Meu erro escrita por Apiolho


Capítulo 1
1 - É tudo um mal-entendido


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde queridos! *-*

Aqui estou eu com minha terceira fanfic do gênero Anime/Mangá do Naruto. Nem sei se irei conseguir continuar, já que é um projeto e não tenho toda a história planejada na cabeça. Espero que tenhamos uma boa convivência.

Tomara que gostem, pois fiz para vocês.



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Capítulo um

É tudo um mal-entendido

“Nunca fui como todos
Nunca tive muitos amigos
Nunca fui favorita
Nunca fui o que meus pais queriam
Nunca tive alguém que amasse
Mas tive somente a mim
A minha absoluta verdade
Meu verdadeiro pensamento
O meu conforto nas horas de sofrimento
não vivo sozinha porque gosto
e sim porque aprendi a ser só...”

(Florbela Espanca)

— Pelo jeito a delinquente caiu de novo na nossa sala né? — comentou a Ino.

— Contaram-me que ela deu surra em três meninos nas férias. — essa foi a Karin.

— Onde?

— Acho que em um beco perto daqui. — declarou.

— É? Disseram que ela vai lá constantemente para fumar. — fofocou.

— Bem capaz de ter várias tatuagens embaixo dessa roupa de inverno que sempre usa. — continuou a Haruno.

Isso tudo é uma mentira!

Eu nunca, em minha vida, coloquei isso na boca. Nem sequer fico procurando brigas em lugares obscuros, na verdade tento evitar ao máximo esses locais. Já sobre o que disseram por último não é verdade também.

E foi neste momento que eu as fitei, tentando não assustá-las enquanto as repreendia em silêncio. Só que ao me perceberem pararam de falar no mesmo instante e sentaram-se em seus lugares com uma expressão apavorada.

— Ela me dá medo. — sussurrou a Sakura.

Essa era a garota que eu considerava minha amiga, agora ex, mas só para mim éramos assim. Porque quando eu menos esperava colocou tinta azul escura no lugar do meu shampoo, fazendo-me ter os cabelos dessa cor desde hoje – até porque seria pior se eu aparecesse com a raiz preta e o resto com outra pigmentação.

— Não sei como você falava com ela na infância.

— Isso é boato. — revidou.

Na verdade penso que ela tinha vergonha de mim, mas quem não teria?

— Bom dia! — exclamou o Naruto de maneira alta.

Como eu sentava perto de janela fiquei olhando para lá quando chegou, até porque não queria que vissem que estava corada. Muito menos que percebessem que era amava o Uzumaki. E creio ainda ser o mesmo garoto que me tirou de perto da Temari quando ia me bater, tudo isso porque peguei o lápis de cor que tinha caído dela – talvez por achar que ia furtar o objeto.

— Fale mais baixo, isso é irritante. — murmurou o Uchiha.

Já eu não me importaria que falasse a aula inteira.

— Sasuke! — berrou a rosada.

Foi correndo para abraça-lo, no entanto como de costume ele não esboçou um mínimo sorriso em sua direção ao nota-la perto de si. E quando percebeu que o apertava mais tempo do que previa a afastou com rudez.

— Já disse para não ficar me agarrando. — limitou-a com mais grosseria ainda.

Nem sabia o porquê da maioria das meninas gostava desse garoto frio, arrogante e que se acha superior a todos. Sendo que ainda se dão o desfrute de ficar se humilhando para ter um pouco da atenção dele. Enquanto o Naruto era amigo de todos.

— Sentem-se todos. — gritou a Tsunade ao passar pela porta.

Pelo jeito nenhum aluno novo na nossa classe.

— Shikamaru Nara, tire o pé da carteira.

— Vou dormir professora, hoje só irá falar das regras de sempre.

— Não me desobedeça só porque está no último ano do ensino médio.

— Falou demais para eu querer escutar.

