Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 16
16 - A ousadia escondida em inocência


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores! *-*

Tudo bom? Desculpem-me pela demora em postar, porém é porque resolvi terminar a fic infame antes de continuar. Até pelo motivo de ter muita história em andamento, por isso resolvi finalizar antes. Meu planejamento era em fevereiro ainda conseguir postar, mas no meio do mês percebi que não ia dar e mudei para começo de março.

Feliz dia das mulheres atrasado, apesar de todos os dias ser, espero que tenha sido uma maravilhosa data.

Quero agradecer a Gato Cinza, liiu, Helenhina15, Aiták Arieugon, Karol chan, FrancieleUchihaHyuuga, Bruxa dos bolinhos, Hinata Hyuuga e Hyugaeuzumaki por comentarem. De coração eu fiquei muito honrada e motivada com todo o carinho que demonstraram em cada palavra, significa demais para mim.

Muito obrigada a Mica, Vanessina s2, Anny Hime, Banana Elefante e Krysales por favoritarem e Uzumaki Fabi, Sunshine e Krysales por acompanharem. Com certeza deu uma cor a mais e me deixou contente por saber que mais pessoas deram crédito e estão lendo a fanfic.

Espero que gostem, pois faço para vocês!



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Capítulo dezesseis

A ousadia escondida em inocência

“Quando você ama, há o risco de odiar.”

(Naruto)

A luz do sol se contorcia para aparecer por entre a cortina, iluminando o quarto ao achar um espaço, sussurrando para mim que estava na hora de levantar. Estiquei meus braços, espreguiçando-me, para depois olhar para o criado-mudo. Nele, além do costumeiro abajur, tinha dois bilhetes que não me deixavam esquecer o que sucedeu ontem.

O quase beijo e a confirmação de um convite que não existiu.

Desci as escadas após me trocar, colocando meu uniforme da maneira mais lenta possível, assim como escondi as entradas na mochila. A realidade é que tinha medo de entrar no colégio e ter de vê-lo, e, pior, constatar o quanto estava irritado pela sua expressão e olhar ao me notar. Foi com esses pensamentos que eu peguei o papel que estava na mesa, antes mesmo de começar a comer.

“Filha,

Tive que ir em uma reunião, por isso não estarei em casa no café e almoço. Cuide-se, faça o dever de casa e olhe para os lados ao atravessar a rua!

P.S: Percebi que tem dois ingressos na cômoda, por um acaso vai convidar alguém para ir ao festival contigo? Se for eu tudo bem, mas se tiver algum garoto no meio precisaremos ter uma conversa séria sobre isso.

De,

Pai.”

O jeito protetor dele poderia ser assustador as vezes, porém entendo seu lado ao lembrar o quão difícil é cuidar de uma filha adolescente sozinho. Ter de contar o que ocorria quando tive a menarca, com o seu jeito atrapalhado, e consolar-me ao saber que minha mãe morreu quando nem ele mesmo estava instável emocionalmente para isso.

— Vem sentar comigo. — ordenou Tenten aos gritos.

Estava na parte de trás de ônibus, enquanto ainda me encontrava subindo as escadas. Geralmente ia de a pé para o colégio, porém resolvi ir hoje para acompanhar a minha amiga. Pelo jeito que comentou parecia bem animada para me contar algo. Em contrapartida nada tiraria o fato de que fiquei bastante envergonhada por chamar atenção com sua fala, andando lentamente e com a cabeça abaixada por conta dos olhares em minha direção.

— Precisava me chamar? — sussurrei após posicionar-me do seu lado.

— Fiz de propósito. — e ainda admite?

Olhei-a por um tempo, o semblante não cobrindo que encontrava-se realmente chateada pelo que fez. Quietude da nossa parte, pois algumas pessoas do nosso lado e na frente ainda falavam sem nem se importar com o que estava acontecendo. Algo como esmalte, garotos e sobre anime eu pude escutar, mesmo que quase silencioso por costume, antes de entender que deveria responder algo.

— Por quê? — o tom ainda baixo.

