A Intrusa escrita por Layane Alves
Lindsay termina seu sanduíche e fica olhando Stella á sua frente que ainda mastiga,fica pensando em como ela se parece com a Marcela e também é,ao mesmo tempo tão diferente.Ao perceber que Linds está meio fora de si,uma voz tenta a tirar de seus longos pensamentos.
SB-Lindsay?
LM-Oi?
SB-Do nada ficou em silencio,pensamentos preocupantes?
LM-Talvez.
SB-Hum...é...obrigada pela comida.
LM-De nada.Já vou indo,boa noite.
SB-Boa noite.-dá um sorriso e Linds se encaminha em direção da porta,ela se vira e diz algo mais.
LM-Obrigada por tudo.Se eu estivesse no seu lugar e alguém tivesse feito o que fiz,não perdoaria a pessoa.-força um sorriso e então sai da sala.Stella nada diz,termina de fazer os relatórios do caso e volta a estudar atentamente os arquivos do caso de sua mãe.
A loira tem em mente ir no vestiário e pegar sua bolsa no armário,só não imaginava que encontraria Danny ali á sua espera.Ao vê-lo tenta não olha-lo nos olhos e finge que está sozinha,abre seu armário e pega sua bolsa.
DM-Não sou invisível sabia?
LM-Boa noite Daniel.
DM-Até quando vamos ficar nisso?
LM-Tem apenas vinte e quatros horas,acho que aguenta ficar mais tempo sem mim.Afinal,foi voce quem decidiu isso.
DM-A culpa foi sua.
LM-Minha?-bate a porta do armário.-Não fui eu quem te mandou ir embora.Então veio até aqui apenas pra dizer que a culpa foi minha?
DM-Não.
LM-Pedir desculpas talvez?
DM-Também não.
LM-Então?
DM-Vim por que...Lindsay,voce não pode abortar.Não pode matar nosso filho.
LM-E quem te disse que farei isso?
DM-Sua psicologa.Vi que tinha uma consulta agendada com ela e quando estava na delegacia com a Stella,eu fui conversar com ela.
LM-Por que fez isso?-se aproxima dele.-Se fui me consultar com ela é porque não queria que voce e nem ninguém soubesse do que estou passando.-diz nervosa -O que mais ela te disse?
DM-Nada,ela não quis dizer o resto.Estou preocupado contigo e com nosso filho.
LM-Se estivesse tão preocupado não teria indo embora.
DM-Você não entende! Tive de dar um tempo e sei que precisa dele também.Lindsay,voce precisa de um tempo,sozinha.Tire férias,vá viajar,ver seus pais.
LM-Que droga Danny!-grita.-Sabe que não tenho pais! Seu idiota!-seus olhos brilham com o reflexo da luz em suas lágrimas,engole o choro e sai dali.Danny vai atras dela.
DM-Lindsay espera!
LM-Me deixe em paz!
DM-Me desculpa,havia me esquecido.Lindsay.-segura seu braço.-Espera,vamos com calma,ok?
LM-Você não pode fazer isso comigo Danny,eu preciso de voce.Como pôde me deixar agora?Se não estiver do meu lado,não sei o que sou capaz de fazer.Não me abandona,por favor.-o abraça.
DM-Eu te amo e jamais te abandonarei,mas voce precisa ficar sozinha um pouco.
LM-O problema é que se eu ficar sozinha posso nunca mais te ver.
DM-Sinto muito,mesmo te mando tanto,não poderei ficar contigo.-se afasta e a deixa com lágrimas.
Indignada com tudo isso e não entendendo o real motivo da separação,ela vai para casa.
Horas se passam e algumas luzes do laboratório estão apagadas,apenas quem está no turno da noite trabalha e dois detetives que 'adoram' ficar em suas salas preenchendo papeladas e lendo relatórios.
Ainda em sua sala estudando o caso de sua mãe,Stella se mantem concentrada em cada detalhe apresentado nos papeis.Sem desviar a atenção para qualquer coisa.
SB-Droga! Não encontro nada!-diz a si mesma ainda lendo os papeis.
MT-Existe uma coisa chamado sono,voce devia tentar.-diz entrando e se posicionando á sua frente.