Ele não sabe que essa professora realmente é valentona? Eu tinha de fazer algo para isso não acabar mal. Na verdade deveria.

— Por que não faz o que a Sensei pede? Assim a aula terminará mais tarde. — sussurrei.

E pelo jeito ninguém ouviu. Deveria falar mais alto e me levantar?

Só que antes que eu o fizesse um garoto de pele branca e cabelo preto saiu do seu lugar e tirou o pé dele de lá antes de sequer balbuciar algo. Esse garoto era ninguém menos que o Uchiha.

— Por que fez isso? — quis saber.

Percebi que o outro posicionou a mão em formato de punho.

— Não seja imbecil! Quer levar uma advertência e fazer-nos ficar até mais tarde no colégio? Será que eu devo repetir de novo ou me entendeu? — repreendeu-o como um general faria.

Isso só fez com que as garotas suspirassem ao terminar.

Menos eu, porque a mim só um interessa.

— Obrigada Uchiha. — murmurou a professora.

E pelo que notei ainda ficou rubra.

— De nada. — declarou.

Foi assim que percebi que sentava perto de mim, na verdade ao meu lado. O Uzumaki na frente dele. Uma tal de Tenten numa carteira antes da minha. Só o que eu não entendia como não percebi isso, principalmente no caso do loiro.

— Esses idiotas me cansam. — bufou o moreno.

É agora que vou viver o ouvindo reclamar a manhã inteira.

– Ohayoo* - cumprimentou o Naruto, inclusive para mim.

Tanto que eu abaixei a cabeça pela vergonha e me senti sem graça por conta da surpresa. Até porque fazia tempo que alguém falava comigo que não fosse da minha família.

— É... Ohayoo. — devolvi em um tom baixo.

Queria era sorrir em sua direção e mostrar o quanto isso me deixou feliz, porém não consigo por enquanto. Era como se algo estivesse me travando e não deixasse com que me soltasse naturalmente.

O outro garoto nem sequer esboçou uma reação ao olhar para frente.

O som do intervalo soou eu me sentei na escada atrás da escola, encontrava-me sozinha e sem ninguém com quem conversar. Abri o pote com alguns onigiris e sushis e tentei comer. Apesar de viver solitária ser costumeiro eu não aceitava.

— Por que não consigo ter amigos? — balbuciei para mim mesma.

Quando menos percebi lágrimas passavam por minha face de maneira ágil, para depois cair no bolinho de arroz em formato de porco. Talvez essa fosse a minha sina, o meu destino.

— Deve ser porque não mereço. — tentei colocar isso na minha cabeça.

Na sala a maioria conversava enquanto eu apenas olhava para a paisagem da janela e tentava me imaginar com várias pessoas ao meu redor, não tentando fugir, mas conversando comigo com um sorriso no rosto. O mesmo se aplicava a mim.

— Hyuuga, todos saíram já. — Informou o Gai, que era nosso professor.

— Desculpa, vou ficar mais um pouco para limpar a sala. — declarei.

— Você nunca muda não é? Está sem amigos de novo? — quis saber.

— Sim. — só o que consegui balbuciar.

— Tudo bem, vou fingir que não está aqui.

— Arigato**. — finalizei.

Passei o apagador em lugares que ainda tinha giz, arrumei as mesas de maneira correta e peguei uns lixos que se encontravam embaixo da carteira e de armários. E sem perceber já tinha de ir para casa almoçar.

— Chegou tarde filha. — comentou meu pai.

— Desculpa, é que hoje era meu dia de limpeza. — tentei não preocupa-lo.

A verdade é que hoje perdi a hora no que sempre faço.

— E arranjou amigos?

— Infelizmente não. — fui sincera.

— Daqui a pouco conseguirá, não se preocupe. — em consolo.

— Irei preparar a comida agora. — mudei de assunto.