— Quem sabe se constrangendo mais, pode deixar de ser tímida algum dia. — e essa foi a sua explicação para o seu escândalo. E é claro que todos nos observariam depois disso, até porque não era comum que isso ocorresse onde moramos.

— Assim apenas me fará querer chamar menos atenção. — repreendi-a com calma, como era do meu feitio.

O jeito que balançou a cabeça demonstrou que desaprovava a minha colocação. Somos bastante diferentes quando se trata disso, tanto que jamais entenderia o motivo de deixar que me pisassem ou pouco conversava na sala de aula. Passou também a escrever mais bilhetes para tentar uma comunicação comigo, já que raramente abria a boca.

— Tem de ser ousada, aproveitar os momentos, como eu. Quem sabe assim até poderia ir com o Sasuke no festival, igual irei com quem gosto. — informou-me o seu segredo ao me dar uma bronca, sorrindo ao final de sua frase. Acompanhei-a.

— Poderei conhece-lo? — quis saber.

— Claro, mas apenas se for acompanhada. — pegou em minha mão na hora, todavia retirei ao notar alguns nos analisando por isso. Os toques as vezes são estranhos para algumas pessoas. Para a minha pessoa semelhante era, no entanto conviver demais com ela me fez acostumar um pouco.

O meu rosto ficou tão vermelho que parecia um tomate, e tinha conhecimento de que nunca seria apenas por conta das observações, sim pelo que me propôs. Esse seria o maior desafio de todos: chamar ele para sair.

— Nem sei se esses ingressos são para mim! — aquela exclamação que não chegaria perto do berro de quando entrei.

— Apenas saberá se arriscar, terá meu apoio. Até lá esconderei meu namorado de ti. — mostrou a língua, após sua provocação deixou-me sozinha com as reflexões. O que faria?

Peguei a mochila e coloquei nas costas, respirando fundo antes de pisar no portão do colégio. Pensando se entraria Como vou falar se nem sequer sei se conseguirei olhar seu rosto, cada parte dele, ou ouvir a voz rouca se pronunciar tão próximo?

Resolvi refugiar-me atrás da instituição, para talvez ter uma solução. Provável desejar conhecer o namorado de Tenten, porém não chegava perto do que era imaginar me divertir com o novo amigo, sem se preocupar com nada, vestir uma yukata, comprar uns doces e rir ao seu lado por eu não conseguir ganhar o jogo.  

— Pare, estamos na escola. — virei naquela direção da interrupção, esbarrando com a cena que nem em meus sonhos ansiaria presenciar.  

Se pudesse voltar no tempo, o que mudaria era ter a ideia de ir no lugar propicio para casais se soltarem. Sendo desconhecidos ia ser melhor para meu coração, que doía por saber que Sakura e Naruto estavam aos beijos, que ainda não tinha esquecido o garoto que salvou-me quando era criança. Possivelmente nunca conseguiria deixar de recordar sua íris azulada, o enorme sorriso e seu jeito atrapalhado que fazia admira-lo cada vez mais.

— Tudo bem, respeitarei porque te amo. — essas duas palavras fizeram-me colocar a mão na boca e correr dali para que não me vissem, finalizando com um toque na face dela que me arrasou. As perguntas que fariam pelo motivo do choro me desmoronariam ao ponto de desmaiar para fugir deles.

O andar rápido era para disfarçar o nó na garganta, a forma como me abaixava escondia o rosto vermelho e a tremedeira. Nervosismo, ciúmes, decepção, amor, qual sentimento fazia-me sentir assim?

Passei por uma pessoa de maneira que demonstrava naturalidade, se não nos relacionávamos talvez cairia. A reação dele fora tão rápida que pegou-me pela mão e me abraçou para transmitir segurança, da qual foi sentida por mim. O acalento parecia passar por entre meu corpo, chegando a minha alma e mente em forma de consolo. Só que a imagem de ontem, seu rosto perto quando estávamos no quarto, seus dizeres, foram o bastante para repeli-lo. A surpresa foi a culpada para que não conseguisse me alcançar outra vez.

“O que você tem na cabeça?” — Sasuke.