SB-Perai,o que disse?-coloca os papeis na mesa e o olha.
MT-Dormir.Já são quase uma da manhã e ainda não dormiu.
SB-Rotina.
MT-Mesmo com uma filha?
SB-O que disse mesmo? Uma da manha?-ainda não entende o que ele quer dizer.-Agora são uma da manhã?-dá um pulo da cadeira assustada por ter estado ali até esse horário.
MT-Acho que alguém perdeu a noção do tempo.
SB-Nem percebi que já era tão tarde.Acho que se não tivesse chegado eu sairia daqui só de manhã.-organiza as papeladas e coloca na bolsa.
MT-Caso da sua mãe?-se refere aos papeis.
SB-É sim.Alguma coisa contra?
MT-Não,só acho que deveria esquecer um pouco isso e se concentrar em outras coisas e outras pessoas.
SB-Acontece que não vivo de meia certeza e sim de certezas completas e absolutas.
MT-Como preferir.Posso pagar uma bebida pra voce?
SB-Mac,são uma da manhã.
MT-Ok,está me evitando.
SB-Estou.Não vejo motivos para nos encontramos a menos que não seja para fins profissionais.
MT-E posso saber o motivo?
SB-Por mais que tenha um desejo louco de ter voce,eu não posso.Não vai querer estar com uma mulher com a reputação que tenho ou ao menos tinha.
MT-E se isso não for importante pra mim?Eu amo é voce e não sua reputação.
SB-Ok,mas me responda:gostaria de ter um relacionamento com uma mulher que dormiu com praticamente todos os homens de seu trabalho?-fixa o olhar em sua expressão,que parece não entender a pergunta.-Sabia que não,boa noite.-diz saindo.
MT-Como assim?-vai atras dela.
SB-Mac,não quero mais falar sobre isso.
MT-Como não?
SB-Vida pessoal,sabe o que isso significa? Que não tenho que dizer mais nada sobre a minha vida pessoal.-entra no elevador e ele também.
MT-Então, dormiu mesmo com...
SB-Com quase todos os homens da delegacia de Atenas,eu era uma verdadeira vadia.-as portas do elevador se fecham.
MT-Ainda bem que era.Olha,não me importo se era uma vadia,uma prostituta ou qualquer outra coisa do tipo.O que me interessa é voce,simplesmente voce Stella.
SB-Você não me quer por amor,está pensando em me querer apenas para aliviar a falta que a Marcela lhe faz.E não suportarei isso,Mac.
MT-Essa não é minha intenção.Te quero por que sou louco por voce e não há ninguém como voce,nem mesmo a Marcela.
SB-Me disseram que amava a Marcela como nunca amou outra pessoa,que ela era a pessoa mais importante da sua vida.
MT-Era a mais pura verdade,mas ela se foi e disse que eu deveria seguir em frente e ser feliz.
SB-Aposto que quando ela disse isso não estava se referindo á sua irmã gêmea.
MT-Não importa,quero fazer o que ela me pediu.-se aproxima dela que se encosta na parede do elevador.Ela nada diz e ele a beija.-Eu te amo Stella.
SB-Eu também...-se entrega aos beijos e a porta do elevador se abre.
Não percebem e só param de se beijar por causa do 'limpadinha de garganta' que Jô faz.
JD-Espero não estar atrapalhando.-cruza os braços.
SB-Não está.Até mais Mac.-dá um selinho e segue até seu carro.
MT-O que faz aqui á essa hora?
JD-Com certeza não é agarrando alguém.
MT-Sobre o que viu...
JD-Relaxa,mantenho em segredo.Ela é muito bonita,é a Stella?
MT-Sim e sim.Ainda não me disse o que faz aqui?
JD-Estava preocupada e vim te ver.
MT-Bom,agora é hora de voltarmos pra casa.-caminham até o carro.-Como foi o julgamento?
JD-Adiaram pra semana que vem.O juiz do caso está debilitado por causa de problemas médicos.
MT-Ah sim.-entram no carro e seguem para casa.
Tres dias depois...
