava com o braço estendida para que o pegasse, um sorriso que me passava confiança destacava em sua face, proporcionando-me que o tocasse e assentisse com seu convite.

Agradeci ao meu pai tantas vezes que ficou sem paciência e foi ao escritório, mas não antes de se despedir de nós e dar-me seu ingresso. Conhecia-o tanto que tinha a certeza que estaria nos observando até que desaparecemos de sua vista.

Às vezes também não compreendia-o, como nesse exato momento em que deixou que sua filha saísse com alguém. E era por essas coisas que o admirava cada dia mais.

— Por um segundo achei que não daria certo. — Sussurrei, ainda segurando sua mão na minha. Deixei de lado o constrangimento por isso, apenas sentindo as caricias e a quentura de sua pele.

— Já deveria ter entendido que tudo o que eu faço sai perfeito. — E lá vem o seu grande ego falando mais alto, fazendo-me dar uma gargalhada.

— Tem razão, obrigada. — Tocou em minha testa, que conhecia ser um gesto de carinho típico dele, como um “de nada”. Às vezes eu conseguia nota-lo ao fitar o Naruto, principalmente quando isso acontecia entre eles.

Depois disso o clima e a adrenalina se foram e nos afastamos ao chegarmos na frente do evento, apenas observando todas as barracas e pensando em qual frequentaríamos primeiro. O medo de escolher alguma que ele detestasse foi o principal para fechar a boca, apenas esperando a sua atitude. Por conta do enorme silencio, sem saber por onde começar, que tentei tirar uma dúvida.

— Por que toca na testa dos outros?

— Estou morto de fome. — Isso foi dito depois de um tempo, como se estivesse em uma guerra interior consigo mesmo. Entendi que era um assunto delicado e fiquei calada, apenas seguindo-o até o local mais próximo que vendesse comida.

Sua yukata, antes azul, ficou preta quando sentamos em um banco afastado que mal tinha iluminação. Ainda comia meu doce quando o observei atentamente, era como se ele brilhasse, mesmo se não estivesse na escola. Não que tivesse quebrado um pouco essa aura de superioridade ao passar essas semanas ao seu lado, todavia sua postura ainda continuava como de um líder.

Parecia tão pensativo, algo bonito de se contemplar, que poderia o admirar a noite inteira. Quem sabe poderia ter a fórmula para tirar os mal entendidos e ser popular.

— Quero me desculpar. — Iniciou, com um semblante sério.

— Não precisa. — Apesar de nem entender a que se referia por ter sido pega de surpresa.

— Minha mãe acariciou minha testa antes de morrer, é algo muito importante para mim e queria compartilhar contigo, mas não queria contar na frente de tantas pessoas.

Estava dizendo algo tão importante que meus olhos começaram a marejar, estava pronta para responder da maneira mais amorosa que podia. Soube desde criança que seus pais tinham sido assassinados, apenas poupando o Sasuke. Por isso ter coragem de me contar algo desta grandeza me emocionou.

— Espere um momento. — Implorei.

Só que virei para o lado, respirando fundo e suspirando para me acalmar antes de voltar a comentar de sua família, e vi duas pessoas se beijando na árvore. Não sei se a cidade era muito pequena, mas perceber que era Sakura e Naruto me deixou abismada. Todas as lembranças que tive com ela, a possibilidade de não estar aqui, as agressões, foram o bastante para que as lágrimas saíssem de vez.

— Hinata, olhe para mim! — Gritou o meu melhor amigo.

— Não posso. — A voz embargada.

Mas ele virou meu rosto, apesar que com delicadeza, fazendo-o ter de encara-lo. A minha situação era deprimente, possível que estivesse cheio de riscos pretos nas bochechas, todavia nada me precaveria para o seu semblante irritado e suas palavras seguintes.

— Você ainda o ama.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo em si? Do Hiashi mais liberal? Do pedido? Do que teve no festival?

A gif não é minha. Se tiver erros podem me avisar.

Quem deseja comentar? Seja para falar que está ruim, não. Seja por MP, favoritar, acompanhar, recomendar como as maravilhosas da Sweet Smile, FugimoNaKombi e Mayume Hyuuga fizeram, com certeza fará essa autora muito feliz. *-*

Beijos e até a próxima!



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