Carinho e preocupação estavam transmitidos em sua seca questão. Nada disso foi o suficiente para parar os meus soluços, machucados e fariam parar de lembrar os beijos trocados pelos dois.

“Não vá a parte posterior do colégio, isso que te peço.” — Hinata.

Deixei essa pista e sequei todas as lágrimas que se encontravam em meu rosto e ousavam sair. Naquele instante decidi que jamais ia mostrar fraqueza a partir do instante que passasse por aquele corredor em direção a sala. Percebi que sofrer por quem está comprometido seria em vão, ainda por ser alguém mais bonita em comparação comigo.

— Preciso regar as plantas no intervalo. — disse para mim mesma.

Escolhi por ler alguns contos japoneses ao invés de ouvir músicas clássicas do país. O celular apitou, contudo fingi-me de surda e continuei a folhear aquelas páginas, saboreando uma interessante história. O sinal bateu, vendo pelo canto do olho Uchiha entrando com o seu melhor amigo, fazendo do meu rosto pimentão novamente.

Ignorar jamais é a melhor opção. — Tenten

Se dissesse que tinha a notado seria mentira, até porque a única vez que me atrevi a espiar foram outras pessoas que se destacaram. Quem sabe pelo que aconteceu, ou pela vergonha, todavia algo fez-me apenas observá-los. Não a respondi, optando por meditar sobre seu conselho.

O meu silêncio foi supremo no decorrer das aulas, nem pelas palavras foi possível quebra-lo, apenas acontecendo para avisar sobre o trabalho. Depois de procrastinar tanto para continuar a cuidar do jardim, preferi não adiar. Esse passatempo serviria perfeitamente para esquecer um pouco dos colegas de classe.

— Use a luva. — Tsunade me repreendeu ao colocar esse objeto bem na frente do meu rosto. Como a janela da enfermaria dava acesso as rosas do local, acabávamos conversando bastante.

— Obrigada. — fui sincera, apesar do constrangimento.

O serviço me dava uma visão privilegiada do pátio, pois poderia ver tudo o que ocorria. Desde as mesas da lanchonete, até os possíveis casais que se formariam. Se ver o Uzumaki com a Haruno fez-me fugir, constatar que Sasuke encontrava-se com uma garota ao seu lado foi o estopim para que largasse o regador. Os anos observando as declarações, gestos e leitura de shoujo foi o bastante para perceber que a maneira como balançava o cabelo demonstrava um flerte bem do discarado.

A água molhou o sapato, a enfermeira me chamava desesperadamente, mas nada me fez parar de correr. O folego quase acabando por ter de atravessar o gramado, estagnando apenas ao chegar perto dos dois. Coração batia tão forte que tive de respirar várias vezes para me acalmar, apoiando-me na arvore que estavam.

— Quero muito ir no festival contigo. Vamos? — confessei, esquecendo por um momento o impacto de minhas palavras. Nem quando a colega fitava-me com os olhos arregalados, talvez pelo ato, mas meu extinto dizia que era por ter a interrompido.

Se notar o meu amado de infância com a algoz fez-me chorar, esconder, e querer ficar quieta, o mesmo ter ocorrido com meu novo amigo me deu uma reação diferente. E nunca entenderia o porquê, ainda mais percebendo-o mais chocado do que sentia pela minha ousadia.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Da nova capa? Do que a Tenten fez no ônibus? Quem será o garoto misterioso que a Tenten vai trazer no festival? Da cena do Naruto e Sakura que ela viu e reação? E, por fim, da atitude bem surpreendente da Hinata ao convidar o Sasuke para o festival?
Quero saber tudo o que pensaram sobre o capítulo, os próximos, da história até aqui, realmente vai me ajudar e me motivar demais.

A gif não é minha, todavia achei que combinou demais com o título! Se tiver erros de português podem me avisar.

Quem deseja comentar? Seja para falar que está ruim, não. Seja por MP, favoritar, acompanhar, recomendar como as maravilhosas da Sweet Smile, FugimoNaKombi e Mayume Hyuuga fizeram, com certeza fará essa autora muito contente e honrada. *-*

Beijos e até a próxima!



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