Lábios tocam seu pescoço causando-lhe um desconforto.Se vira para o lado oposto.Os mesmos lábios o tocam novamente e uma voz suave sussurra um bom dia em seu ouvido.Logo a claridade cai sobre sua face e assim ela se levanta rapidamente.
SB-O que faz aqui Scott?-esfrega os olhos.
SM-Dormi aqui com a Lívia,não vi voce chegar.
SB-Fiquei até mais tarde de novo.Por que me acordou?
SM-São seis da manhã e seu amigo já ligou,parecem que tem mais um caso a resolver.
SB-Obrigada e a Lívia?-se levanta e segue pro banheiro.
SM-Ainda está dormindo.Não poderei ficar o hospital precisa de mim.-se encosta na porta e a observa.
SB-Vai ficar me olhando mesmo?
SM-Estou com uma enorme vontade.
SB-Vai ficar apenas na vontade então.Com licença.-o empurra e fecha a porta.
SM-O que deu em voce?-diz do outro lado.
SB-Uma coisa chamada pri-va-ci-da-de.-soletra a palavra em questão.
SM-Até três dias atrás não exigia essa tal privacidade.
SB-Passado.Agora me deixe tomar banho em paz e quando sair puxe a porta.Obrigada.-termina a frase e ele sai do quarto fazendo o que lhe foi pedido.
Enquanto isso...
Elena acorda assustada com os gritos vindos do quarto de Lindsay,corre até lá e a vê jogada no chão com uma poça de sangue ao seu lado.Sua respiração está fraca,mas seu coração bate mais forte que nunca.Lágrimas desmancham a maquiagem que havia feito para trabalhar,a dor circula por todo seu corpo.
EW-Lindsay!-se desespera ao vê-la ali.-O que aconteceu?
LM-Ele está aqui!-diz com um olhar amedrontado.-Chame ajuda Elena,por favor.
EW-Quem está aqui ?
LM-Ele me furou.-chora de dor ao colocar as mãos nos ferimentos de faca.-Pegue minha arma na gaveta.-diz e ela faz.-Isso.-tenta controlar a respiração.-Ele está na sala.Não sei o que ele quer!
EW-Fique calma,vou ligar pra ambulância.-antes que pudesse ligar do seu celular,o homem retorna ao quarto com a faca em mãos.
##-Solte o celular e a arma agora!-grita.
EW-Calma,vamos manter a calma.-joga os dois no chão.-Quem é voce e o que faz aqui?
##-Cala a boca!-se aproxima dela e a joga na cama.
EW-Por que fez isso com ela?
##-É apenas um recadinho pra alguém.
LM-Você vai morrer,meus amigos policiais irão te matar seu filho da mãe.-diz com um sorrisinho forçado.
##-Eu disse pra calar a boca!-grita mais alto e avança para cima de Linds afim de lhe dar mais uma facada,mas Elena o empurra.-Sua vadia!-dá um soco em seu rosto a fazendo cair no chão.
LM-Elena!-grita.-Seu desgraçado! O que fez com ela?-pergunta ao perceber que ela não reage.Provavelmente desmaiou devido o impacto da queda.
##-Farei algo pior com voce e sua outra amiga.
LM-Algo pior que três facadas?
##-Algo bem pior.Venha.-a levanta e a coloca na cama.-Sua amiga vai chegar pra te fazer companhia.É só aguardar.-amarra os pés e as mãos dela que não pode fazer nada,nesse momento está em desvantagem.
Meia hora depois a campainha toca,ele sai do quarto e vai atender.
##-Cade a garota?-diz ao homem na porta.
XX-Está aqui.-um outro homem aparece com uma mulher amarrada e capuz preto na cabeça.
##-É a Bonasera mesmo?-eles entram e ele tranca a porta.
XX-Claro que sim,não brincamos em serviço.
##-Tem certeza de que ninguém te viu?
XX-Ninguém. O que fazemos agora?-joga Stella no sofá e tira o capuz.
##-Eu faço o resto.-pega em seu braço e a leva pro quarto onde Lindsay está quase inconsciente.
SB-Lindsay!-grita.-O que fizeram com ela seus desgraçados?