Em pouco tempo terminei e coloquei perto dele com rapidez para que não se atrasasse para ir ao trabalho. Como minha mãe morreu em um parto quando eu era criança, sendo que minha irmã mais nova faleceu também depois de um tempo, era eu que fazia as atividades domésticas.

Despediu-se de mim e se alojou no escritório.

Se todos conhecessem minha família saberiam que a cor dos meus olhos é desse tipo por conta da hereditariedade. E não uma lente ou por escolha minha.

Ao ouvir um barulho vindo do lado de fora eu me assustei, fazendo com que eu corresse rapidamente para ver o que era. E ao notar que um gatinho estava em uma caixa miando, enquanto um cachorro robusto e violento estava se aproximando para o matar me irritei.

Corri em direção ao bichano e tentei o pegar, fazendo com que o cão me percebesse e começasse a me atacar. Só vi uma dor em minha perna e braço, para depois praticamente orar para que eu sobrevivesse. Vi um sangue correr de minha perna e o animal babando em cima de mim, como se tivesse com ânsia de me matar.

— Sai! — berrou um.

Vi ele sair de cima de mim e correr para longe ao apanhar com um pedaço de pau enquanto choramingava. Só que a primeira coisa que eu fiz não foi ver o meu salvador, todavia como o gato estava. E tal foi meu alivio ao perceber que ainda estava inteiro.

— Você por acaso é idiota? Ou maluca mesmo? — perguntou o cara.

Tentei me levantar, só que não consegui por conta do machucado. Que a cada momento saia mais sangue, deixando-me cada vez mais apavorada e tentar entender o motivo para fazer isso.

— Não vai me responder? — soou.

Ao olhá-lo eu me espantei. Já que era o frio e egoísta Sasuke Uchiha que o enfrentou por mim. Será que me enganei ao julgá-lo?

Antes que esperasse o garoto foi perto de mim e estendeu a mão, deixando-me segurá-la para que conseguisse ficar em pé. E ao me equilibrar corretamente

— Por que me salvou? — sussurrei.

— Fala mais alto garota! Odeio gente que não sabe se expressar e se faz de coitada. — reclamou.

É... acho que é como pensei mesmo.

— Por que me salvou? — gritei.

— Não era o que queria? Ser resgatada por mim ao fazer essa loucura? Mas não espere que eu te beije por isso. — declarou.

Coloquei um pé na frente do outro e o encarei com uma carranca.

— Isso é mentira.

Aproximou-se com um sorriso de lado até ficar em minha altura.

— É? Por que será que não consigo acreditar? — perguntou.

— Nem tudo gira ao seu redor. — revidei sem aumentar a voz.

Neste instante não queria mais ouvir ou fazer com que ficássemos discutindo até amanhã. Simplesmente dei meia volta com intenção de voltar a minha casa, mesmo com dificuldade.

— Ainda não terminamos a conversa.

— Não tenho tempo para isso, tenho de me medicar agora.

— Mas você nem consegue andar direito.

Nada respondi enquanto caminhava a passos lentos. E ao ouvir passos ligeiros atrás de mim pensei que ia levar outra bronca, todavia fui levantada por seus braços e me posicionando em seu colo. Senti-me ficar vermelha, fazendo com que escondesse meu rosto com as mãos.

De nada adiantava retrucar.

— Depois diz que não tem interesse em mim. — murmurou.

— Você nem sabe onde eu moro. — com calma mudei de assunto.

— Isso não é problema, é só me mostrar onde é. — respondeu.

Acho que não irei conseguir o espantar mesmo.


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Notas finais do capítulo

Ohayoo* - Cumprimento na parte da manhã
Arigato** - Obrigada.

E ai? O que acharam?

A gif não é minha, e se tiver erro de português me desculpa.

Mandem-me reviews com a sua opinião? Seja que achou ruim ou bom. E quem quer enviar uma recomendação em algum momento pode também, apesar de ser mega cedo não custa nada tentar. Ficarei super hiper feliz também. Por favor galera. *-*

Até a próxima, beijos.