##-Ela não quis colaborar.Talvez voce queira ou ela sofrerá.
SB-O que vocês querem conosco?
##-Voces detetives são muito enxeridos e sempre se metem onde não devem.Foi assim que sua mãe morreu,não foi Bonasera?
SB-O que ela tem a ver com isso?
##-Se lembra de investigar o caso da sua mãe e falar com o policial que fazia a ronda no dia da morte dela? Creio que sim.O chefe não gostou de saber que está chegando cada vez mais perto dele.Sabe o que mais fez para estarmos aqui? Isso mesmo,matou um dos nossos e ainda voce e sua amiga aqui.-aponta a faca para Lindsay.-Descobriram o porque de termos matado sua mãe,muita coisa pra apenas dois meses na cidade não acha?
SB-Ela estava apenas fazendo o trabalho dela.Voces não tinham o direito de ter a matado!
##-Quando envolve nosso grupo sim.Agora irá nos dizer o que mais sabe.
SB-Não sei de mais nada.-o olha e ele faz sinal para o outro homem que coloca outra faca na barriga de Linds.
##-Ainda não sabe de nada?
SB-Não sei de nada.-suas palavras saem grosseiras e o homem faz um corte na barriga de Linds que grita de dor.-Deixa-na em paz! Isso tudo é sobre mim,deixem-na fora disso.
##-Depende de voce Bonasera.Onde estão os arquivos e a gravação?
SB-Que gravação?
##-Número dois,continue por favor.-diz ao homem que faz outro corte em Linds.-Onde está a gravação?-a cada resposta de Stella,Lindsay levava mais um corte na barriga.E de fato ela não sabia de nada de gravação.
SB-Parem com isso!-suas lágrimas molham seu rosto quente de tanta tensão.-Não sei de nada e estou falando a verdade!
LM-Stella,não diga a nada a esses desgraçados.-diz fraca.
##-Voces sabem demais pelo visto.Continue número dois,só que dessa vez enfie a faca.
LM-Não!-grita.-Não! Por favor....-chora e tenta respirar e falar ao mesmo tempo.-Stella não deixe-o fazer isso!Ah!-grita ao sentir a facada atingir fortemente sua barriga.
SB-Desgraçados!-avança para cima do homem,mas o outro a segura.
##-Calma nervosinha.Está vendo sua amiga chorar de dor e clamar por trégua? Deve estar sofrendo a pobrezinha.-zomba do momento.
SB-Podem me matar,mas a deixem viva pelo amor de Deus! Deixem-a viva!
XX-Posso terminar o serviço número um?
##-Só se a nossa Bonasera aqui errar a pergunta.Então,onde está a gravação?
SB-Quer saber onde ela está? Então vai procurar no inferno!-cospe na cara dele.
##-Vadia!-dá um tapa em seu rosto.-Número dois faça o que quiser com a loirinha.A grega aqui gosta de ver a amiga sofrer.
O homem aproxima a faca de seu pescoço e ameaça cortar.
SB-Não faça isso com ela! Seu desgraçado.-diz alterada e já chorando de tanta raiva.
Ele não dá a mínima para os berros dela e faz um corte em seu pescoço,nao muito profundo,mas o suficiente para sangrar.
LM-Por favor.-implora já sem forças.
SB-A deixe em paz!-grita mais nervosa ainda.
##-Pode continuar número dois,talvez assim a madame aqui aprenda alguma coisa.
Ele continua com a ação,faz mais um corte so que dessa vez em seu rosto.Lindsay não consegue ficar acordada,a dor que sente nesse momento é mais forte que tudo.Ele não leva em consideração a inocência dela e adoram ver seu sofrimento,suas lágrimas se misturam com o sangue de seu rosto hidratado por creme de morango,o cheiro que Danny mais gosta de apreciar.
A única coisa que Lindsay pensava ali era se seu filho conseguiria sobreviver a isso.Não pensava nela e nem em mais nada.Mas afinal,ele conseguiria sobreviver? Ela e Stella sairiam dessa vivas?
^~^~Continua^~^~
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Capitulo mais triste...
o que acharam?
Por favor comentem!
Bjus e boa noite! ♥♥♥